Pedro Nuno Santos acusa Governo de se esconder atrás do Presidente da República

  • Lusa
  • 4 Novembro 2024

"Um Governo não se pode desculpar de não vir ao terreno com uma conversa, um acordo ou uma articulação com o senhor Presidente da República", sustentou o líder do PS.

O líder do PS acusou esta segunda-feira o Governo de se “esconder atrás do Presidente da República” para justificar a ausência de visitas aos bairros onde houve desacatos.

No final do dia que dedicou inteiramente a visitar bairros na Grande Lisboa, Pedro Nuno Santos foi questionado sobre a notícia da TSF segundo a qual o Presidente da República e o Governo decidiram conjuntamente que seria Marcelo Rebelo Sousa a visitar os bairros do Zambujal e da Cova da Moura, na Amadora, na sequência da morte de Odair Moniz.

A cooperação entre o Governo, o primeiro-ministro e o senhor Presidente da República tem que existir e, obviamente, faz sentido conversarem, mas um Governo não se pode desculpar de não vir ao terreno com uma conversa, um acordo ou uma articulação com o senhor Presidente da República”, sustentou.

Para o secretário-geral do PS, “o Governo não se pode esconder atrás de um Presidente da República”. Apesar de valorizar a visita de Marcelo Rebelo de Sousa, Pedro Nuno defendeu que é “importante também que o Governo assuma as suas responsabilidades”.

“No final do dia quem tem mais recursos, mais meios para ajudar a promover a integração, a coesão é o Governo”, enfatizou. De manhã, no final da visita ao Bairro do Zambujal, Pedro Nuno Santos já tinha criticado aquilo que identificou como um padrão que representa a ausência de Luís Montenegro do terreno.

“Há diferentes formas de estar na vida política. Uma delas é chamarmos aos nossos gabinetes representantes das associações que estão no terreno. Outra forma é ir ao terreno, não só reunir com as associações, mas ter contacto com as populações”, apontou. Para o líder do PS, “são duas formas diferentes de estar na política e fazem toda a diferença” porque o trabalho enquanto políticos será mais bem feito quanto maior for “a capacidade de ouvir o outro”.

Aparentemente, o Governo concertou com o senhor Presidente da República a vinda exclusivamente do senhor Presidente da República que, no quadro das suas competências, vai aonde entende e a sua presença é muito importante, mas isso não exclui a importância de quem tem o poder executivo também estar no terreno”, afirmou.

Pedro Nuno Santos defendeu que se ganhava mais se Luís Montenegro e os seus ministros fossem para o terreno e visitassem estes bairros porque “este não é um fenómeno lateral, não é um tema menor”. “É um tema da máxima importância para a vida nas nossas áreas metropolitanas, era muito importante que os membros do Governo viessem ao terreno, conhecessem os bons exemplos, conhecessem aquilo que não corre bem para depois terem as políticas certas”, apontou.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Digi promete preços mais baixos, mas serviço (ainda) é limitado

A empresa apresentou ofertas que podem ser combinadas em pacotes, ao gosto do consumidor, mas admitiu que ainda enfrenta algumas limitações. Não há rede no metro de Lisboa e só há 5G em zonas urbanas.

Serviços mais baratos, mas também mais limitados, são a proposta da Digi para os consumidores portugueses, pelo menos nesta primeira fase de lançamento. A empresa apresentou-se esta segunda-feira ao mercado português, metendo um ponto final em muitas das dúvidas que existiam sobre a sua oferta no país, nomeadamente os preços que vai praticar, mas suscitando outras (por exemplo, se há ou não canais da SIC na sua grelha de televisão).

Numa apresentação toda em inglês, três responsáveis da Digi vindos da Roménia e de Espanha revelaram que a empresa já investiu 400 milhões de euros em Portugal, incluindo os mais de 67 milhões de euros que aplicou na compra das licenças 5G, e que já tem 800 trabalhadores no país. Mas queixou-se de estar a enfrentar “barreiras” à sua entrada no mercado, incluindo estar há mais de um ano à espera de autorização para instalar antenas nos túneis do metro de Lisboa, onde, por ora, os seus clientes estarão impossibilitados de comunicar.

Ciente de que terá uma difícil tarefa pela frente na angariação de novos clientes, a Digi vai oferecer, até ao final deste ano e “sem compromisso”, um teste móvel gratuito com 75 GB de dados, com chamadas ilimitadas nacionais.

Quem ficar convencido, pode contratar o serviço móvel da Digi a começar nos 4 euros mensais por um cartão com 50 GB de dados, que acumulam e podem ser gastos até ao final do mês seguinte. De acordo com dados da Digi, 93% da população já está coberta com 2G e 4G, enquanto o 5G, que será disponibilizado a todos os clientes móveis gratuitamente, só chega a 40% da população, e exclusivamente em áreas urbanas.

