Aeroportos da ANA sustentam 725 mil empregos em Portugal, aponta estudo

  • Lusa
  • 14 Maio 2025

Por cada milhão de euros gasto pelos turistas são criados 35 empregos, indica o presidente executivo da ANA, Thierry Ligonnière.

O presidente executivo da ANA, Thierry Ligonnière, afirmou esta quarta-feira no Porto que os aeroportos da ANA em Portugal sustentam 725.000 empregos e representam 30,2 mil milhões de euros do Produto Interno Bruto (PIB).

Estes números, disse durante a inauguração da rota Porto-Boston, são conclusões de um estudo que será apresentado em breve e que visou avaliar os impactos económicos e sociais no território dos aeroportos nacionais. O estudo foi realizado em parceria com a Porto Business School, Nova SBE de Lisboa e as universidades do Algarve, Açores e da Madeira, acrescentou a assessoria do presidente executivo da ANA.

Segundo Thierry Ligonnière, por cada milhão de euros gastos pelos turistas, são criados 35 empregos, enquanto 40 visitantes representam um emprego criado, números que o levaram a afirmar que “o sucesso da concessão é também o dos territórios e do país”.

Sobre ao aeroporto Francisco Sá Caneiro, no Porto, em termos de conectividade, funciona com 35 companhias aéreas, que ligam o Porto a 120 destinos na Europa e no mundo, somando quase 16 milhões de passageiros (o tráfego de Lisboa quando a VINCI entrou nesta concessão), disse ainda o gestor.

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Lucro da Sonaecom baixa 46% para 13,7 milhões no 1.º trimestre

Empresa, que é acionista da Nos e dona do Público, registou uma evolução operacional negativa no arranque do ano, justificada pelo menor contributo da operadora para os resultados.

A Sonaecom, acionista da Nos e dona do Público, registou um resultado líquido de 13,7 milhões de euros nos primeiros três meses do ano, o que representa uma quebra de 46,4% face ao período homólogo.

O volume de negócios consolidado atingiu 3,9 milhões de euros, uma ligeira subida de 0,6% face ao período homólogo, explicado pela evolução positiva do negócio Media, adianta a empresa em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Já o EBITDA baixou 18,5% para 16,9 milhões de euros, nos primeiros três meses do ano, “devido à menor contribuição da NOS consolidada pelo método de equivalência patrimonial”.

Segundo adianta a empresa, a contribuição das empresas consolidadas pelo método de equivalência patrimonial diminuiu de 23,5 para 19,8 milhões de euros, devido ao menor contributo do resultado da Nos, que no primeiro trimestre de 2024 foi positivamente impactado pelos ganhos extraordinários relacionados com a decisão favorável do Tribunal relativamente aos casos de impugnação judicial sobre a taxa de atividade cobrada pela Anacom.

O resultado direto desceu de 22,4 milhões de euros para 18,6 milhões, devido à quebra do EBITDA. Já o resultado indireto registou um valor negativo de cinco milhões de euros, que compara com os 3,1 milhões alcançados nos primeiros três meses de 2024, “maioritariamente justificado pelos impactos negativos da evolução das taxas de câmbio no portefólio da Bright Pixel”.

No que diz respeito ao Público, a empresa adianta que “durante o primeiro trimestre de 2025, o crescimento das receitas provenientes de conteúdos, subscrições e publicidade online, conduziram a um crescimento das receitas e da rentabilidade face ao primeiro trimestre de 2024″.

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Espanha espera nova ligação elétrica entre Galiza e norte de Portugal em funcionamento este ano

  • Lusa
  • 14 Maio 2025

A interconexão permitirá aumentar a capacidade de intercâmbio em cerca de 1.000 megawatts, para 4.200 MW na direção Espanha-Portugal e para 3.500 MW no sentido Portugal-Espanha.

O Governo de Espanha espera que a nova ligação elétrica entre a Galiza e o norte de Portugal entre em funcionamento no final deste ano, disse esta quarta-feira a ministra com a tutela da energia, Sara Aagesen.

A ministra falava no parlamento espanhol, durante um debate sobre o apagão na Península Ibérica em 28 de abril, durante o qual sublinhou e defendeu a importância das ligações elétricas, tanto com Portugal como com França. Foi neste contexto que se referiu aos avanços e ponto de situação nos trabalhos para as novas interconexões energéticas com os dois países.

