Apenas 5% das pessoas utilizam IA para aceder a notícias

  • + M
  • 28 Junho 2024

Segundo o estudo do Reuters Institute for the Study of Journalism, a maioria das pessoas espera que as notícias produzidas maioritariamente através de IA sejam menos confiáveis e transparentes.

Apenas 5% das pessoas usam ferramentas de inteligência artificial (IA) para ter acesso às últimas notícias. No entanto, 24% utilizam estas ferramentas para ter acesso a informação e 28% já as utilizou para criar algum tipo de conteúdo, seja texto, áudio, código, imagem ou vídeo.

As conclusões são do relatório “What does the public in six countries think of generative AI in news?“, do Reuters Institute for the Study of Journalism (RISJ), que inquiriu cerca de 12 mil pessoas na Argentina, Dinamarca, EUA, França, Japão e Reino Unido.

Segundo este relatório, a maioria das pessoas espera que as notícias produzidas maioritariamente através de IA sejam menos confiáveis e transparentes, mas mais atualizadas e “baratas” para quem as produz.

A maioria das pessoas mostra-se também “mais confortável” com notícias produzidas por jornalistas humanos do que por IA. Os inquiridos mostram-se mais confortáveis com notícias produzidas por IA com alguma supervisão humana caso se tratem de “soft news“, relacionadas com assuntos como moda ou desporto.

Por outro lado, as pessoas sentem-se menos confortáveis pela utilização de inteligência artificial em temas mais “difíceis” como assuntos internacionais, criminais e, principalmente, políticos.

A grande maioria dos inquiridos considera que as notícias produzidas com recurso a inteligência artificial, ainda que parcial, devem ser rotuladas como tal, sendo que apenas 5% não concordam.

Entre os inquiridos, 43% consideram que os jornalistas utilizam frequentemente a IA para editar ortografia e gramática, 29% para escreverem títulos ou manchetes e 27% para escrever um artigo.

O estudo concluiu ainda que o ChatGPT, da OpenAI, é o tipo de ferramenta de inteligência artificial mais utilizado em todos os países alvo de estudo, sendo duas ou três vezes mais usado do que o Google Gemini ou o Microsoft Copilot.

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Cavaco Silva defende eleições antecipadas para desbloquear impasse político

  • ECO
  • 28 Junho 2024

Ex-Presidente da República considera inviável para o atual Governo, de apoio minoritário e com dificuldades em entender-se com a oposição, implementar políticas que visem o crescimento económico.

Num artigo de opinião publicado no Expresso, Cavaco Silva identifica as políticas necessárias para a melhoria do bem-estar das famílias portuguesas na próxima década, cruzando-as com cinco cenários políticos que vê como mais prováveis no futuro. Para o ex-Presidente da República, a probabilidade de sucesso é “muito alta” apenas se houver um governo com “apoio maioritário” no Parlamento, na sequência de “eleições legislativas, antecipadas ou não”.

Embora seja apoiante de Luís Montenegro, Cavaco Silva considera que a atual situação política — um Governo com apoio minoritário e com “dificuldade de entendimento” com a oposição — torna inviável a aplicação de políticas públicas orientadas para o crescimento económico.

“Sem a predominância de um governo que atribua prioridade ao crescimento da produção interna, da produtividade e da competitividade externa e goze de apoio maioritário na Assembleia da República ou que, sendo minoritário, beneficie de um compromisso de regime entre os partidos que o apoiem e partidos da oposição, o bem-estar das famílias portuguesas, nas suas diferentes dimensões, continuará, no fim da próxima década, muito afastado dos países mais ricos da União Europeia“, escreveu o antigo Chefe de Estado. Aponta que a questão que “vale um milhão de dólares” é “qual a probabilidade, muito alta, alta, média, baixa ou muito baixa, de serem adotadas as políticas públicas certas”.

Depois de apresentar a sua visão do que devem ser as políticas económicas nos próximos dez anos, Cavaco questiona também “quais os poderes executivo e legislativo do nosso sistema político que estarão em funções nos anos da próxima década detentores das competências para decidir e executar as diferentes políticas”. Entre as várias hipóteses apontadas, vê como principal aquela em que o governo em funções, “independentemente da sua orientação partidária”, considere “determinante” para o bem-estar das famílias portuguesas “o crescimento da produção interna, da produtividade e da competitividade externa”.

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Turistas ainda não têm “sustentabilidade no mindset”, mas aposta é inevitável

  • Capital Verde
  • 28 Junho 2024

Tecnologia, inovação e cooperação terão papel decisivo na adoção de boas práticas de sustentabilidade pelo setor do turismo, defendem especialistas.

O preço e as características do destino procurado ainda dominam o processo de escolha dos turistas, mas a adoção de práticas sustentáveis será determinante para a atratividade futuras das empresas do setor. A tecnologia, a inovação e a cooperação podem facilitar a jornada, defenderam os oradores do segundo think tank “A Inovação Energética e a Competitividade Setorial”, uma iniciativa da Helexia Portugal, com a Deloitte, a PLMJ e o ECO.

“Quando lançámos a Estratégia 2027, em 2017, houve um compromisso coletivo do setor. A sustentabilidade é um objetivo central da nossa estratégia porque acreditamos que o desenvolvimento turístico tem de ser sustentável como base, e, depois, assumimos compromissos específicos de metas económicas, ambientais e sociais“, começou por explicar Sérgio Guerreiro, diretor coordenador da Direção de Estratégia e Gestão do Conhecimento do Turismo de Portugal, durante o think tank que decorreu esta terça-feira, na Deloitte.

Hoje em dia, temos 70% das empresas do setor do turismo a reportarem boas práticas na área da gestão da energia, da água e de resíduos.

Sérgio Guerreiro, Senior Director for Strategy & Knowledge Management at Turismo de Portugal.

O responsável pelo Turismo de Portugal acrescentou, ainda, que “todos, sem exceção, nos diversos segmentos da atividade turística, têm abraçado este tema. Hoje em dia, temos 70% das empresas do setor do turismo a reportarem boas práticas na área da gestão da energia, da água e de resíduos, que são temas cada vez mais relevantes”.

Neste sentido, Sérgio Guerreiro referiuo programa “Empresas Turismo 360º”, criado pelo Turismo Portugal com o objetivo de “guiar as empresas do setor nas práticas ESG, que serão obrigatórias na gestão das empresas”. Para já, este programa conta com 300 empresas, que já assumiram o compromisso de reportar as suas medidas. “É um universo pequeno, mas é um caminho”, disse.

Apesar dos esforços que o setor do turismo tem vindo a fazer para se tornar mais sustentável, há outros setores que, apesar de não pertencerem a esta indústria, acabam por estar associados a ela. Exemplo disso é o setor dos transportes, principalmente a aviação, que, com o crescente número de turistas, também tem vindo a aumentar o número de viagens e, consequentemente, o nível de emissões.