Na fibra ótica, é possível contratar internet fixa com até 1 Gbps (gigabit por segundo) de velocidade por 10 euros por mês. A empresa promete disponibilizar velocidades até 10 Gbps em toda a rede ainda este ano, por 15 euros por mês. A contratação desta oferta pressupõe a permanência pelo prazo mínimo de três meses.

Valentin Popovicius, administrador da Digi na Roménia, e Marius Varzaru, CEO da Digi em EspanhaHugo Amaral/ECO

A Digi também vai ter uma grelha de televisão paga, disponível através de uma box, que, para já, terá funcionalidades básicas. A mensalidade é de 12 euros.

Estão disponíveis, para já, 60 canais, mas a empresa admitiu que, apesar de já ter acordo para distribuir os canais da TVI e da RTP, ainda não fechou contrato com a SIC. Ainda assim, não ficou claro se a Digi terá a SIC na grelha através da compra da Nowo. Futuramente será disponibilizada uma aplicação para ver televisão em dispositivos móveis.

Quem quiser ter telefone fixo poderá incluir esse serviço no pacote. Fica a mais um euro por mês, caso em que as chamadas são cobradas ao minuto. Chamadas ilimitadas ficam por dois euros mensais.

Em relação à Nowo, operadora que a Digi comprou em agosto por 150 milhões de euros, os responsáveis da operadora revelaram que a marca será totalmente integrada na Digi, não estando previstos despedimentos de trabalhadores. Os clientes da Nowo manterão a mesma oferta que têm atualmente.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Conheça os próximos cursos da APS para profissionais dos seguros

  • ECO Seguros
  • 4 Novembro 2024

Estas formações visam desenvolver competências técnicas e práticas, bem como atualizar os conhecimentos dos participantes. Confira aqui os detalhes de cada curso.

A Associação Portuguesa de Seguradores (APS) anunciou um conjunto de cursos para novembro e dezembro voltados a temas como segurança no trabalho, seguros de engenharia e automóvel e estatística aplicada. Estas formações visam desenvolver competências técnicas e práticas, bem como atualizar os conhecimentos dos participantes. Confira os detalhes de cada curso:

  • Avaliação do dano na pessoa em acidentes de trabalho será online e arranca já esta terça-feira e termina a 7 de novembro. Decorre entre as 9h00 e 12h00 e será lecionado a avaliação médica do dano na pessoa no âmbito de acidentes de trabalho, visto que envolve “um conjunto de responsabilidades, requisitos e metodologias que não podem ser descurados pelos profissionais que com ela lidam”. Para mais informações e inscrição, aqui.
  • Seguros de Engenharia decorre nos dias 7, 8, 11 e 12 de novembro das 9h15 às 12h45 na sede da APS, Lisboa. O programa oferece “uma abordagem prática” sobre estes seguros, “integrando a teoria com casos reais e exemplos concretos”. “O curso foca-se nas especificidades dos seguros de Avaria de Máquinas, Construção e Montagem, permitindo que os participantes adquiram conhecimentos básicos sobre o do clausulado dos vários sub-ramos de Engenharia.“, refere a associação. Para mais informações e inscrição, aqui.
  • O Seguro Automóvel e a Regularização de Sinistros também decorre na sede da APS, nos dias 20 e 21 de novembro entre as 9h15 e 17h15. Este curso oferece uma visão completa sobre os aspetos teóricos e práticos da regularização de sinistros no setor de seguros automóveis. Os participantes irão aprofundar competências relativas aos protocolos que regulam a convenção de regularização de sinistros, com o objetivo de melhorar a eficácia e a agilidade na resolução de sinistros de automóveis. Para mais informações, aqui.
  • Power Query aplicada à criação de modelos de dados para relatórios dinâmicos no setor segurador será na sede da APS nos dias 21, 26 e 28 de novembro e 3 de dezembro entre as 17h30 e 20h30. Como indica o nome irá formar os participantes nas ferramentas de Power Query através de exemplos com ligação à área dos seguros, abordar formas de melhorar trabalhos já existentes, utilizá-la para obter dados de várias fontes, “trabalhá-los e gerar bases padronizadas de dados que permitam gerar informação útil num só clique” e promover a resolução de casos práticos na realidade dos seguros. Para mais informações, aqui.
  • Estatística e Atuariado para Não Atuários – Ramos Não Vida será lecionado com formador online nos dias 5, 6, 9 e 10 de dezembro das 9h15 às 13h00. Este curso introdutório a métodos estatísticos e atuariais aborda conceitos básicos aplicáveis ao setor segurador para os ramos não vida. Com ele, os participantes poderão compreender melhor as ferramentas atuariais essenciais para análise de dados. Para mais informações aqui.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Presença de Guterres na Rússia não foi “uma fórmula feliz”, diz Rangel

  • Lusa
  • 4 Novembro 2024

O secretário-geral da ONU "tem de manter relações com qualquer parte, mesmo com as mais problemáticas, mas há muitas fórmulas de o fazer e de dar sinais", disse ainda o ministro no Parlamento.

