Publicidade online a brinquedos desrespeita colocação obrigatória da marcação “CE”

  • Lusa
  • 20 Dezembro 2024

A Direção-Geral do Consumidor diz estar atenta "à elevada taxa de incumprimento registada", garantindo que "manterá a monitorização e fiscalização da publicidade a brinquedos" em 2025.

A Direção-Geral do Consumidor (DGC) indicou esta sexta-feira que a totalidade das quase 300 mensagens publicitárias online sobre brinquedos analisadas numa ação de fiscalização recente do organismo desrespeitava a legislação, não incluindo a marcação “CE”.

Em comunicado, a DGC precisa ter realizado a ação de fiscalização dirigida à publicidade a brinquedos no meio digital entre 3 e 11 deste mês e analisado “297 mensagens publicitárias, presentes em 18 sites ou páginas do Instagram, de um total de 9 operadores económicos”.

“Os resultados revelaram uma taxa de incumprimento de 100% relativamente à obrigação de apresentar na publicidade a aposição da marcação ‘CE'”, como determina a legislação, adianta.

A publicidade incluía dados como o nome, preço, características do produto, idade mínima recomendada e garantia do fabricante, “mas nenhuma loja online fiscalizada apresentava a aposição da marcação obrigatória ‘CE’ junto dos brinquedos publicitados, não estando conforme a legislação aplicável”.

A DGC reforça o apelo às empresas para “cumprirem integralmente as regras de publicidade a brinquedos, destacando que a marcação ‘CE’ é fundamental para garantir a conformidade dos produtos com os requisitos de segurança“, recomendando aos consumidores “atenção redobrada na escolha dos brinquedos, verificando sempre se está presente a marcação ‘CE’, bem como se o brinquedo é adequado à idade e ao nível de destreza da criança, se tem rótulos e instruções em português e se existem peças facilmente destacáveis”.

O organismo assinala estar atento “à elevada taxa de incumprimento registada“, garantindo que “manterá a monitorização e fiscalização da publicidade a brinquedos em 2025, reiterando o seu compromisso com a segurança dos consumidores e o cumprimento das normas legais”.

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Garrigues assessora a DHL na parceria com os CTT

A equipa da Garrigues foi coordenada pelos sócios Marta Graça Rodrigues (Portugal) e Carlos Lasa (Espanha).

A Garrigues assessorou a Deutsche Post International BV (“DHL”) no processo de criação de uma Joint Venture com os CTT – Correios de Portugal, S.A. que prevê a criação de joint ventures especializadas em comércio eletrónico e entrega de encomendas em Espanha e Portugal.

Conforme divulgado ao mercado, os CTT Expresso passarão a ser o processador e distribuidor conjunto dos volumes de encomendas da subsidiária DHL eCommerce em Portugal, que em conjunto têm uma capacidade diária superior a 1 milhão de envios e out-of-home services na Península Ibérica. Em Espanha, a DHL eCommerce centrar-se-á nas operações business-to-business, enquanto a CTT Expresso se dedicará aos serviços business-to-consumer.

A transação avalia os CTT Expresso num Enterprise Value de 482 milhões de euros, a DHL Parcel Iberia num Enterprise Value de 106 milhões de euros e a DHL Parcel Portugal (que será detida pela CTT Expresso) num Entreprise Value de 12 milhões de euros. Ambas as partes têm a opção de aumentar no futuro as suas participações mútuas nas respetivas empresas de 25% para 49%.

O negócio está sujeito a autorização por parte das autoridades da concorrência.

A equipa da Garrigues foi coordenada pelos sócios Marta Graça Rodrigues (Portugal) e Carlos Lasa (Espanha) e contou ainda com o sócio Javier Romero, a associada principal Mariana Faria Santos e as associadas principais Maité Aizpiri e Josebe Zarauz.

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Passes nos transportes do litoral alentejano reduzidos para 20 euros em 2025

  • Lusa
  • 20 Dezembro 2024

Segundo a CIMAL, esta redução permite “uma poupança de 240 euros anuais” aos utilizadores das carreiras rodoviárias neste território, “bem como nas ligações em autocarro para Setúbal e Lisboa”.

As viagens entre os cinco concelhos do litoral alentejano e para Setúbal e Lisboa vão passar a custar 20 euros, a partir de 2025, com a redução para metade do preço máximo dos passes, foi revelado esta sexta-feira.

Em comunicado, a Comunidade Intermunicipal do Alentejo Litoral (CIMAL) explicou que “o custo da vinheta mensal que permite circular nos cincos concelhos do litoral alentejano e viajar até Setúbal e Lisboa vai baixar de 40 para 20 euros” a partir de janeiro de 2025.

