Centeno diz que “independência do banco central é mais uma responsabilidade do que um direito”

Governador do Banco de Portugal contou que um banco central não pode estar "tão pendente" do que está na lei para saber o que tem de fazer na missão de garantir a estabilidade, incluindo dos preços.

Para Mário Centeno, num estado de direito, a independência de um banco central não vem das normas legais, sendo “mais uma responsabilidade do que um direito”.

“As leis mudam e nós não podemos estar tão pendentes do que está na lei para sabermos o que temos de fazer”, afirmou o governador do Banco de Portugal esta sexta-feira numa conferência sobre a independência dos bancos centrais organizada pelo Banco de Espanha. “É assim que vejo e como devemos comunicar”, disse.

Segundo Centeno, os bancos centrais devem transmitir estabilidade. “Isso faz parte do nosso ADN, é como nos vemos a nós mesmos”, referiu. E explicou que essas dimensões de independência e estabilidade são importantes para os bancos centrais cumprirem o seu mandato.

“Temos como mandato principal o controlo da inflação. É um drama psicológico que temos: tomar hoje decisões para ancorar as expectativas de inflação no médio prazo. Não monitorizamos a inflação de amanhã ou depois de amanhã. Esta diferença enorme entre a política monetária e outras políticas económicas é o tempo que decorre para ter impacto as suas decisões. Mas há que ver isso com tranquilidade”, disse o também membro do conselho de governadores do Banco Central Europeu (BCE).

Mário Centeno frisou ainda que um banco central tem o papel fundamental na “coordenação de políticas”, dado que dispõe de uma capacidade “parcial” em termos de instrumentos ao seu dispor para controlar a inflação.

“Em Portugal, metade da população não sabia o que era inflação”

Mário Centeno, cujo mandato termina em julho, contou também que tem feito muitas visitas a escolas e universidades nos últimos tempos, mas com “a vantagem” que outros governadores não tiveram antes. “Tivemos inflação e é muito difícil falar de uma coisa que as pessoas não veem”, frisou.

“Em Portugal metade da população não sabia o que era inflação, não tinha experienciado. [Nesse sentido] foi um momento estupendo”, disse.

“Se me dizes que era melhor não ter havido, claro. Uma vez que tivemos, é melhor aproveitar. Devemos utilizar toda a capacidade que temos para comunicar com todos”, acrescentou o governador português.

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É oficial. Parlamento aprova criação de 302 novas freguesias

Doze anos após o processo de concentração, a Assembleia da República permite que desapareçam 135 uniões de freguesias e ressurjam 302. Só a Iniciativa Liberal votou contra o diploma.

O “comboio” iniciado em 2021 para retomar o mapa de freguesias existentes até 2013 chegou à penúltima estação nesta sexta-feira, com a aprovação parlamentar da desagregação. Agora, só falta a última palavra do Presidente da República. A Assembleia da República aprovou o regresso de 302 freguesias outrora existentes, pondo fim, em simultâneo, a 135 uniões de freguesias. A criação destas uniões de freguesias aconteceu no Governo liderado por Passos Coelho e, apesar deste processo se ter iniciado no Executivo PS de António Costa, é de novo com a coligação de direita no poder que se reverte uma medida que visava criar poupanças e aumento de escala territorial.

Apesar de a lei, que originou a concentração, ter ocorrido em pleno consulado do PSD e CDS, tendo mesmo assumido, informalmente, o nome do então ministro-adjunto Miguel Relvas, a deputada social-democrata Olga Freire defendeu que “não foi o Governo de Passos Coelho que tomou a decisão” de alterar o mapa de freguesias, mas sim “o governo Sócrates que sugeriu à troika a agregação de freguesias”. “Foi o governo PS que inclui no memorando de entendimento o plano de reorganizar e reduzir significativamente o número de autarquias, a tempo das autárquicas de 2013″, vincou.

Do lado do PS, que promoveu a desconcentração através da lei 39/2021, com António Costa, o deputado Jorge Botelho devolveu as acusações, lembrando que a lei que reorganizou as freguesias surgiu pela mão do Executivo PSD/CDS. “Esta redução de freguesias, que teve no Parlamento unicamente a aprovação por parte do PSD e do CDS, teve e tem tido ao longo do tempo uma forte reação negativa das populações e de muitos autarcas do nosso país a todos os níveis, independentemente das forças políticas que representavam e representam.”

Foi o governo PS que inclui no memorando de entendimento o plano de reorganizar e reduzir significativamente o número de autarquias, a tempo das autárquicas de 2013.

Olga Freire

Deputada do PSD na Assembleia da República

Isto porque, acusou ainda, o processo foi feito de forma “absolutamente centralizada e sem envolvimento das populações a que se destinava”. “Foi aquilo que na altura se designou como uma reorganização de freguesias feita a régua e esquadro, sem ouvir as populações”, insistiu Jorge Botelho. Mais tarde, “com a mudança para um governo do Partido Socialista, a questão do mapa autárquico de freguesias voltou a estar na agenda política”, completou.

Assumindo que a ‘Lei Relvas’ “não foi” perfeita, Olga Freire realçou, por sua vez, o “contexto de urgência internacional” que se vivia em 2013, depois do pedido de assistência financeira. Embora recuse a ‘paternidade’ da medida, o PSD ressalvou que foram agregadas 1.168 freguesias nas novas uniões territoriais e que, destas, “apenas 188 apresentaram [agora] um procedimento especial de reposição”. Destas quase duas dezenas, foram aprovadas 135, salientou. “O PSD tudo fez para terminar o processo de desagregação. Está feito. Está na hora de fechar este ciclo e olhar para o futuro“, concluiu.

