Inteligência Artificial no E-commerce: Estudo prevê impacto positivo de 31 mil milhões de dólares em 2025

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  • 28 Janeiro 2025

Personalização, eficiência e vendas potenciadas por tecnologia que promete revolucionar a experiência de compra online em 2025.

A Inteligência Artificial (IA) é uma das principais tendências para 2025 e está a afirmar-se como uma ferramenta essencial para o crescimento do e-commerce. Num cenário global em que se estima que 2,9 mil milhões de consumidores adquiram bens online — representando 36% da população mundial — a IA desempenha um papel fundamental, contribuindo em cerca de 31 mil milhões de dólares (1,1%) para o crescimento total do setor em 2025, de acordo com dados da Statista.

Inteligência Artificial no E-commerce: Estudo prevê impacto positivo de 31 mil milhões de dólares em 2025

Este impacto é explicado pela expansão do mercado global de IA, com estimativas a apontar para um valor de 244 mil milhões de dólares em 2025 e podendo atingir uns impressionantes 827 mil milhões até 2030. Este facto faz com que as tecnologias de Inteligência Artificial sejam um tema incontornável para empresas de todos os setores, em especial para o e-commerce.

Para Marcelo Caruana, Head de Marketing da E-goi — plataforma de automação de marketing omnichannel e inteligência artificial — estas conclusões não surpreendem: “A utilização de inteligência artificial em e-commerces é uma mais-valia, pois a tecnologia permite impulsionar a relação com os clientes, aumentar o número de vendas e otimizar processos.”

O estudo da Statista reforça esta posição ao indicar que mais de 50% dos e-commerces já adotaram soluções baseadas em IA, sendo que 30% contam com uma integração total. Isto demonstra como a IA se está a tornar num fator de competitividade no setor.

Neste contexto, a E-goi demonstra o impacto positivo das soluções de IA nos e-commerces, com resultados de clientes que implementaram soluções nas suas lojas online:

  • A Salsa Jeans registou um aumento de 73% no ticket médio ao utilizar a ferramenta Send Time Optimization, uma funcionalidade que envia a mensagem para cada destinatário na melhor hora e no melhor dia.
  • Um retalhista de brinquedos na Península Ibérica obteve um aumento de 24% na taxa de conversão com campanhas baseadas em Next Best Offer (NBO), uma ferramenta de IA que analisa o comportamento do cliente para sugerir produtos/conteúdos relevantes, melhorando a experiência do utilizador.
  • Um e-commerce na América Latina registou um crescimento de 7% na taxa de cliques em campanhas personalizadas.

Estes casos exemplificam como a IA está a revolucionar o e-commerce, oferecendo ferramentas avançadas para otimizar vendas e o engagement do cliente, e evidenciam a importância de adotar soluções de inteligência artificial.

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Bancos antecipam que procura por crédito vai continuar a subir

Setor continua a assistir a uma recuperação da procura por crédito tanto das famílias como das empresas, perante alívio das taxas de juro.

A procura por crédito recuperou no ano passado à boleia do desagravamento das taxas de juro. Os bancos estão a antecipar que se vai manter a tendência nos próximos meses, em especial no segmento dos empréstimos para a compra de casa.

O inquérito aos bancos sobre o mercado de crédito, divulgado esta terça-feira pelo Banco de Portugal, mostra que as instituições financeiras esperam um “ligeiro aumento da procura de empréstimos por PME”, enquanto nas famílias se antecipa um “aumento da procura de empréstimos no segmento da habitação”.

A procura atingiu o fundo entre o último trimestre de 2022 e o primeiro trimestre de 2023 e está a recuperar desde então. Sobretudo no mercado de crédito à habitação.

Segundo o que os bancos relataram ao supervisor, o alívio das taxas de juro ajudou, mas também uma maior confiança das famílias e o “regime regulamentar e fiscal do mercado da habitação”.

O Governo avançou no ano passado com várias medidas de apoio à compra de casa para os jovens, designadamente a isenção de IMT e de Imposto de Selo e ainda uma linha de garantia pública.

No que diz respeito às empresas, não houve alterações na procura nos últimos três meses, dado que continuaram a recorrer “à geração interna de fundos como fonte de financiamento”.

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Dinamarca reitera a Trump que não cederá Gronelândia

  • Lusa
  • 28 Janeiro 2025

"Trump não terá a Gronelândia. A Gronelândia é a Gronelândia, e o povo groenlandês" é "protegido pelo direito internacional", diz o ministro dos Negócios Estrangeiros dinamarquês.