A decisão foi aprovada por unanimidade pelos presidentes de câmara dos concelhos de Alcácer do Sal, Grândola, Santiago do Cacém e Sines, no distrito de Setúbal, e Odemira, no de Beja.

Segundo a CIMAL, esta redução permite “uma poupança de 240 euros anuais” aos utilizadores das carreiras rodoviárias neste território, “bem como nas ligações em autocarro para Setúbal e Lisboa”.

A diminuição de 50% nos passes “será automática” para os passageiros que já utilizem o passe no valor de 40 euros, não sendo necessário realizar “qualquer outro procedimento”.

Já “os utilizadores do passe que não tenham aderido ainda à redução tarifária poderão fazê-lo preenchendo o formulário disponível na página www.cimal.pt“, explicou este organismo que, em 2019, assumiu a competência da Autoridade de Transportes do Alentejo Litoral.

“Esta decisão da CIMAL vem na sequência do investimento realizado nos transportes coletivos da região, iniciado com a fixação do preço máximo dos passes em 40 euros, quando esse valor ainda não era obrigatório, tal como sucedeu com a gratuitidade do transporte para estudantes”, lê-se no comunicado.

O presidente da CIMAL, Vítor Proença, citado no comunicado, disse que “a disponibilização de transporte público rodoviário” às populações da região, “a preços cada vez mais acessíveis, deverá continuar a fazer parte da aposta” da comunidade.

O objetivo passa por “proporcionar às pessoas um modo eficaz, confortável e económico de se deslocarem nos cinco concelhos que integram” a CIMAL, acrescentou o também presidente da Câmara Municipal de Alcácer do Sal.

De acordo com o autarca, “o próximo passo deverá ser o recurso a novas tecnologias para facultar informação em tempo real aos utentes dos Transportes do Alentejo Litoral“, bem como a melhoria do “sistema tarifário”.

A CIMAL disponibiliza igualmente, desde 2023, transporte gratuito para as praias dos cinco concelhos, nos meses de julho e agosto.

Este transporte passou, este ano, a ser diário, ligando as sedes de concelho e outras freguesias a 12 praias da região.

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Tecnológica Easyvista conclui compra do grupo alemão OTRS

A empresa de software, que opera em Portugal e trabalha com multinacionais como Galp, adquiriu 90% da gestora de serviços de tecnologias da informação. O plano é deter as restantes ações.

A empresa de software Easyvista, que opera em Portugal, concluiu esta sexta-feira o processo de aquisição do grupo OTRS, cuja sede é na Alemanha e está cotado na bolsa de Frankfurt. A transação, que envolve uma participação maioritária, permitirá à tecnológica ultrapassar os 70 milhões de euros em vendas até ao final do ano.

O valor do negócio não foi divulgado, mas sabe-se que a Easyvista adquiriu uma posição de 90% na OTRS, que é uma fornecedora internacional de ITSM (gestão de serviços de tecnologias da informação). O plano é deter as restantes ações da OTRS através de uma oferta pública de aquisição voluntária combinada com uma exclusão da bolsa, bem como realizar um procedimento de squeeze-out (venda compulsória de títulos de acionistas minoritários).

O intuito da Easyvista com esta operação também é expandir no mercado europeu, nomeadamente na maior economia da Europa. Isto porque, só no ano passado, a OTRS teve receitas de mais de 12 milhões de euros no acumulado dos 56 países onde opera, embora mais de metade (55%) do montante venha da Alemanha. Entre os cerca de 850 clientes, estão nomes como Airbus e Porsche.

O CEO da Easyvista destacou o “curto período” em que a aquisição ficou fechada e caracterizou-a como “testemunho da visão partilhada e da confiança dos acionistas da OTRS nas ambições da Easyvista”. “Esta aquisição não só acelera o nosso crescimento internacional, como também fortalece a nossa plataforma de serviços de IT e a nossa oferta de segurança de IT, solidificando ainda mais a nossa posição como um ator global líder”, afirmou Patrice Barbedette, em comunicado.

Segundo o cofundador e CEO do grupo OTRS, André Mindermann, o facto de a empresa estar a unir forças com a Easyvista criar “a plataforma de soluções de IT líder na Europa” para resolver “necessidades de IT” críticas para as organizações.

Desde que a Eurazeo se tornou acionista maioritária da Easyvista, a empresa triplicou as receitas recorrentes e reforçou a plataforma tecnológica de serviços digitais para multinacionais como Galp em Portugal ou Goldman Sachs, Aéroports de Paris, Vinci, entre outras.