Da parte do CDS, parceiro de coligação governamental também na época em que aprovou a agregação, João Almeida defendeu o passo formalizado na lei de 2013. “Fomos a favor da lei que agregou freguesias, porque entendemos que um dos critérios que é importante na gestão territorial é o critério da escala, da eficiência.”

O CDS-PP foi o único partido que votou contra a lei de 2021, notou o deputado centrista. “Fomos contra porque entendemos que os critérios estabelecidos pelo Partido Socialista eram errados e injustos, que iam permitir uma alteração do mapa que não permite resolver as grandes questões que o país tem em termos de gestão de proximidade”. Ainda assim, ressalvou, o CDS-PP decidiu votar agora a favor da desagregação por entender que o que está em causa é a validação dos processos entregues pelas freguesias, ao abrigo da lei de 2021, bem como o respeito pela vontade das populações.

Foi aquilo que na altura se designou como uma reorganização de freguesias feita a régua e esquadro, sem ouvir as populações.

Jorge Botelho

Deputado do PS na AR

Na votação final, apenas a Iniciativa Liberal (IL) votou contra o que designou de “retrocesso” por entender que “esta reforma não é para melhorar a vida das pessoas, [mas sim] para satisfazer os interesses instalados, aumentar o peso do Estado e criar mais cargos para distribuir por clientelas políticas”, justificou a deputada Mariana Leitão. E, dirigindo-se para a bancada parlamentar, Mariana Leitão apelou: “Senhores deputados, não enganem as pessoas”.

A deputada da IL não tem dúvidas de que “mais freguesias significam mais despesa, mais presidentes e executivos e tudo pago com dinheiro dos contribuintes”. “Em vez de termos freguesias mais fortes e organizadas, voltamos a uma estrutura pesada e ineficaz”, lamentou.

Já o Chega absteve-se na votação do diploma. O deputado Paulo Fernandes justificou que “o voto de abstenção é o mais responsável”. Aliás, explanou, “respeita a vontade popular”, assinalando que o partido “nunca faltou a uma reunião do grupo de trabalho, ao contrário de outros partidos que nunca lá puseram os pés”.

Ainda assim, numa intervenção anterior, o seu colega de partido Barreiro Soares tinha sublinhado que o Chega “defende a redução do número de políticos, a diminuição da burocracia”.

Esta reforma não é para melhorar a vida das pessoas, [mas sim] para satisfazer os interesses instalados, aumentar o peso do Estado e criar mais cargos para distribuir por clientelas políticas.

Mariana Leitão

Deputada da Iniciativa Liberal na AR

A favor desta alteração votaram também os bloquistas. Durante a intervenção no plenário, a deputada Joana Mortágua começou por “saudar os autarcas que lutaram pela sua freguesia, e lutaram para provar que o poder local não é uma forma de participação democrática obsoleta”.

A bloquista realçou o facto de a Lei Relvas ter causado vítimas. “Não roubou apenas os serviços públicos; pretendeu roubar capacidade de luta às populações pelo direito dos serviços públicos nos seus territórios”, apontando o encerramento de diversos postos CTT e centros de saúde com a agregação das freguesias. Aliás, sustentou Mortágua, “esta lei não levou a uma grande poupança como tinha sido apregoado. A austeridade enterrava o país em mais crise”.

Apesar de o PCP ter votado a favor da desagregação das freguesias, o deputado comunista Alfredo Maia defendeu que a medida fica aquém do que as comunidades querem. “O debate de hoje é um momento de reforço e valorização das freguesias, mas fica longe do que as populações exigem”, uma vez que “foi imposta apenas um número limitado de freguesias desconsiderando a vontade das populações”, reiterou.

Deveríamos repor todas as freguesias onde fosse a vontade das populações, como o PCP sempre defendeu. Mas não foi essa a vontade do PS, PSD, CDS, Chega e Iniciativa Liberal”, acusou Alfredo Maia. E deixou “um repto, sobretudo ao PSD e PS para que não se desperdice esta oportunidade de repor todas estas freguesias como defendem as populações e os seus órgãos”.

Já a deputada do Livre, Filipa Pinto, defendeu “a possibilidade do regresso, por vontade popular, de uma gestão mais próxima das comunidades locais”. Até porque, justificou, “Portugal continua a ser um país centralizado”.

Depois de avanços e recuos, provocados em parte pela existência de eleições autárquicas com as quais não se queria fazer coincidir o regresso às antigas freguesias, e também pelas quedas de Governo que levaram a interrupção dos trabalhos na Comissão do Poder Local e Coesão Territorial, a aprovação está executada pela maioria dos 230 deputados e o processo segue agora para Belém, onde a promulgação ou o veto ficarão ao critério do Presidente da República.

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Há mais benefícios com vantagens para colaboradores e empresas além do subsídio de refeição

  • Conteúdo Patrocinado
  • 17 Janeiro 2025

Empresas e colaboradores podem beneficiar de mais vantagens além do conhecido subsídio de refeição. Saiba quais são as opções disponíveis e a quem se destinam.