O ministro dos Negócios Estrangeiros dinamarquês, Lokke Rasmussen, reiterou esta terça-feira ao Presidente norte-americano, Donald Trump, que o seu Governo não permitirá a cedência da Gronelândia. “Trump não terá a Gronelândia. A Gronelândia é a Gronelândia, e o povo groenlandês é um povo no sentido do direito internacional, protegido pelo direito internacional”, disse Lokke Rasmussen, em declarações aos jornalistas.

“É também por isso que temos dito repetidamente que, em última análise, é a Gronelândia que decide a situação na Gronelândia”, assegurou o chefe da diplomacia dinamarquesa. A partir de Paris, onde está numa visita oficial, a primeira-ministra da Dinamarca, Mete Frederiksen, disse ter recebido “um apoio muito forte” dos seus homólogos europeus, perante as ambições de Trump sobre a Gronelândia.

“A mensagem é muito, muito clara. Devemos respeitar absolutamente o território e a soberania dos Estados, é um elemento essencial da comunidade internacional, desta comunidade internacional que construímos juntos desde a Segunda Guerra Mundial”, afirmou Frederiksen, em Paris, após um encontro com o Presidente francês, Emmanuel Macron.

Já antes, em Berlim, a chefe do Governo dinamarquês recebeu o apoio do chanceler alemão, Olaf Scholz, que disse que “as fronteiras não devem ser movidas à força”, acrescentando em inglês “a quem possa interessar”.

A preocupação tem vindo a crescer na Dinamarca após os repetidos comentários de Donald Trump sobre a ambição de controlar a Gronelândia, em que o Presidente norte-americano garantiu que os Estados Unidos acabarão por conseguir o território autónomo dinamarquês.

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+M

Santander escolhe Publicis Groupe como agência global de meios e criatividade

  • + M
  • 28 Janeiro 2025

O Santander unifica assim a criatividade e planeamento de meios num único grupo. Até agora o banco trabalhava com a VML (como agência criativa) e com a Dentsu (planeamento de meios).

O Santander apostou no Publicis Groupe como agência de meios e criatividade, a nível global, tendo a seleção surgido após “uma oferta competitiva em que participaram as maiores agências de marketing do mundo”. Até agora o banco trabalhava com a VML (como agência criativa) e com a Dentsu (planeamento de meios).

“Estamos muito satisfeitos com esta nova parceria e confiantes de que os dados avançados e as capacidades tecnológicas nos ajudarão a estreitar a ligação com os nossos atuais e futuros clientes. A união de todas as nossas atividades de marketing numa única agência permitir-nos-á tirar partido da nossa presença global única e escalar as nossas melhores práticas de uma forma mais eficaz“, diz citado em comunicado Juan Manuel Cendoya, diretor global de comunicação, marketing corporativo e estudos corporativos, e vice-presidente do Santander Espanha.

Em junho, o Santander unificou a narrativa e posicionamento da marca a nível global sob o lema “Começa agora”. O objetivo passava por “estabelecer uma ligação e um envolvimento com os clientes, colocando as necessidades e interesses destes em primeiro lugar”, refere-se em nota de imprensa.

Esta mudança agora para uma única agência “ajudará a consolidar a nova narrativa e a acelerar a adoção tecnológica permitindo experiências mais personalizadas”.

Além disso, “proporcionará capacidades e medições comuns a todo o grupo para aumentar a eficácia das suas operações globais“, sendo que a execução da estratégia “permanecerá local para garantir que o contexto e as sensibilidades do mercado local sejam tidos em consideração”, lê-se na mesma informação.

No processo de seleção foram avaliadas as capacidades em termos de criatividade, tecnologia & data analytics e de inteligência artificial.

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Turistas americanos ajudam Vila Galé a lucrar mais 5% em 2024

O mercado norte-americano foi o que mais cresceu (30%) no grupo hoteleiro durante o ano passado, seguindo-se o canadiano e o alemão. As receitas em Portugal aumentaram 9% para 172 milhões de euros.

O grupo Vila Galé teve lucros de aproximadamente 105 milhões de euros no ano passado, o que representa um aumento de 5% em relação a 2023. O resultado líquido da empresa ainda não está fechado, mas é a previsão da gestão apresentada esta terça-feira. Já as receitas em Portugal cresceram 9%, em termos homólogos, para 172 milhões de euros.

O crescimento do grupo, onde 45% do negócio se deve aos portugueses, teve um novo impulsor em 2024: o mercado norte-americano, que foi o que mais valorizou ao nível das receitas (+30%). Seguiu-se logo depois o Canadá (+25%) e a Alemanha (+23%).

