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Looks:Good, a nova produtora que se apresenta ao mercado

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  • 10 Fevereiro 2025

A identidade verbal e visual da nova produtora foi desenvolvida pela Poets & Painters, que se inspirou nas personalidades dos seus fundadores e em elementos cinematográficos.

Fundada por Inês Ferreira (produtora executiva) e António Amaral (realizador), apresenta-se agora ao mercado a Looks:Good, uma nova produtora que chega com o objetivo de criar projetos cinematográficos e publicitários “de alta qualidade”.

A nova produtora, lançada pela mão de uma dupla de profissionais vinda da Major West, “nasce de 30 anos da experiência na área da produção, de um profundo conhecimento do mercado português e da frescura de uma nova visão na realização“, refere-se em nota de imprensa.

O seu propósito passa pela criação de projetos cinematográficos e publicitários para diferentes media e plataformas digitais, atuando também “ao nível dos services, em parceria com algumas das mais inspiradoras produções internacionais que acontecem em Portugal”.

Para isso conta com uma equipa composta por “alguns dos melhores realizadores em Portugal e acesso a uma extensa rede de talentos internacionais”, lê-se na mesma informação.

A sua identidade verbal e visual foi desenvolvida pela Poets & Painters, agência lançada por Pedro Pires no ano passado. Esta identidade inspira-se nas personalidades dos seus fundadores, bem como em elementos cinematográficos e nos dispositivos de informação usados em audiovisuais, como claquetes de cinema ou blocos de informação.

O resultado final é exuberante, ousado, divertido e extraordinariamente simples“, refere-se ainda.

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Estratégia de internacionalização do setor agroalimentar reforça aposta nos EUA

O plano para 2025-2030, que será apresentado até ao final deste primeiro trimestre, prevê uma subida ligeira das exportações para o mercado norte-americano, apesar da “entrada a pés juntos” de Trump.

Os Estados Unidos (EUA) vão manter-se como um mercado estratégico — e inclusive ter maior peso nas vendas — na próxima estratégia de internacionalização do setor agroalimentar, que será apresentada até ao final deste primeiro trimestre, disse ao ECO a diretora executiva da Associação para a Internacionalização e Inovação Agroalimentar (Portugal Foods).

A revisão do plano para 2025-2030, que está em curso e ficará pronta até março, prevê uma subida ligeira das exportações para o mercado norte-americano este ano, apesar da “entrada a pés juntos” de Donald Trump, segundo a responsável da Portugal Foods.

“As tarifas e a entrada a pés juntos, bastante violenta, de Donald Trump é um estilo conhecido e que levanta preocupação, porque mexe com a estratégia de abordagem aos mercados. As empresas estarão apreensivas e com cautelas, mas não deixarão de continuar a trabalhar os EUA da mesma forma — e até a incrementar as suas exportações, pelo que temos percebido”, afirma Deolinda Silva.

A diretora executiva da Portugal Foods diz que os EUA têm vindo a afirmar-se como um mercado prioritário, sobretudo no pós-pandemia, quando as empresas agroalimentares portuguesas começaram a perceber que havia “potencial” do outro lado do Atlântico, incluindo Canadá e também no Japão e na Coreia do Sul. Hoje, os EUA estão no Top 10. “Este ano ainda iremos crescer um pouco as exportações de produtos alimentares e bebidas para este mercado. Temos até um assessor in loco que nos está ajudar a preparar todas as ações de promoção e a apoiar nas dúvidas das empresas sobre a entrada no mercado”, afirma ao ECO.

No primeiro mandato de Donald Trump na Casa Branca, houve aumentos de tarifas ao vinho francês e alemão, às azeitonas espanholas ou ao Parmesão de Itália. Questionada sobre o impacto de medidas da mesma natureza, referiu que “não impediram de continuar e aumentar as exportações”, portanto antecipa o mesmo.

No ano passado, as exportações neste setor foram de aproximadamente dez mil milhões de euros (9,98 mil milhões de euros), de acordo com os dados do INE divulgados esta segunda-feira, excluindo animais vivos e flores. Para os Estados Unidos, Portugal exportou 250 milhões de euros no acumulado de 2024. “Percebemos que ainda há muita margem de manobra, apesar de todas estas dificuldades. Portugal, além da qualidade da indústria, tem flexibilidade”, garante a diretora executiva da Portugal Foods.

