Presidente da TotalEnergies diz ser “necessário” pôr em exploração novos campos petrolíferos

  • Lusa
  • 24 Maio 2024

“A questão não é tanto saber quando é que a procura de petróleo vai começar a baixar, mas quando é que vai baixar mais de 4% ao ano”, afirmou o presidente da TotalEnergies, Patrick Pouyanné.

O presidente da TotalEnergies, Patrick Pouyanné, reiterou esta sexta-feira na assembleia-geral de acionistas da petrolífera, na sede localizada em La Défense, Paris, que é “necessário” pôr em exploração “novos campos petrolíferos”, contrariando assim a pressão dos ativistas. “A questão não é tanto saber quando é que a procura de petróleo vai começar a baixar, mas quando é que vai baixar mais de 4% ao ano”, afirmou o gestor, advertindo que, “nesta fase, a procura de petróleo continua a crescer, bem como a população mundial”.

O presidente da TotalEnergies alertou também aqueles que têm uma posição contrária, que levaria a que os preços do petróleo subissem para “níveis excessivamente elevados que se tornariam rapidamente insuportáveis para as populações dos países emergentes, mas também para a população dos países desenvolvidos”.

Recentemente, Patrick Pouyanné, que também é o presidente executivo da TotalEnergies, criticou “a nova bíblia” em relação às recomendações da Agência Internacional de Energia (AIE), que proíbe todos os novos projetos de petróleo e gás. Antes do início da assembleia-geral, ativistas da Greenpeace desenrolaram uma enorme faixa com a imagem de Patrick Pouyanné na qual se lia “procura-se”.

A faixa foi pendurada num edifício a algumas centenas de metros da sede do grupo, no bairro de La Defense, em Paris, procurando mostrar a ligação entre as políticas estratégicas da petrolífera e as alterações climáticas. A polícia está em força no bairro empresarial e financeiro de La Défense, onde a quarta maior empresa petrolífera do mundo e a maior de França em termos de lucros, que celebra este ano o seu centenário, realiza a sua assembleia-geral anual.

Patrick Pouyanné deverá ser eleito nesta assembleia-geral para mais um mandato à frente da ‘gigante’ TotalEnergies. A petrolífera, que tem atividade em Moçambique, informou que escolheu o seu edifício, uma torre de 48 andares, em vez de um outro local em Paris, para evitar “paralisar um bairro de Paris” – como aconteceu durante a tumultuosa assembleia-geral de 2023, que foi marcada por confrontos entre manifestantes e a polícia.

Um ano depois, a pressão não diminuiu. Nas ruas e nos tribunais, o grupo petrolífero continua debaixo de fogo, com os ativistas a acusarem-no de agravar o aquecimento global e prejudicar a biodiversidade e os Direitos Humanos através das suas atividades petrolíferas e na área do gás.

“Denunciamos a estratégia de expansão da TotalEnergies, que continua a ser orientada para o desenvolvimento de combustíveis fósseis, apesar da sua retórica ecológica”, disse à AFP Edina Ifticene, responsável pela luta contra a energia fóssil da Greenpeace. Este argumento foi partilhado por mais de 300 cientistas, incluindo peritos nomeados pela Organização das Nações Unidas (ONU), que assinaram um artigo de opinião no Le Monde descrevendo a estratégia da TotalEnergies como “climaticamente destrutiva”.

Na ordem de trabalhos da assembleia-geral, consta a votação da estratégia climática da TotalEnergies, sendo que alguns investidores pedem uma transição energética mais ambiciosa.

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Green is the new black

  • BRAND'S CAPITAL VERDE
  • 24 Maio 2024

O “sustentável” é muito mais que moda e incómodo regulatório; é sobretudo uma oportunidade de negócio para as próximas décadas.

Apesar de por vezes “o sustentável” e “o ESG” serem vistos como uma moda e um incómodo regulamentar, a ciência mostra que este é um paradigma que tem de permanecer connosco se queremos assegurar o nosso futuro (mais ou menos) como o conhecemos.

Nesse sentido, a mobilização de Bancos Centrais e instituições supragovernamentais ao longo das últimas décadas tem-se traduzido no acelerar da regulamentação, em particular, climática. Os custos regulatórios são baixos quando comparados com os impactos físicos das alterações climáticas e com o materializar de riscos de transição, cada vez mais inevitáveis e potencialmente mais abruptos à medida que vamos esgotando o nosso orçamento carbónico. Mas estes ainda são desafios considerados longínquos – para já, o foco ainda está nos custos de adaptação regulatória.

Mariana Coelho, Manager EY, Consulting Financial Services

Os bancos têm também sido colocados no papel central em termos de financiamento da transição verde. Este é um caminho que têm percorrido, com hesitação, em particular pelo potencial sacrifício de rentabilidade de curto prazo, pela natureza não vinculativa das expectativas que têm sido emitidas para o setor e pela incerteza na gestão dos riscos climáticos. Além das orientações específicas do setor bancário, também a CSRD levanta inúmeros desafios ao nível da recolha de dados, da avaliação da cadeia de valor ou da análise da dupla materialidade.

