Revolut vai criar sede em França e integrar aí futura sucursal portuguesa

  • Lusa
  • 19 Maio 2025

Além de Portugal, também os mercados de Itália, Espanha, Irlanda e Alemanha ficarão dependentes do banco francês.

A Revolut vai criar em França uma sede para os mercados da Europa Ocidental e será aí que, no futuro, pertencerá a futura sucursal do banco em Portugal.

Em comunicado, a Revolut anunciou que prevê investir mais de 1.000 milhões de euros em França nos próximos três anos e criar mais de 200 novos empregos. O objetivo é criar em Paris a nova sede da Revolut para a Europa Ocidental e obter uma licença bancária francesa.

Segundo a Revolut, com esta decisão quer “aprofundar a presença em mercados-chave, fortalecer o envolvimento regulamentar local e fornecer serviços personalizados de forma mais eficaz aos seus milhões de clientes na região”.

Quando abrir a sede de França, a Revolut passará a operar no espaço económico europeu (onde está presente em 30 países) com duas sedes: Lituânia (a atual sede) e França.

A Revolut opera em Portugal através da sua sucursal da Lituânia, ao abrigo do regime de livre prestação de serviços, e tem o objetivo de este ano abrir em Portugal uma sucursal. A empresa indicou que a abertura está para breve mas sem dar uma data mais precisa.

Segundo explicou a Revolut, de início, esta sucursal ficará dependente do Revolut Bank UAB (o banco da Revolut na Lituânia), mas o objetivo é que passe a ficar dependente do banco francês quando este estiver operacional.

Além de Portugal, também os mercados de Itália, Espanha, Irlanda e Alemanha ficarão dependentes do banco francês.

Em Portugal, a Revolut tem mais de 1,5 milhões de clientes.

Os depósitos de clientes residentes em Portugal na Revolut são atualmente cobertos pelo fundo de garantia de depósitos lituano e o mesmo se continuará a passar quando a Revolut abrir a sucursal de Portugal e esta estiver dependente do Revolut Bank UAB, disse hoje à Lusa fonte oficial.

O grupo Revolut teve lucros de 934 milhões de euros em 2024, mais do dobro face aos 395 milhões de euros de 2023.

Segundo a informação divulgada em abril, as receitas mundiais da instituição financeira digital (‘fintech’) aumentaram para 3.700 milhões de euros em 2024, acima dos 2.100 milhões de euros de 2023, devido ao crescimento das receitas de todas as áreas de negócio.

A nível global, a Revolut tem mais de 50 milhões de clientes e o objetivo é ultrapassar os 100 milhões nos próximos anos.

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Portuguesa Powerdot vai investir 100 milhões em França

Até 2027, a empresa quer instalar mais de 4.000 novos pontos de carregamento rápido, juntando-se aos mais de 6.000 já em operação em França.

A portuguesa Powerdot vai investir 100 milhões de euros em França para reforçar a sua rede de carregamento elétrico. Até 2027, a empresa quer instalar mais de 4.000 novos pontos de carregamento rápido, juntando-se aos mais de 6.000 já em operação.

“Este investimento reforça o nosso compromisso com a mobilidade elétrica e com as metas verdes definidas por França. Apostamos numa rede acessível, fiável e inovadora, com soluções como o autocharge e carregadores com coberturas fotovoltaicas”, diz Luís Santiago Pinto, CEO da Powerdot, citado em comunicado.

O anúncio do investimento foi feito durante o evento “Choose France”, iniciativa do Governo francês para atrair investimento estrangeiro, cujo anfitrião é o Presidente da República francês, Emmanuel Macron. O objetivo é, até 2027, instalar 4.000 novos pontos de carregamento, em locais de paragem habitual como supermercados, centros comerciais ou retail parks. “Mais de metade do montante será aplicado em parcerias com insígnias como Carrefour, Coopérative U e Mousquetaires”, refere a empresa em comunicado.

Em 2023, a Powerdot já tinha anunciado um investimento de 140 milhões de euros no país. A empresa está presente em Portugal, Espanha, Polónia e Bélgica.

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Juros da casa descem há 15 meses para mínimos de dois anos

Com as taxas de juro do crédito da casa em baixa há 15 meses, a prestação média da casa voltou a cair em abril para o valor mais baixo em ano e meio.

Os juros do crédito da casa continuam a aliviar nos bolsos das famílias, depois de terem recuado em abril pelo 15.º mês consecutivo para mínimos de dois anos, de acordo com os dados divulgados esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

A taxa de juro implícita no crédito à habitação caiu para 3,663% no mês passado, menos 7,2 pontos base em relação a março, baixando para a taxa mais baixa desde maio de 2023.