O ano 2025 trouxe novidades no campo dos benefícios sociais, com o montante isento em cartão refeição a subir para os 10,20€. Já se o subsídio for pago em numerário, o montante máximo isento de tributação mantém-se nos 6,00€/dia. Em causa está o aumento da majoração de 60% para 70% em relação ao limite legal estabelecido para a função pública, permitindo que os colaboradores tenham mais rendimento líquido e as empresas menos encargos fiscais quando o subsídio de refeição é pago em cartão.

Isto acontece porque o subsídio de refeição é um benefício social, um complemento à remuneração que as empresas podem atribuir aos colaboradores com o objetivo de garantir o seu acesso a uma refeição nutritiva e condigna durante o seu dia a dia de trabalho.

Mas sabia que há outros benefícios sociais?

Além da alimentação, a legislação prevê benefícios sociais em mais três áreas: infância e educação, saúde e apoio social.

Os vales sociais são uma forma de atribuição destes benefícios aos colaboradores em áreas consideradas críticas e que, como tal, estão associados a vantagens fiscais, tanto para o trabalhador como para a empresa.

Vales de infância e educação

Destinam-se a apoiar as despesas dos trabalhadores com creches, infantários e educação dos filhos, ou do próprio colaborador. Existem 2 tipos:

  • Os vales sociais creche para despesas com filhos dos 0 aos 6 anos de idade. A nível fiscal, empresa tem isenção total de TSU e Majoração de 40% em sede de IRC, enquanto o colaborador tem isenção total de IRS e Segurança Social. Não há qualquer limite de valor a atribuir. A empresa é que decide quanto entregar aos seus colaboradores.
  • Os benefícios de educação e formação, sem limite de idade, permitindo ao colaborador utilizá-los nas despesas de educação e formação dos seus filhos ou para si mesmo, em cursos, pós-graduações, escolas de línguas e afins. Estão associados a isenção de TSU para a empresa e para o colaborador.

Benefícios sociais de saúde

Visam apoiar os trabalhadores nas suas despesas de saúde. A titularização deste benefício permite que, através de um cartão eletrónico, a empresa dê ao colaborador um plafond para este utilizar em diferentes serviços e produtos na área da saúde – clínicas, hospitais, farmácias, óticas, entre outros. Também aqui o valor atribuído por este meio é isento de segurança social para empresa e para o colaborador. Além disso, não há limite de valor, a empresa tem liberdade para decidir o montante que atribui e a cadência.

Apoio social

Assim como se apoia as despesas que os colaboradores têm com a educação dos filhos, é possível conceder uma verba para os encargos que, a partir de uma determinada idade, os colaboradores podem ter com os pais ou outros dependentes. Nestas despesas podem estar incluídas despesas com lares para os pais ou apoio domiciliário, por exemplo. Tal como acontece com os benefícios na área da saúde, neste caso também é possível atribuir um vale social flexível, em forma de cartão eletrónico, o que permite ao colaborador efetuar pagamentos nestas áreas. Aqui o valor também é isento de segurança social para a empresa e para o colaborador.

Saiba aqui como criar um plano de benefícios sociais para a sua empresa.

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A reedição do Historiques 222 celebra 270 anos de excelência da Vacheron Constantin

  • Rita Ibérico Nogueira
  • 17 Janeiro 2025

A Vacheron Constantin entra em 2025 a comemorar 270 anos de história (sim, a marca nasceu no ano do grande terremoto de Lisboa) com a reedição de um ícone: o Historiques 222.

Este modelo, reinterpretado em aço inoxidável, é o primeiro marco de uma celebração que se estenderá ao longo de todo o ano, reafirmando o compromisso da manufatura com a inovação e a tradição. Liderando as celebrações, o Historiques 222 é uma reinterpretação do modelo original de 1977, desenhado por Jorg Hysek para o 222º aniversário da maison suíça. Conhecido como “Jumbo” entre colecionadores, o design deste relógio combina elegância e desportividade, com uma caixa de aço inoxidável de 37 mm, bracelete integrada e um bisel com caneluras proeminentes. Atualizado com melhorias como um fecho triplo desdobrável e um vidro de safira transparente no fundo da caixa, a revelar o Calibre de Manufatura 2455/2 alta precisão com frequência de 4 Hz e reserva de marcha de 40 horas, o modelo reflete avanços técnicos mantendo o charme nostálgico do original. A massa oscilante de ouro amarelo, gravada com o logótipo 222 original, é uma homenagem ao legado da manufatura. O mostrador azul, adornado com ponteiros e marcadores de hora em ouro amarelo com tratamento Super-LumiNova®, completa a experiência estética com um toque moderno.

Jornada de excelência

Fundada em 1755 por Jean-Marc Vacheron, a Vacheron Constantin representa um legado de paixão, criatividade e mestria. Situada em Genebra, a manufatura nasceu num contexto de efervescência cultural e económica. O contrato de aprendiz assinado em 1755 marca o início de uma tradição de transmissão de conhecimento que perdura há quase três séculos.

Ao longo dos anos, a maison firmou-se como sinónimo de inovação, desde o primeiro pantógrafo para padronização de componentes, em 1839, até à criação do sistema Cottier, que introduziu 24 fusos horários num único mostrador, em 1932. A paixão pela precisão levou ao desenvolvimento de cronómetros marítimos e movimentos ultrafinos, incluindo o icónico calibre 1003, com apenas 1,64 mm de espessura.

