Tiroteio numa escola cristã nos EUA faz pelo menos 5 mortos e 7 feridos

  • Lusa
  • 16 Dezembro 2024

O suspeito do tiroteio numa escola cristã no estado do Wisconsin, nos EUA, também se encontra entre os mortos.

Pelo menos cinco pessoas morreram, incluindo uma criança, e outras sete ficaram feridas na sequência de um tiroteio ocorrido esta segunda-feira numa escola cristã no estado do Wisconsin, nos EUA, informou o chefe da polícia local.

O chefe da polícia de Madison, Shon Barnes, afirmou que o suspeito do tiroteio também se encontra entre os mortos.

O tiroteio ocorreu na Abundant Life Christian School em Madison, a capital do estado, indicou a polícia local. “Esta continua a ser uma investigação ativa e em curso”, afirmou a polícia de Madison, num comunicado.

“Mais informações serão divulgadas à medida que estiverem disponíveis. Atualmente, precisamos que as pessoas evitem a área”, acrescentou a mesma fonte.

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Câmara do Porto diz que cabe à APA indemnizar concessão na praia do Ourigo

  • Lusa
  • 16 Dezembro 2024

O promotor do Grand Beach Club, na na praia do Ourigo (Porto), enviou uma carta à APA a reclamar uma compensação indemnizatória de mais de 1,7 milhões de euros.

O presidente da Câmara do Porto afirmou, esta segunda-feira, que o município não está disponível para alargar o prazo da concessão do ‘beach club’ da Praia do Ourigo, defendendo que cabe à Agência Portuguesa do Ambiente (APA) indemnizar o proprietário.

“A Câmara do Porto não vai incumprir com a lei aumentando o prazo de concessão”, afirmou Rui Moreira depois de, na reunião do executivo, o PSD ter destacado a conclusão dos trabalhos de demolição da estrutura de betão na praia do Ourigo.

Aos vereadores, o autarca independente avançou que o Governo solicitou ao município que alargasse o prazo da concessão, mas que a câmara “não está disponível” para o fazer. “O Governo que responsabilize a APA“, referiu.

Também o vereador com o pelouro do Urbanismo, Pedro Baganha, assinalou que o proprietário do ‘beach club’ “está há mais de três [anos] a ser mal tratado pela administração central“. “Se algum prazo tem de ser invocado são esses três anos e meio”, considerou.

Já a social-democrata Mariana Ferreira Macedo destacou que este foi um processo “vergonhoso” e defendeu a necessidade de existir “coerência nas atitudes”; algo que “este processo não teve”.

Os trabalhos de demolição da estrutura de apoio na praia do Ourigo, que gerou polémica e contestação por se tratar de uma obra em betão na areia, arrancaram a 5 de dezembro e, segundo o PSD, terminaram no fim de semana.

A estrutura de apoio de praia em betão, que teve pareceres positivos de todas as entidades envolvidas, nomeadamente da APA, da Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL) e da Direção Regional Cultura Norte, estava em construção quando, em maio de 2021, o então ministro da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, anunciou a sua demolição.

Quase dois anos depois, em março de 2023, a Câmara do Porto anunciou a aprovação de um novo projeto de arquitetura para a construção do Grand Beach Club, apresentado pelo promotor, após parecer favorável da APA.

Após este anúncio e ainda nesse mês, o promotor do Grand Beach Club enviou uma carta à APA, a que a agência Lusa teve acesso, a reclamar uma compensação indemnizatória de mais de 1,7 milhões de euros.

A empresa promotora salienta que tem “o prejuízo atinente ao custo da edificação destinatária da ordem de demolição, o custo emergente da demolição da mesma, o custo da reformulação dos projetos de arquitetura e de decoração”, a que acresce “o prejuízo decorrente do atraso no início da exploração da concessão”.

O promotor reivindica 600 mil euros pelos “custos de construção da edificação mandada demolir”, 140 mil euros pelos custos da demolição da estrutura em betão, 20 mil euros devidos “a assessoria jurídica imposta pelo embargo e pela ordem de demolição”, 73 mil euros pela reformulação do projeto de arquitetura e 36 mil euros por custos associados à reformulação do projeto de decoração.

Além destes valores, o promotor reclama 883 mil euros “decorrentes do atraso de três anos e meio no início da exploração da concessão”.

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SRS assessora startup Ethiack em ronda de 4 milhões

Os advogados Paulo Bandeira, sócio do departamento de Corporate & Finance, e Solange Fernandes, associada da mesma área de prática, lideraram o apoio legal a esta empresa portuguesa.

A sociedade de advogados SRS Legal foi responsável pela assessoria jurídica à startup Ethiack, fundada por “hackers éticos”, na sua mais recente ronda de investimento, no valor de quatro milhões de euros.