Juros da casa baixam

Fonte: INE

Acompanhando esta descida, a prestação média da casa recuou 2 euros para 396 euros, o valor mais baixo desde novembro de 2023, segundo os mesmos dados. Deste montante, 183 euros correspondem a capital amortizado, enquanto 213 euros são juros. O valor do capital em dívida renovou máximos históricos em abril, atingindo os 70.413 euros.

Há mais de um ano que os juros associados ao empréstimo da casa estão em queda refletindo sobretudo a descida das Euribor, que servem de base para o cálculo da prestação mensal.

Estas taxas interbancárias estão em queda há vários meses por conta do alívio da política monetária do Banco Central Europeu (BCE), que desde o verão passado já baixou as taxas oficiais da Zona Euro por sete ocasiões, num total de 1,75 pontos percentuais.

A próxima reunião do conselho de governadores do BCE tem lugar no dia 5 de junho. Os analistas estão divididos quanto a um novo corte ou se as taxas se mantêm.

(Notícia atualizada às 11h25)

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UE e Reino Unido “viram a página” e desbloqueiam acordo para se reaproximarem

  • Lusa
  • 19 Maio 2025

O acordo alcançado entre a União Europeia (UE) e o Reino Unido pretende reaproximar e relançar as relações bilaterais, afetadas após a saída do país da UE em 2020.

As negociações de última hora entre a União Europeia e o Reino Unido desbloquearam um acordo para relançar as relações numa cimeira esta manhã em Londres, a primeira desde o ‘Brexit’, avançaram diplomatas em Bruxelas.

As negociações, que só concluíram na madrugada de segunda-feira, chegaram a acordo sobre três textos: uma declaração sobre objetivos comuns de política externa, um pacto sobre segurança e defesa e um entendimento comum sobre várias áreas de cooperação futura.

O anúncio oficial dos acordos alcançados será realizado esta manhã em Londres após um encontro do primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o Presidente do Conselho Europeu, António Costa.

“O acordo mostra que entrámos num novo capítulo das nossas relações com o Reino Unido”, afirmaram fontes diplomáticas europeias aos jornalistas.

“As negociações decorreram sempre de boa-fé de ambas as partes e o resultado é muito positivo para ambas. Nenhuma das linhas vermelhas do Reino Unido ou da UE foi ultrapassada. Estamos a virar uma página e a avançar para uma nova parceria estratégica“, referiram.

O objetivo desta cimeira é alcançar uma reaproximação e relançar as relações bilaterais, afetadas após a saída do Reino Unido da UE em 2020.

Uma das questões mais controversas era a dos direitos de pesca dos barcos europeus nas águas britânicas, que este acordo garante por mais 12 anos, segundo fontes citadas pela agência AFP, evitando as negociações anuais previstas a partir de junho de 2026.

Este prolongamento da situação atual era uma exigência de vários países europeus, nomeadamente França, e equivale ao triplo do que o proposto pelos britânicos no início das conversações, adiantaram os diplomatas.

Em contrapartida, os britânicos poderão exportar mais facilmente os seus produtos agroalimentares para o mercado europeu, graças ao reconhecimento mútuo das normas fitossanitárias, que vão permitir reduzir controlos e burocracia nas fronteiras.

Como esperado, o pacto de segurança e defesa alcançado vai abrir caminho ao Reino Unido e respetivas empresas participarem em algumas das iniciativas europeias relacionadas o rearmamento e criar um diálogo mais regular entre Londres e Bruxelas nesta matéria.

Por outro lado, a questão da mobilidade dos jovens europeus, nomeadamente estudantes, e o regresso do Reino Unido ao programa Erasmus foi adiada para negociações posteriores.

Relativamente à questão da imigração ilegal, que é muito sensível no Reino Unido, Reino Unido e UE vão reforçar a cooperação com vista a reduzir o fluxo de migrantes através do Canal da Mancha.

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Finanças e Segurança Social viabilizam plano de recuperação da dona da Visão

  • Lusa
  • 19 Maio 2025

O valor total de créditos para efeitos de votação é de 35,2 milhões de euros, sendo que quase metade corresponde à Autoridade Tributária e à Segurança Social.

A Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) e o Instituto da Segurança Social (ISS) votaram favoravelmente o plano de insolvência da Trust in News (TiN), dona da revista Visão.

Em 6 de maio, a decisão sobre o plano de insolvência ficou a aguardar os votos por escrito requeridos por vários credores, entre os quais as Finanças e a Segurança Social, com peso preponderante, cujo prazo de 10 dias terminou na sexta-feira.