Mas… e se escolhermos ver as oportunidades?

Diversos estudos defendem que os millennials (geração nascida entre 1980 e 1996) e os Gen Z (geração nascida desde 1997) são mais sensíveis às alterações climáticas e à componente social dos negócios; estes são os atuais e futuros investidores, empresários e clientes de private banking e de crédito habitação. E são as gerações que ditam a perda da “licença social para operar”.

Interessa, e muito, capturar as oportunidades de negócio que as suas preferências representam para ganhar o negócio para o futuro e garantir a reputação – até porque estas preferências, felizmente, colocam os bancos no bom caminho para capturar as macrotendências e para corresponder ao atual e futuro quadro regulatório (passando por stress tests, Green Asset Ratios, eventuais Green Supporting Factors, entre outros).

A nível mundial, o investimento sustentável teve um crescimento de 20% entre 2020 e 20221. Há mercado para comercializar e emitir ativos sustentáveis, e a procura tem-se mantido considerável, mesmo num contexto de contração do investimento. À medida que os millennials e Gen Z obtêm património, aumentam as oportunidades.

O financiamento da transição e adaptação, um investimento anual mundial que a ONU estima de 1 bilião de dólares2, representa oportunidades inigualáveis de negócio. Um estudo da UE identifica que apenas 35% das PMEs europeias que investiram em projetos de sustentabilidade foram financiadas por bancos3. Também os apoios públicos ao financiamento da transição energética representam oportunidades; por exemplo, a Diretiva Desempenho Energético dos Edifícios, em discussão ao nível do Conselho e do Parlamento Europeu, prevê a necessidade de investimento na eficiência energética de praticamente todos os edifícios, e será previsivelmente acompanhada de apoios europeus.

Há um mundo de oportunidades. Não estamos (só) na moda – green is the new black.

Resumo
Apesar de por vezes o “sustentável” ser visto como pouco mais que uma moda e um incómodo regulamentar, a ciência demonstra que é o novo paradigma que tem de permanecer connosco. As empresas e os bancos têm incerteza sobre como navegar nesta nova realidade. Mas, olhando para além da regulamentação climática, social e de governo, há um mundo de oportunidades de negócio ESG para ganhar as próximas décadas – e os clientes do futuro valorizam a sustentabilidade e vão selecionar as empresas e bancos que correspondem às suas expectativas.

Mariana Coelho, Manager EY, Consulting Financial Services

1 Excluindo USA. GSIA-Report-2022.pdf (gsi-alliance.org)
2 The trillion dollar climate finance challenge (and opportunity) | UN News
3 Platform on Sustainable Finance report on a compendium of market practices (europa.eu)

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Responsáveis de agências noticiosas europeias falam em “transformação” para resistir a mudança

  • Lusa
  • 24 Maio 2024

"Estamos a fugir um pouco dos clientes de media tradicionais", afirmou o presidente da Lusa, assinalando que tem havido interesse em vender conteúdos a grandes plataformas.

Vários responsáveis de agências noticiosas europeias apontaram sexta-feira, em Lisboa, que está a haver uma transformação na forma de operar destas agências para resistir a mudanças tecnológicas e de recursos humanos.

As agências de notícias estão realmente orientadas para o futuro neste momento. Estão a diversificar, estão a prestar agora muito mais atenção à tecnologia“, disse à Lusa o secretário-geral da Aliança Europeia das Agências de Notícias (EANA), Alexandru Ion Giboi, à margem da conferência europeia da organização.

No segundo e último dia da conferência, que decorreu na sede da Lusa, em Lisboa, Ion Giboi apontou que há diferenças no desenvolvimento entre as várias agências noticiosas, mas “não há uma diferença assim tão grande” nas metas para o futuro.

Entre os principais desafios para o futuro das agências de notícias, o secretário-geral da EANA apontou que o ritmo das mudanças no panorama noticioso tem sido elevado, pelo que estas se têm de adaptar.

“Creio que um sentimento de flexibilidade e orientação para o futuro nas políticas das agências noticiosas deve ser a base para a evolução destas”, defendeu, à margem do debate “O papel das agências noticiosas no panorama mediático contemporâneo”.

A iniciativa contou também com o presidente da EANA e da agência France-Presse (AFP), Fabrice Fries, com o presidente da Lusa, Joaquim Carreira, e com a diretora-geral da agência noticiosa croata HINA, Branka-Gabriela Vojvodic.

No entender de Fabrice Fries, as agências noticiosas “já não estão num ambiente fechado em que apenas dependem de si”.

“A nossa estratégia e estar em locais onde a comunicação social já não vai e investir, especialmente nesses países. Acreditamos que é muito difícil para um órgão de comunicação social cobrir, por exemplo, África, sem subscrever o serviço da AFP. A nossa estratégia não é muito tecnológica, é jornalismo no local”, afirmou o presidente da EANA e da AFP.

