TAP recorre ao Constitucional para travar indemnizações a tripulantes

  • ECO
  • 2 Abril 2025

Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil emitiu um comunicado interno em que considera a decisão da TAP "mais uma manobra dilatória".

A TAP recorreu para o Tribunal Constitucional da decisão do Supremo Tribunal de Justiça que obriga a companhia aérea a indemnizar os tripulantes que não foram devidamente enquadrados na tabela salarial da carreira ou foram dispensados ilegalmente, noticia o Jornal de Negócios.

O Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) diz que estão em causa cerca de 2.000 tripulantes com contratos irregulares, celebrados entre 2005 e 2024, que poderão recorrer ao tribunal. O presidente da estrutura sindical afirmou recentemente que já tem 700 processos de reintegração e indemnização para avançar. A TAP provisionou 41 milhões de euros nas contas de 2024 para fazer aos possíveis custos com estas ações.

Ainda segundo o mesmo jornal, o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) emitiu um comunicado interno em que sustenta que “lamentavelmente a TAP decidiu inventar mais uma manobra dilatória no processo visando, ‘empurrar com a barriga’ e atrasar o trânsito em julgado da decisão que a condena a regularizar a situação de centenas de tripulantes”.

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Ferro Rodrigues acusa Montenegro de “ultrapassar alguns limites constitucionais” do Governo de gestão

  • ECO
  • 2 Abril 2025

Em entrevista à Antena 1, o antigo líder socialista acusa ainda o primeiro-ministro de "ser muito plástico na forma como encara as câmaras”.

O ex-presidente da Assembleia da República Eduardo Ferro Rodrigues acusa Luís Montenegro de “ultrapassar alguns limites constitucionais impostos ao Governo de gestão”, como é o caso de inaugurações. Em entrevista ao programa Política com Assinatura da Antena 1, o antigo líder socialista critica o primeiro-ministro por “ser muito plástico na forma como encara as câmaras”, depois de o chefe do Governo ter dito que está a ser alvo de uma “flagrante e inconcebível campanha de desinformação e manipulação de factos” sobre o parecer que fez em Espinho enquanto advogado.

O histórico do PS defende que “muito se teria poupado” se o Procurador-Geral da República tivesse “atempadamente feito um comunicado dizendo que não há nada, nenhuma suspeita, nenhum indício contra Luís Montenegro”, acrescentando que a situação poderia ter ficado “mais clara” se também o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, tivesse agido como agiu no momento das buscas à residência oficial do então primeiro-ministro António Costa em novembro de 2023. Ferro Rodrigues culpa ainda Aguiar-Branco pela crise do regime democrático e pelo funcionamento do Parlamento.

Com o país a caminho de novas eleições, o ex-presidente do Parlamento considera que tudo pode acontecer. “O cenário catastrófico seria o PSD ter uma aliança com o Chega“, aponta. Porém, também se mostra preocupado com uma maioria absoluta social-democrata, porque entende que o PSD “dialoga pouco” e “tem poucos hábitos de debate e de diálogo construtivo e democrático”, além de impor a lei do mais forte. Quando o ainda líder do Governo diz que daqui a sete semanas a situação vai estar resolvida, “como, como é que vai estar resolvida?”, pergunta Ferro Rodrigues.

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“Uma empresa é tão forte quanto a qualidade das relações que constrói com os seus colaboradores”

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  • 2 Abril 2025

Depois de ver a sua empresa nos Best WorkplacesTM 2025, Duarte Gomes, Chief Data & Analytics Officer da JTA - The Data Scientists, garante que perceber o que os colaboradores sentem é essencial.

Vencedora na categoria de empresas de até 50 colaboradores da iniciativa da Great Place To Work®, que este ano assinalou o seu 25º aniversário, a JTA é uma equipa de Data Scientists, Matemáticos e Engenheiros, com sede na cidade do Porto. Apresentando-se como “dinâmica e em crescimento”, a empresa tem como drive “guiar, inspirar e apoiar os seus clientes, qualquer que seja a sua indústria, a desbloquear um valor significativo tanto dos seus dados de origem interna como externa”.

No rescaldo do evento de apresentação dos Best WorkplacesTM, realizado a 26 de março, em Lisboa, Duarte Gomes, Chief Data & Analytics Officer da JTA -The Data Scientists (empresa fundada em Londres, em 1999) partilha alguns pormenores sobre a empresa e revela alguns detalhes que a fizeram ser uma das eleitas dos Best WorkplacesTM 2025.

Com uma equipa de 46 colaboradores, a maioria dos quais com presença na empresa há mais de dois anos, esta microempresa do setor das TI faz ponto de honra em acompanhar e compreender o que os colaboradores pensam e sentem, como forma de responder às expectativas das equipas. “Acreditamos que uma empresa é tão forte quanto a qualidade das relações que constrói com os seus colaboradores. Compreender o que os nossos colaboradores pensam e sentem não é apenas importante – é essencial. Isso é o ponto de partida para garantir que as decisões estratégicas estejam alinhadas com as necessidades reais da equipa. Investimos constantemente em canais abertos de comunicação, feedback frequente e momentos de escuta ativa, alguns dos quais com respostas anónimas. Algo que aprendemos ao longo da nossa jornada é que a missão da empresa só se mantém relevante se for sentida e também co-criada pelos colaboradores”, refere Duarte Gomes.