A ministra defendeu que as ligações energéticas “são uma forma de ter um sistema muito mais robusto e maior firmeza” e destacou o papel de França e do fornecimento de energia deste país no restabelecimento do abastecimento elétrico após o apagão.

Sobre a nova ligação entre a Galiza e o norte de Portugal, Espanha anunciou em janeiro passado a entrada em funcionamento da subestação de Fontefría e divulgou na altura que a interconexão permitirá aumentar a capacidade de intercâmbio de energia entre os dois países em cerca de 1.000 megawatts (MW), para 4.200 MW na direção Espanha-Portugal e para 3.500 MW no sentido Portugal-Espanha.

Também em janeiro, o Governo português, a REN e os municípios do Alto Minho, por onde passará a linha de alta tensão Ponte de Lima-Fontefria, revelaram estarem a ser estudados “pequenos desvios” para minimizar o impacto da obra, contestada localmente.

“A REN, a nosso pedido, e com a mediação e envolvimento do secretário de Estado do Ambiente, e do presidente da Agência Portuguesa para o Ambiente (APA), têm estado em negociações com os senhores presidentes de câmara para ver pequenos desvios que sejam possíveis e que não vão impactar, ou que não impactam muito os custos [de construção da linha]”, afirmou então a ministra do Ambiente, Graça Carvalho.

Em causa está a “linha Dupla Ponte de Lima – Fontefría, Troço Português, a 400 kV”, que em julho de 2023 recebeu parecer favorável condicionado no RECAPE – Relatório de Conformidade Ambiental do Projeto de Execução e, em fevereiro de 2024, obteve a Decisão de Conformidade Ambiental do Projeto de Execução (DCAPE) da APA.

Em outubro do ano passado, o Supremo Tribunal Administrativo aceitou um recurso de municípios do Alto Minho e remeteu para a primeira instância a avaliação da providência cautelar que apresentaram contra a linha. Os municípios de Monção, Ponte de Lima, Ponte da Barca, Arcos de Valdevez e Melgaço interpuseram um “processo cautelar para a suspensão de eficácia” da Declaração de Impacto Ambiental (DIA) favorável ao projeto de construção da linha de alta tensão.

As autarquias pretendiam ainda “a intimação do Ministério do Ambiente para se abster de autorizar ou licenciar tal projeto”. Para o STA, o recurso dos municípios justifica-se por “estarem em causa potenciais prejuízos para valores fundamentais da sociedade, sejam eles a saúde, o ambiente ou o património arquitetónico”.

O STA considera ainda que o “ato que possibilita a construção de uma linha de muita alta tensão é suscetível de criar uma situação de facto consumado e de causar prejuízos irreparáveis ou de difícil reparação”. De acordo com o projeto, a linha abrange os concelhos de Vila Verde, no distrito de Braga, e Ponte de Lima, Ponte da Barca, Arcos de Valdevez, Monção e Melgaço, no distrito de Viana do Castelo.

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Tribunal obriga Lusitania a pagar funeral de trabalhador morto por acidente com eucalipto

  • ECO Seguros
  • 14 Maio 2025

O acórdão reconhece que o trabalhador exercia a função de ajudante de madeireiro, sob ordens, direção e fiscalização de uma empresa, mediante uma retribuição anual de 11.586 euros.

O Tribunal da Relação de Guimarães condenou a seguradora Lusitania a pagar 1.950 euros à filha de um homem de 65 anos, a título de reembolso das despesas com o funeral. O homem faleceu em janeiro de 2022, em Viana do Castelo, após ser atingido por um eucalipto que estava a ser cortado. Segundo o jornal O Minho, a decisão judicial obriga ainda a seguradora a indemnizar o Fundo de Acidentes de Trabalho (FAT) em 34.758 euros.

A decisão revê um acórdão do Tribunal do Trabalho de Viana do Castelo, contra o qual a seguradora interpôs recurso para a Relação. No recurso, a Lusitania alegou que a responsabilidade pelo acidente era do próprio trabalhador, sustentando que este teria abandonado o trator que manobrava para auxiliar na orientação da queda do eucalipto, com cerca de 25 metros de altura, tendo sido atingido pelos galhos da copa. Contudo, os juízes desembargadores concluíram que não ficou provada a existência de negligência grosseira por parte da vítima.