A Portugal Foods dinamiza uma agenda mobilizadora do PRR e é uma das entidades que integra a nova comissão consultiva setorial para a internacionalização do setor agroalimentar (CCS-ISA), criada pelo Governo na semana passada para reduzir o défice da balança comercial com o aumento das exportações. O grupo é coordenado pelo gabinete de planeamento, políticas e administração geral, ao qual cada membro terá de entregar o nome do seu representante no prazo de cinco dias.

A comissão envolve a Aicep, a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV), o Instituto da Vinha e do Vinho (IVV), o Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP), a Direção-Geral dos Recursos Marítimos (DGRM), a Direção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR), a Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), a Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal (Confagri), a Federação das Indústrias Portuguesas Agroalimentares (FIPA), a Associação para a Promoção das Frutas, Legumes e Flores de Portugal (Portugal Fresh), a Associação do Azeite de Portugal (Casa do Azeite), a Associação Interprofissional da Fileira da Carne de Porco (FILPORC) e a Associação Interprofissional do Vinho (ViniPortugal).

É a solução “mais adequada para promover uma melhor integração e coordenação entre o setor, o Ministério da Agricultura e Pescas e as restantes entidades públicas com competências na área da internacionalização ou federações e associações representativas do setor especialmente orientadas para a exportação, no sentido de promover a internacionalização do setor agroalimentar”, de acordo com o despacho publicado em Diário da República.

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Viana do Castelo cria condições à WestSea para garantir investimento de 24 milhões de euros

  • Lusa
  • 10 Fevereiro 2025

Em causa está o investimento de 24 milhões de euros pela WestSea na construção de uma nova doca seca. A empresa pediu ao município de Viana do Castelo a atualização dos benefícios fiscais.

A Câmara de Viana do Castelo aprovou, esta segunda-feira, uma adenda ao contrato que firmou em 2021 com a WestSea atribuindo incentivos fiscais para que a empresa invista 24 milhões de euros na construção de uma nova doca seca.

Segundo a proposta apresentada pelo presidente da Câmara de Viana do Castelo na reunião ordinária do executivo municipal, aprovada por maioria, a WestSea solicitou em novembro a modificação do contrato, alegando que o início do processo de construção da nova doca seca foi sujeito a um Estudo de Impacte Ambiental e isso adiou a intervenção.

Em causa estão “um conjunto de medidas, incentivos e programas de apoio ao investimento” que a autarquia garantiu, em 2021, quando assinou o contratado com a empresa.

O contrato de investimento celebrado em 2021 previa um investimento da WestSea de quatro milhões de euros.

A adenda aprovada, esta segunda-feira, mereceu os votos favoráveis do PSD, do vereador independente Eduardo Teixeira e do CDS-PP, e o voto contra da CDU.

“Fruto de vicissitudes várias, completamente alheias à nossa vontade e decorrentes da necessidade de pronúncia de um grande número de entidades, a execução do investimento prolongou-se no tempo, sendo agora previsível que o investimento proposto se execute até ao final de 2028“, refere a WestSea no pedido enviado, em novembro de 2024, à autarquia para a atualização dos benefícios fiscais.

Presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, Luís Nobre11 dezembro, 2024

A intervenção irá transformar a doca atual em doca seca, permitindo receber navios com 200 metros de cumprimento, maior boca (largura) e calado (profundidade).

Na reunião camarária desta segunda-feira, o autarca Luís Nobre explicou que, de acordo com o regulamento municipal de reconhecimento de benefícios fiscais associados aos impostos municipais e incentivos à atividade económica, os contratos de investimento podem ser objeto de modificações, mediante prévia deliberação camarária.

A adenda aprovada prevê que a WestSea tem de “concretizar o investimento previsto no seu plano, num valor superior a 24 milhões de euros, num período de três anos, ou realizar um investimento financeiro, no conjunto do projeto industrial, superior a 24 milhões de euros”.

A cerimónia de lançamento da empreitada da doca seca aconteceu em 2020, nos extintos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC), presidida pelo então ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos.

Na altura, o administrador da Martifer, que detém a WestSea, Carlos Martins, disse que a construção da nova doca, que terá 220 metros de comprimento e 45 metros de largura, iria “permitir atuar na área da reparação naval no mercado dos navios de maior dimensão, ajudando a equilibrar o peso da atividade de reparação e construção”.

Os ENVC foram formalmente extintos em março de 2018, mas encontravam-se em processo de extinção desde 10 de janeiro de 2014, data da assinatura entre o Governo PSD/CDS-PP e o grupo privado Martifer do contrato de subconcessão dos estaleiros navais até 2031, por uma renda anual de 415 mil euros.