No contexto do estudo promovido pela Great Place to Work, que distingue as 50 melhores empresas para trabalhar em Portugal, vários participantes têm enaltecido as qualidades da iniciativa. Do incentivo à promoção de um ambiente profissional seguro e motivante, à preocupação em ver os colaboradores mais felizes, produtivos e comprometidos, passando pela promoção do hábito de auscultar permanentemente as equipas para poder agir conforme o seu feedback, muitas são as características que as empresas participantes vêm melhorar por via do desafio que lhes é colocado ao tomarem parte dos Best Workplaces.

Representantes da JTA no palco do evento Best Workplaces, no Convento do Beato

Para a JTA, há duas dimensões nas quais a empresa mais se revê: “Identificamo-nos especialmente com a promoção de um ambiente seguro e motivador e o hábito de auscultar continuamente as equipas. A nossa cultura é construída com base na confiança e na transparência. Acreditamos que, para que uma pessoa dê o seu melhor, precisa de se sentir valorizada, ouvida e respeitada — e é nisso que investimos todos os dias. Criar um espaço onde cada colaborador tem autonomia para crescer e contribuir faz parte do ADN da JTA”.

No entanto, será que é mesmo possível associar a performance das equipas aos seus níveis de felicidade? De acordo com o Chief Data & Analytics Officer da tecnológica, “completamente”. “A felicidade no trabalho é um catalisador de performance. Equipas felizes tendem a ser mais resilientes, comprometidas e criativas. Mas não se trata apenas disso. Acreditamos numa visão mais completa da experiência profissional: queremos que as pessoas na JTA sejam tecnicamente excelentes, realizadas profissionalmente e que sejam compensadas de forma justa. A performance emerge naturalmente quando esse equilíbrio está presente — quando as pessoas têm espaço para evoluir e sabem que o seu trabalho tem propósito”.

Um outro fator que “puxa” as empresas a participar em projetos como o Best Workplaces e a fazer parte dos rankings que daí resultam é a possibilidade de se posicionarem melhor na competição por talento, pelo simples facto de serem mais conhecidas no mercado como entidades que valorizam a cultura organizacional e que colocam os colaboradores em primeiro lugar. O responsável pela JTA diz que este reconhecimento mostra “de forma objetiva” que a empresa valoriza os seus colaboradores e a cultura que constroem juntos. “Em áreas como Data Science, onde o talento é escasso e muito disputado, ter uma cultura forte é uma das formas mais eficazes de atrair e reter profissionais de excelência. Mas mais do que isso, a nossa cultura não é uma estratégia de employer branding — é o reflexo genuíno da forma como escolhemos trabalhar”, referiu Duarte Gomes.

Falar-se de felicidade no trabalho não é novo, mas, culturalmente, muitos colaboradores de muitas empresas poderão sentir que se trata de algo de que fica bem falar, mas cuja implementação nem sempre se sente no dia-a-dia. A respeito deste fenómeno, Duarte Gomes é otimista e acredita que em Portugal há mais empresas a investirem no bem-estar e crescimento dos seus colaboradores por saberem que outras que já o fazem tendem a ter melhores resultados, algo que considera ser “um sinal muito positivo”. O responsável é da opinião de que se está a assistir “a uma mudança cultural no ecossistema empresarial português”, no qual “cada vez mais empresas percebem que cuidar das pessoas é uma decisão estratégica. Empresas que investem no bem-estar e no crescimento das suas equipas tendem a ser mais inovadoras, mais sustentáveis e mais bem-sucedidas a longo prazo. E isso tem um efeito de contágio saudável no mercado”.

Poderá ser um estereótipo referir-se que as empresas de IT são maioritariamente formadas por equipas jovens – a avaliar pelos representantes da JTA que subiram ao palco do evento Best Workplaces, no Convento do Beato, pode ficar-se com essa ideia – e que esse fator pode facilitar a promoção de uma cultura de colaboração comparando com outros setores onde a média de idades é mais alta. Para Duarte Gomes, no entanto, esse não é um aspeto decisivo. “A idade pode influenciar certos aspetos da comunicação e da relação com a tecnologia, mas não é o fator determinante. O que realmente promove uma cultura de colaboração é a liderança, a segurança psicológica e a clareza de propósito. Já vimos equipas colaborativas e inspiradoras em todos os setores e faixas etárias. Na JTA, apostamos num modelo onde todos têm voz e é isso que constrói a verdadeira colaboração”, conclui.