Há diversos estudos e análises disponíveis sobre os setores relacionados com o turismo que geram emissões e o transporte é o primeiro que salta à vista, em particular com a aviação. Contudo, apesar de não ser o turismo a influenciar diretamente todas as emissões da indústria da aviação, ele é relevante para o turismo. No panorama geral, tirando as emissões diretas no turismo, todas as outras são uma consequência de outros planos”, explicou Pedro Antão Alves, diretor comercial da Helexia Portugal.

Em 2030, não deveríamos ter mais emissões de gases com efeito de estufa do que 55% da base, que foi medida em 1990. A partir de 2050, deveríamos ser neutros em emissões.

Pedro Antão Alves

Diretor comercial da Helexia Portugal

Apesar de haver uma correlação viagens e turismo, o responsável da Helexia considera que não é da responsabilidade do setor do turismo resolver a sustentabilidade do setor dos transportes. Ainda assim, assumiu a importância de endereçarem aquilo que está ao seu alcance: “Em 2030, não deveríamos ter mais emissões de gases com efeito de estufa do que 55% da base, que foi medida em 1990. A partir de 2050, deveríamos ser neutros em emissões. E o setor do turismo alinha com estas metas genéricas“.

O preço ainda é o que mais ordena

O impacto está, muitas vezes, relacionado com as escolhas dos próprios viajantes. Mas estará a mudança na mão de quem viaja ou de quem oferece as soluções? De acordo com Rui Gidro, partner da Deloitte, “no curto prazo, quando as pessoas estão a tomar a decisão de viajar, não têm a sustentabilidade no seu mindset nem como um critério de decisão. Os principais critérios de decisão são o preço e a caracterização do destino que a pessoa pretende ir”.

No entanto, o partner da Deloitte considera que os destinos, se quiserem garantir que continuam a ter oferta daqui a 10/15 anos, deverão começar a adotar práticas mais sustentáveis. “Se quero continuar a ter o meu destino e a minha oferta genuína, distintiva, com a atração e os valores que tem hoje em dia, então tenho de ter um conjunto de práticas sustentáveis. Diria que não é tanto uma decisão da parte do viajante, mas também diria que não é uma questão isolada do turismo”, referiu.

No curto prazo, quando as pessoas estão a tomar a decisão de viajar, não têm a sustentabilidade no seu mindset nem como um critério de decisão. Os principais critérios de decisão são o preço e a caracterização do destino que a pessoa pretende ir.

Rui Gidro

Partner da Deloitte

Esta mudança é importante para manter a viabilidade dos negócios, até porque a confluência de gerações que se vive atualmente, “cujos valores e formas de olhar para o equilíbrio do planeta são completamente diferentes”, vai, de acordo com Sérgio Guerreiro, potenciar a adoção de boas práticas ambientais. “Estas são as pessoas que vão tomar decisões dentro de pouco tempo e é bom que a nossa indústria esteja preparada para isso“, alertou.

O responsável pelo Turismo de Portugal acrescentou, ainda: “Eu acho que a chave da competitividade do setor do turismo em Portugal, que é, de acordo com um relatório recente do World Economic Forum, o 12.º mais competitivo do mundo, é pensar o futuro antes dos outros. O nosso papel é procurar antecipar e estar na linha da frente deste processo de mudança“.

Financiamento, inovação e tecnologia são soluções

Estar na “linha da frente” implica investimento, mas esse investimento também depende do financiamento de alguns programas e de parcerias com boas soluções. Nesse sentido, Sérgio Guerreiro destacou a importância de colocar instrumentos à disposição das empresas: “Nós colocamos uma linha de financiamento dedicada às empresas que pretendem fazer a adaptação dos seus sistemas e infraestruturas para poderem fazer a racionalização do uso de energia, mantendo níveis de serviço elevados junto dos seus clientes. E criamos, com o turismo do Algarve, um selo de save water para procurar criar uma comunidade de empresas que são indutoras e que adotam este tipo de medidas”.

Estamos a cerca de dois anos de ter as baterias economicamente viáveis e, mesmo com pouca área para energia solar, com as baterias, cada vez mais os players do mercado podem ter independência energética do ponto de vista do preço.

Pedro Antão Alves

Diretor comercial da Helexia Portugal

“Hoje em dia há cada vez mais soluções tecnológicas que nos permitem ter diversidade de opções e a inovação e a tecnologia vão ter um papel crítico nesse domínio. Nós temos um ecossistema de inovação bastante interessante e diversas startups com soluções de gestão eficiente de energia, que envolve os turistas nesse processo. É bom percebermos que o turista tem de fazer parte desta equação, portanto criarmos soluções em que envolvemos o turista para que ele próprio faça parte deste processo de mudança”, disse.

Neste sentido, Pedro Antão Alves referiu um conjunto de medidas que considera fundamentais para esta transição. A primeira é a eletrificação, já que considera que “o setor do turismo, em geral, pode ter todas as suas necessidades energéticas supridas através da energia elétrica“. O segundo é o potencial de ter geração local renovável e, neste ponto, apesar da energia fotovoltaica ser uma opção, a verdade é que o responsável da Helexia lembrou que esta teria resultados diferentes para, por exemplo, um hotel na cidade (que não tem espaço para colocar um número suficiente de painéis solares para suprir as suas necessidades) e um hotel rural (com mais espaço para colocar mais painéis).

Muitas destas soluções até surgem num contexto cooperativo entre várias entidades da cadeia de valor. Se houver uma coordenação e uma cooperação entre elas, conseguem chegar a soluções e caminhar para a sustentabilidade do próprio setor.

Rui Gidro

Partner da Deloitte

A terceira medida mencionada por Pedro Antão Alves foi a eficiência na gestão da energia, acrescentando que “estamos a cerca de dois anos de ter as baterias economicamente viáveis e, mesmo com pouca área para energia solar (exemplo dos hotéis), com as baterias, cada vez mais os players do mercado podem ter independência energética do ponto de vista do preço“.

Ainda sobre as soluções, Rui Gidro destacou a importância da cooperação entre todos os players. “Muitas destas soluções até surgem num contexto cooperativo entre várias entidades da cadeia de valor. Se houver uma coordenação e uma cooperação entre elas, conseguem chegar a soluções e caminhar para a sustentabilidade do próprio setor. Acho que não devemos ver isto numa perspetiva só de empresas, mas temos de ver isto numa perspetiva mais holística“, concluiu.

Assista a toda a conversa aqui:

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#15 Euro 2024: a melhor seleção, o melhor jogador, a desilusão e o balanço de Portugal

O ECO estabeleceu uma parceria com o jornal desportivo online Bola na Rede, para o acompanhamento do Euro 2024. O jornalista Diogo Reis é Enviado Especial à Alemanha e escreve uma crónica diária.