O valor total de créditos para efeitos de votação é de 35,2 milhões de euros, sendo que quase metade corresponde à AT e ao ISS. Agora cabe ao tribunal dar a conhecer o resultado total da votação e decidir a homologação.

De acordo com a delegada sindical da Visão, os trabalhadores receberam 30% do salário de abril e 35% estão a ser pagos até ao início da próxima semana. Quanto ao resto do montante, não há previsão de pagamento.

O plano da TiN, que detém publicações como a Visão e a Exame, prevê a injeção de até 1,5 milhões de euros pelo acionista único, Luís Delgado. Segundo o documento, a TiN propõe aos credores um “compromisso de aporte de até 1,5 milhões de euros, faseadamente, e em função das necessidades da empresa para reforçar a tesouraria”, por parte do acionista único.

O plano mantém ainda a intenção de suspender, licenciar ou vender publicações deficitárias como a TV Mais, Telenovelas, Caras Decoração, Prima, Visão Saúde, Visão Surf e This is Portugal, sendo que, “com exceção da Telenovelas, todas as outras publicações já estão suspensas”. Prevê ainda um ajuste na periodicidade, se necessário, de algumas revistas, mantendo apenas as mais rentáveis, além da redução de 70% do espaço físico (50% já foi reduzido) e o encerramento da delegação no Porto.

Será ainda reduzido “o quadro de funcionários, proporcional à suspensão publicações, com reestruturação interna”. A empresa conta atualmente com 104 trabalhadores, indicou, e estima que “os custos com pessoal não poderão ultrapassar os 250 mil euros/mês, objetivo alcançável, com o apoio e intervenção do administrador da insolvência”, referiu.

Quanto ao pagamento das dívidas proposto, será faseado, no caso da AT e ISS em 150 prestações, além de um “plano de pagamento de 12 a 15 anos para credores comuns e garantidos” e da “possibilidade de permuta de publicidade para pagamento de parte das dívidas”.

Para aumentar receitas, o plano prevê o “aumento de assinaturas digitais e melhoria da plataforma de e-commerce, parcerias estratégicas com outros grupos editoriais”, a “exploração de novos formatos de conteúdo, como podcasts e vídeos”, e o “licenciamento de marcas para gerar receita adicional”.

Quanto ao impacto desta reestruturação, a empresa aponta uma “melhoria gradual da rentabilidade, com um retorno a resultados positivos esperado a médio prazo”, evitando a liquidação da empresa e “preservando postos de trabalho e ativos”. Ficará, segundo o plano, ajustado “o modelo de negócio para um formato mais sustentável, alinhado às tendências digitais”, garantindo ainda o “pagamento aos credores, comparativamente a um cenário de liquidação, onde muitos não receberiam seus créditos”.

O plano prevê também a “criação imediata de uma task force com dois diretores editoriais, diretora comercial, diretora financeira e diretor de recursos humanos, com a tarefa de reanalisar todos os custos e contratos passíveis de serem renegociados ou cessados, sem qualquer penalização para a empresa, e apresentar medidas e sugestões para aumentar as receitas, tendo em conta os recursos existentes” e os melhores exemplos nacionais e internacionais. As sugestões deste órgão “serão implementadas após aprovação da gerência e do administrador da insolvência”.

A proposta para a continuidade da TiN, mediante a apresentação de um plano de insolvência num prazo de 30 dias, foi aprovada em assembleia de credores, em 29 de janeiro, mantendo-se os títulos em atividade.

Fundada em 2017, a Trust in News é detentora de 16 órgãos de comunicação social, em papel e plataformas digitais.

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DBRS: “Resultados dão mais força à AD, mas estabilidade do Governo pode enfrentar desafios”

Morningstar DBRS espera que o novo Executivo mantenha compromisso de baixar a dívida pública, apesar da pressão para aumentar os gastos com defesa.

A agência de rating Morningstar DBRS considera que as eleições deram “mais força” à Aliança Democrática (AD), mas a estabilidade do Governo poderá enfrentar desafios e levar novamente o país para eleições antecipadas.

“Embora os resultados deem mais força à AD para o novo período legislativo, o próximo governo ainda precisará de ter o apoio ou a abstenção de terceiros para governar e legislar”, sublinham os analistas da agência de notação de risco.

“Portanto, a estabilidade do Governo pode enfrentar desafios e levar a eleições antecipadas em algum momento”, acrescentam, lembrando, porém, que novas eleições só poderão ter lugar a partir de maio de 2026.

Para a Morningstar DBRS, o novo governo vai ter os mesmos desafios dos últimos anos, “nomeadamente a implementação de reformas e investimentos relacionados com o plano de recuperação e resiliência, escassez de casas acessíveis, gestão e integração dos fluxos migratórios”.

