Direct Line fecha app Caha ao fim de nove meses

  • ECO Seguros
  • 5 Junho 2024

A aplicação da seguradora britânica que pretendia organizar a informação sobre um automóvel para o seu proprietário não precisar de recorrer ao website ou call center vai fechar.

A aplicação para proprietários de automóveis Caha!, lançada da Direct Line no Reino Unido em setembro do ano passado, será encerrada a 23 deste mês anunciou a seguradora. “Obrigado a todos por se juntaram a nós nesta jornada, mas estamos a parar o aplicativo Caha’, disse a empresa.

A aplicação juntava toda a informação sobre o automóvel facilitando a vida ao seu proprietário. Permitia envolvimento frequente e não forçado à Direct Line.

A aplicação foi logo disponibilizada nas lojas virtuais Apple e Google Play e o seu objetivo era agilizar a gestão e uso de carros particulares, oferecendo uma oportunidade de envolvimento com a DLG.

“Esta não foi uma decisão fácil de tomar e lamentamos aqueles que confiaram no Caha para a gestão diária do carro”. A seguradora disse que ficou motivada para criar o aplicativo depois de perceber a “experiência desarticulada de gestão de carros para muitos automobilistas do Reino Unido”.

No lançamento a DLG afirmou que pretendia disponibilizar o Caha a todos os seus clientes de seguros automóvel em 2024, numa tentativa de oferecer uma “alternativa digital” aos call centers e ao seu site.

Embora a aplicação vá ser encerrada, a Caha disse que “ainda está a implantar oficinas sob a marca Fixbox, em todo o país, para reparos rápidos de automóveis”.

E também disse que a atenção da sua equipa estava agora voltada para uma “nova e emocionante oportunidade em breve”.

A nossa visão de simplificar a propriedade de automóveis permanece e a aprendizagem deste aplicativo permanecerão em outros aplicativos interessantes”, disse a empresa.

A Caha fazia parte do mesmo grupo de empresas da U K Insurance Limited (UKI), proprietária das marcas DirectLine, Darwin, Privilege, Green Flag e Churchill.

A Direct Line foi alvo, em março passado, de tentativa de compra pelo grupo belga Ageas que desistiu da aquisição após duas propostas terem sido recusadas.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Novobanco ganha batalha judicial ao Fundo de Resolução. Pode receber “cheque” de 185 milhões

Tribunal arbitral decidiu que o banco tem a receber 185 milhões do Fundo de Resolução relativos à chamada de capital em 2020, mas não deu razão ao Novobanco na venda da sucursal em Espanha.

Desta vez, o Tribunal Arbitral deu razão ao Novobanco no diferendo com o Fundo de Resolução (FdR) sobre a mudança de regras contabilísticas (IFRS 9) em 2020. A decisão abre a porta a um cheque de 185 milhões de euros que o FdR terá de pagar ao banco.

O novobanco tem o direito de não adotar, nesse exercício financeiro, as disposições transitórias do IFRS9″, indica o banco, esta quarta-feira, em comunicado ao mercado. Assim, “o impacto dessa decisão sobre os fundos próprios, quantificados na ação em aproximadamente EUR 162 milhões, deveria ter sido incluído no cálculo do montante da chamada de capital de 2020″, acrescenta.

A Norma Internacional de Relato Financeiro 9 (IFRS 9) veio alterar a forma como são calculadas as perdas por imparidade de crédito. Em vez de perdas incorridas passou a vigorar o modelo de perdas esperadas. Uma vez que da alteração poderia resultar um súbito e significativo aumento das provisões para perdas de crédito, com impacto nos níveis de capital, foi instituído um regime transitório.

Este regime permite a distribuição, por um período de cinco anos, do impacto negativo nos rácios de capital. Possibilidade a que o Novobanco aderiu em fevereiro de 2018. Só que em novembro de 2019, o banco solicitou a autorização do BCE para prescindir do regime transitório. O Fundo de Resolução, acionista do Novobanco, considerou que o impacto dessa decisão nos fundos próprios não poderia ser contabilizada no cálculo dos valores a pagar no âmbito do mecanismo de capital contingente. Em 2021, houve uma primeira decisão favorável ao FdR relativa à chamada de capital de 2019, agora o tribunal decidiu a favor do Novobanco.