Quem foi a melhor seleção do Euro 2024 na fase de grupos? O jogador com melhor rendimento? E a desilusão? Obviamente cada um tem a sua opinião e tudo o que aqui for dito não são verdades universais. Agora que o comboio parou para uma breve paragem antes de rumar aos oitavos-de-final, é tempo de refletir sobre os 13 dias de futebol que passaram, incluindo um balanço sobre o desempenho de Portugal. Mencionar que a próxima fase do Euro 2024 inicia no dia 29 de junho, com a Alemanha a enfrentar a Dinamarca em Dortmund.

Os 4 Cantos da Fase de Grupos

Melhor Seleção: Espanha

A Espanha e a Alemanha são as seleções mais fortes até à data, com uma ligeira superioridade dos nossos “hermanos”. O conjunto de Luis de la Fuente não tinha um grupo fácil (Itália, Croácia e Albânia) e conseguiu fazer o pleno (três vitórias) sem qualquer golo sofrido. Primeiro, a Espanha anulou completamente a Croácia (3-0), depois apequenou a Itália (1-0, em baile de bola) e, já com a vida tranquila, jogou com a “equipa B” e venceu a Albânia. Foi a seleção mais consistente e completa da fase de grupos do Euro 2024. Agora vai enfrentar a Geórgia.

Melhor jogador: Fabián Ruiz

Escolher o melhor jogador foi tarefa difícil. Houve muito boas exibições, porém não houve um que se diferenciasse completamente dos demais. Fabián Ruiz é o eleito, após ter correspondido ao mais alto nível frente à Croácia e Itália, dois adversários teoricamente mais exigentes. Marcou um grande golo individual (drible curto e tomada de decisão rápida) e fez uma assistência no primeiro jogo. No segundo, dominou o meio-campo diante da Itália, com um papel fundamental na construção. Descansou no jogo com a Albânia. Mencionar Jamal Musiala (Alemanha), N´Golo Kanté (França; venceu dois prémios de melhor em campo) e Georges Mikautadze (melhor marcador e crucial na caminhada histórica da Geórgia). Podiam estar mais.

Desilusão: França

Depois de ter alcançado duas finais no Mundial (venceu uma), a França definiu como principal objetivo ganhar o Euro 2024 e partiu como uma das favoritas. Quem viu os jogos da França na fase de grupos e, tendo em conta o seu currículo recente e qualidade, percebe facilmente o porquê da desilusão, uma vez que acabou a fase de grupos com apenas um golo marcado por conta própria (Kylian Mbappé) e de grande penalidade. Zero golos de bola corrida em três jogos. Não teve uma exibição que convencesse, deixando muito a desejar. A Inglaterra seguiu o mesmo caminho.

Balanço geral de Portugal

De um ponto de vista pragmático, Portugal concluiu o objetivo principal na fase de grupos: passar aos oitavos-de-final em primeiro lugar. No entanto, se olharmos ao futebol apresentado, fica a sensação de que tinha capacidade para mais e melhor. Este tem sido um problema nos últimos anos: extrair o máximo de potencial, que é gigante. Ainda há problemas a nível defensivo, na construção contra blocos baixos e certas dinâmicas. Desde que sejam reconhecidas as dificuldades e se trabalhe para melhorar, é o mais importante. Houve evolução contra a Turquia e o jogo com a Geórgia pode servir para ajustar aspetos, sobretudo a penetração diante blocos baixos visto que o próximo adversário é a Eslovénia.

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Ministro das Finanças promete menos impostos e burocracia para empresas e famílias

Miranda Sarmento indica que simplificação do sistema fiscal e redução da burocracia são apenas algumas das reformas que Governo pretende implementar para potenciar o crescimento do PIB acima dos 3%.

Numa sala repleta de investidores, o ministro das Finanças indicou que “o Governo tem um forte projeto de reformas para os próximos anos, que irá impactar a baixa produtividade da economia nacional.” No decorrer da sua intervenção na conferência Portugal Capital Markets, Joaquim Miranda Sarmento salientou a necessidade e o objetivo de aumentar o PIB potencial de Portugal.

“Esperamos que a economia nacional possa crescer acima dos 3% no médio prazo”, referiu Joaquim Sarmento, notando que atualmente o PIB potencial situa-se perto dos 2%, que coloca Portugal entre os países com a mais baixa taxa de crescimento entre os seus pares ao nível de desenvolvimento.

Aumentando o PIB potencial, o ministro das Finanças destaca que o país será capaz de “aumentar o investimento público e privado, aumentar o emprego e manter as contas públicas equilibradas”.

Para alcançar a meta de crescimento dos 3% da economia no médio prazo, anunciou planos para simplificar o sistema fiscal, reduzir a carga tributária de empresas e famílias. “Pretendemos simplificar o sistema fiscal proporcionando mais recursos às empresas através da redução do imposto sobre as sociedades para 15%, e dando mais recursos às famílias através da redução do imposto sobre o rendimento”, declarou.

No mercado laboral, o ministro das Finanças destacou a intenção do Governo de reformar os modelos de contratação, visando maior flexibilidade e segurança para quem entra no mercado de trabalho.

Também nos planos do Governo estão uma série de reformas na Justiça para “agilizar processos de falência e reduzir custos para as empresas em litígios”, destacou o governante esta sexta-feira no Centro de Congressos de Lisboa.

No plano das finanças públicas, o ministro salientou que a dívida pública está atualmente abaixo dos 100% do PIB e que a previsão do Governo é que possa assistir-se a uma redução significativa deste rácio próximos anos. “Prevemos que até ao final da década estaremos próximos de 70% do PIB”, afirmou.

Miranda Sarmento revelou ainda que planeia abordar a falta de capital das empresas portuguesas, “incentivando maior capitalização e melhorando o acesso ao financiamento”, enfatizando que para esse objetivo é importante o desenvolvimento de um “mercado de capitais robusto”. Além disso, destacou a importância de haver uma maior promoção de investimentos em energias renováveis e na transição climática como fatores de atração de investimento estrangeiro.

No final da intervenção, o ministro reiterou a importância destas medidas para que se possa aumentar a produtividade e a competitividade da economia portuguesa: “Para ter um impacto positivo nos modelos de negócio, que gere empregos e que proporcione recursos para um melhor crescimento, é essencial aumentar a produtividade e a competitividade da economia portuguesa, e para isso, o papel robusto do mercado de capitais é crucial”.

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Provedora de Justiça pede legislação para compensar portadores de passe por greves

  • Lusa
  • 28 Junho 2024

Para a Deco Proteste, "os titulares de passes e de títulos de transporte devem ser compensados por um serviço que já foi pago, mas não foi utilizado". Até julho de 2023, só a CP esteve parada 98 dias.