Branka-Gabriela Vojvodic assinalou que uma das dificuldades para a agência noticiosa que lidera está relacionada com os recursos humanos. “A nossa média de idades é 54 anos e estamos com algumas dificuldades com jornalistas mais novos. É quase impossível – não encontrar, isso é fácil, porque o jornalismo é ‘sexy’ –, mantê-los”, começou por dizer a diretora-geral da HINA.

A responsável da agência noticiosa croata apontou que além da questão salário, há carreiras no setor da comunicação, como marketing ou relações públicas, com incentivos superiores ao do jornalismo. “Estamos a tentar adaptar-nos”, acrescentou.

Joaquim Carreira apontou que tem havido uma alteração do modelo de clientes. “Estamos a fugir um pouco dos clientes de media tradicionais”, afirmou, assinalando que tem havido interesse em vender conteúdos a grandes plataformas.

Os órgãos locais são pequenos e muito fragmentados. Temos cerca de 4% das empresas que reúnem 90% da faturação e 88% dos lucros. Há empresas muito grandes e muitas, muitas muito pequenas”, referiu, dizendo que há um processo que Portugal tem de fazer para que as empresas mais pequenas também cresçam.

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PS vai pedir documentos à CP e AMT sobre indemnização a atual secretária de Estado

  • Lusa
  • 24 Maio 2024

Em causa está a saída da CP da então administradora e atual secretária de Estado, Cristina Dias, com uma indemnização de cerca de 80.000 euros, para assumir funções como administradora da AMT.

O PS vai pedir à CP – Comboios de Portugal e à Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT) que envie ao parlamento documentos sobre a saída com indemnização de 80.000 euros da secretária de Estado Cristina Dias.

No documento enviado à Lusa e que vai dar entrada esta sexta no parlamento, o grupo parlamentar socialista pede que seja fornecida aos deputados a cópia do acordo de cessação do contrato de trabalho por acordo mútuo celebrado entre Cristina Dias e a CP, em julho de 2015, bem como a “cópia do excerto da ata do Conselho de Administração da CP onde consta a deliberação da referida cessação de contrato” e onde “consta a deliberação sobre os critérios para elegibilidade de cessação de funções com direito a indemnização”.

Em causa está a saída da CP da então administradora e atual secretária de Estado da Mobilidade, Cristina Dias, com uma indemnização de cerca de 80.000 euros, para assumir funções como administradora da AMT, por convite do governo PSD/CDS-PP liderado por Pedro Passos Coelho.

Na quarta-feira, o ex-diretor da Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário (EMEF) Francisco Fortunato, que denunciou o caso em 2015, disse no parlamento que “nenhuma norma foi cumprida” naquele processo e que a indemnização paga pela CP foi um “ato de má gestão, lesivo do interesse público e feito à total revelia dos normativos existentes e da política de austeridade então aplicada pelo Governo à generalidade dos trabalhadores”.

Francisco Fortunato garantiu ainda aos deputados que o tema ficará esclarecido quando receberem a ata da reunião em que foi decidido o pagamento da indemnização. “Os senhores vão ficar surpreendidos”, assegurou.

No pedido de documentação que vai dar entrada no parlamento, o PS pede ainda o parecer dos órgãos internos da CP que foram responsáveis pela apresentação da proposta que foi endereçada ao Conselho de Administração relativa ao pedido de Cristina Dias para a cessação do contrato de trabalho por acordo mútuo, a lista com o número de trabalhadores que rescindiram por mútuo acordo com direito a indemnização, entre 2013 e 2015, bem como o motivo de saída e a indicação do número de pedidos efetuados que não foram aceites pela empresa, por categoria profissional, e o motivo de recusa.

O grupo parlamentar socialista quer ainda conhecer o normativo interno para rescisão por mútuo acordo em vigor naquele ano, documentação onde conste todo o processo de pedido de rescisão por mútuo acordo da secretária de Estado da Mobilidade, a lista com os trabalhadores que saíram da CP sem indemnização entre 2010 e 2015, a lista com os efetivos em excesso na estrutura e a lista com o motivo de rescisão de todos os trabalhadores que saíram com menos de 55 anos, entre 2010 e 2015.

Cristina Pinto Dias

 

Na audição de quarta-feira, Francisco Fortunato lembrou que na altura da saída de Cristina Dias da CP, no âmbito das políticas de austeridade, as rescisões por mútuo acordo nas empresas públicas eram possíveis apenas em casos muito especiais, para pessoas com idade mínima de 55 anos, ou com incapacidade física definitiva para o exercício da atividade profissional, ou nos casos de extinção do posto de trabalho sem possibilidade de reconversão noutras funções.

O PS pede também o envio de detalhes sobre o processo de nomeação de Cristina Dias para o Conselho de Administração da AMT, “incluindo qualquer documentação relevante que justifique esta escolha frente às normas de incompatibilidade vigentes”. “É necessário esclarecer se a Sra. Cristina Dias foi beneficiada em relação a outros funcionários em situações semelhantes, tanto em termos da rapidez do processo quanto do montante da indemnização”, justifica o PS no documento, sublinhando que “este esclarecimento é vital para garantir que não houve tratamento preferencial, salvaguardando a equidade e a justiça administrativa”.