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Avaliação bancária das casas sobe 13,7% em novembro

Valor mediano de avaliação bancária na habitação fixou-se em 1.740 euros por metro quadrado. Número de avaliações subiu 27,1% face ao mesmo mês do ano passado.

O valor mediano de avaliação bancária na habitação subiu 13,7% em novembro face a igual período do ano passado, fixando-se em 1.740 euros por metro quadrado (euros/m2), de acordo com os dados divulgados esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Esta evolução representa uma taxa de variação acima dos 12% registados em outubro, traduzindo-se em mais 19 euros do que nesse mês.

Os dados revelam também uma maior atividade na concessão de crédito, uma vez que foram realizadas 37.181 avaliações, mais 27,1% que no período homólogo. Em comparação com o período anterior, realizaram-se mais 2.276 avaliações bancárias, o que corresponde a um acréscimo de 6,5%.

Fonte: INE

Por tipologia, o valor mediano de avaliação bancária de apartamentos foi 1.944 euros/m2, 14,6% superior a novembro de 2023, tendo os valores mais elevados sido registados na Grande Lisboa (2.569 euros/m2) e no Algarve (2.289 euros/m2), enquanto o Alentejo apresentou o valor mais baixo (1.276 euros/m2). A Região Autónoma dos Açores apresentou o crescimento homólogo mais expressivo (27,1%), não se tendo verificado qualquer descida.

Comparativamente com o mês de outubro, o valor de avaliação subiu 1,3%, registando a Região Autónoma da Madeira a maior subida (3,8%), tendo-se verificado uma única descida, no Algarve (-0,1%).

No que toca às moradias, o valor mediano da avaliação bancária ascendeu a 1.320 euros/m2, o que representa uma subida de 10,1% em relação ao mesmo mês do ano anterior. De acordo com o INE, os valores mais elevados observaram-se na Grande Lisboa (2.466 euros/m2) e no Algarve (2.423 euros/m2), registando o Centro e o Alentejo os valores mais baixos (1.015 euros/m2 e 1.019 euros/m2, respetivamente).

Já o Algarve apresentou o maior crescimento homólogo (17,3%), não se tendo registado qualquer descida.

De acordo com o Índice do valor mediano de avaliação bancária, a Grande Lisboa, o Algarve, a Região Autónoma da Madeira, a Península de Setúbal e o Alentejo Litoral e apresentaram valores de avaliação superiores à mediana do país em 47,1%, 32,9%, 17,2%, 12,9% e 3,4%, respetivamente.

Por outro lado, Beira Baixa, Beiras e Serra da Estrela e Alto Alentejo foram as regiões que apresentaram valores mais baixos em relação à mediana do país (-49,4%, -49,3% e -48,6%, respetivamente).

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Receita com impostos ambientais cresceu à boleia do ISP em 2023

A receita com as licenças de emissão de gases com efeito de estufa foi, em 2023, a terceira mais elevada no total dos impostos com relevância ambiental.

A receita dos impostos ambientais ascendeu a 5,4 mil milhões de euros, aumentando 15,7% em 2023 relativamente ao ano anterior, indica o Instituto Nacional de Estatística.

O aumento justifica-se, sobretudo, pelo “crescimento da receita do imposto sobre os produtos petrolíferos (ISP), em consequência do aumento do consumo de combustíveis e da reversão da política de mitigação do aumento dos preços dos combustíveis”, explica o INE.

O início do descongelamento gradual do valor da taxa de carbono, iniciado em maio de 2023, contribuiu também para potenciar o aumento da receita do ISP. O consumo de gasóleo, no ano passado, regressou aos valores pré-pandemia e o consumo de gasolina atingiu valores que não se registavam desde 2011.

O imposto sobre os produtos petrolíferos e energéticos manteve desta forma a importância relativa no total dos impostos com relevância ambiental, fixando-se em 60,2%. Ainda assim, o valor colhido com este imposto não excedeu a quantia angariada em 2021.

Esta informação é divulgada no âmbito da publicação do boletim Estatísticas do Ambiente – 2023, lançado esta sexta-feira pelo gabinete de estatística.

Já no caso do imposto sobre veículos, do imposto único de circulação e das licenças de emissão de gases com efeito de estufa, em 2023 foram obtidas receitas superiores em comparação com 2022 e 2021. A receita com as licenças de emissão de gases com efeito de estufa foi, em 2023, a terceira mais elevada no total dos impostos com relevância ambiental (673,2 milhões de euros).

