Greenvolt vai manter Manso Neto como CEO apesar da acusação

Apesar do despacho de acusação deduzido contra Manso Neto pelo Ministério Público, relacionado com as funções que exerceu na EDP, conselho de administração vai mantê-lo em funções como CEO.

A Greenvolt decidiu manter o CEO João Manso Neto em funções, apesar do despacho de acusação deduzido contra ele pelo Ministério Público, relacionado com as funções que exerceu na EDP. Garantindo que já estava na posse desta informação vários anos antes de Manso Neto ter assumido funções na Greenvolt, o conselho de administração diz que vai continuar “a acompanhar a evolução do processo”.

“O Conselho de Administração da Sociedade foi informado do despacho de acusação deduzido contra o Dr. João Manso Neto pelo Ministério Público e relacionado com o exercício de funções no Grupo EDP vários anos antes de o Dr. João Manso Neto ter assumido quaisquer funções na Greenvolt“, sublinha a empresa em comunicado ao mercado.

“Com base na informação recebida, nas discussões em curso com o Dr. João Manso Neto, e na análise realizada até ao momento, o Conselho de Administração deliberou não haver alteração quanto à função do Dr. João Manso Neto como CEO da Greenvolt. O Conselho de Administração continuará a acompanhar a evolução do processo“, acrescenta a mesma nota.

A defesa de João Manso Neto e António Mexia considera que a acusação do processo dos CMEC é “frágil e sem fundamento”, tal como o ECO avançou. Os advogados João Medeiros, Inês Almeida Costa e Rui Costa Pereira garantem a acusação não tem fundamento: “as regras relativas à implementação dos CMEC e à extensão do Domínio Público Hídrico foram fixadas em momento anterior à entrada de António Mexia e João Manso Neto no Conselho de Administração da EDP, não geraram qualquer benefício à empresa, as decisões foram sempre colegiais; e foram devida e amplamente escrutinadas, em particular pela Comissão Europeia”.

O Ministério Público proferiu o despacho de acusação relativo ao Caso EDP-CMEC ao fim de mais de 12 anos de inquérito e depois de mais de 24 adiamentos para a conclusão da investigação.

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Regulação europeia sobre o digital “é claramente a mais restritiva do mundo”, diz CEO da Nos

  • Lusa
  • 4 Novembro 2024

O presidente executivo (CEO) da Nos admite, em declarações à Lusa, que a IA tem riscos, mas primeiro "é preciso criar o problema para se regular o problema".

O presidente executivo (CEO) da Nos considera, em declarações à Lusa, que a regulação europeia do digital “é claramente a mais restritiva do mundo” e que a transposição da diretiva sobre cibersegurança “impõe uma carga terrível adicional” para as empresas.

“A Europa não tem nenhuma empresa com dimensão, com relevância, com impacto na inteligência artificial [IA]. No entanto, fomos os primeiros a regular“, começa por dizer Miguel Almeida, quando questionado sobre o tema.

Em suma, “somos muito rápidos a regular, mas não sei muito bem o que é que estamos a regular”, afirma.

Até porque “a regulação sobre o digital da Europa é claramente a mais restritiva do mundo e não temos empresas de dimensão na esfera digital, incluindo na inteligência artificial. Porque é que será“, questiona o gestor.

Não é “certamente” por incapacidade ou falta de empreendedorismo dos europeus, “porque muitas das empresas, nomeadamente nos Estados Unidos”, até são europeias, acrescenta.

Agora, “enquanto a Europa achar que deve regular, em vez de estimular o crescimento, nomeadamente nas novas tecnologias, que são decisivas para a competitividade das economias do futuro, qual é a nossa preocupação enquanto europeus? Regular”, reforça.

Ou seja, “já temos uma regulação para a inteligência artificial, não temos a inteligência artificial”, prossegue.

Tal afeta “essencialmente as empresas que fazem o desenvolvimento dos modelos” de IA, mas “não existem empresas na Europa, nem existirão com este tipo de regulação no que diz respeito à adoção por parte das empresas de todos os setores”, diz.

No caso da Nos, o grupo já aposta na IA “há anos”, quando ainda não se falava de inteligência artificial generativa, nem do ChatGPT.

“Em termos de aplicação, nomeadamente machine learning, já temos um track record [historial] com alguns anos” e agora “tudo isto é exponenciado pelos modelos do generativo”, explica Miguel Almeida.

“Estamos também a incorporar esta vaga e temos na empresa exemplos concretos de processos, de atividades, de métodos de decisão assente em inteligência artificial, não é teoria”, assevera o CEO da Nos.

Todos os dias “há uma série de processos da Nos que já assentam na inteligência artificial”, mas “não é aí que está o valor”, este está no “desenvolvimento dos próprios modelos” e para isso “basta a ver as valorizações implícitas das empresas americanas ou chinesas que estão nessa frente” da IA, comenta.

Miguel Almeida admite que a IA tem riscos, mas primeiro “é preciso criar o problema para se regular o problema”.

A questão na Europa, “nomeadamente na inteligência artificial é que ainda não tínhamos o problema e já estávamos a regular, não digo que não viessem ou que não venham a existir problemas, mas primeiro tem que se dar espaço para as coisas crescerem e, depois, então progressivamente controlá-las”, considera.

Agora, se o processo é feito ao contrário, a consequência é que “não vão existir empresas europeias nessa frente”, adverte.

Sobre a transposição da diretiva de segurança das redes e sistemas de informação [NIS2 – Network and Information Security], vulgo cibersegurança, Miguel Almeida que as ameaças de ciberataques “crescem todos os dias” e é preciso “investir em múltiplas frentes”.

Ou seja, “isto é um jogo do gato e do rato e (…) temos de estar sempre a pedalar um bocadinho mais rápido do que aqueles que querem fazer mal”. E isso “cada vez mais recursos, mais especializados, que sejam capazes de contrariar aquilo que são gente talentosa a tentar fazer o mal”, explica.