O acórdão reconhece que o trabalhador exercia a função de ajudante de madeireiro, sob ordens, direção e fiscalização de uma empresa, mediante uma retribuição anual de 11.586 euros.

No dia 6 de janeiro de 2022, pelas 9h30, o trabalhador encontrava-se, juntamente com o seu empregador, a proceder ao abate de um eucalipto com cerca de 25 metros de altura, quando foi atingido pela árvore, sofrendo lesões torácico-abdominais que provocaram a sua morte nesse mesmo dia.

O tribunal refere que, enquanto o empregador cortava o eucalipto com uma motosserra, a vítima manobrava um trator com reboque, equipado com cabo de aço e correntes, utilizados para orientar a direção da queda da árvore, localizada a cerca de 35 metros. “A determinada altura, o sinistrado abandonou o referido veículo e veio a ser atingido pela queda do eucalipto”, lê-se no acórdão citado pelo jornal.

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Trabalhadores da Parvalorem e Imofundos sem aumentos este ano, avançam sindicatos

  • Lusa
  • 14 Maio 2025

A política salarial nas empresas do Estado não se aplica para Parvalorem e Imofundos, porque “exclui expressamente as empresas em liquidação ou que tenham por objeto a liquidação de património”.

Os trabalhadores da Parvalorem e da Imofundos não terão revisão salarial este ano, com a administração a dizer que não são abrangidos pelo aumento no setor empresarial do Estado, segundo os sindicatos da banca afetos à UGT.

Em comunicado conjunto, divulgado esta quarta-feira, Mais Sindicato, Sindicato dos Trabalhadores do Setor Financeiro de Portugal (SBN) e Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Banca, Seguros e Tecnologias (SBC) afirmam que o Conselho de Administração da Parvalorem e da Imofundos enviou uma nota em resposta a pedidos de esclarecimento na qual diz que não haverá aumentos este ano.

De acordo com a administração, o despacho da secretaria de Estado do Tesouro e das Finanças sobre a política salarial nas empresas do Estado não se aplica para Parvalorem e Imofundos, porque “exclui expressamente as empresas em liquidação ou que tenham por objeto a liquidação de património”.

Mais Sindicato, SBN e SBC dizem que solicitaram à administração das duas empresas públicas uma reunião com caráter de urgência, por não compreenderem os argumentos apresentados. A administração regista que em 2025, “além das normais atualizações de diuturnidades dos colaboradores e pagamentos de prémios de antiguidade”, houve promoção de 12 trabalhadores da Parvalorem e de dois da Imofundos, concluindo-se o processo de atualizações.

“O foco centra-se agora na conceção de um plano de rescisões amigáveis em condições favoráveis aos colaboradores, em linha com o objetivo final de liquidação das sociedades, matéria que o Conselho de Administração está a preparar, com vista à sua publicitação no segundo semestre de 2025”, acrescenta a nota, citada pelos três sindicatos.

A Parvalorem foi criada pelo Estado para recuperação de créditos e alienação/liquidação de ativos do antigo Banco Português de Negócios. A Imofundos é uma empresa gestora de fundos de investimento imobiliário.

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Americanos já controlam mais de 5% da SAD do Benfica

Jean-Marc Chapus e Elliot Holton Hayes da Lenore Sports Partners comunicaram ao mercado que detêm mais de 5% do capital da SAD encarnada.

Os investidores americanos Jean-Marc Chapus e Elliot Holton Hayes, da Lenore Sports Partners (LSP), já detêm mais de 5% do capital da SAD do Benfica, segundo anunciaram esta quarta-feira os encarnados ao mercado.

O comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) surge depois de Jean-Marc Chapus ter adquirido as ações arrestadas pelo Novobanco ao antigo presidente benfiquista Luís Filipe Vieira, correspondendo a mais de 3% do capital da sociedade encarnada, num leilão realizado na semana passada. Pagou mais de cinco milhões de euros.

Os dois investidores integram Lenore Sports Partners, cujo interesse no Benfica já havia sido revelado em agosto do ano passado pela agência Bloomberg.

“Não pretendemos envolver-nos nas decisões desportivas da Benfica SAD”, indicaram os compradores em nota enviada às redações. “Por esta ser uma altura em que é essencial que todos nós nos concentremos em apoiar o glorioso a conquistar os dois tripletes nacionais, a LSP remeter-se-á ao silêncio nas próximas semanas”, adiantaram, antes de prometerem “ser um parceiro produtivo”, incluindo na “expansão das fontes de receita para o Sport Lisboa e Benfica”.