Noutro diferendo com o FdR – entidade que funciona junto ao Banco de Portugal e é liderada pelo vice-governador Luís Máximo dos Santos –, o tribunal considerou que o Novobanco tem “o direito de reavaliar o valor das unidades de participação dos Fundos de Reestruturação e, consequentemente, tem direito a uma compensação no montante de 18 milhões de euros, e respetivos juros”.

Adicionalmente, o tribunal considerou ainda que a instituição detida maioritariamente pela Lone Star tem o direito a receber cinco milhões de euros, como consequência do atraso no pagamento de uma parcela de 112 milhões de euros da chamada de capital de 2020 em disputa, mas que o FdR pagou entretanto. Tudo junto, perfaz 185 milhões de euros que o Novobanco tem a receber.

A soma pode não ficar por aqui. De acordo com o comunicado enviado pelo banco através da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o tribunal arbitral considerou que “o Novobanco tem o direito de ser compensado pelos danos adicionais causados pela retenção da parcela de 112 milhões relativa à chamada de capital de 2020 e pelo não pagamento do montante de 18 milhões de euros, em valor a determinar”.

Uma das decisões foi, no entanto, favorável ao Fundo de Resolução: “Relativamente à alienação da sucursal em Espanha, o Tribunal Arbitral entendeu que, embora a decisão do novobanco em desinvestir tivesse racionalidade económica, o montante de 147 milhões de euros resultante da reclassificação como operações descontinuadas, nas contas do exercício de 2020, não deveria ser considerado como parte da chamada de capital de 2020“.

No comunicado, o Novobanco sublinha que a 31 de março de 2024 tinha um crédito de 209 milhões reconhecido no balanço relativo às chamadas de capital não pagas, devido aos diferendos com o Fundo de Resolução, cujo montante está deduzido no rácio de capital (CET1). O banco recebeu a decisão do tribunal arbitral a 4 de junho de 2024 e “encontra-se a analisar a mesma”.

(Notícia atualizada às 21h44)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Uso de armas alemãs pela Ucrânia para atacar Rússia é “passo perigoso”, avisa Putin

  • Lusa
  • 5 Junho 2024

"Se utilizarem mísseis para atingir infraestruturas em território russo, isso irá arruinar totalmente as relações russo-alemãs”, disse o presidente russo.

O Presidente russo, Vladimir Putin, advertiu esta quarta-feira a Alemanha que o uso das suas armas pela Ucrânia para atingir alvos na Rússia constitui um “passo perigoso” e irá arruinar as relações entre Berlim e Moscovo. Respondendo a questões de jornalistas de agências noticiosas internacionais, incluindo a Associated Press (AP), Putin disse que o envio de tanques alemães à Ucrânia foi um choque para muitas pessoas na Rússia, mas que o uso de armamento ocidental contra território russo teria consequências ainda mais graves.

“Agora, se utilizarem mísseis para atingir infraestruturas em território russo, isso irá arruinar totalmente as relações russo-alemãs”, disse. A Alemanha juntou-se recentemente aos Estados Unidos na autorização fornecida à Ucrânia para atingir diversos alvos em território russo com as armas de longo alcance que fornecem a Kiev.

Ao responder a jornalistas estrangeiros pela primeira vez desde a sua quinta tomada de posse como Presidente em maio, Putin também considerou que nada irá mudar nas relações entre os Estados Unidos e a Rússia independentemente da vitória de Joe Biden ou Donald Trump nas presidenciais norte-americanas de novembro.

“Trabalharemos com qualquer Presidente eleito pelo povo americano”, disse Putin, ao pronunciar-se à margem do Fórum Económico Internacional de São Petersburgo. “Afirmo-o solenemente, não acreditamos que após a eleição algo se altere na abordagem russa face às políticas dos Estados Unidos”, acrescentou. “Consideramos que nada de sério vai acontecer”.