A provedora de Justiça vai pedir ao Governo e aos grupos parlamentares para legislar sobre a forma de ressarcir quem compra passe pelos dias de greve nos transportes, anunciou esta sexta-feira a Deco Proteste, com base na resposta a uma queixa.

“A Provedoria de Justiça vai pedir ao Governo e a todos os grupos parlamentares que considere ressarcir quem compra passe pelos dias de greve nos transportes”, informou Soraia Leite, porta-voz da Deco Proteste, citada numa nota da associação de defesa dos direitos dos consumidores, sobre as greves de transportes.

A porta-voz destacou o facto de a provedora de Justiça, Maria Lúcia Amaral, “reconhecer a importância” dos apelos da associação.

A posição decorre da resposta a uma queixa apresentada pela Deco Proteste à provedora de Justiça, exigindo “a declaração de inconstitucionalidade da atual legislação pelo Tribunal Constitucional e o fim da discriminação legislativa de que são alvo os utentes dos transportes ferroviário e rodoviário”.

“A justificação para o pedido prende-se com o facto de cada setor de transportes ter legislação própria, o que significa que os utentes dos transportes rodoviários e ferroviários não têm a mesma proteção jurídica que os consumidores dos meios marítimo/fluvial, por exemplo”, explicou a associação.

Para a Deco Proteste, “os titulares de passes e de títulos de transporte sazonais devem ser compensados por um serviço que já foi pago, mas não foi utilizado”, considerando tratar-se de “um direito previsto na Constituição da República, e a compensação deve ser na proporção dos dias que o passageiro não utiliza os transportes públicos”.

A situação volta a ocorrer esta sexta-feira, com uma greve de 24 horas na CP — Comboios de Portugal, que terá impacto nos utilizadores do transporte ferroviário em todo o território continental, e quando vários sindicatos convocaram já “paralisações de comboios pelo menos até 14 de julho”. Recentemente houve também greves parciais na Carris (Lisboa) e TST (Sul do Tejo).

Perante este cenário, a Deco Proteste lançou uma campanha no portal www.grevestransportes.pt, no sentido de combater a descriminação na proteção jurídica, “assegurando que os titulares de passes e de títulos de transporte sazonais de todos os transportes públicos sejam ressarcidos por não os poderem utilizar quando há uma greve”.

A associação sugere aos utentes que, em dias de greve de transporte, fiquem atentos aos avisos, nomeadamente nos sites das transportadoras e meios de comunicação social, que confirmem se a paralisação não é desconvocada, e verifiquem se existem serviços mínimos e se são viáveis.

Além de encontrar uma alternativa de transporte, o utente pode pedir à transportadora uma declaração para justificar o atraso ou ausência aos seus compromissos de trabalho ou escolares e propor à entidade empregadora “se pode compensar o dia ou as horas que faltou noutra altura ou se pode, desde que aplicável, trabalhar a partir de casa”.

Apesar de ainda não haver estatísticas oficiais sobre as greves de transportes públicos em 2023, a associação salientou que, “até julho, só a CP — Comboios de Portugal esteve parada durante 98 dias”.

“Os números oficiais remontam a 2022, quando foram registadas 65 greves no setor dos transportes e armazenamento, o equivalente a 9.414 trabalhadores parados e 13.979 dias de trabalho perdidos. Os dados são do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social”, referiu.

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Bomba de 250 quilos da II Guerra Mundial encontrada perto de gigafábrica da Tesla em Berlim

  • Lusa
  • 28 Junho 2024

A bomba não pode ser transportada e deve ser detonada no solo no sábado. Será delimitada uma área de raio de um quilómetro em torno do projétil, o que implicará o encerramento de diversas estradas.

Uma bomba de 250 quilos da Segunda Guerra Mundial foi encontrada nas imediações da gigafábrica do fabricante de automóveis elétricos Tesla, nos arredores de Berlim, adiantaram as autoridades municipais de Grünheide.

A bomba não pode ser transportada e deve ser detonada no solo no próximo sábado, segundo comunicado citado na quinta-feira pela agência Efe.

O projétil foi encontrado num terreno florestal destinado à expansão da fábrica, que a Tesla pretende ampliar com edifícios adicionais que incluem, entre outros, uma estação de carga e diversas áreas logísticas.

Como medida de segurança, no sábado será delimitada uma área de raio de um quilómetro em torno do projétil, o que implicará o encerramento de diversas estradas relacionadas com as instalações da Tesla ao tráfego rodoviário.

Ficará de fora, embora próximo da área limitada, o terreno florestal ocupado há meses por ativistas que tentam impedir a ampliação da gigafábrica de 300 para 470 hectares, aprovada pela autarquia em maio apesar dos grandes protestos.

Dezenas de ativistas permanecem desde finais de fevereiro em cabanas construídas nas árvores para protestar contra o impacto negativo que afirmam que a central tem no ambiente, especialmente devido à contaminação dos recursos hídricos.

As autoridades locais já tinham alertado os ativistas para o perigo de permanecer na área devido à presença de munições não detonadas da Segunda Guerra Mundial, uma descoberta frequente em todo o país e particularmente em torno de Berlim.

A gigafábrica da Tesla em Grünheide – a única do fabricante norte-americano na Europa – emprega cerca de 12.000 trabalhadores e começou a operar em março de 2022.

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Governo garante financiamento de 240 milhões para transportes no Porto, Coimbra e Lisboa. Conheça os projetos

Executivo abre avisos para financiar nova linha Rosa do Metro do Porto, segunda fase do metrobus do Mondego, compra de elétricos em Lisboa e modernização de linhas ferroviárias do Norte e de Cascais.

No dia em que os ministros do Ambiente, Maria da Graça Carvalho, e das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, inauguram a extensão da linha Amarela entre Santo Ovídio e Vila D’Este, em Vila Nova de Gaia, o Governo anunciou um investimento de 240 milhões de euros para as redes de transportes públicos no Porto, em Coimbra e em Lisboa.

O financiamento é assegurado pelo Programa Sustentável 2030, tutelado pelo Ministério do Ambiente e Energia e que conta com uma dotação total de cerca de 3,7 mil milhões de euros, com a tutela a destacar que “representa uma forte aposta na descarbonização e modernização do setor dos transportes públicos, por forma a oferecer melhores serviços aos cidadãos, enquanto se reduzem as emissões associadas à mobilidade urbana”.

Linha Rosa do Metro do Porto (Casa da Música – São Bento)

  • Valor: 96 milhões de euros, com uma taxa máxima de cofinanciamento de 85%
  • Entidade beneficiária: Metro do Porto
  • Objetivo: expansão da rede de transportes de passageiros (incluindo aquisição de material circulante), para a conclusão da 2ª fase da operação.

