Fintech francesa Qonto avança com pedido de licença bancária
A obter luz verde do regulador francês, a fintech vai poder oferecer serviços bancários aos clientes nos oito mercados europeus onde está presente, incluindo Portugal, onde opera desde outubro.

A francesa Qonto apresentou um pedido de licença bancária junto do Autorité de Contrôle Prudentiel et de Résolution (ACPR) para passar a oferecer serviços bancários. Ao obter luz verde do regulador, a fintech francesa, a operar em Portugal desde outubro, quer atingir dois milhões de clientes entre PME e freelancers até 2030.
“O nosso principal objetivo com a licença bancária é atingir dois milhões de PME e freelancers em toda a Europa até 2030, expandindo a nossa base atual de mais de 600 mil clientes. A licença irá permitir-nos oferecer serviços bancários abrangentes, incluindo maiores capacidades de crédito, produtos de poupança e opções de investimento, além de dar à Qonto maior agilidade e independência”, afirma Alexandre Prot, CEO e cofundador da Qonto, ao ECO.
“Essa transformação fortalecerá nossa posição como a principal solução de gestão financeira para empresas na Europa, permitindo-nos aprimorar toda a experiência do cliente e oferecer serviços mais competitivos, mantendo os nossos níveis excecionais de satisfação do cliente de NPS 70+ e a classificação de 4,8/5 no Trustpilot”, reforça.
Fundada em 2017 em França, a fintech tem vindo a aumentar a sua presença geográfica, expandindo para Espanha (2019), Alemanha (2020) e Itália (2023), tendo no ano passado reforçado com a entrada em outubro na Bélgica, Áustria, Países Baixos e Portugal, tal como avançou o ECO.
“Não divulgamos números específicos de desempenho por país”, reage o CEO. “Portugal representa um importante mercado em crescimento dentro da nossa estratégia de expansão europeia, e temos observado uma resposta positiva dos clientes desde o lançamento em outubro passado”, diz apenas.
A startup oferece uma solução financeira empresarial dirigida a servir as necessidades específicas das PME e freelancers, oferecendo uma conta empresarial que engloba “serviços bancários empresariais, incluindo cartões, contas e transferências e ferramentas financeiras, incluindo faturas, escrita contabilística, e muito mais”, descrevia o CEO em outubro ao ECO.
Desde o início do ano passado, a empresa adicionou serviços pay later à oferta que, diz a Qonto facilitou 50 milhões de euros de financiamento desde o arranque do serviço.
A fintech já levantou mais de 600 milhões de euros em financiamento, tendo uma equipa de mais de 1.600 pessoas.
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