“Foi um ano positivo. Os Estados Unidos são um mercado extremamente promissor para Portugal e foi uma revelação total. Vamos continuar a apostar nos mercados que mais cresceram”, afirmou o fundador e presidente do grupo hoteleiro, Jorge Rebelo de Almeida, num almoço de imprensa que se realizou no Hotel Vila Galé Ópera, em Alcântara.

Qual o diferencial trazido pelos EUA? Optam por estadas mais longas no país e espalham-se por outras zonas do território que não as mais cosmopolitas, como o Alentejo ou o Douro. “O interior ainda tem muito espaço para escrever. Temos de pensar nestas alternativas”, referiu o gestor a propósito de problemas que ainda afetam o setor, entre os quais a “falta de capacidade” e a data de abertura do novo aeroporto de Lisboa.

O plano de investimento para 2025 prevê 26 milhões de euros para Portugal e mais 120 milhões de reais (cerca de 19,2 milhões de euros) para o Brasil, que serão canalizados para as aberturas de hotéis em Ouro Preto (Minas Gerais), Belém (Pára), Casas de Elvas (Alentejo) e Curutelo (Viana do Castelo). “Continuamos viciados em fazer muitas coisas”, garantiu o CEO aos jornalistas.

Em 2024, ano que marcou a entrada da empresa em Espanha (Isla Canela), o Vila Galé fez um investimento de aproximadamente 50 milhões de euros. A chegada ao país vizinho materializou-se nem receitas de 6,6 milhões de euros. No que diz respeito ao Brasil, as receitas foram de 682 milhões de reais (110 milhões de euros), após subirem 6% (comparação em real brasileiro).

No acumulado, o número de hóspedes que se instalaram no Vila Galé aumentou 5% comparativamente a 2023. Apesar do ímpeto da maior economia do mundo, os dados mostram que o mercado português continua a valorizar, embora a menor ritmo. Aliás, os portugueses foram os principais clientes do Vila Galé de Isla Canela. “Aconteceram movimentações de portugueses do Algarve para o sul de Espanha, mas não canibalizaram a oferta“, disse Gonçalo Rebelo de Almeida, administrador do Vila Galé, no encontro com a comunicação social.

O património e a gastronomia da Europa continuam a ser atrativos. Portugal mantém-se competitivo, o que nos permite continuar a apostar com otimismo, num mundo conturbado“, acrescentou Gonçalo Rebelo de Almeida.

Os mercados emissores turísticos que mais caíram foram França (-10%) e Espanha (-5%), enquanto nos asiáticos se verificou uma retoma.

Grupo tem mais de 40 hotéis e vai crescer

A abertura de mais dois hotéis em Portugal e outros dois no Brasil é o que está no ‘menu’ principal do Vila Galé para 2025. Porém, poderá haver mais “surpresas” e desenvolvimentos em três dos quatro projetos que a empresa tem em curso em Portugal, entre os quais Miranda do Douro onde as obras estão por arrancar há dois anos.

O calcanhar de Aquiles é a mão-de-obra. Apesar de o problema da escassez de talento ter melhorado face a 2022, “ainda há falta de recursos humanos”. O Vila Galé emprega perto de 1.700 pessoas, das quais 85% portuguesas. “Os recursos humanos vão ser sempre um desafio no setor, até porque a baixa oferta de habitação ainda é um problema”, advertiram Jorge Rebelo de Almeida e Gonçalo Rebelo de Almeida.

O Vila Galé é o segundo maior grupo hoteleiro em Portugal, logo a seguir ao Pestana. Fundado em 1986, é responsável pela gestão nacional, em Espanha, no Brasil e em Cuba de 45 hotéis com 9.952 quartos e cerca de 24 mil camas.

O fundador e presidente do Vila Galé está a preparar a sucessão na liderança do grupo hoteleiro, como noticiou o ECO em dezembro. Jorge Rebelo de Almeida deu entrada com um registo de fusão das duas holdings que detém e através das quais investe nos seus negócios de hotelaria e vinhos. No âmbito desta operação, a JR Almeida é absorvida na Xpar, com o empresário e gestor de 76 anos a admitir ao ECO que a concentração das duas empresas agilizará a distribuição de capital pelos herdeiros.

Em 2023, o Vila Galé lucrou 100 milhões de euros.

Notícia atualizada às 16h com mais informação

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Grupo Bernardo da Costa sobe salário mínimo para 1.025 euros brutos

Grupo Bernardo da Costa tenciona puxar salário mínimo para 1.500 euros até 2030, de acordo com o chairman, Ricardo Costa. "Salário emocional não substitui salário real", sublinhou o responsável.