Segunda fase do Metrobus do Mondego

  • Valor: 82,1 milhões de euros, com uma taxa máxima de cofinanciamento de 85%
  • Entidade beneficiária: Infraestruturas de Portugal
  • Objetivo: criar uma ligação de transporte público entre Coimbra e os concelhos limítrofes (Miranda do Corvo e Lousã), através de um sistema de metrobus, que consiste na implementação de um serviço tipo BRT (Bus Rapid Transit), num percurso previsto de 43 kms, ligando Serpins, Lousã e Miranda do Corvo a Coimbra e servindo a estação de Coimbra B e a zona dos Hospitais. Adapta o antigo canal ferroviário e a malha urbana de Coimbra para a instalação de uma solução BRT, com canal dedicado.

Aquisição de 15 elétricos em Lisboa

  • Valor: 27,5 milhões de euros, com uma taxa máxima de cofinanciamento de 85%
  • Entidade beneficiária: Carris
  • Objetivo: alargamento da rede de elétricos quer em extensão quilométrica, quer em frequência do serviço a oferecer aos utilizadores atuais e futuros do transporte coletivo, contribuindo para a transição energética.

Em comunicado, o Ministério do Ambiente informa ainda que os avisos para a apresentação de candidaturas, publicados esta sexta-feira, contemplam ainda financiamentos para a modernização da Linha Norte – Ramal de Alfarelos – Troço Verride – Marujal, no valor de 10,7 milhões de euros; e a segunda fase de modernização da linha ferroviária de Cascais, com 22,9 milhões de euros.

Os transportes representam aproximadamente 29% das emissões de CO2 na União Europeia, sendo que em Portugal chegam aos 37%. Somos um país com bons indicadores, do ponto de vista da transição ambiental, mas o setor dos transportes é uma das exceções.

Maria da Graça Carvalho

Ministra do Ambiente

Na mesma nota, Maria da Graça Carvalho alerta para a necessidade de “concretização célere” destes investimentos, que poderão não se repetir no futuro. “Neste momento, temos acesso a recursos financeiros que poderão não se repetir, e que nos permitem ser ambiciosos. Mas é preciso que exista também, por parte de todas as entidades, um forte compromisso com a execução dos projetos”, sublinha a governante.

“Os transportes representam aproximadamente 29% das emissões de CO2 na União Europeia, sendo que em Portugal chegam aos 37%. Somos um país com bons indicadores, do ponto de vista da transição ambiental, mas o setor dos transportes é uma das exceções. Por isso, há que redobrar os esforços. Se queremos concretizar os nossos objetivos de combate às alterações climática, e ao mesmo tempo preservar e melhorar a mobilidade dos nossos cidadãos, temos de apostar, cada vez mais, em alternativas sustentáveis ao transporte individual”, conclui.

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Ministra da Saúde copiou partes de um curso que propôs à Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa

  • ECO
  • 28 Junho 2024

Conselho científico identificou “três inconformidades” no relatório de licença sabática de Ana Paula Martins, entre as quais a “transposição” de trechos de um curso de uma universidade estrangeira.

Durante o ano de licença sabática, Ana Paula Martins propôs-se apresentar um plano curricular para uma “formação avançada em Farmacoepidemiologia”, a lecionar na Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa (FFUL). Segundo as atas do conselho científico da instituição, o relatório apresentado já no final de 2023 pela agora ministra da Saúde, embora tenha sido aprovado, era uma “transposição de um programa pedagógico já existente” na Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, onde frequentou um curso com o mesmo nome, noticia o Público.

À data professora auxiliar no Departamento de Farmácia, Farmacologia e Tecnologias em Saúde na FFUL, Ana Paula Martins apresentou um programa cuja estrutura-base dividiu em quatro módulos com nomes iguais aos que constam do programa de formação da universidade inglesa, assim como os objetivos e o próprio método de avaliação. Ainda que faça referência, no documento, ao facto de ter frequentado o curso no Reino Unido entre 2020 e 2022, nunca é mencionada qualquer tradução ou citação do mesmo, assumindo a proposta que se seguiria como autoria sua.

O conselho científico da FFUL teve o mesmo entendimento. Em ata, que data de 10 de janeiro deste ano, o órgão de supervisão científica apontou “três inconformidades” no relatório de licença sabática de Ana Paula Martins: além da “transposição” do programa pedagógico da universidade londrina, o documento inclui trabalhos que foram “publicados/apresentados antes do início do período de licença sabática” e uma “unidade curricular desenvolvida para ser lecionada noutra universidade”. Ainda assim, o relatório recebeu “luz verde” do conselho científico para ser aprovado pela direção da Faculdade de Farmácia.

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Economia, guerra e imigração dominam debate entre Biden e Trump

  • ECO e Lusa
  • 28 Junho 2024

No primeiro debate de sempre entre um ex-presidente e um Presidente em funções, analistas apontam desempenho abaixo das expectativas de Joe Biden e destacam as mentiras ditas por Donald Trump.

O primeiro debate presidencial de 2024 nos EUA, organizado pela CNN e que teve a duração de 90 minutos, aconteceu esta madrugada em Atlanta, num momento em que as sondagens mostram uma disputa apertada entre candidatos Joe Biden e Donald Trump, quando faltam menos de cinco meses para as eleições presidenciais. O segundo confronto está agendado para 10 de setembro.

No final de um debate aceso marcado por alguns insultos e por visões diferentes nos temas da economia, da guerra ou da imigração, os analistas apontaram para um desempenho abaixo das expectativas do candidato dos democratas e para o número elevado de mentiras ditas pelo rival, com os verificadores de factos a apontarem para mais de 30 ocasiões em que o republicano não disse a verdade.

A sondagem de rescaldo da CNN mostrou que os eleitores que assistiram ao debate deram a vitória a Donald Trump, com 67% contra 33% de Biden. A maioria (81%) disse que não mudou de opinião, enquanto 5% admitiram mudar o sentido de voto e 14% poderão vir a repensar. Veja os principais destaques do confronto entre os dois candidatos às presidenciais de 5 de novembro.

Biden herdou economia “em queda livre”

Joe Biden diz que herdou uma economia “em queda livre” quando chegou à Casa Branca e que passou os últimos anos a consertar os problemas deixados pelo antecessor Donald Trump, durante o primeiro frente a frente entre os candidatos presidenciais.

“A economia colapsou, não havia empregos, o desemprego subiu para 15%, foi terrível”, afirmou Biden no debate, ao ser questionado sobre a elevada inflação e a pressão dos preços sobre os consumidores. “Estamos a trabalhar arduamente para lidar com estes problemas”, disse Biden, caracterizando o que foi deixado pelo antecessor como “caos”.