A subconcessão foi a solução definida pelo Governo de então, depois de encerrado o processo de reprivatização dos ENVC, devido à investigação de Bruxelas às ajudas públicas atribuídas à empresa entre 2006 e 2011 não declaradas à Comissão Europeia, no valor de 181 milhões de euros.

A decisão de subconcessão dos terrenos e infraestruturas dos ENVC, adjudicada a 18 de outubro de 2013 pela administração daquela empresa pública à Martifer, resultou do relatório final elaborado pelo júri do concurso.

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Vítimas dos fogos têm até 31 de março para receber apoios

Dentro de cinco dias abrem as candidaturas ao Fundo de Emergência Municipal (FEM) para apoio à reposição e reparação de infraestruturas e equipamentos públicos das autarquias locais.

Com vista a “assegurar a recuperação económica e social das regiões atingidas” pelos fogos de setembro de 2024, o Governo já publicou, esta segunda-feira, em Diário da República, o decreto de lei que permite às vítimas, que perderam casas e fábricas, candidatarem-se a apoio financeiro até 31 de março.

No final de 2024, o ministro Adjunto e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, já tinha anunciado essa intenção de prorrogar o prazo devido ao reduzido número de candidaturas apresentadas aos apoios do Estado pelas vítimas dos fogos de setembro que perderam casas e fábricas. Segundo o ministro, só houve cinco candidaturas, apesar de terem sido identificadas dezenas que arderam total ou parcialmente.

A prorrogação do prazo pelo Governo deve-se, assim, “à inevitável complexidade inerente à reconstrução de habitações danificadas, nomeadamente, nos casos de habitações que se encontram com processo de legalização em curso ou quando se mostre difícil identificar e localizar os proprietários ou coproprietários”, lê-se na portaria publicada nesta segunda-feira.

O Governo constatou ainda a “necessidade de incluir um mecanismo específico para apoiar a reconstrução de infraestruturas e a reposição de bens móveis de pessoas coletivas de direito privado sem fins lucrativos, que desempenham um papel essencial na coesão social das comunidades afetadas”. Nesse sentido, serão lançados avisos específicos, de modo a garantir uma maior abrangência e eficácia das medidas de apoio.

EPA/Paulo NovaisPaulo Novais/EPA 12 Agosto, 2017

De acordo com esta portaria, as freguesias afetadas pelos incêndios são, à semelhança dos municípios, elegíveis para os apoios à reposição e reparação de infraestruturas e equipamentos públicos.

A abertura das candidaturas ao Fundo de Emergência Municipal (FEM) para apoio à reposição e reparação de infraestruturas e equipamentos públicos das autarquias locais, de suporte às populações que foram destruídos pelos incêndios rurais, deve acontecer dentro de cinco dias.

Nesse sentido, as Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR) vão celebrar protocolos de colaboração com as autarquias locais dos respetivos territórios afetados.

Serão ainda lançados avisos dedicados ao financiamento de infraestruturas e bens móveis sinistrados de pessoas coletivas de direito privado sem fins lucrativos localizados nos territórios abrangidos.

Este decreto já foi aprovado em Conselho de Ministros de 16 de janeiro de 2025 e promulgado a 29 de janeiro de 2025.

Para a reconstrução das casas, o Estado concede um apoio a 100% para danos até 150 mil euros e a 85% para o restante. O valor máximo por metro quadrado para construção, reconstrução, reabilitação e aquisição de habitação corresponde “a 75% do último valor da mediana nacional das vendas por metro quadrado de alojamentos familiares novos, publicado pelo Instituto Nacional de Estatística, à data da aprovação da candidatura”, de acordo com a portaria que define as regras de atribuição dos apoios.

A 17 de outubro o Conselho de Ministros aprovou o aumento do teto do apoio por projeto às empresas do Norte e Sul do país afetadas pelos incêndios, de 200 para 300.000 euros.

As chamas causaram a morte de nove pessoas, ferimentos em 170 e consumiram cerca de 135.000 hectares de floresta no Norte e Centro de país, entre 15 e 20 de setembro.

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pbbr assessora espanhola Gavari na entrada no mercado português

A equipa da pbbr envolvida nesta operação foi liderada pelo sócio da área de Imobiliário Pedro Pinto.