Portanto, “mais investimento” e “em cima disso há regulação, mais uma vez, nomeadamente a regulação europeia” da NIS2, aponta.

Isto “impõe uma carga terrível adicional e, portanto, continuamos — não é só na cibersegurança, mas esse é um bom exemplo — a pôr carga em cima das empresas, a pôr ónus em cima das empresas, seja de atividades concretas, seja de reporte”, cujas exigências são muitas, nomeadamente para uma empresa de infraestrutura crítica.

Relativamente ao talento, o CEO considera que onde estiverem “as melhores oportunidades” é “para aí que o principal talento vai”. “Estamos a esvaziar a Europa e o país, como o caso de Portugal. Acho que estamos a esvaziar o país de talento” e o problema é abrangente.

Portugal tem um “problema de dimensão” e não tem a escala que, por exemplo, uma empresa norte-americana tem para pagar a um especialista de IA. Mas este é um problema que também assola a Europa.

As oportunidades em Portugal, para quem tenha ambição, são muito limitadas e as pessoas emigram, cada vez mais, todos os anos, temos milhares de jovens, dos mais talentosos, dos que têm melhor formação que saem das nossas escolas, muitas delas públicas onde o país investiu numa formação que tem qualidade”, a irem para fora do país, sublinha.

A questão “é como é que criamos oportunidades” para reter esse talento.

Relativamente à Nos, “fizemos investimentos consideráveis ao longo dos últimos anos, que nos dão um portfólio de capacidades e de ativos distintivos muito importante que vamos alavancar para continuar este caminho de crescimento”, assevera.

Contudo, “nestas condições de mercado que se avizinham, obviamente que isso não vai ser suficiente e vamos ter que trabalhar também na eficiência dos processos e na eficiência da empresa como um todo para poder acomodar aquilo que é o contexto de mercado que vamos enfrentar”, conclui.

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Prosegur aumenta as suas vendas em 6,4% para 3.584 milhões de euros, com um crescimento orgânico de 37,1%

  • Servimedia
  • 4 Novembro 2024

Relativamente à rentabilidade das operações, o Ebitda situou-se em 399 milhões de euros, uma melhoria de 5,9% face ao ano anterior, enquanto a margem avançou para 11,1%.

A Prosegur registou vendas totais de 3.584 milhões de euros durante os primeiros nove meses de 2024, o que representa um aumento de 6,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. O resultado líquido aumentou 3,2% para 66 milhões de euros.

A empresa de segurança assinala em comunicado que o Grupo Prosegur continuou a demonstrar “um elevado grau de solidez financeira”, levando a cabo uma redução do nível de alavancagem, uma melhoria do custo da dívida e uma sólida geração de caixa. Concretamente, a dívida financeira líquida diminuiu no final dos primeiros nove meses de 2024, com um rácio de dívida financeira líquida sobre EBITDA de 2,6 vezes.

A Prosegur Security registou vendas no valor de 1.833 milhões de euros, o que representa um aumento de 12% em relação ao mesmo período do ano anterior. Este aumento foi impulsionado por uma estratégia de crescimento orgânico de mais de 33%.

A Prosegur Cash registou um resultado líquido consolidado de 66 milhões de euros, mais 4,1% do que nos primeiros nove meses de 2023. A filial especializada na gestão de tesouraria registou vendas de 1.523 milhões de euros até setembro, mais 1,7% do que no mesmo período do ano anterior.

A divisão de alarmes da Prosegur registou um aumento significativo da sua carteira de clientes, atingindo um total de 937.000 utilizadores. Deste número, 404.000 correspondem a Alarmes Prosegur, enquanto os restantes 533.000 pertencem a Alarmes Movistar Prosegur. Isto representa um aumento de 9,7% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Por fim, as divisões AVOS Tech e Cipher apostaram, segundo a empresa, na apresentação de soluções inovadoras nos primeiros nove meses do ano. A unidade de tecnologia lançou o AVOS Tech Insurance Suite, uma solução para apoiar a digitalização das seguradoras, que deverá representar 25% das suas receitas até 2025. E a Cipher abriu o primeiro Centro de Operações de Segurança em Andorra, em colaboração com a empresa local Menta Grup, com o objetivo de reforçar as medidas de cibersegurança no principado.

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No primeiro semestre de 2024, foram comunicadas 5,3 milhões de transmissões piratas em direto e 64% foram ignoradas pelos intermediários

  • Servimedia
  • 4 Novembro 2024

Um relatório da Grant Thornton sobre a pirataria no desporto e noutros eventos ao vivo reflete o buraco negro da fraude audiovisual: até 81% das queixas não resultaram na suspensão da transmissão.

A empresa de consultoria Grant Thornton publicou um relatório sobre o impacto das recomendações da Comissão Europeia para combater a pirataria em linha no desporto e noutros eventos em direto, publicadas em 2023. O relatório revela que, só no primeiro semestre de 2024, foram detetadas 5,3 milhões de notificações de transmissões fraudulentas de eventos em direto, que receberam um pedido de cessação e desistência.

Deste número, apenas 19%, ou seja, 980.000 notificações, resultaram na suspensão da emissão pirata antes do final do evento. Por outras palavras, quatro em cada cinco denúncias não resultaram na suspensão da emissão pirata antes do final do evento. Dentro desta estatística, 64% do total, ou seja, 3,4 milhões de notificações, não foram objeto de qualquer tratamento. Os restantes 17% (920 000) foram processados pelo intermediário, mas não tiveram como resultado o corte da emissão. Estes dados põem em evidência o buraco negro por onde está a escapar uma grande parte dos esforços de luta contra a fraude audiovisual.

Em relação aos destinatários destas queixas, de acordo com este relatório, durante os primeiros seis meses de 2024, foi registado um total de 3,82 milhões de queixas dirigidas aos fornecedores de servidores que alojam sítios que difundem conteúdos fraudulentos, o que representa 72% do total. Destas, apenas 12% resultaram na suspensão da difusão por parte desses servidores.