Cada marco decenal da Vacheron Constantin é celebrado com lançamentos extraordinários. Em 1955, no bicentenário da maison, foi apresentado o calibre 1003. Em 2005, o Tour de l’Île marcou o 250º aniversário com 16 complicações, seguido pelo Saint Gervais e outros modelos inovadores. Para o 260º aniversário, em 2015, a coleção Harmony trouxe designs exclusivos, incluindo o Les Cabinotiers Referência 57260, com 57 complicações.

A filosofia da Vacheron Constantin une engenharia complexa à sensibilidade artística. Cada movimento é decorado à mão, incluindo as componentes invisíveis, com técnicas como o guilhoché e o esmaltado. Esta dedicação estética remonta ao século XIX e continua a influenciar coleções contemporâneas, como o Métiers d’Art – Homenagem às Grandes Civilizações, lançada em 2022.

Um Ano de Celebrações

Com o Historiques 222, a Vacheron Constantin dá início a um ano de surpresas e lançamentos que ilustram sua história singular. Esta reedição não é apenas uma celebração do passado, mas também uma afirmação do compromisso da maison com o futuro, simbolizando a eterna busca pela excelência que define a marca desde 1755.

Uma narrativa que combina o passado e o presente

Qual é a importância de comemorar este 270º aniversário?

Christian Selmoni, Diretor da Vacheron Constantin Heritage and Style: “Desde a passagem do século, a Vacheron Constantin aproveita a oportunidade oferecida por cada aniversário decenal para evocar a sua história e os valores transmitidos através dos séculos. Esses aniversários marcantes servem para celebrar uma filosofia que combina a pesquisa mecânica e a inovação com um profundo compromisso com as artes decorativas e uma conceção estilística que é ao mesmo tempo vanguardista e altamente respeitadora da elegância clássica. Falar do extraordinário património da maison é uma coisa, mas pô-lo em prática é outra. Cada um destes aniversários é marcado por relógios que ilustram na perfeição os valores que a Manufatura cultiva desde 1755.

Alexandra Vogler, CMO da Vacheron Constantin: “Este 270º aniversário trará também a sua quota de surpresas relojoeiras e demonstrações de perícia relojoeira, que estarão sem dúvida ao nível dos modelos de aniversário anteriores”.

Por que razão as celebrações deste ano de aniversário começam com uma reedição do 222?

Alexandra Vogler: “O 222 é um relógio lendário e muito apreciado pelos colecionadores, sobretudo porque a sua produção inicial, no final dos anos 70, foi muito limitada. Em 2022, um ano numericamente simbólico, a maison apresentou uma edição Historiques 222 em ouro amarelo. A versão Jumbo em aço inoxidável foi o passo lógico seguinte. O caráter distintivo do 222 fez dele um dos modelos mais reconhecidos da Vacheron Constantin nas últimas décadas. Ao inaugurar o seu 270° aniversário com este relógio emblemático, vintage e, ao mesmo tempo, decididamente contemporâneo, a maison cria uma narrativa que combina o passado e o presente. Ao Historiques 222 seguir-se-ão outros novos modelos no decurso deste ano efémero”.

O facto de a história da maison, que se prolonga por 270 anos, poder ser considerada representativa da história da relojoaria traz consigo uma certa responsabilidade?

Christian Selmoni: “Conhecer o passado da Vacheron Constantin é olhar para um longo período da história da relojoaria e, como uma das mais antigas maisons de relojoaria em atividade contínua, temos certamente, mais do que qualquer outra, o dever de recordar esse passado. Desde 1755 que assim é entendido e nós assumimos a importante responsabilidade de preservar e perpetuar esta história para as gerações futuras. Os nossos arquivos são extraordinariamente pormenorizados e extensos, com uma multiplicidade de documentos escritos e fotográficos que registam todos os detalhes da produção da Manufatura ao longo dos séculos e traçam a história da maison no contexto da sua expansão internacional. Existem também ferramentas e componentes de época, bem como uma coleção privada de mais de 1600 relógios que representam uma panóplia de estilos de relojoaria ao longo dos tempos”.

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Control desafia a explorar as cinco love languages em passatempo

  • + M
  • 17 Janeiro 2025

Com criatividade da WYcreative, o novo passatempo da Control pretende desafiar os portugueses a descobrir a sua linguagem no amor. O grande prémio é uma semana no México para dois.

A Control lançou o passatempo digital “Amor na ponta da língua”, a propósito do Dia dos Namorados, onde desafia os participantes a explorar as “cinco love languages”. Entre outros prémios que a marca tem para oferecer, o grande vencedor ganha uma semana em Playa del Carmen, no México, para dois.

Celebrar o Dia dos Namorados é sempre um marco especial para a Control — é a nossa forma de reforçar a importância da conexão entre pessoas. Sabemos que, por vezes, podem surgir falhas de comunicação nos relacionamentos, mas com a campanha ‘Amor na ponta da língua’, queremos fazer parte da solução, e ajudar os casais a traduzirem as suas emoções e a construírem relações mais saudáveis e divertidas“, diz Patrícia Nunes Coelho, diretora de marketing do LifeStyles Healthcare, grupo que detém a Control, citada em comunicado.

A decorrer até 23 de fevereiro, o passatempo inclui um desafio semanal relacionado com cada uma das love languages durante as primeiras cinco semanas: “palavras de afirmação, qualidade de tempo, receber presentes, atos de serviço e toque físico”. Para participar durante as seis semanas em que decorre o passatempo, “basta adquirir um produto Control, fazer o upload do talão de compra e completar o desafio relacionado com a love language apresentada“, explica-se em nota de imprensa.