O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, considerou esta segunda-feira que a presença do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, na Rússia, para a cimeira dos BRICS, “não foi uma fórmula feliz”.

Durante a audição parlamentar conjunta nas comissões de Orçamento, Finanças e Administração Pública, dos Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas e dos Assuntos Europeus, no âmbito do Orçamento do Estado 2025 (OE2025), o deputado do PSD Bruno Ventura questionou o ministro sobre a deslocação de Guterres a Kazan, na Rússia, durante a cimeira dos BRICS (bloco das principais economias emergentes), em finais de outubro, quando este esteve ausente da cimeira da paz, organizada pela Ucrânia, na Suíça, em junho passado.

“Tenho sido um grande defensor do secretário-geral das Nações Unidas”, comentou Paulo Rangel, que considerou que o facto de Guterres “não ter ido à conferência de Zurique e depois ir ao encontro dos BRICS é algo que cria problemas”.

“Não foi uma fórmula feliz. Estou e estarei ao lado dele, como estive no passado”, sustentou o governante, ressalvando que a sua posição “não é uma crítica”. O secretário-geral da ONU, acrescentou, “tem de manter relações com qualquer parte, mesmo com as mais problemáticas, mas há muitas fórmulas de o fazer e de dar sinais”.

“Ou se vai a tudo ou então tem de se ter algum critério”, destacou. Ainda durante o debate no parlamento, já em resposta ao deputado socialista João Paulo Rebelo, que denunciou “campanhas de desacreditação das Nações Unidas e do seu secretário-geral”, Rangel mencionou ainda: “Acho que [António Guterres] deveria ter ido à cimeira de Zurique? Acho que devia. Preferia que tivesse ido”.

“Estou muito à vontade, porque tenho sempre defendido o secretário-geral. [Isto] não é criticá-lo, não é enfraquecê-lo”, continuou. “Não associo nenhuma crítica ao facto de ele ter ido aos BRICS. Era bom que tivesse havido também esse gesto com a Ucrânia”, reforçou. A deslocação de Guterres à Rússia, durante a qual se encontrou com o Presidente russo, Vladimir Putin, motivou críticas de Kiev, que recusou uma visita do líder das Nações Unidas à Ucrânia.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Operadora espanhola MasOrange procura fornecedor exclusivo de seguros

  • ECO Seguros
  • 4 Novembro 2024

A companhia tem acordos com várias seguradoras. A sua intenção é simplificar esta estrutura para tornar o seu negócio mais eficiente ao gerir todas as apólices através de um único produtor. 

A operadora espanhola MasOrange está à procura de um parceiro para unificar o seu negócio de seguros e, por isso, autorizou a consultora PwC a iniciar um processo de seleção aberto a qualquer seguradora interessada em ser seu fornecedor exclusivo de apólices de seguro. Esta notícia foi avançada pelo jornal espanhol El Confidencial (acesso pago), numa altura em que a empresa aposta na introdução de novos produtos e otimização dos serviços (como os seguros) em resposta às dificuldades de crescer no mercado já saturado dos tarifários de telemóvel e internet cujo pouco crescimento vem da troca de operadora – batalha a ser ganha pela Digi – lançada esta segunda-feira em Portugal – pela sua estratégia de produtos low-cost.

A empresa de telecomunicações resultante da fusão da Orange e MásMóvil tem atualmente acordos com várias seguradoras. Do lado da Orange colabora com a Zurich e do lado da MásMóvel com a Caser. Ambas estão ainda associadas à Mapfre. A intenção do grupo é simplificar esta estrutura para tornar o seu negócio mais eficiente ao gerir todas as apólices através de um único produtor.

Estas seguradoras parceiras podem candidatar-se, mas o acordo pode ser assinado com outra companhia que ofereça condições mais vantajosas. Segundo o jornal espanhol, há várias empresas de peso interessadas em apresentar a sua candidatura.