Por outro lado, o relatório revela que 11% do número total de notificações foram dirigidas a plataformas online, das quais 89% resultaram na cessação da difusão. Como refere o relatório, uma grande parte destas queixas às plataformas em linha (81%) teve por base acordos de cooperação para a remoção de conteúdos audiovisuais não autorizados. Esta percentagem “é significativamente superior aos 2% de notificações que foram processadas contra prestadores de serviços, o que demonstra o impacto positivo destes acordos de cooperação” com os intermediários, conclui o relatório.

O relatório salienta ainda a magnitude deste problema que afeta a cadeia de valor do entretenimento, com dados que mostram que “em muitos casos, as notificações são ignoradas”. O estudo da Grant Thornton baseia-se em dados fornecidos pela Live Content Coalition (LCC), constituída por vários organismos que envolvem entidades desportivas mundiais como a Premier League, a LALIGA, a Bundesliga, a Serie A, o Moto GP, a Ryder Cup, a ITF (Federação Internacional de Ténis), a UEFA, a FIFA, as Ligas Europeias, a ECA, etc.

O estudo inclui também as recomendações que a Comissão Europeia fez aos países membros para combater a fraude audiovisual. Entre elas, a Comissão afirma que “as retransmissões não autorizadas de acontecimentos em direto têm um impacto significativo nas receitas dos organizadores de eventos e dos organismos de radiodifusão. O desenvolvimento da tecnologia e das infra-estruturas tornou cada vez mais difícil para os Estados-Membros gerir o seu impacto na economia e na comunidade.

Além disso, o organismo da UE reconhece nestas recomendações, que têm eco no estudo, que “a transmissão e a retransmissão destes eventos requerem investimentos significativos e contribuem para o crescimento económico e a criação de emprego. A perda de receitas decorrentes da transmissão não autorizada destes eventos tem um impacto substancial em toda a cadeia de valor.

O setor do futebol profissional representa 1,44% do PIB nacional em Espanha, sem ir mais longe. Organizações nacionais como a LALIGA, que lidera a luta contra a fraude audiovisual em Espanha, bem como outras competições e canais de televisão internacionais, já denunciaram repetidamente algumas das conclusões agora refletidas neste relatório da Grant Thornton. Concretamente, a inação de intermediários como Google, X ou Cloudflare, que o seu presidente Javier Tebas qualificou como colaboradores em todo o processo de fraude audiovisual. Da mesma forma, a LALIGA também tem vindo a solicitar legislação que permita o bloqueio de jogos em direto antes do final dos mesmos.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 4 de novembro

  • ECO
  • 4 Novembro 2024

Ao longo desta segunda-feira, 4 de novembro, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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Konecta e Google Cloud formam aliança estratégica para impulsionar a inovação da experiência do cliente com base em IA

  • Servimedia
  • 4 Novembro 2024

A parceria inclui a melhoria do Digital Drive da Konecta com o Customer Engagement Suite da Google Cloud e as soluções de IA generativa.

A Konecta, líder global em experiência do cliente (CX) e serviços digitais, e a Google Cloud anunciaram esta segunda-feira uma parceria estratégica de três anos. A parceria reforça a liderança da Konecta no fornecimento de soluções inovadoras de experiência do cliente, alimentadas por IA, automação e tecnologias de nuvem.

A parceria permitirá à Konecta transferir a sua força de trabalho de 100.000 pessoas para o Google Workspace, melhorando a colaboração e a produtividade das suas equipas globais. Como fornecedor certificado do Google Cloud, a Konecta também implementará o Customer Engagement Suite do Google Cloud para os seus próprios clientes, melhorando as suas operações de serviço ao cliente.

Além disso, através desta parceria, até 500 engenheiros da Konecta serão certificados em tecnologias Google Cloud, ajudando a impulsionar o desenvolvimento e a implementação de soluções de IA de próxima geração para os clientes. Ao integrar as capacidades de IA do Google Cloud nos seus serviços, a Konecta irá melhorar os seus serviços de experiência do cliente (CX), ajudando as empresas a automatizar as interações com os clientes, a tirar partido da IA da Vertex para criar e implementar agentes de IA e a proporcionar experiências mais personalizadas.

Os pilares da parceria entre a Konecta e a Google Cloud para os próximos três anos incluem uma Unidade Digital alimentada por IA e soluções CX melhoradas. A parceria acelera o crescimento da Unidade Digital da Konecta, que se dedica a fornecer soluções de ponta de CX e Contact Center as a Service (CCaS). A Konecta e a Google Cloud irão colaborar em iniciativas de go-to-market (GTM) para introduzir serviços baseados em IA que melhoram a satisfação do cliente, automatizam tarefas de rotina e melhoram a eficiência operacional.

Também ofertas avançadas de CX com integração de IA e CCaS. A Konecta integrará tecnologias de IA e CCaS nas suas ofertas de CX, permitindo às empresas tirar partido de soluções automatizadas de serviço ao cliente, agentes de IA e plataformas de comunicação personalizadas. Estas soluções avançadas transformarão a forma como as empresas gerem as interações com os clientes, melhorando os resultados e a satisfação.

Com mais de 500 engenheiros certificados em tecnologias Google Cloud, a Konecta proporcionará um novo nível de especialização técnica aos seus clientes, assegurando uma implementação perfeita de soluções de IA e CCaS. Esta certificação reforça ainda mais a posição da Konecta como um fornecedor fiável de soluções de IA e de serviço ao cliente baseadas na nuvem.

Nos próximos três anos, a Konecta irá migrar o seu ambiente de comunicações internas de 30.000 funcionários atuais para mais de 100.000 no futuro, utilizando o Google Workspace, melhorando a colaboração, a segurança e a produtividade das equipas globais. Esta transformação permitirá à força de trabalho da Konecta servir melhor os clientes, fornecendo respostas mais rápidas e ágeis às suas necessidades.