Na altura, a agência de notícias avançou que a Lenore estava a levantar fundos para tentar comprar uma participação de 16,38% na SAD do Benfica que pertence a José António dos Santos, o maior acionista individual das ‘águias’.

Esta semana, em entrevista ao Jornal de Negócios, José António dos Santos informou que só está interessado em vender a sua participação se for para alienar todas as ações do Benfica e estabeleceu um preço de venda: pelo menos a 12 euros por ação.

Os americanos revelam agora que controlam 5,24% das ações da SAD do Benfica, através de Jean-Marc Chapus e Elliot Hayes e das sociedades LSP Lisbon (Scotland) Limited e LSP Lisbon LLC. “Apreciamos e respeitamos a longa e excecional cultura dos benfiquistas e queremos ver o Benfica vencer por muitos anos”, afirmaram na nota aos jornalistas.

O Benfica já anunciou que vai contestar o resultado do leilão das ações do seu antigo líder, argumentando que não lhe foi permitido exercer o direito de preferência. Isso mesmo faz questão de lembrar no comunicado de hoje: “O clube ainda não recebeu qualquer notificação quanto ao seu direito de preferência na transmissão de parte das ações acima referidas, pelo que, cautelarmente, requereu a nulidade da venda, não tendo o clube sido notificado de qualquer despacho relativamente a essa arguição”.

(notícia atualizada às 18h39)

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Qatar Airways vai comprar 160 jatos à Boeing

  • Joana Abrantes Gomes
  • 14 Maio 2025

Companhia estatal do Qatar assinou acordo com a fabricante norte-americana após oferta de jato de luxo, avaliado em 400 milhões de dólares, a Donald Trump.

A companhia aérea Qatar Airways assinou esta quarta-feira um acordo para a compra de aviões da fabricante norte-americana Boeing, durante a visita do Presidente dos EUA, Donald Trump, ao país do Golfo Árabe. O líder da Casa Branca disse que o acordo vale 200 mil milhões de dólares e inclui 160 jatos.

O acordo foi assinado durante a segunda paragem de Trump numa visita aos estados do Médio Oriente, depois de ter assinado vários acordos com a Arábia Saudita na terça-feira, entre os quais promessa de investimento saudita de 600 mil milhões nos EUA.

Trump notou que o CEO da Boeing, Kelly Ortberg, que assinou o acordo com o CEO da Qatar Airways, Badr Mohammed Al-Meer, lhe disse que “é a maior encomenda de jatos na história da Boeing”.

O acordo surge após o Qatar ter oferecido a Trump um jato de luxo no valor de 400 milhões de dólares, enquanto a Boeing constrói novos Air Force One.

Trump tem insistido que vai aceitar a oferta, apesar das crescentes preocupações de ambos os partidos no Congresso, mesmo entre alguns dos seus apoiantes mais convictos, dizendo que seria “estúpido” se não aceitasse a oferta.

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Quercus distingue 425 praias com “Qualidade de Ouro”, mais cinco do que em 2024

  • Lusa
  • 14 Maio 2025

O Algarve e a Madeira registaram as subidas mais expressivas, seguindo-se o Alentejo e os Açores. Praias distinguidas no Norte, na região Tejo e Centro diminuíram.

A associação ambientalista Quercus classificou este ano 425 praias com “Qualidade de Ouro”, mais cinco do que no ano passado, sendo as regiões Tejo/Oeste e Algarve as mais galardoadas e a Norte a que teve maior descida. Num comunicado, divulgado sta quarta-feira, a Quercus especifica que, das 425 praias “Qualidade de Ouro”, 363 são praias costeiras (86%), 48 interiores (11%) e 14 de transição (3%).

Em termos globais, as regiões Tejo/Oeste (92 praias) e Algarve (84 praias) foram as mais galardoadas. Comparativamente a 2024, o Algarve e a Região Autónoma da Madeira registaram as subidas mais expressivas, com um incremento de 15 e seis galardões, respetivamente, seguindo-se o Alentejo (com mais cinco galardões) e os Açores (mais quatro).

Em sentido contrário, verificou-se uma diminuição das praias distinguidas no Norte (menos 13), na região Tejo e Oeste (menos oito) e no Centro (menos quatro).