O Grupo Bernardo da Costa decidiu subir este ano o seu salário mínimo para 1.025 euros brutos por mês, ficando 155 euros acima do salário mínimo nacional. O aumento foi anunciado pelo chairman, Ricardo Costa, esta terça-feira, na Employer Branding Conference, em Lisboa. Segundo o responsável, a intenção é chegar a uma remuneração mínima de 1.500 euros daqui a cinco anos.

Ricardo Costa, chairman do Grupo Bernardo da Costa, na Employer Branding Conference.Talent Portugal

O salário é fundamental e nunca confundam o salário emocional com o salário real. Nem salário emocional pode substituir o salário real. É, por isso, que tivemos sempre um salário mínimo acima do salário mínimo nacional. Este ano, vai estar em 1.025 euros e temos o objetivo de chegar a 2030 com 1.500 euros de salário mínimo no Grupo Bernardo da Costa“, sublinhou Ricardo Costa.

Por acordo entre o Governo, as confederações empresariais e a UGT, o salário mínimo nacional subiu este ano de 820 euros para 870 euros. Mas várias empresas já informaram que as suas remunerações mais baixas serão mais atrativas do que esse valor, entre as quais se conta agora o Grupo Bernardo da Costa.

Numa entrevista ao ECO em setembro, o chairman desse grupo já tinha deixado claro que é preciso subir os salários praticados em Portugal, realçando que as empresas têm margem para o fazer, ainda que a carga fiscal atual dificulte esta trajetória, disse.

Esta terça-feira, Ricardo Costa enfatizou também que o que os trabalhadores desejam, neste momento, é “sentirem-se valorizados e que são ouvidos”, defendendo que, quando se aposta em “atrair os melhores, os resultados aparecem“.

Ricardo Costa foi pioneiro ao ter criado o primeiro departamento da felicidade do país e lançou em 2024 um livro sobre o tema – “A felicidade é lucrativa”. Na Employer Branding Conference, esclareceu, contudo, que o objetivo desse departamento não é fazer ninguém “feliz à pressão”.

Esqueçam a tirania da felicidade“, declarou. Antes, o objetivo é fazer com que os trabalhadores se sintam bem e que encontrem na empresa um ambiente de trabalho que os fazem sentir assim.

Só jovens desejam flexibilidade? “É mito”

Stefan Müller-Nedebock, talent attraction & employer dranding da Universum, na Employer Branding Conference.Talent Portugal

Na conferência que teve lugar no campus da Faculdade de Economia da Universidade de Lisboa, participou também Stefan Müller-Nedebock, da agência Universum, que é especializada em employer branding.

O especialista foi explicar como construir uma proposta de valor de empregador, tendo esclarecido que nem todas as organizações têm de fazer essa aposta. Para empresas pequenas que fazem recrutamentos tímidos, por exemplo, poderá não fazer sentido fazer esse esforço. Já, no caso de organizações maiores que até recrutam em vários países, a necessidade impõe-se.

Construir essa proposta de valor serve dois propósitos, identificou Stefan Müller-Nedebock: cria a base da comunicação interna e externa de uma organização e molda a experiência do candidato e do empregado. “O empregador tem de cumprir a promessa subjacente à sua proposta de valor”, avisou o especialista.

O responsável da Universum alertou também que não há uma estratégia que sirva para todas as empresas e para todos os trabalhadores. Por exemplo, entre os alunos do setor tecnológico dos Estados Unidos, a segurança no trabalho é o fator mais valorizado. Mas entre aqueles que estudam sobre finanças, é o salário o fator mais atrativo.

Por outro lado, Stefan Müller-Nedebock assinalou que “é um mito que a flexibilidade seja apenas desejada pelos mais jovens“. Disse, aliás, que são as pessoas que estão a meio da sua carreira que a querem mais, tendo em conta a fase de vida que atravessam.

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Decisão sobre demissão de Hernâni Dias cabe ao próprio ou ao primeiro-ministro, diz Marcelo

  • Lusa
  • 28 Janeiro 2025

"Acho que esse tipo de investigação normalmente é muito rápido. Vamos esperar para ver as conclusões a que ele chega", diz o Presidente da República sobre a investigação a Secretário de Estado.

O Presidente da República afirmou esta terça-feira, questionado se o secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias, se deveria demitir, que essa decisão cabe ao próprio ou ao primeiro-ministro. “É uma decisão do próprio, do próprio ou do chefe do Governo”, respondeu Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas, no Palácio de Belém.