Olhando ao conjunto de impostos sobre a aquisição e utilização de veículos automóveis, que engloba o imposto sobre produtos petrolíferos e energéticos, imposto sobre veículos e imposto único de circulação, estes pesam 84,5% da receita total dos impostos com relevância ambiental, valor inferior aos 86,2% registados em 2022.

Já a análise por tipo de contribuinte, que refere a dados de 2022, indica que 43% das receitas com estes impostos teve origem nas famílias e 55,1% nos diversos ramos de atividade económica. O aumento das receitas relativas às licenças de emissão de gases com efeito de estufa, que são pagas exclusivamente pelas empresas, tem levado a uma perda do peso por parte das famílias na receita de impostos ambientais. A maior parte dos impostos com relevância ambiental pagos pelo setor produtivo (excluindo as Famílias) estão concentrados na categoria impostos sobre a energia (74,9%).

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Metro de Lisboa com horário reduzido no Natal

  • Lusa
  • 20 Dezembro 2024

Metropolitano de Lisboa encerrará o serviço de exploração às 22:00 de dia 24 de dezembro e recomeçará a exploração às 08:00 de dia 25 de dezembro.

O Metropolitano de Lisboa vai encerrar mais cedo na noite de 24 de dezembro e abrir mais tarde no dia de Natal, tendo em conta a diminuição da procura por aquele serviço de transporte nestes dias festivos, anunciou esta sexta-feira a empresa.

“Face à acentuada redução da procura habitualmente verificada na noite de Natal e no dia de Natal, o Metropolitano de Lisboa encerrará o serviço de exploração às 22:00 de dia 24 de dezembro e recomeçará a exploração às 08:00 de dia 25 de dezembro“, informa uma nota de imprensa divulgada esta sexta-feira.

O horário de funcionamento do Metropolitano nos dias normais é entre as 06:30 e as 01:00 nas quatro linhas: Amarela (Rato-Odivelas), Verde (Telheiras-Cais do Sodré), Azul (Reboleira-Santa Apolónia) e Vermelha (Aeroporto-São Sebastião).

A mesma nota esclarece ainda que vão estar encerrados no dia 24 os serviços de atendimento ao cliente, como o posto de cobrança de coimas, o centro de atendimento e os espaços do cliente das estações do Campo Grande e do Marquês de Pombal, bem como os postos de cartões urgentes.

Os postos de venda vão estar também fechados, à exceção dos das estações do Colégio Militar/Luz, Marquês de Pombal II, Cais do Sodré e do Oriente.

“Os pedidos de cartão urgente realizados no dia 23 só poderão ser levantados no dia 26“, informa ainda o Metro.

O serviço online de adesão ao cartão navegante personalizado vai estar a funcionar, mas os cartões só poderão ser entregues no dia 26.

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Afinal, o que se passa com o luxo?<span class='tag--premium'>premium</span>

  • Rita Ibérico Nogueira
  • 20 Dezembro 2024

Há nuvens negras a pairar sobre a indústria do luxo. Será apenas um reajuste, depois do boom consumista chinês pós-Covid? Ou aproximam-se tempos complicados? Fomos ouvir o que os players têm a dizer.

Este artigo integra a 11.ª edição do ECO magazine. Pode comprar AQUI.Há nuvens negras a pairar sobre a indústria do luxo. Desde o início da pandemia, o mercado tem enfrentado flutuações nas vendas, alterações de comportamentos, preferências de consumo imprevisíveis, contextos de incerteza permanente. Durante a última década, o setor do luxo registou o que parecia ser uma tendência de crescimento ilimitada, com as marcas dos grandes grupos (como Kering, LVMH ou Richemont, Hermès ou Chanel) a subirem os preços e os consumidores a pagarem sem questionar. Pelo meio chegou a Covid-19 e, com ela, toda a economia mundial se ressentiu, espalhando ondas de choque pela indústria do luxo. Com os confinamentos, deu-se a queda acentuada no movimento nas lojas físicas e o valor do mercado encolheu

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Tupperware encerra fábrica em Constância e deixa 200 pessoas no desemprego

Autarca de Constância anuncia encerramento na página oficial do município. Fecho acontecerá a 8 de janeiro, mas equipa de embalamento mantém-se até que o stock seja escoado, apurou o ECO.

A Tupperware vai encerrar a fábrica de Constância, onde trabalham cerca de 200 pessoas. A decisão terá sido comunicada na quinta-feira aos trabalhadores e a notícia foi avançada esta sexta-feira na página do Município no Facebook.