Putin também considerou que a recente condenação de Trump num seu recente julgamento por uso indevido de verbas é resultado da “utilização do sistema judicial como parte da luta política interna”. Putin aproveitou a presença no Fórum Económico Internacional de São Petersburgo para sublinhar o desenvolvimento da Rússia e procurar novos investimentos. Este foi o primeiro encontro com jornalistas estrangeiros neste certame desde o início da invasão militar em larga escala da Ucrânia pela Rússia em fevereiro de 2022.

No ano passado, os jornalistas de países que a Rússia considera hostis – incluindo os Estados Unidos, Reino Unido e União Europeia – não foram convidados, e os representantes oficiais e investidores ocidentais também estiveram ausentes após a imposição de um vasto pacote de sanções a Moscovo devido ao conflito na Ucrânia.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ageas, Fidelidade e Generali são as seguradoras mais atrativas para trabalhar, segundo a Randstad

  • ECO Seguros
  • 5 Junho 2024

O que os inquiridos mais valorizam neste setor são a saúde financeira, a reputação, estabilidade profissional, progressão na carreira e o ambiente de trabalho.

A população ativa portuguesa perceciona a Ageas Portugal, a Fidelidade e a Generali como as empresas mais atrativas para trabalhar no setor segurador, pela ordem referida, segundo o estudo Randstad Employer Brand Research 2024, resultado da parceria da Randstad e a empresa de estudos de mercado KantarWorldPanel.

O que os inquiridos mais valorizam neste setor são, pela seguinte ordem de importância, a saúde financeira, a reputação, estabilidade profissional, progressão na carreira e o ambiente de trabalho.

O mesmo estudo dá conta que o setor segurador ocupa o 10.º lugar entre os setores mais atrativos, mas o 4.º entre os mais reconhecidos.

Importa salientar que este se trata de um estudo independente que analisa a perceção da população ativa, que em Portugal contou com aproximadamente 5 mil inquiridos, e que avalia o reconhecimento das marcas e a perceção que os inquiridos têm sobre a atratividade das mesmas para trabalhar.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Allianz lança seguro de acidentes de trabalho 100% digital

  • ECO Seguros
  • 5 Junho 2024

Associada ao produto, é disponibilizada uma rede médica especializada em caso de acidentes. 

A Allianz Portugal anunciou em comunicado o lançamento do novo produto de seguro Allianz Acidentes de Trabalho dedicado a pequenas, médias e grandes empresas sob o lema “Não evita acidentes, mas se eles existirem, está cá para ajudar”.

Trata-se de um produto 100% digital, que se adapta às necessidades de cada negócio, e que onde a simulação das condições é feita em segundos, independentemente do número de colaboradores da empresa.

A Allianz disponibiliza no mercado o seu produto que visa oferecer uma melhor experiência e serviço aos clientes, que podem facilmente aferir a sua apólice de forma autónoma.

Associado ao produto, é disponibilizada uma rede médica especializada em caso de acidentes.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Crédito y Caución lança assistente virtual de gestão de risco para clientes

  • ECO Seguros
  • 5 Junho 2024

A seguradora dá acesso a gestoras de crédito para poderem, através da aplicação, gerir o risco e analisar se um dos seus clientes incumprir com um pagamento.

A seguradora Crédito y Caución anunciou em comunicado o lançamento de uma plataforma digital para gestão do risco do crédito comercial para os seus clientes denominado CyCred One.

Responsável de Inovação e Serviços de Valor Agregado da Atradius Crédito y Caución, Sérgio Manzano, considera que a CyCred One é a resposta da seguradora à necessidade dos clientes de poupar tempo e controlarem os seus riscos.

Trata-se de uma aplicação web de acesso confidencial para os clientes da seguradora, que não precisam de instalar nenhum software para ter acesso.

O assistente virtual destina-se as empresas gestoras de crédito comercial suas seguradas, permitindo-lhes automatizarem e centralizar a gestão de risco de todos os seus clientes através de uma única aplicação. Além disso, carrega dados contabilísticos dos clientes e integra as APIs da Crédito y Caución.