A pbbr assessorou a espanhola Gavari Asset Managment na sua entrada no mercado português através da compra de um lote de terreno para construção no Monte da Caparica, em Almada. A aquisição foi no valor de seis milhões de euros, revelou o escritório em comunicado.

“A aquisição visa o desenvolvimento de uma residência de estudantes. O futuro edifício terá uma área de cerca de 10 mil metros quadrados e contará com 400 camas, bem como zonas ao ar livre para a prática de desporto“, explicam.

O projeto visa reforçar a oferta de alojamento estudantil de naquela zona do concelho de Almada, onde estão instalados vários polos universitários, um segmento em crescimento devido ao aumento da procura por parte de estudantes nacionais e internacionais.

A equipa da pbbr envolvida nesta operação foi liderada por Pedro Pinto, sócio da área de Imobiliário, contando ainda com Isabel Brazão de Castro, associada coordenadora da mesma área, Tânia Osório e André Bernardo Alves, sócia e associado da área de Urbanismo e Construção, e Mário Silva Costa, sócio da área de Fiscal.

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Euribor cai para novo mínimo de 2 anos a três meses, recua a 12 meses e mantém-se a seis

  • Lusa
  • 10 Fevereiro 2025

Com as alterações desta segunda-feira, a taxa a três meses, que desceu para 2,526%, continuou acima da taxa a seis meses (2,468%) e de 12 meses (2,372%).

A Euribor voltou a descer esta segunda-feira a três meses para um novo mínimo desde fevereiro de 2023, tendo recuado a 12 meses e permanecendo inalterada a seis meses, face a sexta-feira.

Com estas alterações, a taxa a três meses, que desceu para 2,526%, continuou acima da taxa a seis meses (2,468%) e da de 12 meses (2,372%).

  • A Euribor a três meses desceu, assim, para novos mínimos, de 01 de fevereiro de 2023, recuando 0,001 pontos face a sexta-feira, para 2,526%. A taxa Euribor a três meses entra no cálculo da taxa base dos Certificados de Aforro, que é determinada mensalmente no antepenúltimo dia útil de cada mês, para vigorar durante o mês seguinte, e que não pode ser superior a 2,50% nem inferior a 0%. A taxa de juro bruta para novas subscrições de Certificados de Aforro, Série F, foi fixada em 2,500% em janeiro de 2025.
  • Já a Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, manteve-se esta segunda-feira inalterada face a sexta-feira, em 2,468%. Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a dezembro indicam que a Euribor a seis meses representava 37,64% do stock de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,69% e 25,6%, respetivamente.
  • A Euribor a 12 meses recuou, em relação a sexta-feira, 0,0012 pontos, para 2,372%.

Em termos mensais, a média da Euribor em janeiro voltou a descer a três e a seis meses, mas subiu a 12 meses, pela primeira vez depois de nove meses a cair.

Enquanto a média da Euribor a 12 meses subiu 0,089 pontos para 2,525% em janeiro, as médias a três e a seis meses continuaram a cair, designadamente, para 2,704%, menos 0,121 pontos percentuais do que em dezembro, e para 2,614%, menos 0,018 pontos.

Na reunião de política monetária de 30 de janeiro e como antecipado pelos mercados, o BCE baixou de novo, pela quarta reunião consecutiva, a principal taxa diretora em 25 pontos base.

A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 05 e 06 de março em Frankfurt.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Famílias Martinavarro e Ballester vendem terrenos no Alentejo

Grupo ibérico Bolschare Agriculture, com sede na Eurocidade Elvas-Badajoz-Campo Maior, fica a gerir as propriedades em Beja.

O grupo espanhol Agrihold, das famílias Martinavarro e Ballester, vendeu um terreno com uma área de 700 hectares no Alentejo, onde se localiza a Herdade da Zambujeira, a um investidor internacional. Os ibéricos da Bolschare Agricultura arrendaram os ativos em Beja e vão ficar com a gestão a partir de agora.

A operação envolveu a venda de uma entidade legal espanhola, que por sua vez detém a sociedade portuguesa Valenciagro e outros ativos em Portugal, com uma superfície total de 700 hectares de plantação de tangerinas, amendoal e olival.

“A continuidade do projeto a longo prazo é mantida, incluindo a empregabilidade de todos os funcionários atuais, com a venda da empresa a um investidor internacional e do subsequente arrendamento à Bolschare Agriculture, um parceiro local deste investidor na região e o mais importante operador agrícola do sul da Europa”, garantem os assessores imobiliários.