Poderá conhecer um pouco melhor a JTA – The Data Scientists através do seu perfil, partilhado no site oficial da Great Place to Work (JTA – The Data Scientists | Great Place To Work® Portugal)

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“Se fosse pelo salário, já não tínhamos executivos em Portugal”. Ouça o podcast “Trinta e oito vírgula quatro”

Os portugueses trabalham, em média, 38,4 anos. É esse o valor que dá título a este podcast que se debruça em entrevistas quinzenais sobre os temas mais quentes do mundo do trabalho.

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Apesar de os salários oferecidos em Portugal (ainda) compararem mal com os garantidos noutros países, Portugal tem executivos e gestores de ótima qualidade. Quem o diz é Soledade Carvalho Duarte, managing director da Transearch Portugal, no novo episódio do podcastTrinta e oito vírgula quatro“, o primeiro da temporada especial sobre rendimentos. Também neste episódio, o professor Miguel Ferreira, da Nova SBE, alerta para os baixos níveis de literacia financeira em Portugal e deixa recomendações.

“Se fosse pelo salário, já não tínhamos executivos em Portugal. Em qualquer parte do mundo, ganham mais do que aqui”, salienta a especialista em recrutamento executivo, que frisa que, por cá, ainda se vê pelo ângulo errado as remunerações dos líderes de topo. Ou seja, em vez de se olhar para a riqueza e emprego que geram, o foco está apenas nos euros.

No podcast “Trinta e oito vírgula quatro”, Soledade Carvalho Duarte revela também quais os fatores de atração de executivos, sublinhando que o salário está em quarto ou quinto lugar, ainda que haja diferenças entre gerações e momentos de vida.

Também neste episódio, o professor Miguel Ferreira, coordenador do programa de literacia financeira da Nova SBE, faz um diagnóstico do que se encontra em Portugal (é um dos piores cenários da Europa) e deixa recomendações, tanto para quem está agora a começar a sua carreira, como para quem já se aproxima da reforma.

O “Trinta e oito vírgula quatro” é um podcast de entrevistas quinzenais sobre as tendências que estão a fazer mexer o mercado de trabalho.

Estamos a viver mais, mas também estamos a trabalhar durante mais tempo. Numa década, a duração média estimada da vida de trabalho dos portugueses cresceu dois anos para 38,4. É esse o valor que dá título a este podcast e torna obrigatória a pergunta: afinal, se empenhamos tanto do nosso tempo a trabalhar, como podemos fazê-lo melhor?

Nesta temporada especial (de nove episódios, entre abril e junho), vamos explorar essa questão do ponto de vista dos rendimentos.

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Hoje nas notícias: TAP, Carlos Tavares e IRC

  • ECO
  • 2 Abril 2025

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O ex-CEO da Stellantis considera que não se deve vender mais do que 20% da TAP a uma companhia aérea concorrente. A TAP contestou, junto do Tribunal Constitucional, a decisão do Supremo Tribunal de Justiça que obriga a transportadora a indemnizar mais de 700 tripulantes dispensados indevidamente desde a pandemia de Covid-19. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta quarta-feira.

Carlos Tavares propõe “pacto de acionistas portugueses” para a TAP

Carlos Tavares, ex-CEO da Stellantis, diz que a compra da SATA Internacional, da qual faz parte, entrou numa fase na qual é preciso “muita lucidez”. Mas, sobre a TAP, o gestor de 66 anos defende, numa entrevista ao Público, que é fundamental para o turismo e para a criação de riqueza do país, pelo que não se deve vender mais do que 20% a uma companhia aérea concorrente. “Podemos guardar a TAP nas mãos de um pacto de acionistas portugueses”, argumenta. Sobre o setor automóvel, Carlos Tavares considera o plano europeu para esta indústria “mera propaganda” e vê os alemães como a “principal vítima” das taxas norte-americanas.

Leia a entrevista completa no Público (acesso pago).

TAP contesta indemnização a tripulantes no Constitucional

A TAP interpôs um recurso, junto do Tribunal Constitucional, que contesta a decisão do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) que obriga a companhia a indemnizar mais de 700 tripulantes dispensados indevidamente e outros que enquadrou de forma deficiente desde a pandemia de Covid-19. O Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), tendo tomado conhecimento desta opção, emitiu um comunicado interno em que sustenta que “lamentavelmente a TAP decidiu inventar mais uma manobra dilatória no processo”.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Pedro Duarte é o candidato do PSD à Câmara do Porto

O ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte, é o candidato do PSD à Câmara do Porto nas próximas eleições autárquicas. O ainda governante tinha dito que não iria candidatar-se a outro cargo político — ficou fora da lista dos candidatos sociais-democratas às legislativas — e confessou olhar para o lugar da presidência nos Paços do Concelho como a sua “cadeira de sonho”. Ao Jornal de Notícias, oficializou a decisão: “Há momentos em que somos chamados, em nome da devoção efetiva à cidade, a devolver o que a cidade nos deu.”

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago).