Recorrendo à plataforma, os clientes conseguem ter “uma visão clara dos riscos”, recebem notificações sobre os valores pendentes a serem acompanhados e as próximas datas de vencimento de faturas do devedor e também tarefas diárias a executar como a gestão de limites de crédito e pagamentos vencidos.

Além da gestão de risco, o CyCred One oferece serviços relacionados com a prospeção de clientes, obtenção de financiamento bancário ou não bancário, ou obtenção de pareceres de crédito.

“Os nossos segurados precisam de soluções digitais que lhes permitam poupar tempo e controlar os seus riscos. O CyCred One é a resposta da Crédito y Caución a essa necessidade, simples de configurar e fácil de usar. A aplicação foi concebida para ajudar o gestor de crédito no seu trabalho diário para reduzir o prazo médio de cobrança, prevenir o risco de incumprimento futuro, controlar o risco de exposição da carteira, unificar processos dispersos e facilitar o controlo de gestão“, explica o responsável de Inovação e Serviços de Valor Agregado da Atradius Crédito y Caución, Sérgio Manzano.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Fundo de Resolução diz que Novobanco vale mais do que os 3.100 milhões implícitos na compra de 4,14%

Entidade liderada por Máximo dos Santos disse ao ECO que aumento da posição no banco teve em conta possibilidades de IPO ou M&A, e que contou com análise externa da PwC.

O Fundo de Resolução (FdR) explicou esta quarta-feira que comprou 4,14% do Novobanco por 128,67 milhões de euros porque os capitais próprios do banco serão superiores aos 3.100 milhões de euros de valorização implícita na operação.

A decisão foi tomada após uma análise que teve em conta as possíveis formas de recuperar o capital investido (incluindo uma entrada em bolsa ou venda direta) e na qual participaram equipas do Banco de Portugal (BdP) e ainda da consultora PwC.

“O Fundo de Resolução exerceu o direito que a lei lhe confere para adquirir os direitos de conversão porque reuniu elementos que lhe permitiram concluir, não só que o valor dos capitais próprios do Novo Banco será previsivelmente superior aos referidos 3.100 milhões de euros de valorização implícita no preço de exercício, mas também que a rendibilidade a obter pela aquisição dos direitos será superior ao custo de oportunidade”, referiu o FdR, em respostas escritas ao ECO.

Adiantou que essa conclusão teve por base parâmetros diversos, “como a situação presente e as perspetivas futuras quanto às valorizações dos bancos em Portugal e na Europa, as possíveis vias de realização do capital investido (i.e. através de dividendos, distribuições de reservas ou venda do capital, em operações de IPO ou em operações de M&A), e a concreta situação financeira do Novo Banco, histórica, presente e a projetada para o futuro”.

“Além da análise desenvolvida internamente, pelas equipas do Banco de Portugal que, nos termos da lei asseguram os serviços do Fundo de Resolução, o Fundo obteve ainda uma análise externa junto da PwC, que foi contratada especificamente para prestar consultoria financeira sobre esta matéria. Adicionalmente, o Fundo de Resolução reuniu com analistas e bancos de investimento, de quem obteve também as respetivas perspetivas quanto ao Novo Banco e ao valor de mercado dos seus capitais próprios, reunindo assim um conjunto alargado de diferentes contributos”, sublinhou.

O FdR promoveu também uma consulta junto da Associação Portuguesa de Bancos (APB), enquanto associação que representa a grande maioria das instituições que pagam contribuições para o Fundo de Resolução, “a quem deu oportunidade para, querendo, manifestar a sua opinião sobre a operação e para disponibilizar ao Fundo os contributos que entendesse pertinentes”. “A APB transmitiu tempestivamente que considerava não dever pronunciar-se“, informou o FdR.

A entidade, que funciona junto ao Banco de Portugal e é liderada pelo vice-governador, Luís Máximo dos Santos informou na terça-feira que pagou 128,67 milhões de euros por 4,14% do capital do banco, incrementando assim a sua participação para 13,54% do capital social do banco.