Os advogados Paulo Bandeira, sócio do departamento de Corporate & Finance, e Solange Fernandes, associada da mesma área de prática, lideraram o apoio legal a este financiamento à empresa portuguesa, sabe o ECO.

O montante captado pela Ethiack, junto de investidores como Explorer Investments, CoreAngels, Paulo Marques, Startup Wise Guys, Aralab, Amena Ventures e Start Ventures, visa o lançamento de novos produtos e a expansão internacional. A tecnológica de cibersegurança, que nasceu no Porto e tem sede em Coimbra, vai lançar-se nos chamados “hackbots de Inteligência Artificial”, cujo objetivo é proteger ativos digitais.

Desde que o André, o Vítor e eu fundámos a Ethiack em 2022, temos crescido constantemente. Começámos com alguma ajuda de business angels, mas, além disso, fomos basicamente autossuficientes. Alcançámos o marco lendário de 1 milhão de dólares em ARR [Annual Recurring Revenue], com mais de 50 clientes em nove países diferentes, e expandimos a nossa equipa para mais de 10 pessoas”, recordaram os fundadores, aquando do anúncio do investimento, na semana passada.

A tecnologia da Ethiack permitiu fazer testes de segurança informática (hacking ético) a mais de 150 mil ativos, entre os quais infraestruturas críticas. Entre as organizações que já recorreram aos serviços da Ethiack estão a ANA – Aeroportos de Portugal, a Sonae, a tecnológica norte-americana Broadvoice ou o CNCS – Centro Nacional de Cibersegurança.

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Governo admite constrangimentos no arranque de pré-triagem telefónica de grávidas

  • Lusa
  • 16 Dezembro 2024

"Não estamos a querer poupar dinheiro com estas medidas, estamos a querer é que não se passe o que vimos no passado, com urgências fechadas", assegurou a secretária de Estado da Saúde.

A secretária de Estado da Saúde admitiu esta segunda-feira a existência de constrangimentos no arranque da pré-triagem telefónica obrigatória para grávidas acederem aos hospitais e garantiu que o objetivo da medida “não é poupar dinheiro”.

“Obviamente que há sempre constrangimentos no início, mas a situação está a ser acompanhada para garantir a qualidade e o acesso aos cuidados de saúde”, afirmou Ana Povo, no Porto, à margem da inauguração do edifício da Escola de Medicina e Ciências Biomédicas da Universidade Fernando Pessoa.

A governante salientou que a medida que entrou em vigor “é um piloto” e que estará sujeita a avaliação, recusando que aquela seja uma medida economicista. “Eu compreendo algumas das reclamações, mas nós temos a obrigação de garantir cuidados e segurança aos nossos concidadãos e isso é o nosso principal objetivo. (…) Não estamos a querer poupar dinheiro com estas medidas, estamos a querer é que não se passe o que vimos no passado, com urgências fechadas”, assegurou.

Ana Povo aproveitou ainda a ocasião para enaltecer os profissionais de saúde envolvidos na vacinação da gripe e da covid e deixou um pedido: “Amanhã vamos alargar a vacinação a partir dos 50 anos. Apelo a que todos se vão vacinar, idealmente antes de nos juntarmos no jantar de Natal”.

Desde a meia-noite de hoje que as grávidas têm de ligar para a Linha SNS Grávida (808 24 24 24) antes de recorrerem à urgência hospitalar de Obstetrícia e Ginecologia. O novo modelo das urgências arrancou em fase piloto em 11 ULS de Lisboa e Vale do Tejo e no Hospital de Leiria e em três unidades que aderiram voluntariamente ao projeto (Hospital de Gaia, Hospital de Portalegre e Centro Materno Infantil do Norte).

Segundo o Ministério da Saúde, “ao final de três meses haverá lugar a uma avaliação do impacto, para que o plano possa ser estendido a todo o país”. As ULS envolvidas nesta primeira fase são Santa Maria, São José (Maternidade Alfredo da Costa), Lisboa Ocidental (Hospital S. Francisco Xavier), Amadora Sintra, Odivelas/Loures (Hospital Beatriz Ângelo), Estuário do Tejo (Hospital Vila Franca de Xira), da Lezíria (Hospital de Santarém), Médio Tejo (Hospital de Abrantes), Oeste (Hospital das Caldas da Rainha), ULS Leiria e Hospital de Cascais.

A pré-triagem telefónica deverá ser feita preferencialmente por enfermeiros especialistas em saúde materna e obstétrica, indica a portaria, acrescentando que os hospitais usarão os mesmos algoritmos da Linha SNS Grávida/Ginecologia na triagem presencial da urgência, que prevalecerá sobre a triagem telefónica.