“Em cima disto, Portugal enfrenta um contexto externo mais complexo, tanto devido ao aumento do protecionismo como às maiores tensões geopolíticas”, refere a agência.

Com as pressões orçamentais crescentes, devido à necessidade de aumentar as despesas com a defesa, a DBRS espera que o governo “mantenha o compromisso” de reduzir o rácio da dívida pública e que “implemente a sua agenda política e aumente as despesas com a defesa gradualmente, sem comprometer o compromisso de Portugal com a responsabilidade orçamental”.

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Inflação na Zona Euro estabilizou nos 2,2% em abril, confirma o Eurostat. Portugal abaixo da média

  • Joana Abrantes Gomes
  • 19 Maio 2025

Eurostat confirmou taxa de inflação de abril igual à de março. Portugal ficou abaixo da média da Zona Euro, embora inflação tenha acelerado face ao mês anterior.

O Eurostat confirmou esta segunda-feira que a taxa de inflação homóloga da Zona Euro se manteve estável em 2,2% em abril, igualando os 2,2% de março e ficando abaixo dos 2,4% de há um ano. Portugal (2,1%) ficou uma décima abaixo da média da área da moeda única, apesar de ter sido um dos 11 países em que a inflação acelerou face ao mês anterior.

Ao nível da União Europeia (UE), a inflação anual (medida pelo índice harmonizado de preços no consumidor) foi de 2,4% em abril de 2025, o que compara com 2,5% em março e com 2,6% no mesmo mês do ano passado.

Portugal registou, no quarto mês de 2025, uma taxa de inflação anual — harmonizada — de 2,1% (abaixo quer da média da Zona Euro, quer da da UE), uma subida de duas décimas face aos 1,9% de março e uma descida de duas décimas face aos 2,3% de abril de 2024.

Taxas de inflação anual em abril

Fonte: Eurostat

No conjunto dos 27 países da União Europeia, no que toca à variação homóloga, as taxas anuais mais elevadas foram registadas na Roménia (4,9%), na Estónia (4,4%) e na Hungria (4,2%), enquanto as mais baixas se verificaram na França (0,9%), Chipre (1,4%) e Dinamarca (1,5%).

Em comparação com março, a inflação anual diminuiu em 13 Estados-membros, permaneceu estável em três e aumentou em 11, ainda de acordo com o Eurostat.

O gabinete estatístico adianta que, em abril de 2025, o maior contributo para a taxa de inflação anual da Zona Euro está relacionado com o setor dos serviços (+1,80 pontos percentuais), seguido pelo dos produtos alimentares, álcool e tabaco (+0,57 pontos percentuais), dos produtos industriais não energéticos (+0,15 pontos percentuais) e da energia (-0,35 pontos percentuais).

(Notícia atualizada às 10h35)

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De Von der Leyen a Pedro Sánchez. As reações internacionais à vitória da AD

  • Joana Abrantes Gomes
  • 19 Maio 2025

Presidente do Conselho Europeu promete “trabalhar em estreita colaboração” com o Governo português. Ursula von der Leyen considera vitória da AD uma “excelentes notícia”.

Depois de uma noite marcada pelas reações dos protagonistas destas eleições, chegam também reações internacionais, em especial de líderes europeus. Começando por Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, que se mostrou muito satisfeita com a vitória da Aliança Democrática (AD), encabeçada pelo PSD, que integra o seu grupo europeu, o PPE.

Neste contexto, a presidente da Comissão Europeia considerou a vitória da AD “excelentes notícias” para Portugal e a Europa, que “só podem beneficiar de continuidade e estabilidade”. “Realizámos um excelente trabalho em conjunto e temos muito mais pela frente”, garante Ursula von der Leyen, deixando um “abraço amigo de parabéns” a Luís Montenegro.

 

Enquanto isso, o presidente do Conselho Europeu, António Costa, antecessor de Luís Montenegro no cargo de primeiro-ministro de Portugal, promete “trabalhar em estreita colaboração” com o próximo Governo português para “tornar a Europa mais forte, mais próspera e mais autónoma”, assinalando que, apesar dos “tempos difíceis”, a “União Europeia vai cumprir os seus objetivos e sair mais forte”.

Já a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, na mesma rede social, disse ser “ótimo” que Portugal e a Europa “continuem a beneficiar da liderança e do compromisso” de Luís Montenegro, “garantindo soluções, determinação e estabilidade”.

Além-fronteiras chega ainda a reação do país vizinho, cujo primeiro-ministro, Pedro Sánchez, congratulou Luís Montenegro pela vitória nas legislativas deste domingo. “Continuemos a trabalhar juntos pelo futuro da Península Ibérica e por uma Europa mais unida e próspera“, escreveu, também no X, o líder do Governo espanhol.