Em 19 de abril, o Correio da Manhã noticiou o caso, após Cristina Dias ter sido anunciada como secretária de Estado da Mobilidade e, no mesmo dia, o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, defendeu que a governante recebeu a sua indemnização com base em 18 anos de trabalho na CP e que até se lhe aplicou “o mais baixo dos dois salários que poderia ser ponderado”, como técnica superior e não como administradora, cargo que exercia quando deixou a empresa.

Leitão Amaro referiu também que se trata de uma indemnização “igual a perto de 400 trabalhadores e dentro de um programa aberto durante quatro anos com regras aplicáveis a todos”.

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Governo avança com simplificação da PAC e estende candidaturas ao Pedido Único

  • Lusa
  • 24 Maio 2024

O diploma, assinado pelo ministro da Agricultura e Pescas, promove ainda a simplificação para explorações com até 10 hectares de superfície agrícola declarada.

O ministro da Agricultura, José Manuel Fernandes, assinou a portaria que vai simplificar a Política Agrícola Comum (PAC) e decidiu estender as candidaturas ao Pedido Único até 14 de junho, foi anunciado.

“A simplificação vai flexibilizar o cumprimento das medidas da condicionalidade – boas condições agrícolas e ambientais – nomeadamente na cobertura mínima dos solos, na rotação das culturas através da diversificação e no fim de obrigação de deixar uma parte da área agrícola a superfícies não produtivas, como as terras em pousio”, detalhou, em comunicado, o executivo.

O diploma em causa, assinado pelo ministro da Agricultura e Pescas, José Manuel Fernandes, promove ainda a simplificação para explorações com até 10 hectares de superfície agrícola declarada. Estas explorações ficam isentas de controlo e de sanções administrativas a título da condicionalidade.

Por outro lado, segundo o mesmo documento, as explorações que estão situadas em áreas abrangidas por fenómenos climáticos adversos que, “pela sua gravidade e duração, impeçam o cumprimento de norma ou de parte de norma das boas condições agrícolas e ambientais vão beneficiar de uma derrogação temporária por condições meteorológicas”.

O Ministério da Agricultura assinalou que o primeiro ano de aplicação da PAC “demonstrou a necessidade de serem feitos ajustamentos”, de modo a garantir a implementação dos Planos Estratégicos da Política Agrícola Comum (PEPAC). O Conselho de Ministros da Agricultura e o Parlamento aprovaram a proposta de regulamento para a simplificação da PAC, sendo agora necessário adaptar as normas nacionais. O prazo de candidaturas ao Pedido Único (PU) 2024 foi também alargado até 14 de junho. Inicialmente, as candidaturas poderiam ser submetidas entre 1 de março e 31 de maio.

“Para darmos previsibilidade aos agricultores, para que eles possam utilizar estas novas regras de simplificação, vamos alargar o Pedido Único até 14 de junho do corrente ano, sem alterarmos o calendário previsto”, assinalou, citado na mesma nota, o ministro da Agricultura. Na quarta-feira, a Confagri (Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal) mostrou-se preocupada com a evolução do número de candidaturas ao PU, “tendo em conta as dificuldades e os problemas que voltam, repetidamente, a acontecer com os sistemas de informação”.

O secretário-geral da Confagri, Nuno Serra, lamentou a “burocracia excessiva” associada a este processo. O PU é um pedido de pagamento direto das ajudas que fazem parte dos regimes sujeitos ao SIGC – Sistema Integrado de Gestão e Controlo. Este pedido abrange os pagamentos diretos, os apoios associados, ecorregimes, desenvolvimento rural, pagamentos da rede natura, a manutenção da atividade agrícola em zonas desfavorecidas e as medidas florestais.

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Montenegro promete cumprir de investimento de 2% em defesa até 203

  • Lusa
  • 24 Maio 2024

“O nosso compromisso com a NATO, com os nossos parceiros, com a Aliança Atlântica é total", disse o primeiro-ministro de Portugal.

O primeiro-ministro português, Luís Montenegro, considerou esta sexta-feira, em Berlim, que o cumprimento do calendário para atingir os 2% do valor do PIB em investimentos na defesa “é ambicioso”, mas será cumprido até 2030.

O líder do governo português deslocou-se à Alemanha, naquela que foi a sua segunda visita oficial ao estrangeiro. Ao lado do chanceler Olaf Scholz, na Chancelaria Federal, onde foi recebido com honras militares, respondeu às perguntas dos jornalistas.

O nosso propósito, no Governo, é cumprirmos o calendário de atingir os 2% do valor do nosso orçamento em percentagem do PIB para a área da defesa até 2030. É um calendário ambicioso visto que teremos de recuperar o atraso que, entretanto, se acumulou ao longo dos últimos anos”, revelou o líder do governo português.

“O nosso compromisso com a NATO, com os nossos parceiros, com a Aliança Atlântica é total. Desse ponto de vista, nós compreendemos que não se pode ficar apenas pelas palavras, este compromisso também tem de se materializar em atos”, sublinhou.

Berlim já tinha anunciado que vai cumprir a meta dos gastos com a defesa de pelo menos 2% do PIB ainda este ano. O chanceler Olaf Scholz prometeu continuar a executar este objetivo daqui para frente.