Taxa média efetiva de IRC cai para os 18,5% em 2023

A taxa média efetiva de IRC suportada pelas empresas na tributação dos rendimentos de 2023 foi de 18,5%, menos 1,8 pontos percentuais face aos 20,3% registados no ano anterior, quando ultrapassara a fasquia dos 20%, algo que não acontecia desde 2018. Verificou-se, também, um aumento do lucro tributável na ordem dos 8,1% e da matéria coletável, que cresceu 1,5%.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (ligação indisponível).

Retalhistas reforçam marca própria para baixar preço aos consumidores

Face ao elevado custo de vida, a grande maioria dos portugueses está a racionalizar as escolhas no consumo, inclusive nos produtos alimentares, mediante o preço. Neste contexto, os retalhistas estão a reforçar o trunfo da marca própria e as promoções. Na alemã Aldi, por exemplo, as marcas próprias já valem 85% da oferta e a tendência é para aumentar. Já a espanhola Mercadona, cujo modelo de negócio assenta nas marcas próprias e numa “política de sempre preços baixos, sem recurso a promoções, ou sistemas de fidelização”, definiu para este ano um plano de abertura de mais dez lojas no país.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso pago).

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Carlos Tavares diz que tarifas dos EUA estão “a empurrar o resto do mundo” a alinhar-se com a China

  • ECO
  • 2 Abril 2025

O antigo líder da Stellantis afirma também que a principal vítima das novas taxas de Trump são os alemães, assim como a capacidade produtiva da Europa.

O ex-líder da Stellantis, Carlos Tavares, diz que “o Presidente dos EUA está a reforçar a imagem de um país egoísta” ao impor tarifas sobre vários setores e alguns dos seus principais parceiros comerciais, uma direção que será “mortífera” para os norte-americanos: “Ao fazê-lo, [Donald Trump] está a empurrar o mundo a alinhar-se contra si. E o resto do mundo vai alinhar-se com quem? Com a China”, remata.

Numa entrevista ao Público divulgada esta quarta-feira, dia em que está previsto Trump anunciar uma nova bateria de tarifas aduaneiras, o ex-gestor português diz que, “para o cidadão norte-americano, as taxas vão ser um desastre em termos de inflação”. “Os norte-americanos já não sabem exportar bens manufaturados, porque o seu modelo de sociedade não permite ter uma qualquer competitividade de custos e porque o nível de concentração no trabalho e o valor de trabalho é tão fraco que as pessoas já vão trabalhar sem pensar no que estão a fazer. É a razão pela qual os aviões da Boeing perdem as portas, os painéis e as suspensões”, aponta Carlos Tavares.

“A principal vítima das taxas” dos EUA são, contudo, “os alemães”, numa vaga de medidas que irá “enfraquecer a capacidade produtiva na Europa”, adverte.

Na mesma entrevista ao Público, o português, agora envolvido na privatização da SATA Internacional enquanto investidor, diz que vender a TAP a empresas estrangeiras “cria um certo número de perguntas”, visto que a companhia aérea nacional “é a ferramenta número um do turismo” — que, por sua vez, representa “a principal criação de riqueza” na economia portuguesa. Feita essa “observação”, o antigo gestor, com 66 anos, propõe como melhor solução para os interesses do país “guardar a TAP nas mãos de um pacto de acionistas portugueses”. Em alternativa, se a venda ocorrer a um investidor de um país concorrente de Portugal, então deve estar “limitada” em “10% ou 20% do capital, sem opção de reforço no futuro”, considera.

Carlos Tavares insiste que “eventualmente” poderia fazer parte desse negócio, reconhecendo ser fundamental a construção de um novo aeroporto de Alcochete. Sobre a nova infraestrutura, mostra acreditar que o desenho final ainda não está fechado, ao referir-se a “um segundo aeroporto”, ao invés da deslocalização do atual: “Eu acho que vai haver dois, mas isso é uma outra discussão”, afirma, devido ao “conforto” de aterrar no centro de Lisboa.

Tavares também aborda o estado da indústria automóvel europeia, referindo-se ao plano da Comissão Europeia para salvar o setor como “mera propaganda”. “O que está a rebentar é a indústria automóvel alemã e com a Alemanha não se brinca”, responde na entrevista.

(Notícia atualizada às 8h58 com mais informação)

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Taça CONMEBOL Libertadores 2025 arranca na LALIGA+

  • Servimedia
  • 2 Abril 2025

A principal competição de futebol sul-americana está de volta, exclusivamente em Espanha, graças à LALIGA+.

Milhares de quilómetros de distância, mas com o coração em casa” é o slogan com que a LALIGA+ lança uma nova edição da Taça CONMEBOL Libertadores.

Nesta edição, a fase de grupos começa esta quarta-feira e decorrerá até à final, a 29 de novembro, com a participação de clubes lendários que procuram levantar o troféu mais cobiçado da América por mais um ano, como o Racing (atual campeão da Copa CONMEBOL Sudamericana 2024), o Botafogo (vice-campeão da Copa CONMEBOL Libertadores 2024), o River Plate (ARG), o Peñarol (URU), o Flamengo (BRA), o Colo-Colo (CHI), o Talleres (ARG), o Palmeiras (BRA), o São Paulo (BRA), o Atlético Nacional (COL) e o Carabobo (VEN).