Donald Trump refutou de forma incisiva esta caracterização, declarando que no seu mandato os Estados Unidos tiveram “a melhor economia na história do país” e “toda a gente estava maravilhada”. O ex-presidente defendeu os gastos “necessários” durante a pandemia de Covid-19 e disse que nunca recebeu o crédito devido por ter tirado o país da crise da pandemia. “Os únicos empregos que ele criou foram para imigrantes ilegais”, argumentou Trump, virando-se para Biden.

O republicano também defendeu os cortes de impostos que beneficiaram mais as grandes empresas e os mais ricos, garantindo que o governo conseguiu mais receitas com taxas mais baixas. “Os cortes de impostos levaram à melhor economia que alguma vez vimos”, disse Trump. “Estávamos prontos para começar a pagar a dívida”, defendeu, quando confrontado com o aumento significativo do défice durante a sua administração.

Pelo seu lado, Joe Biden argumentou que herdou 9% de inflação e que a economia durante Trump destruiu mais empregos que os que criou. “Ele é o único que pensa que esta era a melhor economia do mundo”, disse Biden. “Ele premiou os ricos”, continuou, frisando que Trump levou à “maior dívida nacional de qualquer presidente” e que se os milionários pagassem uma taxa de impostos justa seria possível financiar todo o tipo de programas sociais, incluindo subsídios para creches.

Trump disse que, se for eleito em novembro, vai impor tarifas de 10% a todos os bens importados e permitir responder aos países que têm estado a “ludibriar” os EUA, nomeando especificamente a China. Também contrariou Biden dizendo que ele não herdou nenhuma inflação.

Trump insiste que pode resolver guerra na Ucrânia…

O ex-presidente norte-americano Donald Trump prometeu “resolver” a guerra da Rússia na Ucrânia antes mesmo de assumir o cargo, com Joe Biden, o atual chefe de Estado, a alertar que o homólogo russo, Vladimir Putin, não ficará por Kiev.

No primeiro debate presidencial de 2024, Trump atacou Biden por dar à Ucrânia centenas de milhares de milhões de dólares e insistiu que seria capaz de acabar com a guerra da Rússia, apesar de não explicar como faria isso. O magnata republicano afirmou ainda que Putin o respeita, apesar de admitir que os termos que o presidente russo apresentou para acabar com a guerra da Rússia na Ucrânia “não são aceitáveis”.

“Esta é uma guerra que nunca deveria ter começado. Se tivéssemos um líder nesta guerra… Ele (Biden) deu 200 mil milhões de dólares ou mais agora à Ucrânia, deu 200 mil milhões de dólares. É muito dinheiro. Acho que nunca houve algo parecido”, disse Trump.

No entanto, Joe Biden alertou que Putin não se limitará à Ucrânia. “O facto é que Putin é um criminoso de guerra”, afirmou o democrata. “Ele (Putin) quer toda a Ucrânia. É isso que ele quer. E então você acha que ele vai parar por aí? Você acha que ele vai parar quando, se ele tomar a Ucrânia? O que você acha que acontecerá com a Polónia, Bielorrússia? O que você acha que acontecerá com países da NATO?”, questionou.

…e recusa culpa pelo ataque ao Capitólio. Biden chama-o de “choramingas”

Num debate em que, para evitar a repetição das cenas caóticas registadas no passado, foram ditadas regras incomuns, como a ausência de público, o silenciamento dos microfones ou a proibição dos candidatos trocarem ideias com a sua equipa durante os intervalos ou de levarem notas escritas para o palco, Trump recusou culpa pelo ataque ao Capitólio a 6 de janeiro de 2021 e Biden chamou-o de “choramingas”, apontando que o ex-presidente quer perdoar os assaltantes que foram condenados em tribunal.

“A Nancy Pelosi disse à sua filha que ela foi a responsável. Eu ofereci 10 mil elementos da Guarda Nacional e ela rejeitou por escrito”, afirmou Donald Trump, referindo-se à então líder democrata da Câmara dos Representantes. “Eu conseguia ver o que estava a acontecer e disse que era muita gente. E ofereci a Guarda Nacional e ela admite que rejeitou. Ela disse que assumiu responsabilidade total pelo 6 de janeiro”, argumentou o ex-presidente.

Joe Biden refutou a descrição do assalto ao Capitólio e acusou Trump de ter encorajado os seus apoiantes a atacarem o Congresso. “Imploraram-lhe que fizesse alguma coisa, o seu vice-presidente e colegas do Congresso, e em vez disso falou de grandes patriotas da América”, disse Biden. “Agora diz que quer perdoar as sentenças dos que foram condenados”, apontou.

Trump assumiu que sim porque considerou que os processos “destruíram a vida” de pessoas inocentes. “Agora ele diz que se perder outra vez, como choramingas que é, vai haver um banho de sangue”, afirmou Joe Biden. O republicado, por sua vez, acusou a comissão bipartidária de investigação do assalto de ter destruído documentos e informação porque, segundo ele, descobriram que o ex-presidente tinha razão. “Eles deviam ir para a prisão”, afirmou.

Biden aproveitou a deixa para lançar uma farpa relativa à condenação criminal de Trump: “A única pessoa que é um criminoso condenado aqui é o homem para quem eu estou a olhar”, disse. “O que ele está a dizer não é verdade. Ele não fez nada para acabar com o que estava a acontecer no Capitólio”. O democrata também se mostrou indignado com a ideia de que os assaltantes que “mataram pessoas, partiram janelas, ocuparam escritórios e derrubaram estátuas” sejam apelidados de patriotas.

Trump contra-atacou dizendo que o filho do presidente, Hunter Biden, também foi condenado em tribunal. “E ele [Joe Biden] pode ser um criminoso condenado assim que sair da Casa Branca, com base nas coisas horríveis que fez”, sugeriu Trump. “Este homem é um criminoso. Eu não fiz nada de errado”, defendeu o republicano.

Trump acusa Biden de liderar onda de “crimes migrantes”

Neste que foi o primeiro debate presidencial de 2024, o tema da imigração serviu para Trump atacar fortemente Biden, num dos momentos mais acesos na primeira meia hora do debate entre o Presidente democrata e o magnata republicano.

“Ele permitiu que milhões de pessoas viessem aqui desde prisões, cadeias e instituições psiquiátricas – para entrarem no nosso país e destruírem o nosso país”, acusou Trump, sem provas e apesar das estatísticas não confirmarem essa afirmação.

“Basta dar uma olhada onde eles (imigrantes) estão a morar. Eles estão a morar em hotéis luxuosos na cidade de Nova Iorque e em outros lugares”, acrescentou Trump, uma declaração que foi prontamente classificada como falsa pelo jornal New York Times.