Contactadas pelo jornal, fontes do mercado indicam que operadora pediu informações sobre o modelo de negócios e credenciais às interessadas para fazer uma lista de candidatos e, após selecionar a seguradora parceira, os parceiros pensarão em conjunto em que estrutura se realizará a operação. Entre as opções está a possibilidade de criar uma joint venture entre a operadora e a seguradora escolhida.

À frente da expansão do negócio além das telecomunicações, procurando precisamente a incorporação de novos produtos e otimização dos já existentes está o ex-diretor-geral do El Corte Inglés, Víctor del Pozo, contratado para o cargo de diretor-geral de Invocação, Alianças e Novos Serviços.

Importa notar que Orange e a MásMóvil ainda operam como marcas separadas mesmo após a fusão. Em conjunto, oferecem apólices de seguro para habitação, saúde, comércio, roubo de telemóveis ou quebra de ecrãs, entre outras. Após a seleção da seguradora, o objetivo é manter a atividade em todos estes segmentos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo britânico anuncia primeiro aumento de propinas universitárias em oito anos

  • Lusa
  • 4 Novembro 2024

As propinas universitárias atuais têm um teto de até 9.250 (11 mil euros), valor congelado desde 2017. Pedidos de vistos de estudo em agosto, o mês com maior procura, caíram 17%.

O custo das propinas universitárias no Reino Unido vai aumentar 2,7% no próximo ano letivo para 9.535 libras (11.336 euros) anuais, o primeiro aumento em oito anos, anunciou esta segunda-feira a ministra da Educação, Bridget Phillipson, no parlamento. As propinas universitárias atuais têm um teto de até 9.250 (11 mil euros), valor congelado desde 2017.

A comunicação social britânica noticiou que o valor deverá continuar a aumentar com a inflação, chegando às 10.500 libras (12.500 euros) anuais em 2029. O aumento das propinas foi anunciado dias depois de a ministra das Finanças, Rachel Reeves, apresentar um orçamento do Estado que prevê subida de impostos num valor estimado em 40 mil milhões de libras (47,6 mil milhões de euros).

A ministra da Educação sublinhou que a decisão visa “restabelecer a estabilidade do ensino superior, consolidar os seus alicerces e promover a mudança”, referindo que o valor foi recomendado pelo órgão regulador Gabinete do Estudante. A crise de financiamento das universidades britânicas causada pelo congelamento do valor das propinas foi agravada pela grande queda no número de estudantes estrangeiros, que pagam propinas mais elevadas do que os britânicos.

Esta quebra é o resultado de regras introduzidas pelo Governo anterior liderado pelo conservador Rishi Sunak que tornaram mais difícil para os estudantes internacionais trazerem as respetivas famílias para o Reino Unido com o objetivo de reduzir a imigração. Dados da Agência de Estatísticas do Ensino Superior indicam que os pedidos de vistos de estudo em agosto, normalmente o mês com maior procura, foram 17% mais baixos em 2024 do que em 2023.

Os estudantes internacionais de licenciaturas pagam propinas anuais de entre 11.400 e 38.000 libras (13.600 e 45.300 euros). Bridget Phillipson prometeu também publicar novas medidas neste setor nos próximos meses porque “o investimento só pode vir acompanhado da promessa de uma grande reforma”.

A contribuição do ensino superior para a nossa economia, para as nossas comunidades e para o nosso país deve crescer e reforçar-se. Para isso, é necessário que as universidades se esforcem mais por alargar as oportunidades aos estudantes desfavorecidos, tanto no que se refere à expansão do acesso como à melhoria dos resultados”, vincou. Em 2010, o aumento das propinas universitárias originou protestos violentos de estudantes.

Favorável à abolição das propinas universitárias quando se candidatou a líder do Partido Trabalhista, em 2020, o atual primeiro-ministro, Keir Starmer, recuou nessa promessa no ano passado devido à situação precária das finanças públicas, optando por dar prioridade ao sistema de saúde público. Desde 1998 que o sistema de propinas universitárias funciona como um empréstimo, o qual os estudantes ficam comprometidos a reembolsar de acordo com o rendimento após a conclusão do diploma.

Os licenciados começam a liquidar a dívida quando o rendimento anual bruto ultrapassar 25.000 libras (30.000 euros), pagando 9% da diferença entre o valor limite e o salário real, o que equivale normalmente a algumas dezenas de libras por mês. A dívida pendente no final de 40 anos é anulada pelo governo.

Segundo um relatório produzido pela Câmara dos Comuns (câmara baixa do parlamento), no final de março, o valor dos empréstimos pendentes era de 236 mil milhões de libras (281 mil milhões de libras).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

5ª Conferência ECOseguros: Como os mediadores estão a reduzir lacunas de proteção

  • ECO Seguros
  • 4 Novembro 2024

Na 5ª Conferência ECOseguros o papel dos agentes de seguros foi aprofundada do lado tecnológico, do banca assurance e dos agentes de subscrição. Como podem estes reduzir protection gaps.