Em cada semana será então atribuído um prémio relacionado com a love language que é explorada. Já na última semana do passatempo, o participante é desafiado a mostrar que já conhece as cinco love languages, tendo a possibilidade de vencer o prémio final da viagem ao México, com tudo incluído.

Além do grande prémio, a Control oferece uma viagem de balão de ar quente para dois, um “voucher de uma limpeza profunda da casa”, um bilhete duplo para um concerto, uma ida ao spa para dois e uma aula de cerâmica para dois.

Por parte da WYcreative, responsável pelo desenvolvimento do passatempo, Sérgio Lobo, diretor criativo executivo, refere que “as love languages são sobre demonstrar o amor de diferentes formas” e que “nada é mais prazeroso do que quando um casal consegue comunicar e perceber a forma do outro amar”.

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Portugal Ventures abre nova call para startups. Tem 150 mil euros para cada projeto

Já na quinta edição, a Call Innov-ID recebeu até agora 398 candidaturas, que resultaram em 71 investimentos num total de 7,1 milhões de euros. Conheça as condições e saiba como pode concorrer.

A Portugal Ventures abriu até 2 de março uma nova call Innov-ID. A sociedade de capital de risco do Grupo Banco Português de Fomento tem 150 mil euros para cada projeto selecionado. Procura startups em fase inicial com projetos na área da sustentabilidade e descarbonização da economia.

Já na quinta edição, a call Innov-ID, é feita em parceria com a Agência Nacional de Inovação (ANI), e com a colaboração da Startup Portugal, e visa “financiar as empresas numa fase inicial, dotando-as de runway necessário para atingirem fases de maior desenvolvimento que lhes permitam angariar novas rondas de capital”, destaca a Portugal Ventures em comunicado.

Quem pode concorrer?

São elegíveis startups em fases iniciaispre-seed, seed ou early stage — “não constituídas ou constituídas há menos de oito anos”, com sede em Portugal, “que já possuam tecnologia desenvolvida, mas que se encontravam em fase de protótipo, prova de conceito ou em validação de product-market-fit“, informa a Portugal Ventures.

As startups devem atuar em áreas que promovam a “descarbonização da economia”; “sustentabilidade de processos, produtos e materiais”; “eficiência e sustentabilidade energética” e “circularidade da economia”.

As candidaturas terão de ser “submetidas exclusivamente através de uma das entidades da Rede de Parceiros de Ignição da Portugal Ventures (ao invés de serem submetidas pelos próprios promotores)”, alerta a sociedade de capital de risco.

Veja mais detalhes aqui.

Lançada em 2020, em plena pandemia, as quatro últimas edições da call Innov-ID receberam 398 candidaturas, que resultaram em 71 investimentos num total de 7,1 milhões de euros.

“Os projetos investidos por esta iniciativa registam ainda uma taxa de sobrevivência de 82%, dos quais 63% já estão a levantar novas rondas de capital“, realça a Portugal Ventures.

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Marcelo teme “acordo explícito ou implícito” da administração Trump com a Rússia

  • Lusa
  • 17 Janeiro 2025

A poucos dias da posse da nova administração americana, o Presidente da República falou ainda dos "grandes grupos multinacionais que aparecem a fazer de intermediadores entre os grandes poderes".

O Presidente da República teme que a nova administração norte-americana de Donald Trump estabeleça “um como que acordo explícito ou implícito” com a Rússia, assumindo a China como adversário principal, e esqueça a Europa.

Marcelo Rebelo de Sousa falou sobre a próxima administração norte-americana num vídeo transmitido no início da conferência do 160.º aniversário do Diário de Notícias, que decorre na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.

Depois de felicitar o jornal por 160 anos que “são história” e afirmar que “em boa hora permanece, resiste”, o chefe de Estado considerou que “era bem melhor que este encontro de hoje fosse depois do discurso do Presidente eleito, ou se quiserem reeleito, norte-americano” — Donald Trump, que vai tomar posse na segunda-feira.

“Porque seria mais claro aquilo que de alguma maneira se verificou no seu primeiro mandato e nos anúncios anteriores ao início do segundo mandato, porque é um novo período, é um novo período nos Estados Unidos da América e na sua liderança, embora com muita semelhança com o período anterior da presidência Trump”, justificou.

O Presidente da República referiu que agora “há guerras que não existiam”, a que é preciso pôr fim, que “a Europa está diferente e com crise nos sistemas políticos, económicos e sociais” e que “na relação China/Federação Russa inverteu-se a ordem dos fatores, quem lidera é a China, e cada vez mais no futuro, e não a Federação Russa”.

Quanto ao que fará a nova administração de Trump neste contexto, Marcelo Rebelo de Sousa alertou que “já veio do anterior mandato do Presidente Trump e pode projetar-se no futuro a ideia do adversário principal a China, e portanto de um tratamento que distinga a Federação Russa da China”.

O chefe de Estado teme “um como que acordo explícito ou implícito com a Federação Russa, e o focar o centro das atenções, não no Atlântico, não na Europa, mas no Pacífico”, o que qualificou como “uma ilusão” e “um equívoco”.

“É um equívoco porque há uma aliança entre a China e a Federação Russa, e durante bastante tempo o que for bom para uma é bom para a outra. É evidente que a mais preservada é a China, que lucra com o desgaste da própria Federação Russa, mas sobretudo com o desgaste ocidental, de vária ordem. E portanto é uma ilusão esquecer o Atlântico, esquecer a Europa”, argumentou.