Segundo a Quercus, a descida de galardões na região Norte “foi na maior parte dos casos motivada pelo incumprimento do critério relativo às análises realizadas na época balnear 2024 e pelos desaconselhamentos de banho emitidos pela Agência Portuguesa do Ambiente, devido a contaminação microbiológica em algumas praias costeiras”.

O Norte conta este ano com 68 praias “Qualidade de Ouro”. Relativamente aos municípios mais galardoados, destacam-se Vila Nova de Gaia (16), Almada (15), Albufeira (15), Vila do Bispo (14), Matosinhos (13) e Torres Vedras (13). A listagem completa das praias galardoadas pode ser consultada através da ligação https://praiasouro.quercus.pt.

O galardão “Praia com Qualidade de Ouro” distingue anualmente a qualidade da água balnear das praias portuguesas, com base na informação pública oficial disponível, tendo exclusivamente em consideração as análises efetuadas nos laboratórios das diferentes Administrações Regionais Hidrográficas, segundo a Quercus.

Para receber a distinção, a água balnear tem de respeitar vários critérios, como uma qualidade da água “excelente” na classificação anual das cinco épocas balneares anteriores à última. Todas as análises realizadas na última época balnear (2024) deverão ter apresentado resultados melhores em vários indicadores bacterianos.

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Alvo espanhol da Bondalti passa de lucros a prejuízos de 12 milhões no 1.º trimestre

A química espanhola fechou os primeiros três meses do ano com um resultado líquido negativo de 12 milhões de euros, pressionada pela fraca procura e pelos custos de energia mais elevados.

A espanhola Ercros, cuja oferta pública de aquisição (OPA) lançada pela portuguesa Bondalti está neste momento na segunda fase da análise por parte do regulador espanhol, passou de lucros a prejuízos de 12 milhões de euros no primeiro trimestre de 2025, informa a química em comunicado.

“Estes resultados são a consequência da procura persistentemente fraca, dos custos de energia mais altos e da forte concorrência internacional”, justifica a empresa em comunicado, acrescentando que “a atual guerra de tarifas lançada pelos EUA não está a ajudar a melhorar a atividade económica europeia. Entretanto, os preços elevados da energia continuam a comprometer a competitividade da Europa em comparação com os EUA e a Ásia”.

Fonte: Ercros

As receitas baixaram 2,3% para 184,4 milhões de euros, enquanto o EBITDA passou de 14,2 milhões de euros, no primeiro trimestre de 2024, para apenas 9 milhões de euros, no final de março.

Além do pior desempenho operacional, a empresa fechou os primeiros três meses do ano mais endividada. A dívida financeira líquida subiu de 133,58 milhões de euros para 151,65 milhões de euros.

A Bondalti anunciou em março do ano passado o lançamento de uma OPA sobre a Ercros, propondo-se pagar 3,60 euros por cada ação da empresa espanhola, um negócio que avalia a Ercros em aproximadamente 329 milhões de euros.

Três meses depois, a italiana Esseco lançou uma oferta concorrente à da empresa portuguesa controlada pela família Mello, no valor de 3,84 euros por ação.

Depois de uma primeira análise positiva à oferta e de ter recebido luz verde do Governo de Sánchez para avançar com a operação, o regulador espanhol (CNMC) iniciou em janeiro a segunda análise da operação. Esta nova análise, mais aprofundada, pretende identificar eventuais riscos que possam surgir com a concentração das duas empresas, nomeadamente os mercados com os dois químicos agora identificados pelo regulador.

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Hotelaria defende “selo” para investimentos com taxa turística

  • Lusa
  • 14 Maio 2025

A taxa turística, lançada num conjunto de municípios, é indiscutivelmente uma marca que pode ser aproveitada para reduzir o ‘gap’ entre residentes e turistas”, afirma Bernardo Trindade.

O presidente da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) defendeu esta quarta-feira que os investimentos nos municípios financiados pela taxa turística deveriam “ter um selo” que os identifique.

“A taxa turística lançada num conjunto de municípios, que antecipo que venha a crescer, é indiscutivelmente uma marca que pode ser aproveitada para reduzir o gap entre residentes e turistas”, afirmou Bernardo Trindade, que falava na tomada de posse dos órgãos sociais da AHP para o triénio 2025-2027, em Lisboa.

A taxa municipal turística é uma contribuição paga pelos hóspedes alojados em unidade de um determinado município. Para o antigo secretário de Estado do Turismo, os investimentos nos municípios devem ter um selo que identifique que este foi financiado pela taxa turística.