A LALIGA+ oferece vários planos de assinatura para os fãs que preferem ter tudo num único plano “ou apenas desfrutar da competição. Ao escolher o plano Plus Deporte CONMEBOL e a partir de apenas 6,99 euros/mês, pode desfrutar em pleno desta nova edição. Não só pode desfrutar da Taça Libertadores da CONMEBOL, como também inclui a Taça Sul-Americana da CONMEBOL e a Taça dos Vencedores das Taças da CONMEBOL, dando-lhe a oportunidade de levar as principais competições do futebol sul-americano para sua casa, na sua totalidade e na mesma plataforma”, disse.

O pacote Plus Total inclui todas as competições e desportos incluídos na programação da LALIGA+, e oferece a possibilidade de desfrutar de tudo isto em dois dispositivos diferentes. A partir de 10,99 euros/mês, este plano “inclui não só o melhor do futebol sul-americano, mas também conteúdos como a Liga Plenitude, a Primera FEB, a Liga dos Campeões e o Beach Pro Tour de voleibol, as competições de petanca e os campeonatos do mundo, bem como uma vasta gama de desportos e competições que estão disponíveis sob registo”.

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Pedro Duarte vai ser o candidato do PSD à câmara do Porto

Atual ministro dos Assuntos Parlamentares quer sentar-se na sua "cadeira de sonho", destacando como urgentes os desafios da segurança e habitação.

O ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte (PSD), confirmou a candidatura à presidência da Câmara Municipal do Porto, num artigo de opinião publicado esta quarta-feira no Jornal de Notícias. “Hoje anuncio (…) a minha candidatura à presidência da Câmara Municipal do Porto. Faço-o com sentido de missão, com entusiasmo e com a felicidade inédita de quem partilha um sonho antigo: o sonho de entregar-me à construção de um Porto ainda mais humano, dinâmico e próspero, onde todos possam viver tranquilamente e com dignidade”, afirmou.

O atual ministro dos Assuntos Parlamentares destacou como desafios urgentes a segurança, a mobilidade e a habitação. “A segurança, com criminalidade inaceitável; a mobilidade, com trânsito intolerável; e a habitação, com preços incomportáveis, são desafios urgentes que exigem respostas novas e eficazes”, afirmou.

Pedro Duarte defendeu igualmente que a mesma eficácia deve ser pensada para o turismo, que trouxe dinamismo social e vitalidade económica ao Porto. “Esperam-nos mais mudanças, mais rápidas e radicais. Num mundo cada vez mais imprevisível, a minha candidatura é um convite à construção de um futuro seguro. É com essa convicção, como portuense inteiro, que me apresento”, salientou.

O agora candidato à Câmara do Porto referiu que a candidatura não é sobre ele próprio, mas sobre todos os portuenses. “Juntos, podemos construir uma cidade mais inclusiva, mais preparada, mais competitiva”, sublinhou.

O ministro destacou também querer “uma cidade que seja uma referência na cultura, que é a avenida para a tolerância e para a felicidade, mas também no desporto, incentivando a vitalidade ao longo da vida, na saúde liderando nos serviços e nos centros de investigação, no trabalho, cirando melhores empregos, e na inovação, reforçando a capacidade de captar e reter talento, tecnologia de ponta e investimento económico”.

No artigo, Pedro Duarte recordou uma “transformação vertiginosa da cidade” na última década, destacando que a “adaptação continua a essa mudança exige imaginação audácia e, sobretudo humanidade”.

Várias vezes apontado como candidato do PSD à câmara do Porto, Pedro Duarte disse no dia 21 de março que não se iria candidatar a mais nenhum cargo político a não ser à presidência da Câmara do Porto, adiantando, na altura que a decisão estaria para breve.

As eleições autárquicas deverão decorrer entre 22 de setembro e 14 de outubro de 2025.

Candidato pela “grande afetividade” à cidade

Entretanto, em declarações aos jornalistas, o ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte, afirmou que a sua candidatura à Câmara Municipal do Porto foi uma “decisão ponderada, com muita racionalidade e que tem um lado de grande afetividade”.

“É uma decisão ponderada, com muita racionalidade, mas que tem um lado de grande afetividade e, portanto, a motivação para eu me disponibilizar para ser candidato à Câmara Municipal do Porto tem muito a ver com essa ligação afetiva que tenho a esta cidade”, disse, à margem do Conselho de Ministros que decorreu esta quarta-feira no Mercado do Bolhão.

Pedro Duarte recordou que nasceu e sempre viveu no Porto, sendo nesta cidade que tem as pessoas que lhe são mais próximas, nomeadamente família e amigos, tendo, por isso, “uma relação muito especial” com a cidade.

“Depois de esta cidade me ter dado muito, chegou o momento de eu tentar, modestamente, contribuir ou retribuir aquilo que a cidade me tem dado disponibilizando-me para ser candidato a presidente da Câmara Municipal do Porto”, insistiu.