A Câmara Municipal de Constância tomou conhecimento que no dia de ontem [quinta-feira] foi comunicado aos trabalhadores da empresa que a mesma encerrará a 8 de janeiro de 2025“, anunciou esta sexta-feira o presidente da autarquia, Sérgio Oliveira.

O autarca escreve ainda: “Face a esta situação difícil para o nosso Concelho e para a nossa Região, deixamos uma palavra de solidariedade a todos os trabalhadores e respetivas famílias.”

Recorde-se que a empresa norte-americana Tupperware, que detém esta fábrica ribatejana desde 1980, apresentou em setembro um pedido de insolvência no seu país, numa situação em que acumulou 700 milhões de euros de dívida.

De acordo com os pedidos de falência apresentados ao tribunal de falências do Delaware, a Tupperware tem um passivo entre mil milhões e 10 mil milhões de dólares, enquanto os ativos valem entre 500 milhões e mil milhões de dólares. Porém, o grupo não divulga as contas desde 2022, ano em que reportou uma queda de 42% do volume de negócios face a 2017, para 1,3 mil milhões de dólares. Além disso, a empresa tem negociado com os credores sobre a forma de gerir as dívidas de mais de 700 milhões de dólares (cerca de 630 milhões de euros), que tem tido dificuldades em abater devido à subida das taxas de juro nos últimos anos.

Em setembro, quando se soube da situação vivida nos EUA e perante a ausência de esclarecimentos da empresa, tanto do outro lado do Atlântico como na fábrica de Montalvo, o presidente da Câmara de Constância solicitou o auxílio do ministro da Economia para chegar à fala com a administração na sede norte-americana. Conforme apurou o ECO/Local Online na altura, Pedro Reis deu indicação às estruturas do Estado para que dessem seguimento ao pedido de esclarecimento. “O Governo está a acompanhar o desenvolvimento da situação da empresa nos EUA e não deixará de o fazer relativamente à situação da empresa em Portugal“, afirmou então o ministério.

A preocupação principal manifestada pelo presidente da câmara era para com o impacto tão vasto na comunidade pequena deste município do Médio-Tejo. “O que nos preocupa são os postos de trabalho e as famílias inteiras que ali trabalham“, notou o autarca. “O concelho é pequeno, conheço famílias em que trabalham lá ambos os membros do casal, ou pai e filho, por exemplo. O sentimento das pessoas é de tristeza, há pessoas com 30, 40 anos ali, vivem na incerteza, não sabem se haverá continuação dos postos de trabalho”, explicava, em meados de setembro.

Num processo que já leva três meses de indefinição para os que estão ligados à Tupperware de Montalvo, o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Centro-Sul e Regiões Autónomas (SITE-CSRA) lamentava, no final de outubro, a falta de informação. “O sindicato olha com grande preocupação para a questão dos trabalhadores da Tupperware e reconhecemos que os trabalhadores neste momento estão num impasse”, afirmou então, à Lusa, Ricardo Rodrigues, do SITE-CSRA, após se ter reunido com trabalhadores da empresa.

Segundo o dirigente sindical, “o encerramento da Tupperware, caso se concretizasse, significaria um drama para as centenas de trabalhadores” e “seria igualmente desastroso para o concelho de Constância, para a região e para o país”, tendo defendido que o problema “deve merecer a maior atenção e tomada de medidas por parte do Estado e, em particular, do Governo”.

A incerteza terminou agora, com a confirmação do encerramento feita aos trabalhadores. Segundo apurou o ECO/Local Online, apenas a equipa de embalamento ficará operacional, enquanto haja stock para escoar.

A unidade portuguesa segue assim o curso do encerramento gradual de operações que a companhia norte-americana tem vindo a realizar. Um dos exemplos é a África do Sul, onde termina a produção e venda a 31 de dezembro.

Em termos internacionais, segundo um acordo de credores validado pela justiça dos EUA, o nome Tupperware irá continuar agora com novo acionista e apenas em mercados chave, nomeadamente o país natal da marca, os vizinhos Canadá e México, o Brasil e os asiáticos China, Coreia do Sul, Índia e Malásia.

Sem esclarecer se o Governo teve conhecimento deste encerramento antes de ser comunicado aos trabalhadores e tornado público pelo autarca Sérgio Oliveira, o secretário de Estado da Economia, João Rui Ferreira, afirma: “Estamos atentos e a seguir muito de perto a notícia do encerramento da fábrica da Tupperware. O Ministério da Economia está em contacto com a Câmara Municipal de Constância e em articulação com o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, no sentido de apoiar estes trabalhadores“.