Luís Montenegro realçou o apoio que a Alemanha tem dado à Ucrânia, estando na “linha da frente da ajuda” para que Kiev possa defender-se de uma agressão que “não traz futuro, nem boas expectativas à Europa e ao mundo”.

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“Nas 40 horas semanais de trabalho deveria estar previsto tempo dedicado a aprender”, diz CEO da Lisbon Digital School

A assinalar o 6º aniversário, a Lisbon Digital School aposta na formação prática e de proximidade com as empresas. Adquirir conhecimentos para se relacionarem com as agências é uma das necessidades.

A Lisbon Digital School vai arrancar com uma série de eventos em formato hibrido sobre temas de marketing digital e inovação. O primeiro desta série “Update & Connect”, o Innovation Ignite”, decorre este sábado, 25 de Maio, no IDEA Spaces Palácio, em Lisboa, e conta com nomes como Glauco Madeira, chief transformation officer da escola, António Cancela de Abreu, head of product strategy and design na Bliss Applications, Pedro Janela, chairman & founder do WYgroup, ou Raquel Araújo, innovation manager no Hospital da Luz Learning Health.

No ano em que a Lisbon Digital School comemora o sexto aniversário, decidimos retomar os nossos eventos presenciais. A Inovação é uma área que queremos explorar por se tratar do motor impulsionador para o futuro das empresas, o desenvolvimento de produto digital, onde já temos muitas empresas portuguesas a dar cartas”, explica ao +M Natacha Gama Pereira, CEO da Lisbon Digital School.

Ainda este ano, conta a responsável, vai decorrer também a quarta edição do evento O Teu Futuro é Digital, formação gratuita de marketing digital e Inovação dirigida a jovens recém-licenciados. “O objetivo é dar-lhes ferramentas no digital para que fiquem melhor preparados para integrar o mercado de trabalho“, explica, acrescentando que pela primeira vez esta iniciativa está aberta a todas as áreas de formação, não estando fechado às áreas de Marketing, Comunicação, Gestão e Design, como nos anos anteriores.

Fundada há seis anos por Virgínia Coutinho, que morreu três anos depois, a Lisbon Digital School integrou de seguida o WYgroup – “pela mão do nosso cuidador, Pedro Janela” –, com o objetivo de prosseguir o legado da fundadora. Os formadores profissionais estão no mercado e os cursos têm um pendor prático. A CEO da escola de marketing digital conta que as áreas mais procuradas são marketing digital de forma mais holística, IA, social media, customer journey e experience.

As formações corporate tailor made permitem-nos conhecer muitas empresas e as suas necessidades, sendo a formação desenhada de raiz e adaptada à realidade da empresa”, acrescenta a responsável.

Destinada então a particulares e a empresas, quando questionada sobre as maiores necessidades sentidas pelas empresa em termos de formação, Natacha Gama Pereira responde que a maior necessidade “começa mesmo por priorizar o acesso à formação nas empresas e ser assumido como parte da cultura de todas as empresas”.

“Nas 40 horas semanais de trabalho deveria estar previsto tempo dedicado a aprender. Ouvir um podcast, participação numa conferência, um curso online, tempo que seja de imersão em conhecimento enquanto desenvolvimento pessoal“, acredita.

Depois, necessidades mais concretas, depende muito da empresa, e do seu estado de maturidade e audiência, passando por temas como o mapeamento da jornada dos clientes, ferramentas de IA, redes sociais, desde a estratégia, criação de conteúdos, a métricas, performance, a leitura de dados, descreve

Há uma necessidade transversal a muitas empresas e marcas, de poderem adquirir conhecimentos para se sentirem mais confiantes para se relacionarem com as agências com quem trabalham. Agências de comunicação, media, performance“, nota ainda Natacha Gama Pereira.

Outro desafio das empresas, prossegue, é formar equipas comerciais com um conhecimento que lhes permita olhar para os canais digitais como um meio para amplificar a sua rede de vendas. “Explicar o conceito de omnicanalidade e desconstruirmos a falsa ideia de que ainda existe o físico versus digital”.

Com o objetivo de ser uma referência no ensino do marketing digital e inovação, para particulares e empresas, e serem “agentes na democratização da literacia digital”, Natacha Gama Pereira aponta a expansão internacional como um dos objetivos para a Lisbon Digital School. “Há um mercado PALOPs que queremos explorar”, avança.

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Portugal é um “aliado fiável”, diz Scholz a Montenegro

  • Lusa
  • 24 Maio 2024

"Estamos ambos empenhados em dar ainda mais intensidade a uma relação que, do ponto de vista comercial, faz da Alemanha o segundo parceiro mais importante", disse o líder do governo português.

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, sublinhou esta sexta-feira que os governos de Portugal e da Alemanha estão empenhados em “dar ainda mais intensidade” a uma relação bilateral que faz de Berlim o segundo parceiro comercial mais importante. Na segunda visita oficial ao estrangeiro depois da tomada de posse, a primeira à Alemanha, Luís Montenegro revelou que os dois países estão “muito próximos em vários desafios que se colocam à Europa”.