O FdR explicou que decidiu exercer o direito previsto no Regime Especial Aplicável aos Ativos por Impostos Diferidos (“REAID”) (aprovado pela Lei n.º 61/2014, de 26 de agosto), de adquirir ao Estado os direitos de conversão que lhe foram atribuídos, relativamente às contas do Novobanco reportadas a 2020.

Reembolsar a dívida

“Do inputs obtidos resultou, como se disse no comunicado do Fundo de Resolução, que a justificação económica e financeira para a aquisição dos direitos, como acima descrita, é sólida, o que significa que essa aquisição permitirá, previsivelmente, reforçar o ativo do Fundo de Resolução e, assim, contribuir para aumentar a capacidade do Fundo em reembolsar a sua dívida“, explicou o FdR ao ECO esta quarta-feira.

“Mas o Fundo de Resolução não pode, naturalmente, divulgar informação sobre as concretas estimativas que obteve, porque algumas das análises acima referidas tiveram por base informação relativa ao Novo Banco a que o Fundo de Resolução tem acesso e que não é pública”, adiantou.

O FdR explicou que também teve em conta “qual seria o uso alternativo que daria ao valor correspondente ao preço de exercício” e estimou qual seria a rendibilidade associada à utilização alternativa desse dinheiro (i.e. o custo de oportunidade).

“Ou seja, foi tido em conta que, caso não adquirisse os direitos de conversão em causa, o Fundo de Resolução daria outro uso aos 128.67 milhões e foi comparado o respetivo “custo de oportunidade” com a rendibilidade projetada para os 4,14% do capital do Novobanco.

“Sobre os ‘usos alternativos’ da liquidez do Fundo de Resolução, o Fundo publica toda a informação sobre a aplicação dos seus recursos e sobre o custo da sua dívida nos seus relatórios e contas, que são disponibilizados no website do Fundo”, disse, acrescentando que relativamente ao relatório de 2023, a publicação aguarda apenas a aprovação pelo Ministério das Finanças.

“Na análise foi também tido em conta que, caso não adquirisse os direitos de conversão em causa, a participação do Fundo de Resolução no Novo Banco desceria para 9,40%“, concluiu.

A participação do FdR no Novobanco começou por ser de 25% quando a instituição foi vendida ao fundo norte-americano Lone Star em 2017. Desde então a posição tem sido diluída através do regime especial aplicável aos ativos por impostos diferidos, com os créditos tributários a darem direitos de conversão ao Estado, que assim já atingiu uma participação de 11,46% no Novobanco.

(Notícia atualizada às 19h51]

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Mais de 212.000 eleitores votaram antecipadamente para as Europeias

  • Lusa
  • 5 Junho 2024

Os dados até agora recolhidos dizem respeito a 293 câmaras municipais, faltando contabilizar 15 autarquias.

Mais de 212.000 eleitores portugueses, entre os quais o Presidente da República e o primeiro-ministro, votaram antecipadamente para as eleições europeias no domingo passado, adiantou esta quarta-feira à agência Lusa o Ministério da Administração Interna (MAI). De acordo com o MAI, os dados até agora recolhidos dizem respeito a 293 câmaras municipais, faltando contabilizar 15 autarquias.

Até ao momento, foram contados 212.794 votantes de 252.209 eleitores inscritos, perfazendo uma taxa de participação de 84%. No passado domingo, quem se tinha inscrito até ao dia 30 de maio, poderia votar no município que escolheu quando solicitou o voto antecipado.

O eleitor inscrito para votar antecipadamente mas que não tenha conseguido fazê-lo poderá ainda exercer o seu direito cívico no dia das eleições, 9 de junho, em qualquer mesa de voto à sua escolha em Portugal e no estrangeiro. O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o primeiro-ministro, Luís Montenegro, votaram antecipadamente para as eleições europeias, para as quais são chamados a votar mais de 10,8 milhões de portugueses, que escolherão 21 dos 720 eurodeputados.