O painel que juntou João Barbosa, Chief Marketing Officer RandTech Computing, Ricardo Azevedo, Diretor Técnico Innovarisk e José Miguel Costa, especialista em Seguros do Eurobic Abanca, com a moderação de Filipe Charters de Azevedo, líder da Safe-Crop, focou o papel da mediação.

“O que podem fazer as seguradoras para ajudar a mediação a minorar gaps de proteção” foi o segundo painel da 5ª Conferência Anual ECOseguros. Com moderação de Filipe Charters de Azevedo, CEO da Safe-Crop e tendo como oradores João Barbosa, Chief Marketing Officer RandTech Computing, Ricardo Azevedo, Diretor Técnico Innovarisk e José Miguel Costa, especialista em Seguros do Eurobic Abanca, o painel debateu com vivacidade os esforços que estão e devem ser feitos do lado da mediação de seguros para reduzir os protection gaps.

Veja, ou reveja o painel:

A 5ª Conferência ECOseguros com o tema geral “Os seguros como parceiros do crescimento económico e da proteção social” teve lugar na passada semana em Lisboa, no Centro Cultural de Belém.

Empresas que viabilizaram a Conferência

A 5ª Conferência ECOseguros foi possível devido ao apoio recebido de importantes protagonistas do setor segurador, permitindo o acesso gratuito aos profissionais inscritos. As companhias de seguros apoiantes foram a Ageas Seguros, Allianz, Azuaga, BPI Vida e Pensões, Caravela, CA Seguros, Fidelidade, GamaLife, Generali Tranquilidade, Mgen, Mútua Saúde, Prévoir e Real Vida.

Entre as corretoras e mediadoras de seguros, apoiaram a 5ª Conferência a Innovarisk Seguros, MDS, NacionalGest e Universalis/Acrisure.

Entre as tecnológicas estiveram Cleva, lluni, MPM e RandTech Computing.

Entre protagonistas especiais na área dos seguros estiveram presentes a Broseta – Advogados, EY, Future HealthCare e NTT Data.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Setseguros vai contestar coima aplicada pela ASF

  • ECO Seguros
  • 4 Novembro 2024

À corretora de Setúbal foi aplicada uma coima de 20 mil euros pela não apresentação, no seu website, dos relatórios e contas dos últimos 5 anos. A Setseguros já pagou mas vai reclamar.

A Setseguros, corretora de seguros sediada em Setúbal, sofreu a aplicação pela ASF de uma coima no valor de 20.000 euros pelo “incumprimento do dever de publicação, no respetivo sítio da Internet, dos documentos de prestação de contas, por referência aos exercícios económicos de 2018, 2020, 2021, 2022 e 2023”.

Outra infração punida pela ASF foi a falta à obrigação de “em relação à atividade exercida no ano imediatamente anterior, enviar anualmente à ASF, até 15 dias após a aprovação das contas, o relatório e contas anual, o parecer do órgão de fiscalização e o documento de certificação legal de contas emitido pelo revisor legal de contas e os demais elementos definidos em norma regulamentar da ASF”.

Contactado por ECOseguros, Victor Silva, gerente da Setseguros, afirmou que, para a poder contestar, já pagou a coima que a ASF “considerou reduzida”. Contesta por não concordar com a segunda acusação. “Apesar de algumas dificuldades técnicas – que suspeito não sermos os únicos a ter – temos entregado sempre os relatórios à Autoridade Tributária e à ASF atempadamente”, disse.

Já em relação à publicação de todos os relatórios no website da Setseguros, Victor Silva disse estarem quase disponíveis no site, o que vai acontecer logo que uma companhia de software que começou recentemente a trabalhar com a Setseguros o concretize.

O facto é que a atualização do site não estava a ser feito há muito tempo, o que incluía inserir os relatórios anuais, e ninguém reparou”, confessou Victor Silva, que agora vai apelar a uma redução da coima já paga à ASF.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Concurso das redes de distribuição elétricas deve ficar para depois das autárquicas

O relatório com as propostas para o modelo do concurso deverá estar do lado do Governo ainda este ano.

O presidente da Comissão de Coordenação para a Baixa Tensão (CCBT), Nuno Ribeiro da Silva, que conta entregar um relatório ao Governo sobre este tema em dezembro, avisa que o concurso deverá resvalar para depois das autárquicas de 2025, com base no próprio testemunho das câmaras, que são “centrais” no processo.