Temos todas as razões para confiar no reforço das ligações nas relações culturais, económicas e políticas entre Portugal e a Alemanha (…) Estamos ambos empenhados em dar ainda mais intensidade a uma relação que, do ponto de vista comercial, faz da Alemanha o segundo parceiro mais importante”, revelou o líder do governo português.

O primeiro-ministro português chegou à Chancelaria Federal às 11:30 (menos uma hora em Portugal continental) e foi recebido pelo chanceler alemão, Olaf Scholz, com honras militares. A integrar a comitiva portuguesa esteve também Paulo Rangel, ministro dos Negócios Estrangeiros português.

Luís Montenegro e Olaf ScholzLusa

“Combinámos ambos participar num fórum empresarial que decorrerá aqui em Berlim no fim do ano, ou princípio de 2025, que juntará empresários alemães e que será uma oportunidade para aprofundar os investimentos que as empresas alemãs fazem em Portugal e para dar nota daquilo que as empresas portuguesas aportam à economia alemã”, revelou Montenegro em conferência de imprensa conjunta. “Daremos prioridade aos investimentos na área digital, na área da transição ecológica, na área da inovação”, detalhou.

O chanceler alemão, Olaf Scholz, sublinhou que Portugal é um “aliado fiável”, “bom amigo da União Europeia”, agradecendo o apoio que tem sido dado na ajuda à Ucrânia, um dos pontos que também foi discutido durante a reunião entre os dois líderes.

A poucos dias das eleições europeias, marcadas para 9 de junho, Scholz e Montenegro aproveitaram para apelar ao voto “expressivo e claro” como um instrumento de combate aos extremismos.

Felizmente os extremismos, quer de direita, quer de esquerda, não são ainda prevalecentes na União Europeia e, muito menos, em Portugal (…) Há efetivamente um deposito de frustração que os eleitores têm evidenciado nas sucessivas eleições, internas e, neste caso também, europeias relativamente a expectativas que não são cumpridas (…) É preciso governar bem, responder aos problemas das pessoas”, sustentou o primeiro-ministro português.

“Passámos grande parte do tempo do nosso encontro a olhar para a competitividade europeia, para a reformulação do mercado interno, para os mecanismos de financiamento e de investimento para criar mais riqueza. Termos mais pujança económica para garantirmos maior bem-estar social. E é isso que combate os extremismos, sejam eles de direita ou de esquerda”, concluiu.

A primeira visita oficial de Luís Montenegro ao estrangeiro foi a Madrid, para um encontro com o presidente do executivo espanhol, Pedro Sánchez.

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Acionistas da Navigator aprovam 14 milhões em prémios aos trabalhadores

  • Lusa
  • 24 Maio 2024

A Navigator – que dá 3.500 empregos diretos e diz ser responsável por cerca de 30 mil indiretos e induzidos – acrescentou que está “comprometida com a atração e retenção dos melhores talentos”.

A Navigator disse esta sexta-feira que foi aprovada a distribuição de 14 milhões de euros em prémios aos trabalhadores, na assembleia-geral que decorreu em Lisboa, onde os trabalhadores se concentraram a exigir aumentos salariais.

Em comunicado, a empresa de pasta e papel disse que a assembleia-geral de acionistas desta manhã aprovou a “distribuição de 14 milhões de euros em prémios aos seus colaboradores, referentes aos resultados de 2023, como reconhecimento da entrega e compromisso das suas pessoas na obtenção dos resultados alcançados pela companhia”.

A empresa afirmou ainda que este ano atualizou as políticas remuneratórias, o que resultou “num aumento médio superior a 5% das remunerações”.

A Navigator – que dá 3.500 empregos diretos e diz ser responsável por cerca de 30 mil indiretos e induzidos – acrescentou que está “comprometida com a atração e retenção dos melhores talentos”, pelo que atribui benefícios aos seus empregados e agregados familiares como seguro de saúde, seguro de vida, bolsas de estudo, entre outros, num investimento médio anual de 2.039 euros por funcionário e total de cerca de 1,6 milhões de euros.

A Navigator termina o comunicado a dizer que, “só nos últimos dez anos, já entregou mais de 110 milhões de euros em prémios e benefícios aos colaboradores”. A Navigator teve esta sexta a sua assembleia geral anual, que se realizou no hotel Ritz, no centro de Lisboa. Entre as propostas estavam a aprovação das contas de 2023 (lucros de 275 milhões de euros, menos 30% face aos 392 milhões de euros de 2022) e a distribuição de 150 milhões de euros em dividendos.

Fonte oficial disse à Lusa que todas as propostas foram aprovadas e que os prémios anuais aos funcionários serão pagos junto com o salário de maio. A empresa é detida sobretudo pela Semapa, cujo principal acionista, por sua vez, é a Sodim (holding da família Queiroz Pereira).

Esta manhã, cerca de 120 trabalhadores do grupo Navigator estiveram concentrados em frente ao hotel onde se realizou a assembleia geral para exigir aumentos salariais e o regresso à mesa das negociações. Os trabalhadores aprovaram uma moção a exigir o regresso das negociações ou avaliarão novas formas de luta.