Em Portugal, concorrem às eleições europeias 17 partidos e coligações: a AD, PS, Chega, IL, BE, CDU, Livre, PAN, ADN, MAS, Ergue-te, Nova Direita, Volt Portugal, RIR, Nós Cidadãos, MPT e PTP. A modalidade de voto antecipado em mobilidade foi instituída com a entrada em vigor da Lei Orgânica n.º 3/218, por ocasião da eleição de deputados portugueses ao Parlamento Europeu em 2019.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Português Pedro Machado escolhido para órgão do BCE que vigia os bancos europeus

Pedro Machado é o primeiro português neste órgão de supervisão da autoridade monetária do euro, que esta quinta-feira deverá decidir a primeira descida de juros, antecipando-se à norte-americana Fed.

O português Pedro Machado foi um dos três nomes apontados para suceder aos três representantes do Conselho de Supervisão do Banco Central Europeu (BCE), cujos mandatos expiram este ano. É a primeira vez que há um português neste órgão que tem como missão vigiar os bancos europeus.

Além de Pedro Machado, também Sharon Donnery e Patrick Montagner foram nomeados como novos representantes do Conselho de Supervisão do BCE, para um cargo de cinco anos não renovável, informou o banco central num comunicado. O BCE estava à procura de três novos membros para aquele que é o órgão máximo da supervisão da banca europeia para sucederem a Elizabeth McCaul, Edouard Fernandez-Bollo e Kerstin af Jochnick, que terminam os seus mandatos este ano.

O português vai ocupar o lugar deixado vago pela sueca Kerstin af Jochnick, cujo mandato termina em dezembro. Pedro Machado é desde março de 2020 membro do Conselho Único de Resolução e Diretor do Planeamento e Decisões de Resolução.

Licenciado em Direito pela Faculdade de Direito de Lisboa, Pedro Machado tem vindo a desempenhar várias funções nas áreas de regulação e supervisão bancárias nos últimos 20 anos. Desempenhou funções como consultor jurídico no BCE e no Banco de Portugal. Foi também Chefe de Gabinete do Ministro de Estado e das Finanças (2011-13) e, quando voltou ao Banco de Portugal, exerceu funções de Diretor-Adjunto do Departamento de Supervisão Prudencial do Banco de Portugal, entre 2013 e 2014.

O Conselho de Supervisão, presidido por Claudia Buch, é responsável pelo planeamento e execução das funções de supervisão do BCE. O seu vice-presidente, Frank Elderson, é também membro da Comissão Executiva do BCE.

O Conselho de Supervisão inclui representantes de 21 autoridades nacionais competentes, bem como quatro representantes nomeados pelo BCE. Sharon Donnery, Pedro Machado e Patrick Montagner juntar-se-ão à também representante do BCE, Anneli Tuominen, nomeada em dezembro de 2021, adianta o banco central.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Condeixa-a-Nova lança tarifário de resíduos que beneficia quem mais recicla

  • Lusa
  • 5 Junho 2024

A partir de agora, os estabelecimentos de comércio, restauração e serviços do concelho podem transitar, de forma voluntária, para um novo tarifário que assenta no princípio "paga o que se produz".

O município de Condeixa-a-Nova, no distrito de Coimbra, lançou esta quarta-feira um novo modelo de tarifário de resíduos urbanos para o setor não-doméstico, em que o utilizador paga apenas a quantidade de lixo indiferenciado que produz. A partir de agora, os estabelecimentos de comércio, restauração e serviços do concelho podem transitar, de forma voluntária, para um novo tarifário assente no sistema PAYT (Pay-As-You-Throw), que significa pagar o que se produz, numa lógica de poluidor/pagador.

“O tarifário atual liga o lixo ao consumo de água e este novo sistema permite a separação dos recicláveis dos resíduos indiferenciados, que serão pagos de acordo com o volume produzido e não pelo consumo de água”, explicou o presidente da Câmara, Nuno Moita. O autarca frisou que o novo modelo “é uma espécie de revolução” que permite aos aderentes separar o lixo e colocar menos resíduos indiferenciados para aterro e com isso diferenciar o pagamento, através de um sistema que beneficia os aderentes que mais separam.