Veteranos de guerra: “Parvo e perdedor”

Neste o primeiro debate presidencial entre os candidatos às eleições agendadas para 5 de novembro, que que teve dois intervalos comerciais e a moderação dos jornalistas Jake Tapper e Dana Bash, Joe Biden chamou ainda o rival Trump de “parvo e perdedor” numa discussão acesa sobre veteranos de guerra.

“O meu filho [veterano de guerra Beau Biden] não era um perdedor nem um parvo. Você é o parvo. Você é o perdedor”, apontou o candidato democrata à reeleição. Agitado, Biden abandonou o tom calmo que o caracteriza para recordar que recentemente visitou França para o aniversário do desembarque dos aliados da Normandia na 2ª Guerra Mundial e visitou o cemitério de militares mortos em combate, a que Trump se recusou a ir enquanto presidente.

Segundo revelou a revista The Atlantic, citando vários altos funcionários, quando era presidente Trump disse que não queria visitar os túmulos dos soldados norte-americanos enterrados em Aisne-Marne, o cemitério norte-americano perto de Paris, “por estar cheio de perdedores”.

Biden aproveitou para recordar este caso e afirmou que hoje existe “um grande respeito pelos veteranos”. Trump rejeitou a versão, atribuída ao seu ex-chefe de gabinete John Kelly, e disse ter testemunhas de que nunca proferiu tal afirmação sobre os veteranos. Na sequência, exigiu um pedido de desculpas a Biden por proferir afirmações falsas, o que este recusou.

Proibição nacional do aborto divide candidatos

O Presidente norte-americano Joe Biden acusou esta noite o seu rival Donald Trump de querer assinar uma proibição nacional do aborto, durante o primeiro debate das presidenciais entre os dois candidatos, em Atlanta, Geórgia. “O que é que ele vai fazer se a ala MAGA [“Make America Great Again”, afecta a Trump] controlar o Congresso e aprovar uma proibição federal?”, questionou Joe Biden. “Ele vai assinar essa lei [a proibir o aborto]. Eu vou vetar, ele vai assinar”.

O direito federal ao aborto foi revogado em junho de 2022 quando a super maioria conservadora do Supremo Tribunal, com três juízes nomeados por Donald Trump, anulou a decisão de 1973 conhecida como Roe v. Wade. “Foi a lei durante 51 anos”, apontou Joe Biden, num dos segmentos em que o presidente apareceu mais animado depois de um início anémico. “Eu apoio Roe v. Wade”, afirmou, considerando “ridícula” a ideia de que os fundadores dos EUA queriam que fossem os políticos a tomar decisões de natureza médica.

Do outro lado, Donald Trump congratulou-se por ter sido responsável pela revogação de Roe v. Wade e disse que a situação atual é a mais apropriada, em que os vários estados decidem o que fazer em relação ao aborto. Trump acusou os democratas de serem radicais e quererem poder abortar após o nascimento da criança, algo que Biden refutou. “Acredito em exceções para incesto, violação e perigo de vida para a mãe”, disse Donald Trump. O candidato republicano também disse concordar com a recente decisão do Supremo Tribunal de continuar a permitir a utilização de pílulas abortivas.

Biden recusou a ideia de que devem ser os estados a tomarem estas decisões e disse que seria a mesma coisa que devolver a decisão sobre o respeito dos direitos civis aos estados. Os rivais também discordaram sobre a posição dos especialistas constitucionais quanto ao aborto: Trump disse que todos queriam a anulação de Roe v. Wade, Biden disse que a vasta maioria concordava com a constitucionalidade da lei.

Desde que o direito federal ao aborto foi revogado, 14 estados proibiram o procedimento sem exceções e 7 restringiram fortemente o seu acesso. De acordo com os dados de 2024 do Pew Research Center, 63% dos eleitores norte-americanos dizem que o aborto deve ser legal em todos ou quase todos os casos, enquanto 36% consideram que deve ser ilegal em todos ou quase todos os casos.

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António Costa assume Conselho Europeu com “enorme sentido de missão”

  • ECO e Lusa
  • 28 Junho 2024

António Costa diz estar “totalmente empenhado em promover a unidade entre os 27 Estados-membros”. Montenegro diz que experiência do antigo governante para criar consensos é “a essência” das funções.

António Costa, que acaba de ser eleito presidente do Conselho Europeu, afirma que assumirá o cargo com “enorme sentido de missão”, empenhado em promover a unidade entre os 27 Estados-membros e a Agenda Estratégica para os próximos cinco anos.

Esta posição foi transmitida pelo ex-primeiro-ministro português na sua conta na rede social X (antigo Twitter), depois de ter sido noticiada a sua eleição pelos chefes de Estado e de Governo da União Europeia para o cargo de presidente do Conselho Europeu, com um mandato de dois anos e meio.

“É com um enorme sentido de missão que assumirei a responsabilidade de ser o próximo presidente do Conselho Europeu. Agradeço aos membros do Conselho Europeu pela confiança que em mim depositaram ao me elegerem, bem como ao Partido Socialista Europeu (PSE) e ao Governo de Portugal pelo seu apoio nesta decisão”, escreveu António Costa.

O anterior primeiro-ministro português acrescentou que, como presidente do Conselho Europeu, a partir de 1 de dezembro, estará “totalmente empenhado em promover a unidade entre os 27 Estados-membros e focado em implementar a Agenda Estratégica, hoje aprovada e que orientará a União Europeia nos próximos cinco anos”.

Já em videoconferência após a cimeira europeia, o agora eleito presidente do Conselho Europeu afirmou que a sua principal prioridade para o cargo é “construir unidade” entre os países da União Europeia (UE), perante “momentos difíceis”.

“A Europa e todos nós estamos a enfrentar momentos difíceis, sim, mas a União Europeia demonstrou a sua resiliência no passado, encontrando sempre força na unidade e, por isso, construir unidade entre os Estados-membros será a minha principal prioridade quando assumir o meu cargo em dezembro”, declarou António Costa.

Esta sexta-feira, António Costa vai estar em Bruxelas para se encontrar com Ursula von der Leyen e também com a primeira-ministra da Estónia, Kaja Kallas, que foi nomeada Alta-Representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, disse à Lusa fonte diplomática.

Também o primeiro-ministro, Luís Montenegro, recorreu à rede social X para felicitar António Costa “em nome do Governo de Portugal”, afirmando esperar uma União Europeia (UE) “mais coesa e capaz de construir pontes”.

“A Europa enfrenta grandes desafios e contaremos com todos para defender uma União Europeia mais coesa, capaz de construir pontes para que os Estados possam dar às pessoas as respostas de que elas precisam”, adiantou Luís Montenegro na mensagem.

O socialista António Costa foi eleito pelos chefes de Estado e de Governo da UE como presidente do Conselho Europeu para um mandato de dois anos e meio a partir de 1 dezembro de 2024.