As autárquicas, a realizar-se em outubro do próximo ano, são “um aspeto que desfoca os donos da concessão deste tema”, afirmou Nuno Ribeiro da Silva, em declarações aos jornalistas, à margem da conferência Portugal Renewable Energy Summit. A própria Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) reconhece que o contexto de autárquicas “é uma má altura” para avançar o concurso da baixa tensão, reforça Ribeiro da Silva, ao mesmo tempo que descreve as câmaras como “atores centrais do processo”.

Nesse sentido, o presidente do grupo de trabalho concede que o concurso deverá resvalar para depois das eleições para as câmaras, mas ressalva que “depende dos alertas do relatório” e “do modelo que acabe por vigorar”. Em última instância, a decisão sobre a calendarização está nas mãos do Governo, assinala.

Ribeiro da Silva está à frente do grupo de trabalho que irá apresentar uma nova proposta de calendarização e de linhas orientadoras para o concurso das linhas elétricas de baixa tensão, aquelas que chegam às casas. O prazo de 15 de novembro, dentro do qual é suposto o Governo receber o relatório, deverá ser cumprido, garante o presidente.

Durante a sua intervenção no painel “Plano de Ação das Redes”, que teve lugar na mesma conferência, o presidente afirmou que “o que nasce torto, tarde ou nunca se endireita“, referindo-se aos pressupostos do concurso que já são conhecidos e que o grupo de trabalho que chefia está agora a reavaliar.

Contudo, à margem, esclarece que não planeia “deitar ao lixo o que está feito”. Ao mesmo tempo, há novos fatores a considerar, como o Plano de Ação para Redes da Comissão Europeia, as metas do Plano Nacional de Energia e Clima 2030 ou as novas diretivas de Cibersegurança que estão a ser desenvolvidas a nível europeu, acrescenta.

Questionado sobre a possibilidade de divisão do território em mais do que uma área de concessão, Ribeiro da Silva não desvenda, mas assinala que existem relatórios apresentados por entidades como o próprio regulador que apontam para a possibilidade de até oito áreas de concessão. “Quando isso acontece, significa que não há evidência de caminho indiscutível e lógico”, pontua.

Em paralelo, concede que as preocupações em relação à eficiência da rede, levantadas pelo colega de painel, José Ferrari Careto, CEO da E-Redes – empresa para já detentora das redes de distribuição – estão suportadas por estudos independentes. “Se porventura vier a resultar deste processo a separação entre baixa e média tensão, estou certo que o sistema será menos eficiente do que é hoje. É um tema que tem de ser muito bem ponderado”, avisou Careto. “É um problema crítico”, afere Ribeiro da Silva.

Investimento nas redes de distribuição dispara 50%

O presidente da E-Redes revelou que a proposta feita por esta empresa quanto ao investimento a realizar nos próximos anos na rede de distribuição elétrica pressupõe um reforço de investimento de cerca de 50% face ao anterior plano, apresentado em 2019/2020. “É o limite mínimo necessário para responder aos desafios lançados pelo PNEC“, vincou.

Confrontado com a dimensão do aumento, o gestor considera-o “comedido”, na medida em que um relatório da EY, entregue à associação Eurelectric, fala de uma duplicação dos investimentos em redes na Europa face ao histórico, acima destes 50%. Além disso, a empresa calcula que este reforço do investimento não fará aumentar as tarifas da eletricidade.

João Conceição, COO da REN, que também esteve presente na discussão, realçou que os operadores das redes se têm deparado com problemas relevantes no que diz respeito à mão de obra e que têm lidado com custos crescentes. “Desde o período da covid-19 aumentou o preço [dos equipamentos] em 20 a 30%”, que está agora a estabilizar.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Eurogrupo pede uso “cuidadoso” de políticas industriais para não afetar mercado na UE

  • Lusa
  • 4 Novembro 2024

"A utilização generalizada de políticas industriais, em especial a nível nacional, deve ser evitada, uma vez que pode comprometer o mercado único”, defendem os ministros das Finanças do euro.

O Eurogrupo pediu esta segunda-feira o uso “cuidadoso” de políticas industriais, como ajudas públicas às economias, para evitar prejudicar o mercado único da União Europeia (UE), numa altura de “pressão competitiva” face aos concorrentes Estados Unidos ou China.

“O ressurgimento da política industrial em todo o mundo nos últimos anos é característico de uma tendência global para garantir a liderança tecnológica, descarbonizar a economia e reduzir as dependências num contexto de crescentes tensões geopolíticas. Concordamos que a utilização generalizada de políticas industriais, em especial a nível nacional, deve ser evitada, uma vez que pode comprometer o mercado único”, defendem os ministros das Finanças do euro, numa posição divulgada esta segunda-feira.