Salientando que se trata de um modelo pioneiro e inovador no país, com base num projeto-piloto iniciado em 2016, juntamente com Lisboa e Aveiro, o presidente do município de Condeixa-a-Nova realçou a sua importância ambiental, ao permitir reduzir o volume de resíduos que vão para depositar em aterro sanitário, e também financeira.

Nuno Moita considerou o PAYT um sistema mais justo, equitativo, cómodo e mais sustentável, que vai contribuir para a sustentabilidade do sistema de gestão de resíduos do concelho e que antecipa a entrada obrigatória para os não domésticos, prevista para o início de 2025.

Por outro lado, destacou o autarca, fomenta a “mudança de mentalidade e de comportamentos” relativamente à separação dos resíduos e ao seu encaminhamento para a reciclagem, depositando apenas nos contentores o lixo indiferenciado que não tem outra alternativa se não a deposição em aterro sanitário.

Os interessados em aderir devem formalizar o seu pedido gratuito na Câmara Municipal de Condeixa-a-Nova, que fornece gratuitamente contentores identificados que serão recolhidos por uma viatura municipal, com sistema de leitura do volume dos resíduos depositados para efeito de faturação.

A faturação deste novo modelo vai continuar a ser inserida na fatura mensal da água, tal como acontecia com o anterior tarifário que estava indexado ao consumo de água. Com mais de 17 mil habitantes, o concelho de Condeixa-a-Nova contabiliza 398 produtores de resíduos não domésticos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Após atentado, primeiro-ministro eslovaco retoma funções no final de junho

  • Lusa
  • 5 Junho 2024

Robert Fico declarou que perdoava o atacante e anunciou que retomaria progressivamente as suas funções a partir do final de junho.

O primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico, vítima de um atentado em meados de maio, indicou esta quarta-feira estar preparado para retomar funções no final de junho. Num vídeo publicado na rede social Facebook, o primeiro que divulga desde que foi atingido por diversas balas em plena via pública, Fico declarou que perdoava ao atacante e anunciou que retomaria progressivamente as suas funções a partir do final de junho.

“Não mantenho qualquer ódio face ao desconhecido que me atingiu”, declarou Fico, segundo a tradução inglesa do vídeo, aparentando calma mas com longas pausas na sua alocução. “Perdoo-lhe e deixo-o refletir, na sua própria cabeça, sobre o que fez e porque o fez”, acrescentou.

Fico foi atingido em 15 de maio por quatro balas disparadas à queima-roupa, em particular no abdómen, num momento em que saudava apoiantes à saída de uma reunião governamental na cidade de Handlova, centro do país. O presumível atirador, identificado pelos ‘media’ eslovacos como o poeta Juraj Cintula, 71 anos, foi acusado de tentativa de homicídio com premeditação e colocado em prisão preventiva.

Fico foi transportado para um hospital da cidade de Banska Bystrica, onde foi submetido a duas longas intervenções cirúrgicas. O primeiro-ministro eslovaco permaneceu em convalescença antes de ser transferido em 31 de maio para a sua casa, onde prosseguiu a recuperação. “Se tudo decorrer como previsto, poderia retomar progressivamente o trabalho no decurso dos meses de junho e julho”, precisou Fico.

Em paralelo, a Procuradoria-Geral da Eslováquia está a estudar uma petição de apoiantes do primeiro-ministro, que pretendem ilegalizar o partido opositor liberal PS por alegada responsabilidade no ataque. O portal noticioso Slovak Spectator anunciou esta quarta que a procuradoria recebeu diversas denúncias por suposto incitamento pelo partido Eslováquia Progressista (PS) contra Fico, que sobreviveu ao atentado com feridas graves no abdómen.

O procurador-geral, Maros Zilinka, confirmou hoje que o seu gabinete estuda a documentação apresentada para confirmar o cumprimento dos requisitos estipulados pelo código do tribunal administrativo, onde se decide a ilegalização de partidos políticos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Autarcas do Alto Minho apanhados de surpresa com licença para alta tensão

  • Lusa
  • 5 Junho 2024

"Há duas providências cautelares de cinco municípios contra a Agência Portuguesa do Ambiente", lembram os autarcas do Alto Minho, descontentes por "neste processo, desde início, tem valido tudo".