A presidência desta autarquia, liderada pelo independente Rui Moreira, é a sua “cadeira de sonho em termos políticos”, assumiu. E acrescentou: “Para mim é, de facto, a cadeira de sonho do ponto de vista político, porque é aqui que eu mais me realizo e, se os portuenses assim entenderem, é aqui que eu me realizarei do ponto de vista profissional, pessoal e político”.

O ministro explicou que pretende encabeçar uma candidatura que seja muito abrangente e que vá muito para além daquilo que é o PSD. “A ideia é criarmos uma plataforma de cidadania que se empenhe em dinamizar a cidade, transformá-la e enfrentar alguns problemas que a cidade hoje em dia tem pela frente”, frisou. Problemas esses relacionados com a segurança, o trânsito e o preço das habitações, apontou.

O ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte, fala aos jornalistas à chegada ao Mercado do Bolhão para participar no Conselho de Ministros, no Porto, 02 de abril de 2025. JOSÉ COELHO/LUSAJOSÉ COELHO/LUSA

Questionado sobre se conta com o apoio de Rui Moreira, Pedro Duarte lembrou que tem uma relação de amizade “muito forte” com aquele e que apoiá-lo ou não será uma opção do independente que ele tomará no tempo certo. Os dois têm falado “intensamente nas últimas semanas”, mas apenas sobre a cidade, confidenciou.

“Eu, felizmente, tenho tido muitas manifestações de apoio, eu diria da generalidade das pessoas que integram esse movimento que esteve com o presidente Rui Moreira no passado”, sublinhou. O social-democrata contou que Rui Moreira e Rui Rio (PSD), que também liderou o executivo municipal portuense, são as suas referências autárquicas.

Pedro Duarte “apresenta todas as condições”, diz Montenegro

O primeiro-ministro e presidente do PSD também se pronunciou sobre a candidatura de Pedro Duarte à Câmara do Porto. Luís Montenegro alegou que a candidatura de ministro tem “um grande potencial para ser bem-sucedida”.

“O Porto fica com uma opção de uma futura liderança municipal que apresenta todas as condições para poder ser bem sucedida”, afirmou Montenegro, durante a conferência de imprensa que se seguiu à reunião do Conselho de Ministros.

“Fico, por um lado, pesaroso, porque isto significa que terei uma indisponibilidade futura para o exercício de funções governativas de alguém que foi absolutamente fantástico no exercício das funções como ministro dos Assuntos Parlamentares, que ainda vai desenvolver até ao final do mandato deste Governo”, afirmou o primeiro-ministro em gestão.

(Notícia atualizada às 14h28 com declarações de Pedro Duarte e Luís Montenegro).

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“Queremos um país que dependa o menos possível de terceiros na energia”

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  • 2 Abril 2025

As palavras são de Jean Barroca, secretário de Estado da Energia, que falou ao ECO sobre o papel que o biometano pode vir a ter na descarbonização do país.

À margem da conferência “Qualificar Portugal para uma Economia do Biometano”, organizada pela Goldenergy e Axpo Iberia, o secretário de Estado da Energia falou com o ECO sobre o futuro do gás renovável no país. Para Jean Barroca, além do papel na descarbonização e no aumento da competitividade da economia nacional, o biometano pode ser mais uma peça do puzzle que é a independência energética.

Que papel tem o biometano nesta jornada rumo à descarbonização do país?

O biometano pode desempenhar um papel interessante em dois aspetos fundamentais. Por um lado, na descarbonização, focando-se sobretudo no principal consumidor de gás natural atualmente, que é o sector industrial. Por outro, no reforço da nossa soberania energética. Queremos um país que tenha segurança de abastecimento, dependa o menos possível de terceiros e em que a energia deixe de ser um dos nossos entraves ao crescimento.

Jean Barroca, secretário de Estado da Energia

Empresários e associações do sector pedem incentivos numa fase inicial para acelerar o mercado do biometano. Caso o Governo seja reeleito, há intenção de criar incentivos?

Há dois aspetos a considerar. Primeiro, já existem iniciativas em curso. No âmbito do PRR, há um aviso de 70 milhões de euros para gases renováveis, que pode incluir uma forte componente de biometano. Isso permitiria uma capacidade de produção inicial bastante interessante.

Além disso, o plano de ação para o biometano prevê que, nos primeiros dois anos, sejam criados segmentos de mercado viáveis. Este processo já está em andamento e, em breve, teremos resultados sobre os avisos lançados e o peso relativo do biometano face a outros gases.

Por outro lado, a intenção de descarbonização mantém-se. Com isso, permanece também a necessidade de diversificar o mix energético. No PNEC 2030 já existia esta estratégia de apostar em gases renováveis produzidos a partir de energia limpa para descarbonizar o sector.

A mudança de executivo, independentemente da sua orientação política, pode atrasar este processo? Está assegurada a continuidade do grupo de trabalho, tendo em conta o calendário eleitoral?