Segundo explicou à Lusa o dirigente da federação intersindical Fiequimetal (afeta à CGTP) Mário Matos, a empresa aplicou o acordo que fez na Navigator Company com um sindicato a todos os trabalhadores do grupo Navigator UWF por ato de gestão.

Em resultado, houve uma antecipação da progressão de carreira (dependente da avaliação e em alguns casos com aumentos de poucos euros) quando, afirmou, uma coisa é carreira e outra é melhorar a tabela salarial. Na tabela salarial – o principal objeto das negociações anuais – não houve qualquer aumento, disse, acrescentando que isto acontece quando 2023 foi o segundo melhor ano de sempre para a Navigator.

A Fiequimetal tem dito que, além de não negociar o caderno reivindicativo, a Navigator reduziu de 15% para 10% o pagamento do subsídio de turno, no regime de dois turnos, e que já antes “tinha retirado os apoios aos enteados dos trabalhadores e aumentado a contribuição do seguro de saúde do cônjuge”. A federação intersindical critica ainda o prémio anual, considerando “vergonhoso” que o prémio ao trabalhador executante seja equivalente a 0,45 do ordenado.

Na manifestação desta sexta estiveram trabalhadores das fábricas de Setúbal, Figueira da Foz e Aveiro.

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Fenprof envia proposta ao Governo em busca de acordo na negociação suplementar

  • Lusa
  • 24 Maio 2024

Na expectativa de chegar a acordo com a tutela na negociação suplementar, a Fenprof enviou ao Governo uma proposta para a recuperação do tempo de serviço congelado.

A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) enviou esta sexta-feira ao Governo uma proposta para a recuperação do tempo de serviço congelado, na expectativa de chegar a acordo com a tutela na negociação suplementar.

Depois de o período de negociações ter terminado na terça-feira sem acordo entre a Fenprof e o Ministério da Educação, Ciência e Inovação, a federação pediu a negociação suplementar e na nova proposta enviada esta sexta-feira aproxima-se da tutela em vários aspetos, mas não deixa cair a principal reivindicação que ficou de fora nos acordos assinados com outras estruturas sindicais.

“Aos docentes que não podem recuperar a totalidade ou parte do tempo de serviço que perderam nos dois períodos de congelamento (…) aplicar-se-á um regime específico de cálculo ou recálculo da respetiva pensão de aposentação“, refere o documento.

A Fenprof refere-se a professores que estão no topo da carreira ou que se vão aposentar, cerca de 25.400 segundo as suas estimativas, e que ficam de fora porque os termos definidos pela tutela estabelecem que a recuperação do tempo de serviço serve apenas para efeitos de progressão.

“Seria hipócrita fazer um acordo hoje e depois irmos pedir negociação suplementar, ou irmos à Assembleia da República pedir a retificação para considerar os colegas que são excluídos”, justificou, na terça-feira, o secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira.

Além desta questão, a Fenprof propõe que os professores que utilizaram tempo dos 1.018 dias recuperados em 2019 para obter vaga nos 5.º ou 7.º escalões possam recuperar novamente esse tempo.

Inclui ainda os professores integrados nos quadros das regiões autónomas da Madeira e dos Açores que já recuperaram algum tempo de serviço no âmbito dos regimes criados pelos governos regionais, mas não a totalidade por também terem trabalhado no continente durante os períodos de congelamento.

A Fenprof, que defendia a devolução dos seis anos, seis meses e 23 dias a uma média anual de 33% ao longo de três anos, aceita agora os prazos definidos pelo Governo, que estipulam a contabilização a uma média anual de 25% entre 2024 e 2027.

A proposta apresentada pela tutela na última reunião negocial, na terça-feira, foi aceite por sete das 12 organizações sindicais de professores: Federação Nacional da Educação (FNE), Federação Nacional do Ensino e Investigação (Fenei), Sindicato Independente de Professores e Educadores (SIPE), Federação Portuguesa dos Profissionais de Educação, Ensino, Cultura e Investigação (Fepeci), Sindicato Nacional dos Professores Licenciados pelos Politécnicos e Universidades (Spliu), Sindicato Nacional dos Professores Licenciados (SNPL) e Sindicato dos Educadores e Professores do Ensino Básico (Sippeb).

Sobre a Fenprof, o ministro Fernando Alexandre tinha afirmado, ainda antes de reunirem, em declarações aos jornalistas, que a federação liderada por Mário Nogueira “nunca foi parte da solução” e disse duvidar, por vezes, que a educação e os professores sejam a “sua grande preocupação”.

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Mário Ferreira leva ‘Central Park’ para Famalicão

O empresário Mário Ferreira comprou o Lago Discount, um multiusos na carteira do Novobanco, passou a 'Famalicão Central Park' e o plano agora é transformar o complexo até ao final do ano.