Notícia atualizada às 18h com declarações do Governo

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Anacom já pode cobrar taxas de regulação de 2024. Operadoras fazem adiantamento até 15 de fevereiro

Governo publicou o decreto-lei que legaliza as taxas da Anacom, depois de terem sido declaradas inconstitucionais. Operadoras ganham mais mês e meio para fazer pagamento por conta das taxas deste ano.

O Governo já legalizou as taxas regulatórias cobradas pela Anacom aos operadores de comunicações eletrónicas, permitindo que o regulador efetue a cobrança das taxas relativas a 2024. O decreto-lei vai permitir que as empresas façam o pagamento por conta da taxa relativa a este ano até ao dia 15 de fevereiro de 2025, mais mês e meio do que o prazo normal. No mesmo diploma, o Executivo admite ainda vir a reavaliar “o modelo de financiamento da Anacom no seu conjunto”.

No passado dia 29 de outubro, o Tribunal Constitucional declarou inconstitucional a cobrança das taxas de regulação, por estarem regulamentadas numa portaria de 2008, alterada em 2013. O Governo e o regulador tiveram, então, de procurar uma solução para este imbróglio, sob pena de ficarem por cobrar as taxas de regulação relativas ao ano corrente. Essa solução foi aprovada em Conselho de Ministros menos de um mês depois, no dia 28 de novembro.

“O Tribunal Constitucional declarou a inconstitucionalidade da contribuição que os operadores de telecomunicações pagavam para a Anacom. Nós entendemos que quem deve pagar a regulação independente são os regulados e, portanto, aprovámos hoje [28 de novembro] um diploma que, de forma legal, cumprindo as limitações definidas pelo Tribunal Constitucional, cria esta contribuição que esperamos possa ser paga ainda relativamente ao ano de 2024″, disse, na altura, o ministro da Presidência, António Leitão Amaro.

O diploma a que se referia o ministro foi esta sexta-feira publicado em Diário da República, com o ano já na reta final, assumindo a forma de um decreto-lei para resolver o problema identificado pelos juízes do Palácio Ratton. Na prática, o diploma incorpora a referida taxa na Lei das Comunicações Eletrónicas (LCE), que tinha sido alterada em 2022, na sequência da transposição do Código Europeu das Comunicações Eletrónicas (CECE).

No texto introdutório, o Executivo explica que, “após as recentes decisões jurisprudenciais do Tribunal Constitucional, no espírito de lealdade constitucional e boa-fé, considera-se adequado proceder a uma alteração legislativa que mantém, em parte, a solução acolhida no anexo” da portaria de 2008, que foi considerado inconstitucional. Deste modo, “a LCE – que agora prevê uma efetiva contribuição financeira – adapta-se assim à jurisprudência constitucional”, assegura o Governo.

Esta alteração não prejudica que se reavalie o modelo de financiamento da Anacom no seu conjunto, tendo em conta as diversas vertentes envolvidas na delimitação dos custos (gastos) administrativos de regulação e o seu impacto no Orçamento do Estado, garantindo a independência orçamental e a autonomia financeira daquela autoridade reguladora.

Decreto-Lei n.º 114/2024, de 20 de dezembro

A lei passa a prever agora a obrigatoriedade do pagamento de uma “contribuição financeira” à Anacom pelas “empresas que oferecem redes e serviços de comunicações eletrónicas abrangidas pelo regime de autorização geral”.

Esta contribuição é anual e depende de vários fatores. Desde logo, “é determinada em função dos custos administrativos decorrentes da gestão, controlo e aplicação do regime de autorização geral”, bem como “custos de cooperação internacional, de harmonização e normalização, análise de mercados, vigilância do cumprimento e outros tipos de controlo do mercado, bem como trabalho de regulação que envolva a preparação e execução de legislação derivada e decisões administrativas, como decisões em matéria de acesso e de interligação”. Por outras palavras, a contribuição paga a regulação do setor exercida pela Anacom, que é presidida há pouco mais de um ano pela economista Sandra Maximiano.

Para o cálculo da taxa a pagar por cada operador, são contabilizados os chamados “rendimentos relevantes diretamente conexos com a atividade de comunicações eletrónicas”, de acordo com uma tabela de escalões. Uma empresa que tenha rendimentos até 250 mil euros faz parte do escalão 1. O segundo escalão vai dos 250.001 a 1,5 milhões de euros. O terceiro e último escalão, onde entram Meo, Nos e Vodafone, pressupõe rendimentos acima dos 1.500.001 euros, sem limite máximo.