“Concordamos que, em casos específicos, a política industrial pode colmatar as falhas do mercado e reforçar a nossa resiliência e autonomia estratégica aberta, mas deve ser cuidadosamente concebida, associada a condições-quadro adequadas para as empresas e corretamente aplicada para evitar riscos”, vincam.

Depois de, nos últimos anos, terem sido aliviadas apertadas normas comunitárias como as em matéria de concorrência para possibilitar ajudas públicas dos Estados-membros face à pandemia de covid-19 ou à guerra da Ucrânia causada pela invasão russa, o Eurogrupo sublinha que “deve ser mantida uma aplicação efetiva das regras da UE em matéria de auxílios estatais para garantir condições de concorrência equitativas”.

Isto porque, argumentam estes governantes, podem estar em causa “procura de rendimentos, a má afetação de recursos e as distorções comerciais”. “Além disso, as políticas industriais devem ser limitadas no seu âmbito, orientadas para o futuro, destinadas a criar um ambiente empresarial favorável para estimular o investimento e centradas nas tecnologias e setores e não em empresas individuais”, adiantam.

A posição surge a poucos dias de um Conselho Europeu informal em Budapeste, que será dedicado ao tema da competitividade e no qual se tentará aprovar um novo acordo para a UE poder concorrer com potências como Estados Unidos e China. Esta semana é ainda marcada pelas eleições norte-americanas.

Washington e Pequim são mencionados na posição conjunta do Eurogrupo, na qual se lê ainda que, “ao longo dos anos, o fosso de produtividade aumentou entre a UE e os seus parceiros comerciais, como os Estados Unidos da América, enquanto economias emergentes como a China continuam a aumentar a pressão competitiva”.

“Em resposta, consideramos prioritário resolver o problema do fraco desempenho da Europa em termos de produtividade, facilitando as condições para que as empresas europeias invistam e inovem. O défice de produtividade da UE resulta de um ecossistema de inovação atrasado, que levou a que a UE ficasse para trás em setores de elevado valor acrescentado, em especial nas tecnologias da informação e da comunicação e nas indústrias digitais”, dizem ainda.

Portugal esteve representado nesta reunião pelo ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo aumenta em 50% verbas destinadas a reforçar representação portuguesa na Europa

Ministério dos Negócios Estrangeiros reforçou bolsas no Colégio da Europa e verbas destinadas a reforçar a presença de portugueses nas instituições europeias em 50%.

O Governo vai reforçar em 50% as bolsas no Colégio da Europa e as verbas destinadas a reforçar a presença de funcionários portugueses nas instituições europeias. A confirmação foi avançada esta segunda-feira pela secretária de Estado dos Assuntos Europeus, Inês Domingos, que garante que a estratégia prende-se com a necessidade de “melhorar a situação” a nível da falta de representação portuguesa nas instituições europeus.

O anterior Governo deixou a nível bastante fraco [a representação portuguesa] e depois acordou um bocado tarde“, afirmou a responsável durante a audição na Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública, na Assembleia da República. Segundo Inês Domingos, a atual representação europeia é “muito fraca” e em nada “beneficia” o país. Em julho, a Comissão Europeia revelava que a representação portuguesa nas instituições europeias era equivalente a 2,7%, sendo que o objetivo é chegar a 3,1%.

Assim, no Orçamento do Estado para 2025, o Governo prevê reforçar duas áreas. Por um lado, as bolsas de instituições de ensino relacionadas com a União Europeia, nomeadamente, o colégio da Europa e o instituto universitário europeu, de 300 mil euros em 2024 para 450 mil em 2025. E depois, um reforço em 50% da dotação centralizada na Presidência do Conselho de Ministros para 1,4 milhões de euros, da qual parte servirá para financiar o destacamento de trabalhadores da Administração Pública para as instituições europeias ou outras organizações internacionais, explicou a responsável.

Perante a falta de representação portuguesa e de outras nacionalidades nas instituições europeias, o Governo de António Costa firmou, em 2023, um plano e compromisso com a Comissão Europeia no sentido de melhorar este equilíbrio geográfico. O plano apresenta pormenores sobre a presença de cidadãos portugueses na Comissão e descreve as medidas a adotar por Portugal e pela Comissão, bem como medidas conjuntas.

Ao que o ECO apurou junto de fonte oficial da Comissão Europeia, o executivo comunitário está neste momento a finalizar uma avaliação do impacto destas medidas por forma a perceber a sua eficácia. Com base nas conclusões conjuntas da avaliação, será discutida a possibilidade de incluir outras medidas para além das já previstas nos planos de ação. Os resultados deverão ser conhecidos ainda este ano.