Nourdine Bihmane, CEO da Konecta, disse que o acordo estratégico “com o Google Cloud permite-nos melhorar significativamente as nossas soluções de experiência do cliente com GenAI e automação. Como fornecedor certificado da Google Cloud, estamos a capacitar as nossas equipas com as ferramentas e conhecimentos para fornecer operações de serviço ao cliente mais personalizadas, eficientes e inteligentes. Este é um passo fundamental na nossa missão de liderar o setor da experiência do cliente baseada em IA.

Os consumidores atuais exigem interações mais rápidas, mais informadas e personalizadas com as marcas em que confiam”, disse Tara Brady, presidente da Google Cloud EMEA. A nossa parceria estratégica com a Konecta vai permitir que os seus clientes ofereçam experiências de serviço ao cliente de alto nível e acelerem a sua transformação digital. Juntos, estamos a ajudar as empresas a aproveitar o poder da IA para alcançar resultados comerciais significativos.

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Harris ou Trump? Investidores votam na estabilidade

Analistas estão a antecipar que nenhum dos candidatos vai conseguir dominar o Senado e a Câmara dos Representantes, o que vai forçar cedências. Um cenário que agrada aos investidores.

Kamala Harris ou Donald Trump, um dos dois será o próximo presidente dos Estados Unidos. As últimas sondagens divulgadas antes das eleições, agendadas para terça-feira, mostram que está tudo em aberto. Os mercados estão a antecipar um governo dividido, com republicanos e democratas a partilharem o poder na Casa Branca, Senado e Câmara dos Representantes. Um cenário que agrada aos investidores, uma vez que vai limitar a aprovação de propostas mais polémicas.

“Depois de uma campanha eleitoral extraordinária, as tensões estão muito elevadas antes da votação nos EUA em novembro – e as implicações para os mercados podem ser bastante diferentes dependendo de quem ganha”, escreve Greg Meier, diretor e economista-sénior da Allianz Global Investors, numa nota na qual antecipa potenciais impactos das eleições dos EUA nos mercados.

Para o especialista, há três áreas que serão afetadas pelos resultados eleitorais desta semana: crescimento económico, inflação e procura por ativos seguros.

“Dada a nossa suposição subjacente de um governo dividido, pensamos que uma segunda presidência de Trump poderia significar ações internacionais e dos EUA mais fracas, mas um apoio ao dólar e ao ouro dos EUA, com implicações menos claras para os títulos do Tesouro dos EUA”, antecipa o responsável da gestora de ativos alemã.

Dada a nossa suposição subjacente de um governo dividido, pensamos que uma segunda presidência de Trump poderia significar ações internacionais e dos EUA mais fracas (…) Com a probabilidade de Harris continuar pelo menos algumas das políticas do Presidente Joe Biden, o impacto no mercado, caso ganhe, poderá ser mais neutro, com um possível apoio às ações.

Greg Meier

Diretor e economista sénior da Allianz GI

Já num cenário em que a democrata Harris seja a vencedora, Meier diz que há a probabilidade da candidata continuar algumas das políticas de Joe Biden, pelo que o impacto no mercado “poderá ser mais neutro, com um possível apoio às ações e matérias-primas dos EUA.”

“Independentemente de quem ganhe, acreditamos que a política fiscal poderá ter um impacto surpreendentemente limitado, já que as propostas fiscais e de despesas mais agressivas dos candidatos não conseguem tornar-se lei sem o apoio do Congresso”, acrescenta o analista, que reconhece que, caso as sondagens falhem, e o Governo tenha maioria no Senado e na Câmara dos Representantes o impacto no mercado seja bem diferente.

Meier realça que “os mercados não gostam de incerteza” e em períodos pré-eleitorais a volatilidade tende a aumentar. Mas, “uma vez conhecidos os resultados, os mercados provavelmente voltam a focar-se no crescimento económico e nas taxas de juro“. “Isto significa que para a maioria dos investidores o importante é analisar qualquer volatilidade e permanecer investido.”

George Brown, economista sénior da Schroders, concorda que, “num governo dividido, com republicanos e democratas a terem qualquer combinação de controlo partilhado sobre a Casa Branca, o Senado e a Câmara dos Representantes, o destino dos cortes fiscais de 2017 provavelmente será misto, com algumas disposições a expirar, enquanto outras poderão ser prorrogadas ou restringidas.”

Este é (mais um) dos pontos de desacordo entre Trump e Harris. O antigo presidente norte-americano defende um prolongamento destes cortes fiscais além de 2025, mas a democrata tem criticado o programa implementado em 2017 por favorecer os ricos e as grandes corporações.

“Uma coisa que torna o resultado das eleições extremamente crucial é que os eleitores dos EUA estão mais divididos do que nunca em tópicos-chave que vão desde a imigração, políticas fiscais, política externa e, em geral, valores sociais”, aponta Peter Garnry, Chief Investment Strategist do Saxo.

Para o mesmo especialista, “os riscos geopolíticos para os EUA e os seus aliados e rivais são particularmente elevados, uma vez que Harris e Trump têm convicções e atitudes muito diferentes.”

Outro aspeto que poderá ser influenciado pelo resultado das eleições é a política monetária da Reserva Federal dos EUA, que desceu taxas pela primeira vez no passado mês de setembro. Enquanto Trump poderá tentar interferir nas decisões do banco central, reduzindo a independência da autoridade monetária, uma Administração democrata deverá deixar o chair Jerome Powell tomar as decisões sobre taxas de juro sem interferências.

Trump vs Harris. Quem ganha e quem perde

Um dos maiores riscos para os mercados, num cenário de uma vitória republicana com controlo do Congresso, é o maior protecionismo. Uma má notícia para as exportadoras e empresas de fora dos EUA, mas que pode beneficiar companhias mais expostas ao país.

Tarifas mais elevadas sobre as importações e impostos mais baixos seriam, em teoria, bons para as pequenas capitalizações dos EUA e, em geral, para as empresas cuja maior parte das suas receitas provém da economia dos EUA“, prevê o Saxo. Entre as empresas europeias nem todas perdem. O setor da defesa poderá ganhar com a eleição de Trump, “porque a Europa seria forçada a acelerar os planos de gastos na sua própria indústria de defesa caso os EUA reduzissem o seu compromisso na Ucrânia e continuassem a minar a confiança na força da NATO”, explica Garnry.