O pagamento da taxa anual de regulação é, depois, feito em dois momentos. A lei requer que as empresas façam um “pagamento por conta” até ao final de dezembro do próprio ano. Depois, quando apurados os rendimentos e o montante exato da taxa devida, as empresas pagam o restante até ao dia 30 de setembro do ano seguinte, ou recebem o reembolso se o pagamento por conta tiver sido superior.

As taxas deste ano, contudo, serão cobradas de forma diferente. “Dada a proximidade da entrada em vigor do presente decreto-lei ao final do ano de 2024, estabelece-se, em norma transitória, a admissibilidade de o pagamento por conta relativo a 2024 ser efetuado até 15 de fevereiro de 2025″. No ano que vem, as operadoras já terão de fazer o pagamento por conta à Anacom até ao final de dezembro, adverte o decreto-lei.

As taxas cobradas pela Anacom têm sido alvo de várias ações judiciais por parte das operadoras e são um tema polémico no setor. Com isto como pano de fundo, o Governo admite, na nota introdutória do decreto-lei, que esta alteração não prejudica que se desenhe um novo modelo no futuro.

“Esta alteração não prejudica que se reavalie o modelo de financiamento da Anacom no seu conjunto, tendo em conta as diversas vertentes envolvidas na delimitação dos custos (gastos) administrativos de regulação e o seu impacto no Orçamento do Estado, garantindo a independência orçamental e a autonomia financeira daquela autoridade reguladora”, refere.

Este mês, a presidente da Anacom, Sandra Maximiano, revelou aos jornalistas que apenas um operador requereu a devolução de taxas regulatórias já pagas. A situação do potencial reembolso de centenas de milhões de euros cobradas irregularmente está a ser analisado juridicamente, explicou a responsável.

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Dona da Mimosa torna permanente suplemento de 1 cêntimo por litro aos produtores de leite

Lactogal calcula que valor a incorporar no preço base custará cerca de oito milhões de euros por ano e “garante o pagamento de uma remuneração justa aos produtores pelo trabalho diário realizado”.

A Lactogal, que é o maior grupo lácteo ibérico e a maior empresa agroalimentar em Portugal, chegou a acordo com as suas acionistas para tornar permanente, a partir de 1 de janeiro de 2025, o suplemento de um cêntimo por litro de leite a todos os produtores, que foi atribuído nos meses de novembro e dezembro.

A dona de marcas como Mimosa, Agros, Matinal ou Gresso, que no ano passado recebeu e processou mais de 1.235,7 milhões de litros de leite, calcula que este aumento, a incorporar no preço base, corresponda a um valor anual superior a oito milhões de euros e “garante o pagamento de uma remuneração justa aos produtores pelo trabalho diário realizado”.

José Marques, que há poucas semanas sucedeu a José Capela e Casimiro de Almeida na presidência do conselho de administração do grupo nortenho fundado em 1996, deixando a administração da União de Cooperativas Lacticoop, fala em comunicado num “acordo sustentável economicamente porque contribui para a viabilidade das unidades produtivas leiteiras no nosso país”.

Trata-se de um acordo sustentável economicamente porque contribui para a viabilidade das unidades produtivas leiteiras no nosso país.

José Marques

Presidente da Lactogal

“E é sustentável ambientalmente, porque o pagamento deste valor estará associado ao cumprimento de critérios objetivamente definidos e diretamente ligados ao bem-estar animal, à redução das emissões de gases com efeito de estufa e à biodiversidade, entre outros”, acrescenta o gestor, que iniciou o percurso profissional como produtor de leite em 1980 e foi um dos fundadores do Clube de Produtores da Sonae.

A Lactogal, que fatura 1.131 milhões de euros e emprega 1.800 pessoas, sublinha na mesma nota que está a “trabalhar intensamente com as suas acionistas na criação de um programa Produtor Lactogal”. Será divulgado durante o próximo ano e “sustentado por uma abordagem baseada em dados, integrando trabalho de campo e análise de informações recolhidas nas unidades produtivas leiteiras”.

Este anúncio do grupo que lidera o setor em Portugal acontece poucos dias depois de a Federação Nacional das Cooperativas de Produtores de Leite (Fenelac) antever que o preço do leite ao consumidor possa subir em 2025, fruto do agravamento dos custos de produção. À Lusa, o presidente citou o aumento dos custos de produção, sobretudo associados à energia, apontando o produtor como o elo mais fraco da cadeia.