O Presidente da República realçou “o papel da Europa, a ligação da Europa à África, a ligação da Europa à América Latina” e desaconselhou a opção de se “esquecer tudo isso em função de uma estratégia concentrada, em teoria, apenas ou sobretudo militar, estrategicamente, economicamente, na China e no Pacífico”.

Por outro lado, Marcelo Rebelo de Sousa apontou “um fator novo, que são os grandes grupos multinacionais que aparecem a fazer de intermediadores entre os grandes poderes”, que ilustra “a concentração do poder económico nas mãos de muito poucos, que juntam ao poder económico o poder político”.

“Têm negócios na China, têm negócios na Rússia e têm influência nos Estados Unidos e na América. Então, são mediadores para resolver os problemas, compram, vendem, intercedem, intervêm na vida económica, social e política, nomeadamente na Europa, não respondem perante ninguém, não têm controlo nem escrutínio nenhum”, disse, sem nomear ninguém.

Marcelo Rebelo de Sousa observou que “isto é novo e tem muito pouco a ver com aqueles que há muito tempo defendem a liberdade em termos económicos, a nível interno como internacional”.

O chefe de Estado salientou como a situação internacional “depende muito do novo estilo de liderança, do novo ciclo de política americana” e “da projeção da Europa, do esquecimento da Europa, ou da divisão da Europa”, que poderá ficar “em posição mais difícil, para, ao mesmo tempo, defrontar problemas como investir mais na defesa, mas recuperar economicamente, investir mais no conhecimento, mas não descurar a segurança, não se partir em relação ao pós-Ucrânia”.

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7132 Hotel, um reencontro com a essência em Vals

  • Sancha Trindade
  • 17 Janeiro 2025

Entre montanhas que respiram ancestralidade e águas que revelam o sublime, o 7132 Hotel, em Vals, é um convite para regressarmos à nossa essência, neste sítio tão frágil que anda o mundo.

Há moradas no planeta que não se limitam a existir. Elas esperam sempre por quem quer um dia chegar. E de tantas termas que existem no planeta, as de Vals são silenciosamente sublimes. O 7132 Hotel, aninhado numa serena aldeia da Suíça, é uma dessas moradas. Aqui, onde as montanhas parecem sussurrar ao vento e a luz dança sobre o quartzito coberto de neve, encontra-se um santuário de arquitetura, beleza, mas, sobretudo, introspeção.

Mais do que um edifício que se impõe a uma discreta vila montanhosa, o Hotel 7132 é uma obra esculpida em pedra e vidro. Aqui as linhas arquitetónicas ergueram-se para alcançar o som do silêncio e para nos relembrar o que significa verdadeiramente o sentido do presente, nos dois sentidos.

Pensar que este projeto foi criado em 1996 – e continua tão atual – fragiliza qualquer opinião que possamos ter sobre o edifício. E se o tinha em agenda há mais de vinte anos, concebo acreditar que, se o sonho do arquiteto suíço Peter Zumthor era criar o intangível, confirmo a frase de Saramago: “sempre chegamos onde nos esperam”.

Dentro deste mosteiro de água, pedra e luz, ergue-se um coração. Provavelmente o nosso e o do edifício, em osmose, que bate ao ritmo das águas imaculadas: as puríssimas águas de Vals. Mais do que um arquiteto, Zumthor é um contador de histórias e, com mais de sessenta mil blocos de quartzito local, foi moldado um espaço que não apenas visualizamos, mas que sentimos. Que não apenas nos abriga, mas que transforma e resignifica todas as perguntas sem resposta.

Ao entrar nestas termas intemporais, somos envolvidos por um abraço misterioso de um vazio sublime, simplicidade, mas sobretudo grande humildade. A luz natural filtra-se pelas aberturas, criando sombras que dançam pelas paredes contemporâneas, enquanto o som suave da água ecoa como cânticos ancestrais. A pedra contrasta com as temperaturas quentes da água e, num instante, tudo o que não é essencial dissolve-se num abraço que se faz divino e nos dá todas as respostas. Ficamos apenas no momento, com a respiração e um corpo que flutua, leve, como se pertencêssemos à própria montanha.

E se a água cura e a alma descansa em cada espaço aquático das termas de Vals, a ode devolve o homem à natureza. Nesta obra-prima arquitetónica, olhamos para o céu como se este estivesse ao alcance da nossa insignificância, enquanto nas grutas o silêncio torna-se tão tocável que o mundo exterior desaparece. O corpo encontra paz aqui, e sem perguntas o tempo dilui-se numa serenidade que, nestes tempos dicotómicos, se protege de todos os lugares escuros do mundo.

Alcançar a pureza do mundo

Para os que desejam ver o mundo de outra perspetiva, o Hotel 7132 oferece algo que transcende: um voo de helicóptero pelos Alpes. A proposta é clara, visitar um glaciar onde apenas se chega de helicóptero. Do heliporto privado do hotel, um Airbus EC130, é um helicóptero monomotor amplamente utilizado para transportes de passeios turísticos, por a cabine ser espaçosa, confortável e com acabamentos inesperadamente sofisticados.

E se a experiência que não pode ser traduzida em palavras, à medida que o helicóptero se eleva, o mundo parece expandir-se. Glaciares refletem a luz do sol, vales escondidos revelam conhecimentos antigos, e os picos cobertos de neve erguem-se como catedrais naturais. É fácil sentirmos Deus ou sentido do divino nesta experiência. Se o convite para contemplar a grandeza da terra de uma perspetiva que recorda a nossa pequenez e, ao mesmo tempo, o chamamento da nossa conexão com tudo o que nos rodeia, deparamo-nos com o resgate da essência humana.