Bernardo Trindade referiu ainda que, apesar da instabilidade política, o setor do turismo tem demonstrado a sua resiliência, ao apresentar bons resultados. Contudo, assinalou que ainda existe muito “preconceito, desinformação e ataque vil” ao setor, pedindo uma aproximação às pessoas para alterar esta situação.

Na sua intervenção, dirigiu ainda uma palavra aos seus familiares, que lhe permitem ter “tempo e disponibilidade” e aos associados da AHP, que são mais de 940. O presidente da AHP disse também ser intenção da associação lançar, durante este mandato, um projeto-piloto para ter um membro residente “no Porto e Norte”.

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Operação Lex nas mãos de um novo juiz do Supremo, o terceiro neste processo

Este é o terceiro coletivo de juízes que fica responsável pelo processo que envolve Rui Rangel, ex-juiz, Vaz das Neves, ex-juiz e ex-presidente do Tribunal da Relação de Lisboa e Luís Filipe Vieira.

O juiz, a quem o processo da Operação Lex foi redistribuído em março, pediu a sua jubilação (reforma), o que resulta agora numa nova redistribuição a um novo coletivo de juízes. Este é o terceiro coletivo de juízes que fica responsável pelo processo que envolve Rui Rangel, ex-juiz, Vaz das Neves, ex-juiz e ex-presidente do Tribunal da Relação de Lisboa e Luís Filipe Vieira, ex-líder do SLB.

O sorteio eletrónico de um novo coletivo foi realizado esta terça-feira, tendo o processo sido distribuído a um novo juiz relator, apenas dois meses da última decisão sobre a mesma questão. “A questão da idade, próxima da jubilação, com que a maioria dos juízes Conselheiros toma posse no STJ e o consequente curto tempo de permanência neste Tribunal colocam graves constrangimentos ao funcionamento do STJ, para os quais o seu Presidente tem vindo a alertar desde que tomou posse, em junho do ano passado”, explica fonte do Supremo Tribunal de Justiça, em comunicado.

“O Presidente do STJ entregou ao Governo um projeto que prevê que juízes das Relações, com idades mais baixas, possam ingressar nos quadros do Tribunal de modo a garantir estabilidade à sua composição. Esta alteração legislativa exige, no entanto, a aprovação da Assembleia da República, a qual não chegou sequer a discutir a respetiva proposta de lei antes da sua mais recente dissolução”, disse ainda o mesmo comunicado.

João Cura MarianoLusa

Em dezembro de 2022, a justiça decidiu que o ex-juiz Rui Rangel, o ex-presidente da Relação Luís Vaz das Neves, a ex-mulher de Rangel e aposentada compulsivamente pelo CSM, Fátima Galopante, e Luís Filipe Vieira, ex-presidente do Benfica, bem como os restantes arguidos, iam a julgamento.

Em causa estão os crimes de corrupção passiva e ativa para ato ilícito, recebimento indevido de vantagem, abuso de poder, usurpação de funções, falsificação de documento, fraude fiscal e branqueamento.

O que desencadeou toda este processo da justiça portuguesa foi uma certidão extraída do caso Operação Rota do Atlântico, que envolveu José Veiga, ex-empresário de futebol e Luís Filipe Vieira, suspeito de crimes de corrupção no comércio internacional, branqueamento de capitais, fraude fiscal e tráfico de influências. Após suspeitas da prática de crimes, foi aberto um inquérito em setembro de 2016.

A investigação, liderada por Maria José Morgado, centrou-se na atividade desenvolvida por três juízes desembargadores do Tribunal da Relação de Lisboa (TRL) que utilizaram tais funções para a obtenção de vantagens indevidas, para si ou para terceiros. Os três magistrados citados na acusação são Rui Rangel, Fátima Galante e Luís Vaz da Neves. Segundo a Procuradoria-Geral da República, as vantagens obtidas podem superar os 1,5 milhões de euros.

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Lucros da Euronext sobem 18% para 164,8 milhões no primeiro trimestre

Gestora da bolsa portuguesa fechou o primeiro trimestre com receitas recorde de 458,5 milhões de euros, impulsionadas pela volatilidade que marcou a negociação no arranque do ano.