Já os bancos poderão ser animados pelas políticas fiscais de Trump e pelos seus projetos para avançar com a desregulamentação.

Num cenário de vitória democrata, mas sem o controlo do Senado e da Câmara dos Representantes, “a reação imediata poderá, na verdade, ser positiva, uma vez que o mercado ficará aliviado pelo facto de as políticas populistas inflacionistas não poderem ser implementadas em nenhum dos cenários.”

Uma vitória de Donald Trump poderá favorecer petrolíferas do país e a banca, assim como empresas norte-americanas mais expostas ao país. Harris deverá beneficiar as empresas de energias renováveis, infraestruturas e ter um efeito positivo no mercado como um todo.

Se Harris ganhar com uma vitória limpa (controlo total do Congresso), “O impacto óbvio no mercado é uma recuperação nas ações de energia limpa” e um impacto positivo nas construtoras devido ao foco na habitação. “Os semicondutores também deverão reagir de forma mais positiva a uma medida de Harris, uma vez que limita o impacto de tarifas mais elevadas”, antecipa o analista do Saxo.

Os analistas do IG concordam que uma vitória democrata será mais favorável às empresas de energias limpas, enquanto Trump vai beneficiar as petrolíferas americanas, na medida em que pretende dar prioridade a um aumento da produção de petróleo e gás no país.

Para o setor tecnológico, o IG estima que com “o impacto pode ser misto. Potenciais guerras comerciais, especialmente com a China, podem prejudicar empresas com cadeias de abastecimento globais como a Apple e a Nvidia”. Já a “desregulamentação e a redução dos impostos corporativos poderiam beneficiar gigantes da tecnologia com mercados domésticos fortes”.

Com Harris, a vontade demonstrada pela candidata para regular a inteligência artificial pode criar alguma incerteza no curto prazo para empresas como a gigante Nvidia.

Ações ignoram ciclos eleitorais

Apesar do calendário eleitoral ter sempre impacto na negociação e causar alguma instabilidade nos mercados, a história mostra que o comportamento das ações norte-americanas tende a ignorar se o presidente é republicano ou democrata. Controlar Senado e Câmara dos Representantes, ou partilhar o poder também tem pouco impacto na evolução dos índices acionistas.

“A política pode suscitar fortes emoções e preconceitos, mas seria sensato que os investidores ignorassem o ruído e se concentrassem no longo prazo. Isto porque, embora os mercados possam ser voláteis em anos eleitorais, o partido político que ocupa a Casa Branca quase não fez diferença quando se trata de retornos de investimento a longo prazo“, escreve o Capital Group, numa análise ao impacto das eleições nas bolsas.

Segundo a gestora de ativos, “desde 1933, houve oito presidentes democratas e sete republicanos, e a direção geral do mercado foi sempre ascendente. Sair do mercado para evitar um determinado partido ou candidato no poder poderia ter prejudicado gravemente os retornos a longo prazo de um investidor.”

“Por definição, as eleições têm vencedores e perdedores claros. Mas os verdadeiros vencedores foram os investidores que evitaram a tentação de basear as suas decisões nos resultados eleitorais e permaneceram investidos a longo prazo“, remata o Capital Group.

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“IA tem potencial transformador incrível”, mas só 3% dos trabalhadores nacionais estão “prontos para o futuro”

Country manager da Adecco Portugal diz ao ECO que há mais razões para o otimismo do que para a preocupação em realção ao impacto da IA no trabalho. E apela ao investimento na requalificação.

Apesar do entusiasmo recente em torno da inteligência artificial, cerca de nove em cada dez trabalhadores portugueses estão receosos quanto ao seu futuro no mercado de trabalho, mostra um novo estudo da empresa de recursos humanos Adecco.

Em declarações ao ECO, a country manager para Portugal, Alexandra Andrade, assegura que há mais motivos para estar otimista do que preocupado, mas apela ao investimento urgente na requalificação do capital humano. Até porque a fatia de trabalhadores considerados “preparados para o futuro” ainda é muito magra.

Alexandra Andrade é country manager da Adecco Portugal.

“Acredito firmemente que existem mais razões para otimismo do que preocupação. Vejo esta transformação como uma oportunidade ímpar de crescimento e inovação“, sublinha a responsável, em declarações ao ECO na sequência da divulgação do estudo “Global Workforce of the Future“, que teve por base um inquérito realizado junto de 35 mil trabalhadores em 27 economias, incluindo Portugal.

Na visão de Alexandra Andrade, “a inteligência artificial possui um potencial transformador incrível“, abrindo a porta a um aumento da eficiência e a que os trabalhadores, livres de tarefas repetitivas, possam dedicar-se a funções mais estratégicas e criativas.

Porém, a country manager da Adecco Portugal atira que “é fundamental reconhecer que o impacto da inteligência artificial depende da forma como gerirmos a sua implementação“, sendo que, neste momento, existe uma “preocupação significativa” entre os trabalhadores, realça.

O nosso estudo revela que, apesar do entusiasmo em torno da IA, existe uma preocupação significativa: 93% dos colaboradores em Portugal expressam incertezas sobre a segurança no emprego.

Alexandra Andrade

Country manager da Adecco Portugal

De acordo com o referido estudo, 93% dos trabalhadores em Portugal expressam incertezas quanto a segurança no emprego, valor que está alinhado com a média global.

No entanto, enquanto noutros países a formação dos trabalhadores para estas novas ferramentas tecnológicas já está mais avançada, em Portugal o cenário é diferente. Na China, na Suíça e na Bélgica, 41% dos trabalhadores já receberam formação sobre a aplicação da inteligência artificial no trabalho, mas por cá apenas 14% trabalhadores estão nessa situação, valor que também está abaixo da média global (25%).