Os autarcas de concelhos do Alto Minho, que contestam a linha de Alta Tensão Ponte de Lima-Fontefria (Galiza), manifestaram esta quarta-feira surpresa com a indicação de luz verde para a obra sem serem informados e sem desfecho dos processos judiciais.

Estranhamos a emissão de qualquer tipo de licença. Há duas providências cautelares de cinco municípios contra a Agência Portuguesa do Ambiente [APA]. Não é pelo facto de um projeto ser de interesse comunitário que se pode passar por cima da legislação, seja por causa de questões ambientais, seja por outra coisa qualquer. Neste processo, desde início, tem valido tudo”, lamentou, em declarações à Lusa, António Barbosa, presidente da Câmara de Monção (PSD), que neste dossiê se tem assumido como porta-voz das autarquias de Ponte de Lima (CDS), Ponte da Barca (PSD), Arcos de Valdevez (PSD) e Melgaço (PS).

Em causa está a “linha Dupla Ponte de Lima – Fontefría, Troço Português, a 400 kV”, que em julho de 2023 recebeu parecer favorável condicionado no RECAPE – Relatório de Conformidade Ambiental do Projeto de Execução, de acordo com os documentos disponíveis no site da APA, consultados pela Lusa. A linha abrange os concelhos de Vila Verde, no distrito de Braga, e Ponte de Lima, Ponte da Barca, Vila Verde, Arcos de Valdevez, Monção e Melgaço, no distrito de Viana do Castelo.

O autarca de Monção explicou que, da parte da Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG), entidade licenciadora do projeto, os cinco municípios não têm “qualquer informação”, mas receberam da REN (Rede Elétrica Nacional, entidade proponente do projeto) a indicação de que, a 26 de maio, a DGEG teria emitido licença de estabelecimento, para iniciar a obra”.

“Sem uma pronúncia por parte do tribunal [relativamente a duas providências cautelares interpostas pelos municípios], como é que a DGEG emite licença”, questionou. Barbosa adiantou que, em abril, a autarquia de Monção recebeu “indicação da DGEG para publicar editais com avisos aos proprietários dos terrenos por onde ia passar a linha”, devido ao início de trabalhos.

“A 11 de abril, enviamos email à DGEG a informar o diretor geral de Energia de que esta Câmara não ia publicar os editais porque todo o processo estava ferido de invalidade e eventual inexistência jurídica, sugerindo que ponderassem a suspensão do processo”, revelou. A DGEG foi ainda informada, na mesma comunicação, de que, no dia 9 de abril, uma providência cautelar apresentada pelos municípios em 2022 tinha sido alvo de recurso para o Supremo Tribunal Administrativo, acrescentou.

Por outro lado, as autarquias informaram também a DGEG de que uma nova providência cautelar tinha sido interposta por não terem sido notificados do RECAPE [Relatório de Conformidade Ambiental do Projeto de Execução, disponível no site da APA, com parecer favorável condicionado desde julho de 2023], observou o presidente de Câmara.

“Nós nem sequer fomos notificados de que havia ficado concluído o RECAPE no qual participamos fazendo a nossa defesa. A APA nunca notificou nenhum município e, legalmente, era obrigada a fazê-lo”, afirmou. De acordo com o presidente da Câmara de Monção, apesar das providências cautelares, “as entidades não quiseram saber e continuaram com o processo”, mas o gabinete jurídico contratado pelas cinco autarquias está a “ponderar novas ações judiciais”.

Nós cumprimos a lei. Enquanto houver matéria para defender, enquanto houver o não cumprimento da legalidade no sentido do licenciamento da linha, vamos continuar até à nossa última gota de suor a defender os interesses dos nossos eleitos”, assegurou. De acordo com o autarca, “não há qualquer benefício para estes territórios” com a linha de Alta Tensão.

“O que ganham em contrapartida os territórios? A estrada miserável que temos de Monção para Valença?”, ironizou. A Lusa contactou a APA, a DGEG, a REN e o ministério do Ambiente sobre esta matéria, mas não obteve resposta.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.