“Agora há aqui uma realidade que pode facilitar o apuramento de tudo o que se passou, na substância, no tempo, na ligação com a atividade cívica, e que é a investigação que está a ser conduzida, pelo menos a nível europeu, e naturalmente também aquilo que se vier a apurar a nível interno”, considerou o chefe de Estado.

Marcelo Rebelo de Sousa foi questionado sobre as condições de Hernâni Dias para se manter em funções depois de ter sido noticiado que criou duas empresas imobiliárias já enquanto governante, responsável pelo recém-publicado decreto que altera o Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial, a polémica lei dos solos.

“Eu já tive a ocasião de dizer que é uma questão que está a ser apurada e todos os dias saem elementos sobre essa matéria. É preciso ver o que é que efetivamente se conclui em todas as vertentes”, começou por responder o Presidente da República.

Confrontado, a seguir, com o facto de Hernâni Dias também estar a ser investigado pela Procuradoria Europeia pela sua anterior atuação no período em que autarca, o chefe de Estado comentou: “Aí está, acho que esse tipo de investigação normalmente é muito rápido. Vamos esperar para ver as conclusões a que ele chega”.

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Sindicato STT fala em corte de custos na SIC, Impresa diz que informação é extemporânea

  • Lusa
  • 28 Janeiro 2025

A Impresa diz que "toma, regularmente, medidas que considera ajustadas e necessárias para fazer frente aos desafios e oportunidades" do setor e que "qualquer informação é neste momento extemporânea".

O Sindicato dos Trabalhadores de Telecomunicações e Comunicação Audiovisual (STT) revelou que a SIC irá anunciar brevemente aos trabalhadores um plano de corte de custos, mas fonte oficial da Impresa diz que neste momento qualquer informação é extemporânea.

Após uma reunião de uma delegação do STT com o diretor de recursos humanos da SIC na passada sexta-feira, 24 de janeiro, o sindicato foi informado de que a empresa “está num processo complexo de otimização e análise de custos, com a finalidade da sua redução, isto no seguimento dos resultados dos primeiros nove meses de 2024 que ficaram bastante abaixo do previsto“, começou por relembrar a entidade sindical em comunicado divulgado na segunda-feira ao final do dia.

Neste momento, decorre uma auditoria no canal de televisão do grupo Impresa, através de consultoria externa, que irá permitir decidir quais os próximos passos para as áreas de informação e, sobretudo, para o entretenimento.

Apesar de os resultados financeiros relativos ao exercício completo de 2024 ainda não serem conhecidos, estando a ser ultimados, os responsáveis da SIC explicaram que “não haverá prémios do exercício de 2024” e “que será anunciado brevemente aos trabalhadores um plano de corte de custos que irão implementar em 2025“, acrescentou o STT, que não revela quantos trabalhadores da Impresa representa.

Questionada pela Lusa sobre estas informações, fonte oficial do grupo de media admitiu que “toma, regularmente, medidas que considera ajustadas e necessárias para fazer frente aos desafios e oportunidades do setor”. Porém, “qualquer informação é neste momento extemporânea“, acrescentou.

Na mesma reunião, agendada para analisar a situação laboral na empresa e propor aumentos salariais em 2025, “o diretor de recursos humanos referiu que poderão revisitar os valores pagos em deslocação e também analisar a possibilidade de atualização no subsídio de refeição para 10,20 euros (valor máximo de isenção quando pago em cartão refeição), mas só depois do plano de cortes implementado, pelo que não se podia comprometer com melhorias destas componentes remuneratórias neste momento”, detalha o STT, que representa maioritariamente os trabalhadores da área técnica da SIC.

No final do primeiro semestre de 2024 a Impresa registou resultados líquidos negativos de quatro milhões de euros, uma melhoria de 0,9 face ao prejuízo contabilizado no mesmo período do ano anterior.

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Montenegro elogia “aproximação do PS” na imigração. Pedro Nuno manterá “análise crítica” à era Costa

“Vemos com um sentido muito positivo o anúncio do principal partido da oposição de aproximação com a visão do Governo em matéria de imigração”, afirmou o primeiro-ministro.

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, disse esta terça-feira que vê como muito positiva a “aproximação” do PS à posição do Governo em matéria de imigração.

“Saber que as duas principais forças políticas do país têm princípios de proximidade nas suas políticas de imigração é um elemento importante que valoriza a competitividade da nossa economia e a condição humana de cada um daqueles que, vindo para Portugal, vê um horizonte de tempo alargado”, afirmou, numa conferência de imprensa ao lado do homólogo cabo-verdiano após a VII Cimeira Portugal – Cabo Verde.