 

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Bruxelas volta a cortar crescimento de Portugal e da Zona Euro para 2025

A Comissão Europeia cortou pela quarta vez consecutiva o PIB da Zona Euro para este ano, prevendo agora um crescimento de apenas 0,9%. O PIB de Portugal também foi revisto em baixo para 1,8%.

A Comissão Europeia cortou mais uma vez as suas previsões para o crescimento económico da Zona Euro e da União Europeia (UE) para 2025 e 2026, apontando agora para um “crescimento moderado em meio a incerteza comercial global”. O cenário pessimista reflete sobretudo o impacto do aumento das tarifas e a elevada incerteza causada pelas recentes mudanças abruptas na política comercial dos EUA.

Para Portugal, Bruxelas também reviu ligeiramente em baixa a previsão de crescimento para este ano, mas melhorou a perspetiva para 2026. “A procura interna deverá continuar a apoiar o crescimento económico em Portugal, enquanto as exportações de bens enfrentam ventos contrários significativos devido às tensões comerciais a nível mundial.”

As previsões da Comissão Europeia apontam não apenas para uma deterioração das finanças públicas, como para um regresso a uma situação de défice orçamental no próximo ano.

Nas previsões económicas da primavera de 2025, divulgadas esta segunda-feira, a instituição liderada por Ursula von der Leyen espera que o Produto Interno Bruto (PIB) da Zona Euro cresça apenas 0,9% este ano e 1,4% em 2026, quando nas previsões de outubro, publicadas em novembro, os analistas antecipavam um crescimento de 1,3% e 1,6%, respetivamente. Trata-se da quarta revisão consecutiva em baixa para a economia da moeda única, que está a sentir os efeitos da incerteza sobre o comércio global.

Para a União Europeia, as novas previsões apontam para um crescimento de 1,1% para este, quando antes apontavam para um crescimento de 1,5%; e para 2026 a Comissão Europeia aponta para um crescimento do PIB real de 1,5%, menos 0,3 pontos percentuais face aos 1,8% antecipados anteriormente.

Para Portugal, a Comissão Europeia reviu em baixa o crescimento para 2025, projetando agora um crescimento do PIB real de 1,8%, quando antes previa 1,9%. Por outro lado, melhorou ligeiramente as perspetivas para 2026, antecipando um crescimento de 2,2%, acima dos 2,1% anteriormente previstos.

Fonte: Comissão Europeia. Relatório de Primavera de 2025.

As projeções para Portugal mostram que, apesar da revisão em baixa, o país continuará a crescer acima da média da UE e da área do euro, tanto em 2025 como em 2026. A inflação em Portugal deverá ser 2,1% em 2025 e para 2% em 2026, valores muito próximos da meta de 2% do Banco Central Europeu (BCE). Quanto ao desemprego, Bruxelas prevê uma taxa de 6,4% em 2025 e 6,3% em 2026.

“Prevê-se que a inflação global continue a diminuir, num contexto de moderação do crescimento do emprego e dos salários e de uma descida marginal do desemprego”, destaca a Comissão Europeia, antecipando que “Portugal continue a seguir uma política orçamental expansionista, transformando o excedente do setor público administrativo num défice até 2026.”

No plano orçamental, as previsões da Comissão Europeia apontam não apenas para uma deterioração das finanças públicas, como para um regresso a uma situação de défice orçamental no próximo ano. Segundo as projeções de Bruxelas, Portugal passará de um excedente orçamental equivalente a 0,1% do PIB este ano para um défice de 0,6% do PIB em 2026. Estas previsões esbatem com as anteriores previsões, publicadas em novembro, que apontavam para um excedente orçamental de 0,4% do PIB este ano e de 0,3% em 2026.

Incerteza comercial pesa na economia europeia

As revisões em baixa da Comissão Europeia para a UE e para a Zona Euro são explicadas principalmente pela “mudança protecionista na política comercial dos EUA”. Segundo Bruxelas, “o mundo estava largamente despreparado para a mudança abrupta protecionista na política comercial dos EUA. Os amplos aumentos tarifários anunciados em 2 de abril enviaram ondas de choque pela economia global”.

“Como a economia mais aberta do mundo, a UE está a sentir a pressão”, explica o relatório. “Uma expansão económica mais fraca nos mercados globais travará inevitavelmente o crescimento das exportações”, antecipam os analistas europeus, revelando que os “dados de inquéritos já apontam para a deterioração do sentimento entre famílias e empresas, que provavelmente responderão reduzindo o consumo e adiando investimentos.”