A explicar esse desfasamento está, nomeadamente, a dimensão das empresas portuguesas, que “muitas vezes não têm os recursos necessários para investir em formação tecnológica”, mas também a mentalidade empresarial, que “em alguns casos ainda não valoriza adequadamente o desenvolvimento contínuo, identifica Alexandra Andrade.

Formação em inteligência artificial

Média global de trabalhadores que já fizeram formação nesta área: 25%
Média portuguesa de trabalhadores que já fizeram formação nesta área: 14%

“Além disso, persiste uma ideia de que a inteligência artificial é algo distante ou reservado às grandes corporações, quando, na verdade, é uma ferramenta poderosa acessível a empresas de todos os tamanhos”, acrescenta a gestora.

Além do fosso na formação entre Portugal e os demais países, há a notar que apenas 3% dos trabalhadores que exercem funções por cá são considerados “preparados para o futuro”, segundo o inquérito da Adecco. Ou seja, são adaptáveis e têm as competências tecnológicas necessárias para “prosperar num mercado cada vez mais automatizado”. Globalmente, a média de trabalhadores prontos para o futuro é de 11%.

Estar preparado para o futuro significa ser adaptável, possuir competências tecnológicas e ter uma disposição constante para aprender.

Alexandra Andrade

Country manager da Adecco Portugal

“Estes dados sublinham a necessidade urgente de um investimento adequado em requalificação e na criação de um ambiente seguro para os trabalhadores. Se não fizermos isso, poderemos gerar mais ansiedade do que inovação“, argumenta Alexandra Andrade.

A gestora salienta que também cabe aos próprios trabalhadores serem proativos no seu desenvolvimento pessoal e profissional. “Esta atitude não só contribui para o seu crescimento individual, mas também para a evolução das organizações”, frisa a responsável da Adecco Portugal.

Alexandra Andrade considera ainda que os trabalhadores que estão prontos para o futuro não só aceitam a mudança, como a antecipam e procuram formas de utilizar as novas ferramentas para ser “tornarem mais eficientes e inovadores”.

IA permite poupar uma hora de trabalho por dia

A inteligência artificial não é um tema apenas de futuro. Pelo contrário, já está a ter impacto no trabalho, sendo que o estudo recente da Adecco indica que os empregados já estão a poupar, em média, uma hora por dia, à boleia desta tecnologia.

Os trabalhadores nos setores da energia, utilities e tecnologia limpa foram os que pouparam mais tempo, 75 minutos por dia, enquanto os do setor aeroespacial e de defesa foram os que apresentaram as menores poupanças, com 52 minutos por dia”, refere o relatório.

E acrescenta: “os trabalhadores na área da tecnologia pouparam, em média, 66 minutos diários, os dos serviços financeiros 57 minutos, e os da indústria transformadora 62 minutos por dia”.

Mas não basta olhar para o tempo poupado. Há que também ver o modo de como estão a ser utilizadas as horas que, entretanto, ficaram livres, com 28% dos trabalhadores inquiridos a afirmarem que as usam para trabalho mais criativo, 26% a dizerem que a inteligência artificial permite-lhes dedicar mais tempo ao pensamento estratégico e 27% a referirem que esta tecnologia ajudou a melhor o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional.

“No entanto, há indícios de que o tempo poupado graças à inteligência artificial nem sempre é usado de forma produtiva, com 23% dos utilizadores a afirmarem que continuam a lidar com o mesmo volume de trabalho”, alerta o mesmo estudo.

As empresas devem proporcionar formação contínua, assegurando que os colaboradores compreendem como utilizar as ferramentas de IA para gerar valor, em vez de simplesmente redistribuírem o tempo para tarefas operacionais.

Alexandra Andrade

Country manager da Adecco Portugal

Questionada sobre este ponto, a country manager da Adecco Portugal defende que a chave reside “numa gestão eficaz”. “As empresas devem estabelecer diretrizes claras e proporcionar formação contínua, assegurando que os colaboradores compreendem como utilizar as ferramentas para gerar valor, em vez de simplesmente redistribuírem o tempo para tarefas operacionais. Criar uma cultura que valorize atividades de maior impacto é essencial”, observa Alexandra Andrade.

Por outro lado, perante as referidas poupanças de trabalho, a responsável admite que a inteligência artificial pode levar a uma redução da carga horária, embora alerte que a transição para uma semana de trabalho reduzida não depende apenas da adoção de tecnologia, mas também de uma mudança cultural e estrutural nas empresas.

Um dos argumentos que é usado frequentemente contra a redução da semana de trabalho são os baixos níveis de produtividade de que padece a economia nacional. E também nesse ponto a inteligência artificial pode ajudar, assegura a country manger.

Contudo, é preciso (mais uma vez) que a adoção tecnológica seja acompanhada de estratégias de desenvolvimento de competências, assevera a mesma. “Caso contrário, o impacto na produtividade poderá ser limitado. Nunca podemos esquecer que as pessoas estão no centro de tudo“, remata Alexandra Andrade.

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TAP baixa juro em emissão de dívida e fica perto da Air France – KLM

Companhia aérea portuguesa passou teste dos investidores antes da privatização e conseguiu baixar custos de financiamento. Lufthansa é, dos três pretendentes, a que consegue juro mais baixo.

A TAP foi a semana passada ao mercado para emitir 400 milhões de euros em obrigações colocadas junto de investidores institucionais. O juro fixado é menor do que o da emissão anterior e ficou perto do que a Air France – KLM aceitou pagar este ano. Dos três pretendentes, a Lufthansa é a que tem custos de financiamento mais baixos.

Foi uma espécie de teste ao apetite dos investidores antes do processo de privatização, e a companhia aérea superou-o. Conseguiu vender 400 milhões de euros em títulos de dívida sénior, a reembolsar daqui a cinco anos, com uma taxa de cupão de 5,125%, inferior aos 5,625% que aceitou pagar em novembro de 2019 para emitir 375 milhões de euros, também com um prazo de cinco anos. O encaixe da nova emissão permitirá saldar a anterior.