O negócio, cujo valor não foi publicado, dá por terminado o projeto agrícola da família Martinavarro em Portugal, que iniciou com outros acionistas em 2000. Os Martinavarro são fundadores da Citri&CO, que faz produção de citrinos, melão, melancia e fruta de caroço na Europa.

“Após mais de 20 anos desde o início deste projeto agrícola, atingimos um ponto de maturidade que nos permitiu tomar a decisão estratégica de alienar os nossos ativos em Portugal para nos concentrarmos em outros projetos que estamos a lançar na Península Ibérica”, explicou o diretor geral da Citri&Co e acionista da Marmoagro, José Luis Martinavarro Ferrer.

O CEO da Bolschare considera que a Herdade da Zambujeira “é um ativo agrícola excecional”, portanto merecedor que a operação tenha continuidade. “O nosso compromisso com a sustentabilidade e práticas agrícolas eficientes continuará a ser um pilar fundamental neste projeto a longo prazo”, acrescentou Pedro Foles.

Entre os advisors jurídicos e financeiros estiveram ainda os escritórios de advogados Garrigues (grupo Agrihold), PLMJ, Baker McKenzie e consultora KPMG (ao lado do investidor). Segundo a equipa de assessoria da CBRE, liderada pelo diretor de Agribusiness [Agronegócio] para o sul da Europa, Manuel Albuquerque, a promotora conseguiu “maximizar o valor dos ativos num ambiente de mercado desafiante, mantendo a sustentabilidade e a eficiência operacional como fatores chave”.

A CBRE garante que, nos últimos anos, o sector agrícola ibérico profissionalizou-se ao ponto de facilitar a entrada de investidores institucionais devido aos rendimentos atrativos e à possibilidade de desenvolvimento de carteiras diversificadas, o que minimiza a volatilidade e reduz a relação risco/rendimento das mesmas.

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Tribunal anula venda de terreno à Lusorecursos que restitui a baldios em Montalegre

  • Lusa
  • 10 Fevereiro 2025

O Tribunal de Vila Real deu razão à Comunidade Local de Baldios, declarou ineficaz a escritura de justificação de compra e venda e declarou que o terreno é baldio.

O Tribunal de Vila Real ordenou a restituição de um terreno aos baldios de Rebordelo que dois agricultores venderam à Lusorecursos e a retirada de máquinas e vedações pela empresa que quer explorar lítio em Montalegre.

A sentença do Tribunal Central Cível de Vila Real data de 29 de janeiro e foi hoje consultada pela agência Lusa.

Um casal de agricultores, o homem de 68 e a mulher de 64 anos, vendeu um terreno em Rebordelo, concelho de Montalegre, à empresa Lusorecursos, propriedade que o conselho diretivo da Comunidade Local dos Baldios reclamava ser sua, denunciando uma venda indevida.

O processo que opunha os baldios ao casal e à empresa começou a ser julgado em dezembro e, na altura, o agricultor alegou que o terreno era uma herança dos seus pais, que sempre ali colheu milho, batata e centeio e que nunca viu lá ninguém da Comunidade Local de Baldios a reclamar a posse. A sua mulher acrescentou que o terreno era o sustento do casal e que o cultivaram desde 1977, um ano depois de casarem, até o venderem à empresa Lusorecursos.

No entanto, o Tribunal de Vila Real deu razão à Comunidade Local de Baldios, declarou ineficaz a escritura de justificação de compra e venda e declarou que o terreno é baldio, propriedade comunitária dos compartes de Rebordelo.

O tribunal ordenou ainda a restituição da propriedade por parte da Lusorecursos à comunidade local e condenou a empresa a retirar máquinas, materiais, equipamentos e vedações, deixando-o livre de pessoas e bens e repondo o terreno no estado em que se encontrava.

Ordenou ainda o cancelamento do registo realizado a 20 de março de 2020 relativamente a este terreno, condenou o casal a respeitar o direito dos baldios e a abster-se, no futuro, de praticar quaisquer atos de apropriação. Por fim, condenou os agricultores, como “litigantes de má-fé”, no pagamento de uma multa de 510 euros (cinco unidades de conta).

A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) viabilizou a exploração de lítio em Montalegre emitindo uma Declaração de Impacte Ambiental (DIA) favorável condicionada em setembro de 2023.

A Lusorecursos propõe uma exploração mista, primeiro a céu abertura passando depois para túnel, e a concessão tem uma área total de 825,4 hectares abrangendo áreas das localidades de Morgade, Rebordelo e Carvalhais, no concelho de Montalegre, distrito de Vila Real.