MNE destaca “contas despertas” e aumento de 10% para política externa

O ministro dos Negócios Estrangeiros destacou esta segunda-feira no Parlamento o aumento de 10,1% da verba destinada à política externa em 2025, para 472,9 milhões de euros, num Orçamento do Estado de “contas despertas” e num contexto “hostil e complexo”.

“Em termos globais, o Orçamento aumenta 10,1%, em relação ao ano anterior, prevendo uma dotação de 472,9 milhões de euros, mais 43,5 milhões de euros do que a estimativa de execução de 2024, que deverá alcançar os 429,2 milhões de euros, no final do ano”, anunciou Paulo Rangel, numa audição conjunta nas comissões de Orçamento, Finanças e Administração Pública, dos Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas e dos Assuntos Europeus, no âmbito do Orçamento do Estado 2025 (OE2025).

Na sua intervenção inicial, o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros assinalou que o momento atual é “especialmente difícil e desafiante da vida internacional e mundial” e em que Portugal precisa de “estabilidade, previsibilidade, equilíbrio e moderação”.

“Um momento em que Portugal tem de se diferenciar pelas contas credíveis, mas com um impulso reformista e de mudança. Um orçamento que, dando estabilidade, previsibilidade e credibilidade – para as quais contribuiu e decerto contribuirá o Partido Socialista – põe o país em movimento”, destacou.

Estas “contas certas”, continuou, “não são as contas estagnadas dos impostos altos e das cativações gordas, não são contas dormentes, são as contas despertas”, que “despertam o país para o crescimento, põem o Portugal dinâmico e ambicioso em movimento”.

Instituto de Camões terá 90 milhões

O ministro dos Negócios Estrangeiros (MNE) português referiu que em 2025 o Camões – Instituto da Cooperação e da Língua vai ter 50,4 milhões de euros para cooperação internacional e 39,3 milhões para promoção da língua portuguesa.

“Tendo em conta a importância da cooperação internacional e a promoção da língua e cultura portuguesa, este orçamento [Orçamento de Estado para 2025] conta com a inscrição no Instituto Camões de 50,4 milhões de euros e 39,3 milhões de euros, respetivamente“, anunciou hoje Paulo Rangel, no início do debate na especialidade do OE no parlamento.

No domínio da cooperação, “o valor mantém-se face a 2024”, admitiu o chefe da diplomacia portuguesa. “Continuaremos a concretizar parcerias com todos os atores relevantes, no plano nacional [ONGD, autarquias, setor privado, fundações e mundo académico], mas também na União Europeia [via cooperação delegada] e multilateral [via cooperação triangular]”, acrescentou.

Paulo Rangel reafirmou que “a aposta na cultura e língua portuguesa é uma prioridade inequívoca” do Executivo e do OE2025.

Assim, “no domínio da língua e cultura, o valor aumenta cerca de 2%”, afirmou, destacando o “Programa Português no Mundo, a ação cultural externa, o Programa ‘Português Língua Herança’, programas transversais do Departamento de Língua e Cultura e o Centro Virtual Camões”, realçou.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Filhos de idosos em lares que pagam parte da mensalidade podem pedir fatura com o seu NIF

  • Lusa
  • 4 Novembro 2024

Autoridade Tributária indica que é possível emitir fatura a cada um dos filhos de uma utente, na parte assumida por estes na mensalidade do lar.

Os filhos de idosos que residem em lares e contribuam para o pagamento da mensalidade podem pedir que a fatura seja emitida com o seu NIF, no valor correspondente à parte que suportam.

A questão fiscal foi colocada à Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) por uma Estrutura Residencial para Pessoas Idosas (ERPI) que quis saber se lhe era possível emitir fatura a cada um dos filhos de uma utente, na parte assumida por estes na mensalidade do lar.

Até agora, refere o pedido de informação vinculativa enviado pela ERPI, o valor integral tem sido faturado “sempre em nome da utente”, adiantando, contudo, que tem sido questionada “relativamente à parte que é assumida pelos filhos, uma vez que a utente não tem rendimentos para fazer face ao valor do encargo pago mensalmente”.

Na resposta da AT, divulgada esta segunda-feira, é referido que a fatura que titula a prestação de serviços “deve ser emitida ao respetivo destinatário dos serviços prestados”, sendo que “na circunstância do utente não coincidir contratualmente com o destinatário do serviço, no todo ou em parte, deve ser emitida fatura, em nome e com o número fiscal de cada um, pelo valor do encargo efetivamente suportado”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.