Luís Montenegro respondia a uma questão acerca das declarações do líder socialista, Pedro Nuno Santos, que admitiu, em entrevista ao Expresso, que não se fez tudo bem nos últimos anos quanto à imigração. Criticado, entretanto, por elementos do próprio partido, prometeu apresentar uma solução legislativa que permita regularizar imigrantes que estão a trabalhar, mas recusa recuperar a manifestação de interesse.

Queremos que os [imigrantes] que vêm para Portugal não venham de passagem, muitas vezes para transitarem para outros países da União Europeia“, reiterou o chefe do Governo português, realçando que não quer quebrar, mas antes “estimular” a relação dos imigrantes com os seus países de origem.

Já esta terça-feira, em declarações aos jornalistas em Aveiro, Pedro Nuno Santos referiu que “a imigração é importante para o país e para a nossa economia”, mas salientou que “o país tem de ter capacidade e condições para receber quem vem para cá trabalhar – e é muito importante preservar a coesão social e nacional”.

Questionado sobre se esta mudança de posição foi a pensar nas eleições autárquicas, como sugeriu o ex-ministro da Educação socialista João Costa, o secretário-geral do PS respondeu que “há um trabalho permanente de olhar para a frente e também para o que correu menos bem e deve ser alterado”. “Isso faz parte de um trabalho de avaliação de um partido maduro”, acrescentou.

“Como é que o PS vai recuperar a confiança do povo português se não tiver a capacidade de olhar para o que fez e de retirar conclusões? Esse trabalho de análise crítica [sobre os anos de governação de António Costa] vai continuar, sem hesitação”, prometeu o líder socialista.

(Notícia atualizada às 14h42)

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Da regulamentação ao financiamento: as tendências ESG para 2025

O Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável, a Euronext e o Financial Times debruçam-se sobre as principais influências no mundo do ESG que se esperam para 2025.

O BCSD, a Euronext e o Financial Times entram numa sala para falar sobre as tendências de sustentabilidade ambiental, social e de governança (ESG) para 2025. Trump é o nome mais repetido. Competitividade é outro termo a ecoar constantemente. E há ainda ‘salpicos’ de inteligência artificial e economia circular. No entanto, as questões ligadas à regulação do reporte de sustentabilidade e ao financiamento são mesmo as mais sublinhadas na conversa.

Estas informações foram partilhadas no evento online “Tendências ESG 2025”, organizado pelo Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável (BCSD, na sigla em inglês), que decorreu na manhã desta terça-feira.

A primeira tendência identificada pelo BCSD para 2025 é um foco na regulamentação, transparência e relatórios de sustentabilidade. Tiago Carrilho, diretor de Conhecimento e Formação do BCSD Portugal, salienta que o reporte “vai ganhar profundidade” com a aplicação da nova Diretiva de Reporte Corporativo de Sustentabilidade (CSRD) e a transposição desta para a lei nacional. Isto terá impacto no greenwashing e na litigância relacionada com o mesmo, prevê. Ao mesmo tempo, a diretiva de dever de diligência (CSDDD) exigirá às empresas que reavaliem as suas cadeias de valor.

O retorno de Trump está a dar mais força àquelas vozes que querem um recuo no enquadramento [legal] de sustentabilidade na Europa“, afirma Philippa Nuttall, editora da publicação Sustainability Views, do Financial Times. Uma pressão que se coloca a par do Relatório Draghi, lançado no ano passado, e a respetiva preocupação com a competitividade da Europa. A viragem à direita nas várias eleições que aconteceram no ano passado, assim como problemas políticos internos em França e na Alemanha podem também ter uma influência negativa.

A mesma sublinha que se espera um esforço de simplificação, o qual deverá ser anunciado no próximo dia 26 de fevereiro, dentro do pacote de simplificação Omnibus, depois de, em novembro do ano passado, ter sido anunciado na Declaração de Budapeste que os líderes da União Europeia pretendem reduzir os encargos administrativos e regulamentares, em particular para as pequenas e médias empresas.

Ainda está para ser visto o quanto a União Europeia será robusta na defesa de que estas regras [de sustentabilidade] são boas para os negócios se bem implementadas“, conclui, olhando à realidade europeia. Contudo, ressalva que “as linhas de reporte são variadas, mas estão a tornar-se globais”.

Financiamento com recuos, mas também avanços

Uma segunda tendência é o “investimento na mitigação e adaptação às alterações climáticas”, tendo em conta os desastres climáticos cada vez mais frequentes, assinala Carrilho. Neste ponto, o diretor de Conhecimento do BCSD identifica uma “fusão” da agenda climática com a da biodiversidade, que vê como cada vez mais interligadas, embora a ação climática passe mais por uma cooperação global, enquanto a biodiversidade pede esforços mais regionais, localizados.