Entrevista a Mário Ferreira, Porto, 14 de maio de 2020. A Prisa anunciou hoje que o empresário Mário Ferreira comprou 30,22% da Media Capital, através da Pluris Investments, numa operação realizada por meio da transferência em bloco das ações por 10,5 milhões de euros. JOSÉ COELHO/LUSAJOSÉ COELHO/LUSA

De ‘Lago Discount’ a ‘Famalicão Central Park’, esta é apenas a primeira mudança no complexo multiusos que o empresário Mário Ferreira comprou ao Novobanco e que quer transformar ao longo dos próximos meses. “A primeira ação foi investir no upgrade das infraestruturas para responder às necessidades dos principais clientes que já têm negócio no complexo”, revela Mário Ferreira ao ECO.

A escolha da nova marca decorre do novo posicionamento para um espaço que tem já clientes como o Continente e a estação de serviço Galp, a par das lojas MaxMat, Worten, MO, Tiffosi, W52, Inovlar e Centroxogo. “A ideia do nome surgiu da existência de uma verdadeira avenida naquele espaço, que queremos transformar do ponto de vista da sua arquitetura. Contratamos uma empresa de arquitetura paisagística para mudar o cenário, para pôr árvores de cariz autóctone. Faz parte da estratégia comercial, para dinamizar o que já temos e atrair mais duas ou três âncoras comerciais, nomeadamente na restauração de grande dimensão e fast-food“.

O ‘Famalicão Central Park’ tem disponíveis cerca de 50 mil metros quadrados cobertos para arrendamento comercial, revela Mário Ferreira, espaços nunca usados desde que o multiusos foi construído. Mas o empresário tem outros projetos para desenvolver o espaço, que vai ser gerido diretamente pela Widerproperty, sociedade especializada em property management imobiliário. “Estamos em negociações adiantadas para o desenvolvimento de duas residências de terceira idade, com cerca de 45 quartos, cada, para o segmento médio. Além disso, pela localização do complexo, numa área com indústria, vão também desenvolver um projeto de ‘Low Cost Service Apartments’, para arrendamento de curta duração, com tipologias Estúdio e T1, destinado a responder às necessidades das empresas que estão na órbita do multiusos”.

De acordo com a informação oficial disponível, o ‘Famalicão Central Park’ já tem atrações de entretenimento, “nomeadamente o Museu da Guerra Colonial, o Museu do Automóvel Antigo, um kartódromo indoor em 2.500 m2, um complexo de bowling e um parque de lasertag, além de um Sette Padel, com oito courts de nível competição e quase 3.000m2 de área coberta”. “Vamos conversar também com o município de Famalicão para desenvolver de forma qualificada o atualmente existente ‘Museu da Guerra Colonial’ e o anunciado ‘Museu do Carro Antigo’, que mais parece uma garagem“, diz Mário Ferreira.

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⛽ Gasolina vai descer na próxima semana, mas o gasóleo não mexe

A partir de segunda-feira, quando for abastecer, deverá pagar 1,553 euros por litro de gasóleo simples e 1,744 euros por litro de gasolina simples 95.

Os preços dos combustíveis vão ter um comportamento diferenciado na próxima semana. O gasóleo, o combustível mais usado em Portugal, não deverá sofrer qualquer alteração, mas a gasolina deverá descer meio cêntimo, avançou ao ECO fonte do mercado.

Quando for abastecer, deverá passar a pagar 1,553 euros por litro de gasóleo simples e 1,744 euros por litro de gasolina simples 95, tendo em conta os valores médios praticados nas bombas à segunda-feira, divulgados pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG). É necessário recuar a 24 de julho para encontrar valores mais baixos por litro de diesel e a 18 de março, no caso da gasolina.

Estes valores já têm em conta os descontos aplicados pelas gasolineiras e a revisão das medidas fiscais temporárias para ajudar a mitigar o aumento dos preços dos combustíveis. A redução de impostos determinada pelas medidas atualmente em vigor é de 25 cêntimos por litro de gasóleo e de 26 cêntimos por litro de gasolina.

Os preços podem ainda sofrer alterações para ter em conta o fecho das cotações do petróleo brent à sexta-feira e o comportamento do mercado cambial. Mas também porque os preços finais resultam da média dos valores praticados por todas as gasolineiras. É ainda de recordar que os preços cobrados ao consumidor final podem variar consoante o posto de abastecimento.

Esta semana, os preços do gasóleo desceram 1,2 cêntimos e os da gasolina 0,7 cêntimos, próximo daquela que foi a estimativa do Automóvel Clube de Portugal.

O preço do brent, que serve de referência para o mercado europeu, está a cair 0,26% esta sexta-feira, para os 81,15 dólares por barril, e caminha para uma forte quebra semanal, à boleia dos bons indicadores económicos dos Estados Unidos que limitam as expectativas de que a Reserva Federal norte-americana reduza os juros.

O brent, tal como o WTI, terminou quatro sessões no vermelho com os preços por barril a cair de 83,98 dólares para 81,36 dólares, ou seja, uma queda de 3,11%. Os investidores receiam que prolongar as taxas de juro em níveis elevados vai fragilizar a economia norte-americana e, consequentemente, a procura por energia.

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