A dona da bolsa de Lisboa fechou o primeiro trimestre do ano com lucros de 164,8 milhões de euros, o que representa um crescimento de 17,9% face aos resultados apresentados no período homólogo de 2024. Já as receitas atingiram um novo recorde, suportadas pelo alargamento das receitas e pela volatilidade nos mercados nos primeiros meses do ano, que sustentou os volumes de negociação.

“No primeiro trimestre de 2025, a Euronext apresentou um desempenho notável. Alcançámos receitas e rendimentos recorde de 458,5 milhões de euros, impulsionados pelos primeiros resultados das nossas iniciativas estratégicas, pelo crescimento das receitas não dependentes de volumes [representam 57% do total] e por uma volatilidade excecional nas atividades de negociação e compensação, em particular nos segmentos de ações, dívida, FX, energia e commodities“, explicou o CEO Stéphane Boujnah, citado em comunicado.

Alcançámos receitas e rendimentos recorde de 458,5 milhões de euros, impulsionados pelos primeiros resultados das nossas iniciativas estratégicas, pelo crescimento das receitas não dependentes de volumes [representam 57% do total] e por uma volatilidade excecional nas atividades de negociação e compensação.

Stéphane Boujnah

CEO da Euronext

O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA) ajustado subiu 17% para 294,1 milhões de euros, um resultado que Stéphane Boujnah atribui ao “modelo de negócio diversificado” do grupo.

Os primeiros meses do ano ficaram marcados por uma crescente dose de incerteza nos mercados, devido ao anúncio de tarifas por parte dos EUA, com impacto – direto ou indireto – em todos os setores de atividade. Os receios de um travão na economia e de um impacto nos preços nos EUA afetaram a negociação nos mercados acionistas, cambiais e nas matérias-primas, que têm oscilado ao sabor dos anúncios feitos por Washington. Um ambiente que puxou pelas receitas do grupo.

As receitas dos serviços de titularização aumentaram 6,8% para 83,4 milhões de euros, impulsionadas por um crescimento de dois dígitos nas receitas de custódia e liquidação.

Já as receitas de mercados de capitais e soluções de dados cresceram 6,6% para 157,4 milhões de euros, “impulsionadas pela expansão comercial contínua da Euronext Corporate e Investor Solutions e ainda dos Technology Services, bem como pelo sólido desempenho da área de Advanced Data Solutions, apoiada pela aquisição da GRSS e pelo envolvimento do segmento de retalho”, detalha o grupo que gere sete bolsas europeias.

No segmento acionista, as receitas dos mercados de ações aumentaram para 108,4 milhões de euros (+18,0%), “refletindo a forte volatilidade e o impacto da composição de volumes na captação de receitas”, refere o comunicado.

Quanto às despesas operacionais subjacentes, excluindo amortizações e depreciações, estas aumentaram mais de 9% para 164,5 milhões de euros, a refletirem “investimentos no crescimento e o impacto das aquisições realizadas em 2024, combinado com uma disciplina de custos rigorosa, alinhada com o plano de investimento definido no objetivo de custos subjacentes da Euronext de 670 milhões de euros para o ano de 2025″.

O líder da Euronext, que está atualmente a pôr no terreno o seu plano estratégico para 2027, o Innovate for Growth 2027, adiantou ainda que foram lançadas “iniciativas importantes no âmbito deste programa.

“A futura consolidação da liquidação de transações de ações em Amesterdão, Bruxelas e Paris na Euronext Securities representa uma otimização significativa do ecossistema europeu de pós-negociação”, assinala o CEO do grupo que gere a bolsa de Lisboa e que detém a Euronext Securities (liquidação e custódia de títulos) e a Euronext Technologies (centro tecnológico), onde quer contratar mais 200 pessoas nos próximos três anos.

“O lançamento, no final de abril de 2025, do European Common Prospectus em inglês reforça esta ambição. Esta nova iniciativa facilita o acesso aos mercados de capitais europeus e responde à necessidade de uma União de Poupança e Investimento mais competitiva e integrada. Para além disso, temos orgulho em lançar um conjunto abrangente de medidas que apoiam as necessidades de financiamento de empresas que contribuem para a autonomia estratégica da Europa“, detalha ainda o responsável, no mesmo comunicado.

Com este forte arranque de 2025, demonstramos a nossa capacidade de inovar de forma antecipada, liderando o caminho para um mercado de capitais europeu mais forte, inovador e competitivo“, remata Stéphane Boujnah.

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