Em termos de financiamento, Philippa Nuttall assinala que a saída dos EUA do Acordo de Paris tem grandes implicações, já que é menos um grande contribuidor para os fundos climáticos. A par do travão que as mais recentes ordens executivas colocam no Inflation Reduction Act, o mega pacote de apoios à transição energética criado pela administração de Joe Biden. Este ano é, portanto, “mais vital do que qualquer outro” no que diz respeito ao contributo do mundo financeiro para a sustentabilidade, refere.

Isabel Ucha, CEO da Euronext em Portugal, observa que o mercado de instrumentos financeiros ligados à sustentabilidade arrancou nos últimos seis a sete anos, sendo que 2023 e 2024 “foram anos de alguma estabilização”. A Euronext tem vindo a desenvolver um “conjunto alargado” de índices de mercado focados em temas de sustentabilidade, como a água, resíduos, mas também sociais e de governança, um “mecanismo extraordinariamente poderoso para angariar capital”. Em Portugal, destaca as emissões de dívida verde por parte das empresas.

Estamos convencidos que, apesar de alguns avanços e recuos que estas temáticas possam ter, há uma tendência estrutural muito forte na necessidade de fazer evoluir estas temáticas“, indica a CEO da Euronext. Neste sentido, considera que é importante identificar as medidas que tem mais poder de impulsionar esta agenda, um trabalho que a Euronext faz e sobre o qual dialoga com os legisladores, de forma a promover maior eficácia.

Em terceiro lugar, e numa ótica de maior governança, “a incerteza climática e social exigirá que os membros não-executivos dos conselhos de administração das empresas adotem uma perspetiva de longo prazo“, assinala Tiago Carrilho. O mesmo, vê ainda uma “convergência da sustentabilidade e da inteligência artificial“, com esta última a tornar-se “essencial”, ao automatizar relatórios complexos e melhorando a qualidade dos dados. Isto, sem descurar que o uso crescente desta tecnologia traz desafios, como o aumento do consumo energético e o impacto social no emprego, “exigindo a adoção de tecnologias mais eficientes e programas de requalificação profissional”.

Em quinto lugar, “existe um enorme défice de competências verdes no mercado para fazer a transição necessária, mas isso poderá e deverá ser aproveitado pelas organizações para dotar os colaboradores de novas competências”, defende o BCSD. Por fim, “a transição para uma economia circular continuará a ganhar força“, impulsionada pela necessidade de preservar recursos naturais e reduzir emissões de carbono, prevê a mesma entidade. Investir no design de produtos mais sustentáveis, focados na reutilização, reciclagem e eliminação de resíduos fará parte da tendência, assim como modelos de negócio baseados na partilha e reutilização, como serviços de subscrição.

Estas tendências são chave para a construção da resiliência futura das empresas, pelo que devem ser tomadas decisões firmes por parte das equipas de gestão e administração”, afirma Tiago Carrilho. Por seu lado, a editora da Sustainability Views acredita que “estamos num ponto de não retorno” no que toca a transição verde. “A transição está aí, e o momentum vai continuar. O problema é a que velocidade”, alerta.

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Marcelo pressiona Governo e oposição a decidir sobre Orçamento do Estado para 2026

"Querem aprovar um Orçamento do Estado antes de ficar claro qual o resultado das eleições locais e depois das presidenciais ou só depois?", questionou o Presidente da República.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, já está a pressionar os partidos que suportam o Governo da Aliança Democrática (AD) e a oposição a decidir sobre o Orçamento do Estado para 2026 (OE2026). “Querem aprovar um Orçamento do Estado antes de ficar claro qual o resultado das eleições locais e depois das presidenciais ou só depois?”, questionou o Chefe do Estado, esta terça-feira, em declarações aos jornalistas a partir de Belém.

Também noutras dimensões, Marcelo Rebelo de Sousa desafiou os partidos a tomar uma posição: “Querem fazer acordos sobre Justiça antes ou depois das eleições?”. “Tudo o que é fundamental nos próximos meses está em cima da mesa, e é preciso uma decisão dos líderes partidários, nomeadamente do primeiro-ministro e dos líderes da oposição”, sublinhou. Mas Marcelo não quis indicar se prefere que Governo e oposição tomem uma posição antes ou depois da ida às urnas: “Não tenho preferências. Em matéria de presidenciais, o que for será, e, em termos locais, o que for será”.