Na altura, as taxas de mercado eram muito mais baixas: a referência, a taxa de juro de depósitos do BCE, era então de -0,5% e agora está em 3,25%. O que justifica então o juro mais reduzido? O risco financeiro da TAP, que é bem menor.

A TAP tem vindo a baixar o endividamento e a melhorar os resultados, o que se traduz numa desalavancagem das contas. Se há cinco anos, a dívida líquida era equivalente a 5,2 vezes o EBITDA (resultados antes de juros, impostos, depreciações e amortizações), no final de junho deste ano era 2,1 vezes.

Uma evolução que tem sido reconhecida pelas agências de rating, que desde março de 2022 têm vindo a melhorar a classificação da TAP. É o caso da Moody’s, que na última avaliação, feita em julho, elevou o rating para Ba3 e destacou o “perfil de liquidez muito mais forte, com a TAP a ter cerca de 1,1 mil milhões de euros no balanço, contra 426 milhões em 2019″.

Perto da Air France – KLM, mas ainda longe de IAG e Air France

O juro anual que a TAP ficará a pagar nos próximos cinco anos (5,125%) não ficou longe do que a Air France – KLM aceitou pagar em maio, quando emitiu 650 milhões, também a reembolsar em 2029, com uma taxa de 4,625%. Uma diferença de apenas 50 pontos base que reflete também o facto de a companhia franco-neerlandesa ter um rating da S&P Global dois níveis acima do da portuguesa.

Ao contrário da TAP, cujas obrigações só no dia 7 deverão chegar às mãos dos investidores, os títulos da Air France – KLM são transacionados no mercado. Aí, os investidores estavam a exigir uma taxa de 4,34%, já mais distante do cupão fixado para a emissão da transportadora aérea portuguesa, segundo dados da Refinitiv.

A Air France – KLM é um dos dois pretendentes à privatização, que o Governo pretende relançar até ao final do ano. Os outros dois, IAG e Lufthansa, têm custos de financiamento mais baixos.

A emissão do grupo dono da IAG e British Airways, com maturidade em março de 2029 (um prazo menor que a da TAP) tinha, na negociava sexta-feira a uma yield de 3,655%. Já a companhia alemã apresentava uma taxa de 3,359% para uma emissão com reembolso em julho de 2029. Ambas têm um rating de BBB-, já dentro das classificações de menor risco.

O futuro comprador da TAP irá ter influência nos custos de financiamento da companhia portuguesa.

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5 coisas que vão marcar o dia

O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros é ouvido na Comissão de Orçamento e Finanças no âmbito do OE2025. O dia será ainda marcado com o arranque da nova operadora, Digi, em Portugal.

No dia em que os ministros começam a ser ouvidos na Comissão de Orçamento e Finanças no âmbito do OE2025, a Corticeira Amorim apresenta os resultados do 3.º trimestre de 2024 e são igualmente conhecidos os resultados da oferta das obrigações do Sporting. Durante a tarde destaque para o lançamento da operação da Digi no país.

É a vez de Rangel explicar OE2025 na AR

O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, será ouvido na Comissão de Orçamento e Finanças, pelas 15h30 desta segunda-feira, no âmbito do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025) que já foi aprovado na generalidade, com a abstenção do PS. O debate da especialidade está marcado para o período compreendido entre 22 e 29 de novembro, data prevista para a votação final global do documento.

Digi inicia operação em Portugal

A nova operadora vai arrancar com a operação em Portugal, cerca de três anos depois de ter adquirido licenças 5G no país. Durante o evento, que decorrerá esta tarde num hotel da capital, a Digi promete revelar os “próximos passos em Portugal, com uma apresentação exclusiva” da oferta.

Corticeira Amorim apresenta resultados do 3.º trimestre

A Corticeira Amorim apresenta esta segunda-feira os resultados do 3.º trimestre de 2024 depois de ter fechado o primeiro semestre com uma quebra das vendas de 7% e um resultado líquido de 36,5 milhões de euros. Ainda assim, o grupo liderado por António Rios de Amorim conseguiu assegurar as receitas acima de 500 milhões de euros. Também é esperado que o banco Montepio divulgue os resultados dos primeiros nove meses do ano.

Finanças reúnem-se com sindicatos da Administração Pública

O Ministério das Finanças marcou uma reunião, para esta manhã, com os sindicatos que representam os funcionários públicos, para negociar a atualização da base remuneratória da administração pública. Frente Sindical da Administração Pública (Fesap) e Frente Sindical são recebidos nas Finanças esta segunda-feira.

Apresentação dos resultados da oferta das obrigações do Sporting

O dia fica ainda marcado pela apresentação dos resultados da oferta das obrigações do Sporting cujo período de subscrição terminou a 31 de outubro. Dias antes a SAD leonina anunciou o aumento da emissão obrigacionista de 30 milhões para 40 milhões de euros, em nota divulgada no site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

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Cofares implementou um plano de contingência para apoiar as farmácias e as pessoas afetadas pela DANA

  • Servimedia
  • 4 Novembro 2024

O stock de produtos essenciais e críticos foi reforçado e os armazéns de Valência e Castellón estão operacionais, embora com restrições de acesso.

A Cofares está a implementar um plano de contingência para ajudar as farmácias e as pessoas afetadas pela DANA (depressão isolada de níveis elevados), em particular na Comunidade Valenciana, com uma rubrica extraordinária de 12 milhões de euros, um reforço do stock de produtos essenciais e mais pessoal.

De acordo com este domingo, foi aprovada uma rubrica extraordinária de 12 milhões de euros para ajudar financeiramente as farmácias que sofreram danos materiais em consequência da DANA, incluindo o adiamento gratuito de todos os pagamentos devidos em novembro, cujo processamento será adiado para janeiro, sem qualquer custo para as farmácias.

Do mesmo modo, foram aprovados adiantamentos de tesouraria gratuitos durante seis meses e estão a ser estudadas outras iniciativas de apoio relacionadas com a gestão das farmácias, tais como facilitar o contacto dos associados com fornecedores que os ajudem a reconstruir as suas farmácias, a renovar equipamentos, etc.