A vantagem do grupo de trabalho é que ele não depende do Governo, estando ligado a instituições que não mudam com o ciclo político. Além disso, a intenção do Governo é continuar a executar o PRR e a seguir um alinhamento político forte, que já vinha do anterior executivo.

No setor energético, há uma consolidação dos pilares estratégicos para Portugal, alinhados com as diretrizes europeias. Dado o peso da energia na competitividade da economia, não prevejo grandes descontinuidades. Este Governo tinha toda a intenção de continuar a implementar e acelerar, e tenho a certeza de que o Governo que virá fará o mesmo.

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Em tempo de tarifas, setor da metalomecânica aposta na descarbonização para se diferenciar

  • ECO
  • 2 Abril 2025

O aumento das taxas aduaneiras dos EUA sobre o aço e alumínio e a incerteza regulatória sobre as normas europeias de sustentabilidade foram o tema do quarto think tank sobre inovação energética.

Os últimos cinco anos têm sido particularmente desafiantes para a sociedade, mas em particular para as empresas que tentam navegar entre a maré brava que tem sido a política e a economia mundiais. Depois de uma pandemia e duas guerras, a Europa enfrenta agora as consequências de uma guerra comercial iniciada em Washington, que nas últimas semanas confirmou a intenção de impor tarifas a parte das exportações com origem na União Europeia.

O sector metalomecânico é um dos mais afetados pelo agravamento aduaneiro e foi o tema central do quarto e último episódio do Think Tank da Helexia Portugal, com a Deloitte e a PLMJ, que teve o ECO como media partner. A conversa moderada por André Veríssimo, subdiretor do ECO, contou com a participação de Inês Costa, associate partner da Deloitte, Madalena Perestrelo de Oliveira, consultora sénior da PLMJ, Luís Pinho, diretor-geral da Helexia Portugal, e Pedro Teixeira, partner e CEO do Fapricela Group.

Há mais de 25 anos que o Fapricela Group exporta para os Estados Unidos, o que torna esta questão das tarifas “um tema que nos preocupa pelo impacto que pode ter”, explica o líder empresarial. Para Pedro Teixeira, esta realidade acrescenta um desafio à competitividade da empresa portuguesa, desde logo pelo aumento de preços. “Os EUA, de uma semana para a outra, subiram mais de 20% o preço destes produtos”, aponta.

Com início em abril, os EUA vão aplicar uma taxa de 25% sobre o aço, o alumínio e produtos derivados importados, afetando diretamente empresas portuguesas como a Fapricela. “Obviamente este é um tema que nos preocupa pelo impacto que pode ter no setor”, reconhece.

Por outro lado, o recuo norte-americano nas políticas de sustentabilidade é sinal de preocupação para o mundo e, em particular, para a Europa. “O que as empresas mais temem é a instabilidade”, acrescenta Inês Costa. A consultora da Deloitte refere-se não apenas às tarifas e ao negacionismo institucional nos EUA, mas também à “revisão da regulação ao nível da UE”, que fazem com que as empresas “se retraiam”. “O risco financeiro é real” para as organizações que esqueçam a sustentabilidade como parte essencial do seu modelo de negócio.

Em território comunitário, a Comissão Europeia anunciou, no início do ano, uma reformulação das regras de reporte de sustentabilidade corporativa para tornar o mercado interno mais competitivo e para aliviar a carga burocrática sobre as empresas. Os especialistas concordam que a regulação europeia pode mudar, mas o caminho da sustentabilidade é irreversível. Madalena Perestrelo de Oliveira, da PLMJ, alerta para o risco de retrocessos. “Quando retiramos 80% das empresas da obrigação de reporte, não estamos a simplificar, estamos a isentar”, lamenta.

Sustentabilidade como mais-valia

O sector metalomecânico enfrenta desafios complexos, mas a inovação e a sustentabilidade não ficam para trás. Pedro Teixeira acredita que quem agir primeiro terá vantagem mais à frente no percurso. “Trabalhando antecipadamente, vamos diferenciar-nos no mercado”, acredita.

As empresas procuram reduzir custos energéticos e baixar as emissões de carbono, mas há barreiras burocráticas que continuam a dificultar maiores avanços. “Temos muitos projetos prontos, mas que ficam meses à espera de certificação”, critica Luís Pinho. Para o responsável da Helexia Portugal, “eficiência energética, eletrificação e monitorização do consumo” devem ser os três pilares do caminho traçado pelas organizações.

A Fapricela já implementou medidas como a instalação da maior central fotovoltaica em cobertura em Portugal, com capacidade de 6,3 MW. “Representa entre 17% a 20% do nosso consumo total. É um ganho tremendo”, afirma Pedro Teixeira. A alimentar a competitividade está ainda o desenvolvimento de “produtos com taxa carbónica reduzida”, acrescenta.

Inês Costa relembra que o sistema financeiro já reconhece a importância deste caminho, que será cada vez mais importante para o financiamento dos negócios. “Empresas que não apostem na descarbonização serão preteridas pelo sistema financeiro”, diz.