O projeto inclui zonas de exploração e de deposição de resíduos de extração e uma refinaria, onde o minério bruto será beneficiado. Os opositores à mina alertam para as consequências a nível do ambiente, saúde, água, agricultura e o impacto no Barroso Património Agrícola Mundial.

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Exportações invertem tendência e crescem 2,5% em 2024. Importações sobem 1,9%

Exportações e importações inverteram a tendência de queda. Défice da balança comercial agravou-se em 78 milhões de euros, para 27.887 milhões de euros.

As exportações portuguesas recuperaram em 2024, após a queda de 1,4% registada no ano anterior. De acordo com os dados divulgados esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a venda de bens ao exterior avançou 2,5% no ano passado, enquanto as importações cresceram 1,9%, invertendo a queda de 4% registada em 2023.

Apesar do ritmo de crescimento das exportações ter sido superior ao das importações, registou-se um agravamento de 78 milhões de euros do défice da balança comercial face a 2023, para 27.887 milhões de euros, bem como uma subida de 0,4 pontos percentuais (pp.) na taxa de cobertura, para 74%.

Descontando as transações com vista a, ou na sequência de, trabalhos por encomenda (sem transferência de propriedade), o crescimento em ambos os fluxos foi menor: 1,7% nas exportações e 1,2% nas importações. Os dados do INE revelam ainda que as exportações sem transferência de propriedade representaram 4,3% do total das exportações, correspondendo a um acréscimo de 0,8 pp. face a 2023, e registando um acréscimo de 26,7% face ao ano anterior.

Neste caso, o défice da balança comercial recuou 39 milhões de euros face ao ano anterior, totalizando 28.348 milhões de euros.

Fonte: Instituto Nacional de Estatística

Excluindo combustíveis e lubrificantes, as exportações aumentaram 2% em 2024 e as importações 3%, o que compara com as taxas de 0,7% e 1,7%, respetivamente, registada em 2023. Neste caso, o défice da balança comercial situou-se em 21.909 milhões de euros, aumentando 1.328 milhões de euros face ao ano anterior.

Exportações de produtos alimentares e bebidas crescem 8,3%

O INE adianta que a maioria dos bens exportados apresentou acréscimos, sendo os mais significativos os registados nos produtos alimentares e bebidas e fornecimentos industriais, com aumentos de 8,3% e 2,3%, respetivamente. No entanto, excluindo as exportações sem transferência de propriedade, a venda de fornecimentos industriais caiu 0,5% face ao ano anterior, enquanto a variação nos produtos alimentares e bebidas pouco se alterou (+8,4%).

As exportações de combustíveis e lubrificantes foram a terceira categoria que mais aumentou em 2024, com um aumento de 10,2%, principalmente para Bélgica, Gibraltar e Países Baixos. “As variações nesta categoria de bens foram, não só influenciadas pelo aumento da procura global deste tipo de produtos, mas também pelo comportamento dos preços deste tipo de bens nos mercados internacionais, em especial da cotação do petróleo bruto (brent), cuja cotação média anual (em euros) diminuiu 2,6% em 2024”, explica o organismo de estatística.

Por outro lado, o material de transporte foi a categoria que registou o maior decréscimo das exportações, ao cair 0,6%, principalmente devido à diminuição das exportações de veículos e outro material de transporte para França, Turquia e Japão. Descontando as exportações sem transferência de propriedade, o decréscimo das exportações acentuou-se (-1,2%).

Em termos de estrutura, os fornecimentos industriais continuaram a ser a categoria mais exportada em 2024, com um peso de 31,8%, menos 0,1 pp. face ao ano anterior, seguidos pelo material de transporte e pelos bens de consumo.

Alemanha é o principal impulsionador das exportações

A Alemanha foi o destino que mais contribuiu para o aumento das exportações de bens, com um peso de 12,3%, embora ocupe o segundo lugar no ranking de clientes de Portugal. As exportações para este país aumentaram 17,8%, essencialmente fornecimentos industriais, material de transporte e máquinas e aparelhos.

Espanha garantiu o segundo maior contributo para o aumento das exportações nacionais em 2024, continuando como principal destino, com um peso de 26%. O INE assinala que as exportações para o país vizinho aumentaram 3,5%, principalmente produtos alimentares e bebidas e fornecimentos industriais.