Os armazéns de Cofares em Valência e Castellón estão operacionais, embora, devido às consequências extremas da tempestade, as entregas tenham sido condicionadas nestes dias pelas condições climatéricas, restrições de tráfego e acessos na zona. Neste sentido, foi dada prioridade às atividades essenciais de entrega de encomendas às farmácias, equilibrando as atividades não críticas aos centros da rede do grupo. Também estamos a colaborar com a Unidade Militar de Emergência (UME), a Guardia Civil, a Polícia e a Proteção Civil para aceder à Zona 0 da catástrofe: Chiva, Picanya e Requena. E a Guardia Civil escoltou reboques carregados de medicamentos e produtos sanitários até aos armazéns de Cofares para reabastecer o seu stock. Isto permitiu a realização de praticamente todos os percursos, com exceção de quatro, por se tratar de zonas intransitáveis, onde se está a trabalhar para identificar os pontos de acesso escoltados pela Guardia Civil e para estabelecer pontos de entrega.

O plano de contingência inclui também o reforço do stock de produtos essenciais e críticos, como alimentos para bebés, máscaras, luvas e outros produtos de primeira necessidade. De facto, durante o fim de semana, foi tratado o dobro do volume habitual de encomendas para um fim de semana normal. Além disso, o serviço de entrega nas farmácias foi reforçado com a adição de sete a dez veículos adicionais à frota da Aldaia, para cobrir a perda de veículos e reforçar o serviço. Este número será aumentado nos próximos dias com a incorporação de mais veículos de outros centros de trabalho de Cofares.

Outras medidas que foram levadas a cabo foram o reforço do pessoal com a incorporação de 15 novos empregados, o que significa um aumento de mais de 10% do pessoal, e o reforço dos turnos habituais com pessoal voluntário. Cofares também enviou três carregamentos de alimentos e água para o armazém de Aldaia para garantir o abastecimento dos trabalhadores e das suas famílias, muitos dos quais vivem na zona 0.

Ativou um sistema de comunicações por satélite, bem como uma contingência de rede 5G para resolver a indisponibilidade da rede de comunicações na zona 0 e, assim, manter as operações ativas.

Também está a colaborar com a plataforma de Puerto de Sagunto da AZA Logistics, que altruisticamente cedeu as suas instalações e pessoal nos primeiros momentos do surto da DANA para que Cofares pudesse receber e distribuir medicamentos.

Por seu lado, como é habitual em situações de crise, a Fundação Cofares também se mobilizou e está já a gerir a doação de produtos de higiene básica e de primeiros socorros a entregar nas zonas afetadas, com a colaboração da Farline (marca própria da Cofares), está a coordenar internamente várias necessidades de produtos para colaborar com a UEM e vai ainda centralizar as doações de produtos recebidos dos laboratórios farmacêuticos. A Fundação prevê ainda lançar, num futuro próximo, uma campanha de angariação de fundos na sua conta corrente (via Bizum ou através de pontos Fidelitas entre os seus membros) para as necessidades dos afetados pela tempestade.

O Presidente da Cofares, Eduardo Pastor, transmitiu a sua “dor e tristeza” às pessoas que sofreram perdas e danos, especialmente aos farmacêuticos. “Estamos a trabalhar 24 horas por dia para lhes dar todo o apoio e ajuda possível, incluindo a manutenção das nossas operações e medidas financeiras extraordinárias para apoiar as farmácias mais afetadas”, afirmou.

Agradeceu também às autoridades e às forças de segurança “por todo o apoio que nos deram desde o início, que foi essencial”, bem como à equipa de Cofares, que se deslocou aos seus centros e está a trabalhar “incansavelmente, apesar de ter sofrido, em muitos casos, com a devastação da tempestade”.

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Quatro seguradoras na corrida à compra da Esure

  • ECO Seguros
  • 3 Novembro 2024

A seguradora que vende 91% através de sites comparadores de preços foi colocada à venda pela gestora de fundos de investimento Bain. Ageas, Allianz, Aviva e os finlandeses da Sampo estão interessados.

A insurtech britânica Esure foi colocada no mercado pela sua atual proprietária, a gestora de fundos Bain Capital, que a adquiriu em 2018 por 1,21 mil milhões de libras. Segundo a Bloomberg, os conselheiros financeiros estão a lançar o valor de 1,5 mil milhões de libras e estão a procurar seguradoras com interesse em reforçar presença no Reino Unido.

Segundo a Bloomberg a Ageas estará na primeira linha após ter rompido a negociação com a Direct Line, uma concorrente da Esure. Também a Allianz e a Aviva são apontadas pela Bloomberg que revela que o Hastings Group, pertencente à gigante finlandesa Sampo, teria manifestado interesse em estudar a compra logo que se esta hipótese foi conhecida.

O Esuregroup faturou 2 mil milhões de libras em 2023, com prejuízo líquido de 60 milhões, mas está a crescer negócio 17% durante este ano. Com 102% de rácio combinado no ano passado e 92% em 2022, o grupo vende 91% dos seguros através de sites comparadores de preços e 8% através do canal direto.

Tem produtos automóvel e habitação e usa as marcas Esure, e First Alternative, como alternativas quanto ao perfil de risco dos clientes, e Sheilas’ Wheels claramente dirigido a mulheres automobilistas. O ramo automóvel significa 75% do seu negócio sendo o restante habitação.

Segundo dados recolhidos por ECOseguros, o mercado de seguro automóvel no Reino Unido vale 19 mil milhões de libras por ano, tendo como líder o AdmiralGroup (marcas Admiral, Bell e Diamond) com 13% de quota e 4,9 milhões de veículos segurados. Com cerca de 12% de quota estará a Direct Line, que também usa Churchill e Privilege como marcas e a Aviva que usa igualmente a Quotemehappy.com como canal comercial.

Nenhuma das partes quis confirmar as informações e não há data prevista para evolução do negócio.

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