Veja o episódio completo aqui:

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Ikea aposta em novo posicionamento focado na qualidade dos produtos. Diretora de marketing explica a estratégia

A Ikea aposta num novo posicionamento e lança uma campanha cujo ponto de partida veio dos clientes e das suas histórias. Mónica Sousa, diretora de marketing da Ikea Portugal, explica a estratégia.

A Ikea avançou para um novo posicionamento em Portugal, assente na nova assinatura “A Vida Acontece em Casa”. Tendo por base insights obtidos através de um estudo e histórias de consumidores portugueses, o objetivo principal passa por destacar a qualidade e durabilidade dos produtos da marca.

No ano passado, ao celebrar 20 anos em Portugal, a Ikea aproveitou para realizar um estudo com o intuito de avaliar a relação dos portugueses com a marca. “Percebemos que a nossa história de amor com os portugueses continua muito forte, mas que havia ali uma questão menos positiva, relacionada com a perceção de qualidade dos nossos produtos“, explica Mónica Sousa ao +M.

Segundo a diretora de marketing da Ikea Portugal, a perceção de qualidade entre quem já é consumidor da marca “é muito boa”, mas “a perceção de quem nunca comprou com a Ikea é completamente diferente“.

“E isso acendeu-nos um alerta, porque estamos muito confiantes da qualidade dos nossos produtos e queremos que os nossos clientes também estejam. A nossa intenção [com o novo posicionamento] é mostrar como é que a Ikea pode estar na vida das pessoas ao longo do tempo e refletir este lado da qualidade da marca“, acrescenta.

Ainda a propósito da celebração dos seus 20 anos em Portugal, a marca lançou na altura uma campanha onde colocou as pessoas à procura das etiquetas dos seus móveis, com o objetivo de encontrar o mais antigo em Portugal. “Foi incrível, recebemos mais de 4.500 histórias e quando fomos analisar demos conta que as pessoas tinham histórias incríveis com móveis da marca que as acompanham por muito mais tempo do que o que estávamos à espera”, refere a diretora de marketing.

Agora, pensando neste novo posicionamento, a Ikea analisou novamente as histórias, tendo detetado um padrão: as pessoas diziam que os seus móveis duraram muito mais do que as relações que tinham quando os compraram, o que proporcionou o mote para a nova campanha da marca em Portugal.

“Percebemos que havia ali qualquer coisa que tínhamos de aprofundar e fazer uma analogia. E foi a partir daí que surgiu esta campanha. Aquilo que acho mais interessante é que o ponto de partida vem dos clientes e das histórias que estes partilharam. E achamos que é isso que faz com que esta campanha seja tão real“, entende Mónica Sousa.

Com criatividade da Uzina e produção da 78 Films, a Ikea dá assim corpo a este novo posicionamento ao utilizar estas histórias reais como base para uma nova campanha, presente em televisão, digital, out-of-home e rádio.

“A minha mesa durou mais do que o meu casamento”, “tomara que as minhas relações durassem tanto como a minha cozinha” ou “mudei oito vezes de casa com a mesma cómoda Malm” são algumas das frases que integram a campanha. A marca tenta assim, de uma forma “leve e divertida”, mostrar que a Ikea faz parte da vida das pessoas, independentemente da fase de vida em que estas se encontram. “É muito isso também o que queremos destacar com este novo posicionamento: as casas evoluem, as famílias mudam, crescem e encolhem, mas os nossos móveis continuam lá e adaptam-se à sua nova vida“, diz a diretora de marketing.

O objetivo passa também por atingir todos aqueles consumidores que ainda não são “Ikea lovers”, pretendendo-se inclusive desmistificar a ideia de que um móvel só por ser mais barato não tem qualidade e que no Ikea todos os móveis são brancos.

“Temos toda uma gama de diferentes móveis e cores, mas quem não nos visita não os pode obviamente conhecer. E mesmo na própria execução da campanha, tentámos mostrar isso e ir buscar produtos mais icónicos, com mais cor, precisamente para mostrar que a Ikea é muito mais do que móveis brancos“, refere ainda a diretora de marketing.

Mónica Sousa, diretora de marketing da Ikea Portugal.

A campanha é lançada esta terça-feira, dia 2 de abril, dando início a uma “vaga muito forte” que vai decorrer durante todo o mês. Serão depois lançadas outras duas vagas nos dois meses seguintes. “E a ideia e intenção é estender esta campanha durante muito tempo”, diz Mónica Sousa.

Recordando a publicação da Ikea onde brincou com a queda de uma letra no letreiro da sua loja, a diretora de marketing aponta ainda que a marca está “muito comprometida com a ideia de tentar fazer com que as pessoas se divirtam mais e de lhes aliviar um pouco a carga [de stress e preocupações]”, vertente que este novo posicionamento também ajuda a reforçar.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 2 de abril

  • ECO
  • 2 Abril 2025

Ao longo desta quarta-feira, 2 de abril, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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