Sem se querer pronunciar sobre as mais recentes declarações do secretário-geral socialista, Pedro Nuno Santos, quando admitiu que “o PS não fez tudo bem” na imigração, o Presidente da República reconheceu, porém, que esse assunto será “um dos quatro, cinco grandes temas nas eleições locais e presidenciais”. “E é natural que os líderes partidários tentem formular uma opinião que é a opinião que o partido vai defender nas eleições locais e presidenciais”, sublinhou.

Em relação à comissão parlamentar de inquérito (CPI) das gémeas luso-brasileiras, Marcelo Rebelo de Sousa anunciou que já tomou uma decisão mas sem revelar se vai ou não responder à CPI. “Está quase. Vou dizer oportunamente, numa outra ocasião, não sei quando, as proximamente“, afirmou.

Sobre a descida da criminalidade em Lisboa, noticiada esta terça-feira pelo Diário de Notícias, o Presidente da República preferiu ser cauteloso na leitura dos dados que parecem “contraditórios”. Por isso, Marcelo Rebelo de Sousa quer esperar pelo “relatório de segurança interna”, porque uma coisa é “um debate com números” ou “um debate com números às fatias, diferentes ao longo do tempo”, assinalou.

 

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Stop anuncia greve em período de provas escolares em fevereiro

  • Lusa
  • 28 Janeiro 2025

"Vai haver uma greve a partir do dia 10 de fevereiro a estas provas-ensaio, a todo o seu serviço, seja de aplicação, vigilância, supervisão ou de qualquer serviço associado”, disse a direção do Stop.

O Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (Stop) anunciou esta terça-feira uma greve a todo o trabalho relacionado com as provas-ensaio que os alunos dos 4.º, 6.º e 9.º anos realizam em fevereiro para testar o formato digital.

Vai haver uma greve a partir do dia 10 de fevereiro a estas provas-ensaio, a todo o seu serviço, seja de aplicação, vigilância, supervisão ou de qualquer serviço associado“, anunciou Daniel Martins, da direção do Stop.

Além da realização das provas, que o sindicato considera não servir qualquer propósito e acrescentar mais trabalho burocrático à lista de tarefas dos professores, o Stop critica o recurso a uma “bolsa solidária” de docentes para a correção das provas.

“De solidária esta bolsa não tem nada, porque não é voluntária, são os diretores que vão indicar os professores, e é impor trabalho gratuito e chamar-lhe bolsa solidária. Achámos que isto é uma afronta”, criticou o dirigente sindical, em declarações aos jornalistas no final de uma reunião com Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI) sobre medicina do trabalho e Caixa Geral de Aposentações, temas que o Stop quer incluir nas negociações do estatuto da carreira docente.

Os alunos dos 4.º, 6.º e 9.º anos vão realizar provas-ensaio entre os dias 10 e 28 de fevereiro para testar o formato digital e identificar eventuais falhas antes das provas finais de 3.º ciclo e das provas de Monitorização da Aprendizagem (ModA) em maio e junho.

Crítico das provas de ModA, Daniel Martins considerou “altamente estranho que num momento com falta de professores” o Governo decida realizar provas-ensaio que “vão deslocar os professores de recuperarem as aprendizagens para fazerem trabalho burocrático para estas provas que, no final, pouco ou nada servem“.

“Com isto, o Governo vai retirar espaço às aulas e aos alunos”, sublinhou, defendendo que a prioridade do MECI deveria ser a valorização das carreiras.

As provas-ensaio vão realizar-se entre os dias 10 e 28 de fevereiro, são obrigatórias e terão a duração de 45 minutos. Apesar de não servirem para avaliação externa, as escolas poderão utilizar os resultados na avaliação interna dos alunos, que serão disponibilizados até ao final do mês de março.

As perguntas de escolha múltipla serão corrigidas de forma automática e as restantes — uma pergunta de construção por prova — serão classificadas por professores da disciplina, em regime de classificação solidária.

O objetivo é que os alunos se familiarizem com o suporte digital em contexto de avaliação e ajudar as escolas a testar a sua preparação tecnológica, organizativa e logística das escolas.

Por outro lado, vão permitir identificar questões técnicas e organizativas que possam ser implementadas pelo Ministério da Educação, Ciência e Inovação antes das provas ModA, no final dos 1.º e 2.º ciclos, que se realizam entre 19 de maio e 06 de junho, e as provas finais do 3.º ciclo, entre 20 e 25 de junho.

Questionado sobre uma possível greve nessa altura, Daniel Martins disse que a decisão está nas mãos dos profissionais. “Se, em maio, os docentes acharem que voltamos a ser tratados de forma indecente, certamente a greve estará em cima da mesa, mas essa será sempre uma decisão tomada a partir das escolas e por quem lá trabalha”, disse.

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