O documento explica ainda que “a elevada incerteza e um aperto das condições financeiras exercem uma travagem no crescimento do investimento”. Após uma contração de 1,9% em 2024, a Comissão Europeia espera que a formação bruta de capital fixo (investimento) se expanda ao longo do horizonte da previsão, mas a um ritmo mais modesto que o anteriormente previsto.

Nas exportações, o impacto será ainda mais significativo. “Espera-se que as exportações da UE cresçam modestos 0,7% este ano e 2,1% em 2026, em linha com a menor procura global por bens. Isto marca uma revisão significativa em baixa relativamente às projeções de outono (2,2% e 3%, respetivamente)”, lê-se no relatório.

Em relação a Portugal, apesar do cenário de menor crescimento da economia nacional para este ano, a Comissão Europeia mantém uma perspetiva de que o país continuará a convergir economicamente com a média europeia.

Um dos poucos pontos positivos das previsões da Comissão Europeia é a antevisão de uma desaceleração da inflação mais rápida que o previsto. “Espera-se que a desinflação prossiga mais rapidamente do que o esperado no outono, com novos fatores desinflacionistas das tensões comerciais em curso a superarem preços mais elevados dos alimentos e pressões de procura de curto prazo mais fortes”, indica o documento.

A Comissão Europeia prevê que a inflação na área do euro, após uma média de 2,4% em 2024, atinja a meta do BCE até meados de 2025 – mais cedo do que o anteriormente previsto – e registe uma média de 1,7% em 2026.

Apesar do cenário económico menos favorável, o mercado de trabalho europeu deverá manter-se resiliente, segundo as projeções dos analistas da Comissão Europeia. “O modesto crescimento do PIB alcançado em 2024 ainda levou a uma maior expansão do emprego. A intensidade de empregos do crescimento começou a diminuir de níveis elevados e espera-se que normalize mais ao longo do horizonte da previsão“, refere o relatório.

O relatório aponta ainda que “os riscos para as perspetivas estão inclinados para o lado negativo”. Um cenário particularmente preocupante seria “uma escalada das tensões comerciais entre a UE e os EUA [que] poderia deprimir o PIB e reacender pressões inflacionárias”.

No entanto, a Comissão Europeia também identifica possíveis fatores positivos, como “uma redução nas tensões comerciais UE-EUA, juntamente com um renovado impulso nas negociações comerciais com outros países e regiões”, que poderia apoiar o crescimento da UE.

Em relação a Portugal, apesar do cenário de menor crescimento da economia nacional para este ano, a Comissão Europeia mantém uma perspetiva de que o país continuará a convergir economicamente com a média europeia, crescendo acima do ritmo da UE e da zona euro durante todo o horizonte de previsão.

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Candidato liberal vence eleições polacas que terão segunda volta

  • Lusa
  • 19 Maio 2025

Rafal Trzaskowsk, atual presidente de Varsóvia, derrotou ultraconservador Karol Nawrocki nas eleições polacas, que terão uma segunda volta.

Rafal Trzaskowsk, 53 anos, é oriundo de uma família de intelectuais de Varsóvia e europeísta assumido.Lusa

O candidato liberal e atual presidente da Câmara de Varsóvia, RafalTrzaskowski, derrotou o ultraconservador Karol Nawrocki nas eleições polacas, que terão uma segunda volta, confirmou a Comissão Eleitoral, com 100% da contagem dos votos concluída.

O candidato liberal apoiado pelo primeiro-ministro polaco, Donald Tusk, obteve 31,36% dos votos nas eleições presidenciais de domingo, enquanto o candidato nacionalista, Karol Nawrocki, apoiado pela oposição ultraconservadora, obteve 29,54% dos votos.

Os dados confirmam também uma elevada taxa de participação dos cidadãos, de 69,71%, sendo que o caminho está agora aberto para a reta final que colocará o liberal e governista Trzaskowski contra o conservador Nawrocki, apoiado pelo partido ultraconservador e nacionalista Lei e Justiça (PiS), que governou de 2015 a 2023, na segunda volta, a 1 de junho.

O vencedor vai suceder ao conservador Andrzej Duda, que atingiu o limite de mandatos.

  • Rafal Trzaskowsk, 53 anos, é oriundo de uma família de intelectuais de Varsóvia e europeísta assumido. Conquistou a Câmara de Varsóvia em 2018 e foi reeleito no ano passado, após ter perdido por pouco a corrida para a presidência contra o atual chefe de Estado.
  • Karol Nawrocki, um historiador nacionalista de 42 anos apaixonado pelo submundo do crime, é um admirador do Presidente norte-americano, Donald Trump, de quem recebeu a previsão de que iria vencer. Durante a campanha, pediu que fossem realizados controlos na fronteira com a Alemanha para impedir a entrada de migrantes, que alegou estarem ser rejeitados por aquele país, e exigiu que Berlim pague reparações à Polónia pela Segunda Guerra Mundial.