Fonte: Instituto Nacional de Estatística

Espanha, Alemanha e França continuaram, assim, a ser os principais clientes externos em 2024. No seu conjunto, concentraram mais de metade do total das exportações nacionais (50,5%, +1,0 pp. face a 2023). Os Estados Unidos mantiveram-se como principal destino fora da União Europeia, com um peso de 6,7% (-0,1 pp. que em 2023), seguido do Reino Unido, que foi o quinto principal destino, com um peso de 4,6% (-0,1 pp. face ao ano anterior).

Importações de combustíveis caem 6,1%

Em 2024, as importações de todas as grandes categorias económicas cresceram, exceto de combustíveis e lubrificantes, que caíram 6,1% face a 2023, em grande medida, devido aos decréscimos nas transações com Espanha. No entanto, excluindo as sem transferência de capital do valor das importações, também os fornecimentos industriais decresceram face ao ano anterior (-1,7%).

O maior contributo para o acréscimo global das importações resultou do aumento das importações de bens de consumo, que registou um crescimento de 7,3% face ao ano anterior, “o que se ficou a dever, essencialmente, às transações com Espanha, China e Países Baixos”. Já as importações de material de transporte registaram o segundo maior acréscimo face a 2023, com uma subida de 4,9%, provenientes de França, principalmente.

(Notícia atualizada às 11h44)

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Programa para atrair eventos para Portugal reforçado em 20 milhões de euros

  • Joana Abrantes Gomes
  • 10 Fevereiro 2025

Portaria publicada esta segunda-feira eleva de 10 milhões para 30 milhões a dotação do programa cujo objetivo é captar eventos que contribuam para o reforço da notoriedade das regiões e do país.

A dotação do programa Portugal Events foi aumentada em 20 milhões de euros, para 30 milhões de euros, de acordo com uma portaria publicada esta segunda-feira em Diário da República. O programa passa também a suportar “eventos de base regional”.

O reforço das verbas deste programa, que visa captar eventos que contribuam para o reforço da notoriedade das regiões e do país, estava previsto na Agenda Acelerar a Economia.

Na portaria, assinada pelo secretário de Estado do Turismo, Pedro Machado, os 30 milhões de euros, provenientes “exclusivamente” das receitas próprias do Turismo de Portugal, incluem 16 milhões de euros para os anos de 2025 e 2026.

Além do Convention Bureaux, associações, fundações, instituições de Ensino Superior e Agências Regionais de Promoção Turística reconhecidas pela Confederação do Turismo de Portugal, as entidades beneficiárias passam a incluir “entidades públicas, incluindo aquelas em cuja gestão as entidades da administração central do Estado, regional e local tenham posição dominante”.

Com este diploma, as entidades regionais de turismo passam também a poder promover a apresentação de planos integrados de eventos de base regional, adequando a atuação do Portugal Events às necessidades de desenvolvimento de cada região.

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Aliança internacional “Current AI” tem 400 milhões para desenvolver inteligência artificial

  • Lusa
  • 10 Fevereiro 2025

França, Chile, Finlândia, Nigéria, Marrocos, Quénia, Alemanha, Eslovénia e Suíça lançaram parceria de inteligência artificial com um investimento inicial de 400 milhões de dólares.

França e mais oito países, associações e empresas vão lançar uma iniciativa de inteligência artificial (IA) “de interesse público”, patrocinada por 11 líderes tecnológicos, segundo um comunicado divulgado no domingo, véspera da abertura de uma cimeira sobre IA em Paris.

Denominada “Current AI”, a parceria conta com o apoio de responsáveis como Arthur Mensch, da start-up francesa Mistral AI, e Fidji Simo, diretor da plataforma americana de entrega de compras Instacart, e tem um investimento inicial de 400 milhões de dólares.

A iniciativa espera angariar um total de 2,5 mil milhões de dólares nos próximos cinco anos para desenvolver o acesso a bases de dados privadas e públicas em áreas como a saúde e a educação, e investir em ferramentas e infraestruturas de código aberto para tornar a IA mais “transparente e segura”, refere o comunicado.

O projeto pretende também desenvolver “sistemas para avaliar o impacto social e ambiental” da IA, acrescenta.

“A Current AI contribuirá para o desenvolvimento dos nossos próprios sistemas de inteligência artificial em França e na Europa para diversificar o mercado e promover a inovação em todo o mundo”, disse o Presidente francês Emmanuel Macron, citado no comunicado.