De acordo com fontes diplomáticas, a decisão foi adotada numa reunião do Conselho Europeu, em Bruxelas, na qual os líderes da UE propuseram também o nome de Ursula von der Leyen para um segundo mandato à frente da Comissão Europeia, que depende porém do aval final do Parlamento Europeu, e nomearam a primeira-ministra da Estónia, Kaja Kallas, para Alta Representante da UE para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, sujeita à eleição pelos eurodeputados de todo o colégio de comissários.

Após a demissão na sequência de investigações judiciais, o ex-primeiro-ministro português António Costa foi escolhido para suceder ao belga Charles Michel (no cargo desde 2019) na liderança do Conselho Europeu, a instituição da UE que junta os chefes de Governo e de Estado do bloco europeu, numa nomeação feita por maioria qualificada (55% dos 27 Estados-membros, que representem 65% da população total).

Experiência de Costa é “essência” das funções

Entretanto, em conferência de imprensa em Bruxelas, Luís Montenegro reafirmou que a escolha de António Costa é “particularmente feliz para a Europa” e defendeu que a experiência do antigo governante português para criar consensos é “a essência” das funções que vai desempenhar.

António Costa reúne a experiência, a capacidade de diálogo, de concertação, de construção de pontes, que é a base, a essência, o fulcro do exercício da função de presidente do Conselho Europeu.

Luís Montenegro

Primeiro-ministro

No final de uma reunião do Conselho Europeu, o primeiro-ministro sustentou que a eleição do ex-primeiro-ministro socialista é um “grande regozijo e satisfação”. “Não apenas porque é português, mas, sobretudo, porque na configuração das personalidades indicadas pelas várias famílias políticas […], António Costa reúne a experiência, a capacidade de diálogo, de concertação, de construção de pontes, que é a base, a essência, o fulcro do exercício da função de presidente do Conselho Europeu”.

Questionado sobre a oposição da homóloga italiana, Georgia Meloni, ao nome de António Costa, Luís Montenegro recusou comentar o sentido de voto dos outros chefes de Estado e de Governo, remetendo qualquer explicação para o ainda presidente do Conselho Europeu, Charles Michel.

Mas reconheceu que o apoio ao ex-chefe do Governo socialista “foi esmagadora”. “É verdade que sobre todos os candidatos, não apenas sobre António Costa, houve algumas dúvidas, necessidade de aprofundamento daquilo que são os objetivos estratégicos. Em concreto, sobre António Costa aquilo que posso assegurar é que nenhuma das suas posições políticas […], no contexto europeu, foram poucas as vezes que divergimos”, completou.

Luís Montenegro felicitou também Ursula von der Leyen – que fazer parte da sua família política europeia, o Partido Popular Europeu – pela nomeação para um segundo mandato como presidente da Comissão Europeia e a primeira-ministra da Estónia, Kaja Kallas, para chefe da diplomacia europeia.

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Hoje nas notícias: ministra da Saúde, Cavaco e TAP

  • ECO
  • 28 Junho 2024

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

A ministra da Saúde copiou partes de um curso de uma universidade inglesa para um relatório em que propunha a criação de um programa de formação na Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa. Cavaco considera que a atual situação política, com um Governo com apoio minoritário e com “dificuldade de entendimento” com a oposição, torna inviável a aplicação de políticas públicas orientadas para o crescimento da produção interna, da produtividade e da competitividade externa. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta sexta-feira.

Ministra da Saúde copiou partes de um curso que propôs à Universidade de Lisboa

Ana Paula Martins propôs-se apresentar, durante o ano de licença sabática (entre dezembro de 2020 e dezembro de 2021), um plano curricular para uma “formação avançada em Farmacoepidemiologia”, a lecionar na Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa. Segundo as atas do conselho científico da instituição, o relatório apresentado já no final de 2023 pela agora ministra da Saúde, embora tenha sido aprovado, era uma “transposição de um programa pedagógico já existente” na Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, onde frequentou um curso com o mesmo nome. A estrutura-base é dividida em quatro módulos com os mesmos nomes que constam do programa de formação inglês, assim como os objetivos e o próprio método de avaliação.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago)

Cavaco defende eleições para desbloquear impasse político

Cavaco Silva identifica, num artigo de opinião, as políticas necessárias para a melhoria do bem-estar das famílias portuguesas na próxima década, cruzando-as com cinco cenários políticos que vê como mais prováveis no futuro. Para o ex-Presidente da República, a probabilidade de sucesso é “muito alta” apenas se houver um governo com “apoio maioritário” no Parlamento, na sequência de “eleições legislativas, antecipadas ou não”. Embora apoiante de Luís Montenegro, Cavaco considera que a atual situação política torna inviável a aplicação de políticas públicas orientadas para o crescimento da produção interna, da produtividade e da competitividade externa.

Leia o artigo de opinião completo no Expresso (acesso pago)

Governo pretende relançar privatização da TAP este ano

O Governo quer relançar a privatização da TAP já este ano, mas o modelo de venda da participação do Estado na companhia aérea ainda não foi definido. O anterior processo de reprivatização arrancou em setembro de 2023, quando o governo de António Costa aprovou as condições da venda. O decreto-lei, depois vetado pelo Presidente da República, previa a venda de, pelo menos, 51% do capital da TAP, através de um processo competitivo de venda direta. Há três interessados na corrida à companhia aérea portuguesa: a Lufthansa; a Air France – KLM; e o grupo IAG, dono da British Airways e Iberia.

Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso pago)

Risco de uvas serem destruídas por quebra no consumo de vinho

Há empresas produtoras de vinho que estão a comunicar aos viticultores que vão comprar menos uvas ou podem nem sequer comprar, devido à queda nas vendas que está a manter as adegas com stocks elevados e a diminuir a capacidade para nova vindima. Alguns agricultores dizem esperar um “ano pior” do que 2023 e admitem não colher uvas se o preço não compensar, perspetivando baixos rendimentos após terem investido “milhares de euros”. Entretanto, o ministro da Agricultura promete “medidas de curtíssimo prazo” de apoio aos viticultores, que serão anunciadas durante o mês de julho.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago)

Guerra judicial luso-belga pela sede da falida Soares da Costa

A VGP Park Portugal, subsidiária portuguesa do grupo belga VGP, e a construtora Alberto Couto Alves (ACA), de Vila Nova de Famalicão, estão em litígio judicial pela aquisição do “Estaleiro do Norte”, situado em Vila Nova de Gaia. No início de junho, o ativo que servia de sede à falida Soares da Costa foi adjudicado em leilão à VGP por 6,666 milhões de euros, mas a construtora minhota, que é inquilina do imóvel, invoca direito de preferência.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

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