A partir deste ano, começou a dirigir o Instituto da Memória Nacional polaco, que investiga crimes nazis e comunistas. Após alguma ambiguidade sobre a invasão da Ucrânia, defendeu a rutura das relações diplomáticas com a Rússia, “um Estado bárbaro, cruel e que devia ser isolado”.

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Do “Portugal tripartido” ao “terramoto de Ventura”. Os resultados das legislativas nos jornais nacionais

  • Joana Abrantes Gomes
  • 19 Maio 2025

Apesar da vitória da Aliança Democrática, a imprensa nacional dá destaque à subida do Chega, que pode tornar-se o maior partido da oposição, e a um dos piores resultados de sempre do PS.

Embora a Aliança Democrática tenha vencido as legislativas deste domingo, o maior destaque da imprensa nacional vai para o forte crescimento do Chega, que, por sua vez, levou à “hecatombe” do PS, que se estende à esquerda, onde só o Livre cresceu. O ECO reúne as principais manchetes dos jornais em Portugal na manhã desta segunda-feira.

“Portugal tripartido”

A capa do Jornal de Notícias destaca a melhoria do resultado da AD face às legislativas de 2024 — embora “longe da maioria” –, bem como a “quebra” do PS e a subida do Chega, que deixam estas duas forças “quase empatadas”. O jornal nortenho realça ainda a “derrocada à esquerda”, onde o Livre foi o único partido a crescer, conseguindo seis deputados, mais dois do que nas eleições anteriores.

Reforço da AD, colapso do PS e crescimento do Chega

“AD reforça-se, Chega cresce, PS colapsa” é o título do Público desta segunda-feira. O jornal sublinha como a coligação formada entre o PSD e o CDS elegeu mais deputados, num total de 89, do que toda a esquerda junta (somando os 58 do PS, os seis do Livre, os três da CDU e um do Bloco de Esquerda), mesmo faltando conhecer os resultados dos círculos da emigração.

“O terramoto que reconfigurou a política nacional”

O Observador, por sua vez, fala de um “terramoto político de 22,56 na escala de Chega, com epicentro a sul do Tejo”, que “abanou o centrão político”. O jornal digital aponta também como “Luís Montenegro fugiu claramente a reforçar o não é não” ao partido de André Ventura no discurso da vitória, com uma “resposta que dá para os dois caminhos”.

“Hecatombe do PS”

O Correio da Manhã descreve como a vitória de Montenegro foi “ofuscada” pelo “terramoto Ventura”, que, simultaneamente, “derrubou” Pedro Nuno Santos, com o secretário-geral do PS a demitir-se cerca de um ano e cinco meses após ter chegado à liderança do partido. Nas palavras do generalista, “o PS saiu humilhado destas eleições” e Pedro Nuno Santos “cometeu um erro de palmatória ao não impedir a queda do Governo”.

“AD pouco maior” e o “3.º pior PS de sempre”

No Expresso, o destaque vai para a “maioria ligeiramente maior” da coligação liderada por Luís Montenegro, mas sobretudo para a “primeira vez” que o Chega ultrapassou o PS, sendo que o partido de André Ventura registou a maior subida percentual e em número de votos destas legislativas. Por outro lado, o semanário sublinha a “eleição trágica para a esquerda, em especial para o PS”, que teve o seu “terceiro pior resultado de sempre”.

“Vendaval”

Na imprensa económica, o Jornal de Negócios intitula os resultados da noite eleitoral como um “vendaval”, perante a possibilidade de o Chega passar a segundo maior partido e a humilhação dos socialistas que culminou na demissão do seu líder. Ainda assim, a vitória da Aliança Democrática, segundo o diário económico, foi alcançada “com um dos piores resultados de sempre em legislativas”. “Só no ano passado (apesar da vitória), em 2022, com a maioria absoluta de António Costa, e em 2019 (quando perdeu também para o PS), é que PSD e CDS tiveram resultados piores do que o de [domingo], tanto em percentagem de votos, como em número de mandatos”, escreve.

“AD e IL insuficientes para governo de maioria”

Já a capa do Jornal Económico aponta que “Pedro Nuno dá derrota humilhante ao PS”, que alcançou 23,38% dos votos, o seu pior resultado em 40 anos, enquanto o Chega está “nas nuvens com Ventura”, cuja diferença percentual para os socialistas é de menos de um ponto, ainda sem os votos dos círculos da emigração contados. A viragem à direita do Parlamento e o recorde de dez partidos eleitos são outros destaques da noite eleitoral, bem como a impossibilidade de um governo de maioria entre a coligação PSD/CDS e os liberais.