Os países fundadores da parceria incluem o Chile, a Finlândia, a Nigéria, Marrocos, o Quénia, a Alemanha, a Eslovénia e a Suíça.

Do lado empresarial, a Google, a Salesforce e o grupo “AI Collaborative”, do fundador do eBay, Pierre Omidyar, estão a participar na iniciativa.

O anúncio antecede a abertura da cimeira sobre IA que reunirá em Paris, na segunda e terça-feira, líderes políticos e empresariais para debater os grandes desafios colocados por esta tecnologia, que está a revolucionar a sociedade.

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Central de Biomassa do Fundão já fornece energia a cerca de 20 mil casas e cria 100 postos de trabalho

  • Conteúdo Patrocinado
  • 10 Fevereiro 2025

A operar desde 2019, a Central de Biomassa do Fundão tem vindo a incrementar a sua contribuição para a produção de energia verde, para além de ter um papel relevante na criação de emprego.

A Central de Biomassa do Fundão (CBF), central de produção de energia elétrica de origem renovável, já alimenta perto de 20 mil casas, gera mais de 100 postos de trabalho, diretos e indiretos, e contribui com cerca de 70% da sua faturação para a economia local, numa região de baixa densidade e com pouca oferta de trabalho.

Para Manuel Pitrez de Barros, Diretor Geral da Central, “a CBF é uma das maiores indústrias da região do Fundão, contribui para a estabilidade da rede elétrica, e valoriza resíduos que antes ficavam a apodrecer nos terrenos, ou eram queimados em queimadas não controladas, potenciando incêndios, ou ao abandono nos terrenos”.

O responsável aponta ainda que a Central “contribui diretamente para uma floresta forte e ordenada, o que se reflete numa biodiversidade florestal saudável e resistente às alterações climáticas, bem como para que Portugal atinja as metas estipuladas pela UE e o Governo relativas à transição energética e à neutralidade carbónica”, acrescentando que “desde que a CBF começou a laborar, notamos que o número de fornecedores de biomassa começou a aumentar porque os seus resíduos florestais passaram a ser valorizados”.

Mais recentemente, e com vista a promover um maior envolvimento da CBF na comunidade e economia local, foi alcançado um acordo com os vizinhos da Central, o qual consiste em “a CBF ir verificando que cumpre com as condições gerais do ruído, sendo que caso isso não se verifique a CBF tem um ano para implementar medidas de mitigação”, refere Manuel Pitrez de Barros.

Manuel Pitrez de Barros, Diretor Geral da Central

A CBF compromete-se igualmente a, nos prazos definidos no acordo, deixar de triturar biomassa dentro do perímetro da Central, de modo a minimizar a produção de poeiras, assim como a minimizar a propagação de cinzas, através da implementação de uma cobertura na zona das cinzas.

Manuel Barros reforça que “a CBF cumpre com as normas do ICNF (Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas), tem um plano de aprovisionamento a 10 anos, conforme exigido aquando do concurso da CBF em 2016, e temos conversado com a Câmara Municipal do Fundão para cooperarmos na gestão das áreas florestais e florestamento para aumentar a área de floresta da região”.

A Central de Biomassa do Fundão e a economia circular

Constituindo-se como um agente ativo da economia circular, “a CBF valoriza resíduos que antes eram abandonados e queimados na floresta, para gerar energia renovável, onde as suas cinzas são usadas para produzir fertilizantes orgânicos, o pó da biomassa é usado para substrato pelos agricultores locais e o CO2 biogénico poderá ser usado para produzir E-Fuels, contribuindo assim para a economia circular e a descarbonização de Portugal”, sublinha o responsável.

Sobre a relevância da biomassa, o Diretor Geral da Central aponta que “esta é a fonte de energia renovável mais utilizada em Portugal, sendo que, nos últimos dados da DGEG de 2022, representa quase 40% da energia utilizada em Portugal”, acrescentando que “quando falo em energia, refiro-me a energia térmica e elétrica”.

Para o responsável, “Portugal precisa de acelerar o processo do concurso de centrais de biomassa lançado após os incêndios de 2017, mas deve fazê-lo de forma bem estruturada, em zonas de alta densidade florestal, afastado de outras centrais de biomassa e em regiões com risco de incêndio”.

Sobre o futuro, Manuel Barros não tem dúvidas, acreditando que “a biomassa vai continuar a ser a primeira fonte de energia renovável em Portugal e vai começar a contribuir para os projetos de grandes dimensões, nomeadamente em Sines, para se produzir metanol ou amónia verde”.

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