A missão da viagem é aterrar num glaciar onde apenas podemos chegar de helicóptero em dias de Inverno e, se a opção é respirar um dos ares mais puros do planeta, o convite a deitar-se na neve promete mudança de todas as perspetivas que trazemos das algibeiras escondidas do nosso mundo interior.

Para momentos verdadeiramente únicos, o hotel organiza piqueniques nestas moradas remotas, onde a apoteose se encontra com a simplicidade. Conte com provas ao nível de estrela Michelin em montanhas intocadas, transformando a experiência numa memória onde a beleza efémera do momento sela o inesquecível.

Uma homenagem às montanhas

No Hotel 7132, até a gastronomia é elevada ao sentido do belo. Cada experiência é um tributo ao que é local, sazonal e cuidadosamente selecionado. No restaurante 7132 Silver, galardoado com estrelas Michelin, os chefs criam pratos que contam histórias, numa fusão de tradição e inovação que nos liga às dádivas da terra.

Já no 7132 Red, a descontração oferece uma experiência que celebra a essência dos Alpes de forma mais desprendida. O Blue Bar na entrada do hotel é o refúgio perfeito para terminar o dia, quando a luz suave e a arquitetura a envolver-nos tornam-se o espaço ideal para refletir sobre a elevação que se sente nestas experiências inesquecíveis.

No pequeno-almoço, vai ficar rendido à compota de figos com mostarda, mas, sobretudo, a duas receitas tradicionais: O Birnenbrot, um pão inesquecível em que o interior é uma massa feita com peras e figos; e a Nusstorte, uma tarte viciante feita com nozes, natas, mel e caramelo. Ambos estão disponíveis para levar, no café que também é loja de design e livraria do hotel, a caminho da vila.

Na extensão do sonho

Para descansar, o 7132 Hotel eleva a experiência do sono a uma viagem de pura contemplação. As suites, projetadas por mestres como Kengo Kuma, Thom Mayne e Tadao Ando, são espaços que equilibram o conforto com uma simplicidade monástica. Para os mais intensos há ainda o quarto assinado por Zumthor, mas para mim seria muito encarnado.

As janelas, que se estendem do chão ao teto, convidam a paisagem alpina a entrar, como se cada amanhecer fosse pintado exclusivamente para nós, viajantes do mundo que vêm à procura de algo com sentido, neste mundo que parece colapsar. Os materiais naturais, as linhas suaves e a harmonia entre interior e a paisagem fazem de cada quarto um retiro pessoal onde a palavra luxo – cada vez mais desadequada – se encontra com a serenidade.

O Hotel 7132 não é apenas uma morada de paragem. É o convite para refletir e nos perdermos em experiências que homenageiam o sentido do belo, para reencontrarmos o que é essencial e para descobrirmos que, no meio das montanhas, somos tão vastos quanto o interior que reconstruímos e o horizonte que contemplamos no sentido do futuro.

Aqui, a arquitetura não é apenas um erguer de pedra, mas uma rendição. De tudo aquilo que é abrupto no mundo e que pode escolher o lado sombra, há uma sobreposição da água leve e fluida sobre a falta de veludo e clareza da pedra. E se as termas de Vals são uma experiência que nos transforma, seja nas horas do nascer do sol, seja nas horas em que o SPA abre depois da meia-noite, para escutarmos sem visão o silêncio da montanha, missão é clara. A não-resposta do impercetível é respondida pela existência de um sentido maior do extraordinário, que acaba sempre por nos reencontrar espiritualmente e religar ao essencial.

  • Texto de Sancha Trindade, fundadora da marca CURATED, que pode seguir AQUI.

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Excedente externo da economia quase duplica para 9,8 mil milhões até novembro

Para esta evolução positiva contribuiu o excedente da balança de bens e serviços, que aumentou 2,9 mil milhões de euros em relação a igual período de 2023.

A economia portuguesa registou um excedente externo de 9,8 mil milhões de euros nos primeiros 11 meses de 2024. Segundo os dados do Banco de Portugal, o saldo positivo da balança de pagamentos nacional quase duplicou face ao período homólogo, suportado pela diminuição do défice da balança de bens, com as exportações a crescerem mais do que as importações.

“Até novembro de 2024, o excedente das balanças corrente e de capital foi de 9.767 milhões de euros, o que representa um aumento de 4.231 milhões de euros relativamente a igual período de 2023″, explica o Banco de Portugal, que divulgou esta sexta-feira os dados da balança de pagamentos.

O excedente da balança de bens e serviços aumentou, até ao final de novembro, 2,9 mil milhões de euros em relação a igual período de 2023.

O Banco de Portugal explica que esta evolução reflete a redução de 815 milhões de euros do défice da balança de bens devido a um aumento das exportações superior ao das importações, e do aumento de 2113 milhões de euros do excedente da balança de serviços, “justificado maioritariamente pela evolução do saldo de viagens e turismo (+1670 milhões de euros) e dos serviços de transporte (+252 milhões de euros)”.