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Bernardo Maciel: “O salário é importante, mas o dinheiro não compra tudo”

  • ECO
  • 19 Maio 2025

O aventureirismo e a resiliência dos empresários foram alguns dos temas abordados no 30º episódio do podcast E Se Corre bem?, que contou com Bernardo Maciel como convidado.

Bernardo Maciel, CEO da Yunit Consulting, foi o convidado do 30º episódio do podcast “E Se Corre Bem?”, no qual começou por enaltecer o heroísmo de todos os empresários, que o impulsionou a criar o prémio Heróis PME. “Os empresários são heróis. Seja em que contexto for, a atividade empresarial tem sempre riscos. A criação da premiação veio depois de eu fazer o MBO, em 2016. Foi quando passei a ser uma PME como qualquer outra e sentia-me muito mais próximo. Também foi uma forma de darmos sinal ao mercado que gostávamos de estar junto dos pequenos e médios empresários, ajudá-los nos momentos críticos de decisão e destacar as suas histórias“.

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A decisão de assinar o MBO foi a virada chave inesperada na vida profissional de Bernardo Maciel: “O grupo Yunit tinha várias áreas de negócio e, de acordo com instruções da Troika, os bancos deveriam largar os ativos não financeiros onde estavam as seguradoras. E era onde estávamos nós. Tínhamos mais de 100 pessoas e havia a dúvida do que ia acontecer. Na altura, eu já liderava a Yunit Consulting e havia a oportunidade de cada um dos responsáveis das diferentes empresas fazerem um MBO para dar continuidade ao negócio. Foi um passo natural“.

Dado este passo, o líder do grupo passou a ser CEO da Yunit Consulting, mas confessa que isso não mudou a sua postura e forma de trabalhar. “Eu penso que só muito recentemente é que, pela primeira vez, falei do Bernardo acionista e do Bernardo CEO. Obviamente que tenho noção que sou o responsável último da organização, mas ainda me vejo muito como o diretor executivo que tem de garantir que o plano é feito e que os objetivos são cumpridos“, confessou.

Quando questionado sobre o que prioriza quando olha para um CV, Bernardo Maciel não hesitou em responder: “Competências técnicas são importantes, mas depois é a componente pessoal”. Para o CEO da Yunit Consulting, é importante perceber, logo nas entrevistas, as “formas de estar e os anseios das pessoas para se perceber se estão no aquário certo ou não”. Só assim, segundo ele, é possível recrutar “pessoas que se alinham na mesma lógica de negócio”.

“A harmonia é boa para podermos discutir de forma saudável o futuro e os desafios. É também uma forma de passar para o resto da organização a estabilidade que as pessoas precisam. Apesar de haver sempre discussões para tomar decisões, é fundamental haver saúde e alinhamento entre os boards, as administrações e as direções para que as pessoas sintam a estabilidade necessária para cumprirem as suas missões e só depois disso é que vem a satisfação e a felicidade no trabalho“, referiu.

Ainda sobre o que promove a felicidade no ambiente de trabalho, Bernardo Maciel destacou o respeito pela vida pessoal dos colaboradores, e, sobretudo, haver “um nível de transparência muito grande”: “Eu não noto que as derivadas pessoais (consultas, etc) impactem nos resultados. Há um nível de responsabilização e de transparência muito grande dentro da organização. As nossas contas são muito transparentes e acho que a honestidade é fundamental para as pessoas perceberem o que valem dentro da organização, que visão temos para o negócio, o que queremos atingir, o que resolvemos junto dos nossos clientes e que condições de trabalho damos“.

Com a missão de tornar a Yunit um “espaço de crescimento e de realização” das pessoas que trabalham na empresa, o CEO garante que tornar o trabalho dos seus colaboradores interessante para eles, com desafios que os motivem a permanecer, é crucial. “O salário é importante, mas o dinheiro não compra tudo. Se o colaborador estiver num momento de insatisfação, não é com um aumento que eu vou resolver o problema. Isso é só um paracetamol”, concluiu.

Este podcast está disponível no Spotify e na Apple Podcasts. Uma iniciativa do ECO, em que Diogo Agostinho, COO do ECO, procura trazer histórias que inspirem pessoas a arriscar, a terem a coragem de tomar decisões e acreditarem nas suas capacidades. Com o apoio do Doutor Finanças e da Nissan.

Se preferir, assista aqui:

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