Nessa ocasião, Idalino Leão alertou ainda que, sem sustentabilidade económica, o abandono da atividade vai aumentar e poderá mesmo pôr em causa a soberania alimentar do país. E referindo-se diretamente aos supermercados, assinalou que “não gostaria que a distribuição fosse tentada a ceder a alguma oferta de leite mais barato” vindo do estrangeiro.

Segundo dados publicados esta semana pelo Eurostat, depois dos aumentos verificados nos últimos três anos, impulsionados sobretudo pela pandemia de Covid-19 e pela guerra na Ucrânia, em 2024, os preços do leite diminuíram em 16 dos 27 países da União Europeia, com as descidas mais acentuadas a acontecerem na Finlândia (-12%), em Portugal (-10%) e em Espanha (-8%).

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Embaixada portuguesa na Ucrânia atingida após ataque russo. Rangel vai apresentar protesto formal

  • Joana Abrantes Gomes e Lusa
  • 20 Dezembro 2024

Ministro Paulo Rangel já chamou o encarregado de Negócios da Federação Russa ao Palácio das Necessidades para apresentar protesto formal ao Kremlin.

A embaixada portuguesa na Ucrânia foi atingida na madrugada desta sexta-feira pelos ataques das forças russas contra Kiev, anunciou o Ministério dos Negócios Estrangeiros em comunicado.

De acordo com o gabinete do ministro Paulo Rangel, os ataques provocaram “danos materiais” em missões diplomáticas de vários países, incluindo na chancelaria de Portugal. “É absolutamente inaceitável que qualquer ataque possa visar ou ter impacto em zonas de instalações diplomáticas”, condena a tutela, no comunicado.

Na mesma nota, o gabinete do chefe da diplomacia portuguesa revela que o encarregado de Negócios da Federação Russa foi chamado ao Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) na sequência dos ataques desta madrugada, “para que seja apresentado um protesto formal” junto do Kremlin.

Entretanto, em declarações à RTP3, o ministro Paulo Rangel adiantou outros países cujas embaixadas em Kiev foram atingidas na sequência dos ataques russos, tais como a Albânia, Argentina e Montenegro, que têm as missões diplomáticas no mesmo edifício que Portugal.

“Qualquer ataque da Federação Russa à Ucrânia merece a nossa mais forte condenação, mas é absolutamente inaceitável que possa haver ataques que tenham impacto ou visem instalações diplomáticas“, disse o governante, apontando que não houve danos pessoais, apenas danos materiais “ligeiros” como “janelas partidas”, e que, “para já”, a missão diplomática portuguesa em Kiev mantém-se aberta.

Portugal não tinha outra solução senão reagir com firmeza“, afirmou, por sua vez, o Presidente da República, em defesa da decisão do Governo de chamar o encarregado de Negócios da Rússia ao MNE. Marcelo, que falava às televisões ao final da manhã, sublinhou que os danos sofridos na embaixada portuguesa e noutras na sequência de um ataque russo constituem uma violação do direito internacional”.

Entretanto, na rede social X, a presidente da Comissão Europeia afirmou que o “desrespeito de Putin pela lei internacional atingiu um novo patamar”, na sequência do ataque de mísseis russos que danificou a embaixada de Portugal em Kiev. “Mais um ataque horrendo da Rússia contra Kiev. Desta vez contra um edifício que alberga a embaixada de Portugal e outros serviços diplomáticos“. “Solidariedade com Portugal”, escreveu, em português, Ursula von der Leyen.

Segundo avançou a Lusa esta manhã, pelo menos uma pessoa morreu no ataque russo realizado esta madrugada na capital ucraniana, assumido por Moscovo como uma resposta ao ataque de quarta-feira contra a região de Rostov, no sudoeste da Rússia.

O presidente da Câmara de Kiev, Vitali Klitschko, declarou na rede social Telegram que as equipas de busca e salvamento localizaram um corpo após o ataque russo, antes de especificar que quatro dos cerca de dez feridos “foram hospitalizados”.

Klitschko indicou que há danos materiais em vários bairros devido ao impacto de “fragmentos” dos mísseis intercetados, antes de afirmar que “630 edifícios residenciais, 16 instituições médicas, 17 escolas e treze creches estão sem aquecimento” como resultado do ataque.

Já o Ministério da Defesa russo sublinhou no Telegram que o bombardeamento foi uma resposta a um ataque com seis mísseis ATACMS — de fabrico norte-americano — e quatro mísseis Storm Shadow — construídos pelos britânicos –, realizado na quarta-feira contra a região russa de Rostov.

(Notícia atualizada às 12h50 com declarações do ministro Paulo Rangel e do Presidente da República e a reação da presidente da Comissão Europeia)

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