Por outro lado, registou-se uma descida do défice da balança de rendimento primário, de 1.289 milhões de euros, decorrente de uma maior atribuição de fundos da União Europeia a título de subsídios; um aumento, de 154 milhões de euros, do excedente da balança de rendimento secundário, em resultado sobretudo de uma menor contribuição financeira de Portugal para o orçamento da União Europeia; e a diminuição, de 139 milhões de euros, do excedente da balança de capital, “explicada, principalmente, pela evolução das operações de compra e venda de ativos intangíveis ao exterior, nomeadamente licenças de CO2 e passes de futebolistas”.

A capacidade de financiamento da economia portuguesa também registou uma evolução positiva neste período, o que se traduziu num saldo da balança financeira de 9.561 milhões de euros, “refletindo o aumento dos ativos financeiros sobre o exterior, de 23.359 milhões de euros, e dos passivos externos, de 13.798 milhões de euros”.

O Banco de Portugal refere ainda que “todos os setores institucionais contribuíram para a variação positiva dos ativos líquidos de Portugal perante o resto do mundo, à exceção das sociedades não financeiras e das administrações públicas”.

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⛽ Combustíveis ficam mais caros a partir de segunda-feira. Gasóleo sobe 5 cêntimos

Na próxima semana, o gasóleo vai custar aproximadamente mais 5,5 cêntimos por litro, enquanto a gasolina sobe três cêntimos, segundo a estimativa do ACP.

A próxima semana vai começar com subidas significativas nos preços dos combustíveis. A partir desta segunda-feira, entre os dias 20 a 26 de janeiro, quer os preços do gasóleo quer da gasolina vai ter aumentos, de acordo com as previsões do Automóvel Club de Portugal (ACP).

A estimativa do ACP, divulgada esta sexta-feira através de informação de fontes do setor, aponta que o gasóleo vai custar aproximadamente mais 5,5 cêntimos por litro, enquanto o valor da gasolina ficará três cêntimos mais caro do que esta semana.

“Caso se confirmem as previsões para a próxima semana, o preço médio do gasóleo simples deverá fixar-se nos 1,699 euros por litro [€/l] enquanto o da gasolina simples 95 deverá ficar nos 1,781 €/l. Note-se que estas previsões são feitas com base na assunção da manutenção das medidas extraordinárias de redução fiscal aplicadas pelo governo, para mitigar o aumento dos preços”, explica a ACP.

O clube ligado à mobilidade refere ainda que, de acordo com a Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG), o preço médio do litro de gasóleo em Portugal custava esta sexta-feira, dia 17 de janeiro, 1,644 euros enquanto o da gasolina está (ainda) nos 1,751 euros.

Trata-se de uma mudança em relação ao preçário desta semana, quando o preço por litro do gasóleo subiu um cêntimo e o da gasolina não mexeu. “É ainda possível verificar que, face a 1 de janeiro de 2024, os preços atuais refletem um aumento de 9,1 cêntimos no gasóleo, mas estão iguais no caso da gasolina”, acrescenta a ACP.

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Euribor descem a três, seis e 12 meses

  • Lusa
  • 17 Janeiro 2025

Taxas que servem de base para o cálculo da prestação da casa desceram em todos os prazos, mantendo-se, ainda assim, acima dos 2,5%.

As taxas Euribor, que servem base para o cálculo da prestação da casa, desceram a três, a seis e a 12 meses, mas mantiveram-se acima de 2,5% nos três prazos.

  • A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, baixou para 2,642%, menos 0,026 pontos do que na quinta-feira.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor também recuou para 2,524%, menos 0,039 pontos.
  • No mesmo sentido, a Euribor a três meses caiu para 2,704%, menos 0,040 pontos do que na sessão anterior.

Em dezembro, a média da Euribor desceu de novo a três, a seis e a 12 meses, menos acentuadamente do que em novembro e com mais intensidade no prazo mais curto.

A média da Euribor em dezembro desceu 0,182 pontos para 2,825% a três meses (contra 3,007% em novembro), 0,156 pontos para 2,632% a seis meses (contra 2,788%) e 0,070 pontos para 2,436% a 12 meses (contra 2,506%).

Em 12 de dezembro, como esperado pelos mercados, o BCE cortou, pela quarta vez em 2024 e pela terceira reunião consecutiva, as taxas diretoras em 25 pontos base.

A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 30 de janeiro em Frankfurt.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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RFF Lawyers tem dois novos associate partners

A RFF Lawyers nomeou Duarte Ornelas Monteiro e Vânia Codeço como associate partners. Segundo o escritório, estas promoções são um reconhecimento do seu trabalho.

Duarte Ornelas Monteiro e Vânia Codeço são os novos associate partners da RFF Lawyers. Segundo o escritório, estas promoções são um reconhecimento do seu “trabalho nas áreas de Tax Litigation e de Private Clients, respetivamente”.

Estas promoções representam o princípio do futuro desta equipa de sócios, agora reforçada em duas das nossas áreas-chave, numa sociedade que pretende crescer de forma sólida, estruturada e cada vez mais internacional”, refere Rogério Fernandes Ferreira, fundador e managing partner da RFF Lawyers.

Com cerca de 20 anos de carreira, Vânia Codeço tem coordenado a equipa de contencioso tributário, em processos de grandes empresas e clientes individuais – nacionais e internacionais – junto da Autoridade Tributária e nos Tribunais Tributários e Arbitrais.

Já Duarte Ornelas Monteiro tem uma experiência de mais de 15 anos, essencialmente em Clientes Privados – área que tem coordenado nos últimos anos na RFF Lawyers nos temas fiscais e de imigração.

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