Os hospitais poderão adicionalmente criar uma pré-triagem telefónica própria, em articulação direta com a linha SNS Grávida/Ginecologia, acrescenta. Mas há exceções para situações com forte suspeita de poderem representar risco iminente de vida, designadamente a perda de consciência, convulsões, dificuldade respiratória, hemorragia abundante, traumatismo grave ou dores muito intensas.

A portaria estabelece ainda condições para hospitais que possam querer juntar-se a este projeto-piloto, como, por exemplo, terem consulta aberta hospitalar para situações obstétricas e ginecológicas em horário adaptável à procura, mas em funcionamento todos os dias úteis, assim como criarem um mecanismo para agendamento célere na consulta aberta hospitalar, nas consultas abertas nos Cuidados de Saúde Primários e em consultas regulares no hospital.

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Gouveia e Melo passa à reserva já no final deste ano

  • ECO
  • 16 Dezembro 2024

Apontando como candidato a Belém, deveria manter-se no ativo até ao final de março, mas decidiu sair da Marinha mais cedo. "Não vi nenhuma utilidade em continuar no ativo", justifica.

Henrique Gouveia e Melo irá antecipar a saída da Marinha e passar à reserva já no final deste ano. O putativo candidato a Belém deveria manter-se no ativo até ao final de março, mas terá decidido ficar livre mais cedo, porque lhe retiraria “alguma liberdade” nos seus “direitos cívicos”.

A notícia foi avançada pela “Sic Notícias” e confirmada à Renascença pelo próprio. Em declarações à rádio, Gouveia e Melo confirmou que logo que acabar as funções enquanto almirante Chefe do Estado-Maior da Armada (CEMA) passa à reserva.

Não vi nenhuma utilidade em continuar no ativo. Continuar no ativo retira-me alguma liberdade nos meus direitos cívicos e, portanto, não vejo necessidade de continuar no ativo“, disse.

Questionado pela Renascença se a decisão significa que irá avançar com uma candidatura à Presidência da República, negou. “Não significa nada disso, e eu sobre esse assunto, mais uma vez, digo que não falo sobre esse assunto enquanto estiver no ativo. A única coisa que digo é que passarei a reserva. Faz parte da minha carreira…e no fim de terminar a minha carreira é natural que passe à reserva“, acrescentou.

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Apologista da regulamentação do lóbi, Pedro Reis alerta que deve esta ser feita “sem excessos”

O ministro da Economia defendeu ainda que, perante um mundo de conflitos, marcado por uma grande dose de ruído, desconfiança e novas fronteiras tecnológicas, "a comunicação nunca foi tão importante".

Pedro Reis, ministro da Economia, diz ser apologista da implementação da regulamentação do lóbi mas alerta, no entanto, que tal deve ser feito “sem eventuais excessos“, para se evitar que depois se tenha de “andar para trás”.

A ideia foi avançada na conferência “O Setor das Relações Públicas e da Comunicação em Números”, organizado pela Associação Portuguesa das Empresas de Comunicação (APECOM), onde Pedro Reis defendeu que é necessário encontrar um “ponto de equilíbrio” na regulamentação do lóbi que não acarrete excessos, como a inacessibilidade dos cidadãos às entidades públicas.

Para a regulamentação do lóbi é necessário perceber como se “calibra a densidade e dimensão dos pré-registos e requisitos, como se encontra uma proporcionalidade na informação que é exigida e que é divulgada, tendo em conta a existência de “linhas invisíveis” que entram já na confidencialidade dos promotores e dos agentes. Em quarto lugar, é importante tentar evitar a “hiper-legislação e hiper regulação”.

No setor da comunicação, a regulamentação do lóbi é uma batalha antiga da APECOM, que inclusive avançou com um código de conduta para autorregulação do lobbying, num microsite que foi lançado também com o objetivo de contar o tempo durante o qual o país vai permanecer sem legislação específica para a regulação desta atividade.

Recorde-se que o Governo se comprometeu no Orçamento do Estado para 2025 “a melhorar o funcionamento do sistema de justiça, para um serviço mais célere e de qualidade, para fortalecer a economia e a sociedade e o combate à corrupção”.

Ainda durante a sua intervenção, o ministro da Economia afirmou que, perante um mundo de conflitos, marcado por uma grande dose de ruído, desconfiança, individualismo e novas fronteiras tecnológicas ainda não firmadas, compreendidas ou dominadas, “a comunicação nunca foi tão importante“.

No entanto, são vários os desafios que se colocam à comunicação, que passam desde logo por uma “fragmentação dos públicos“, o que gera uma “complexidade quântica”.

A validação da credibilidade da mensagem e dos mensageiros num tempo de desinformação — numa altura em que nunca houve tanta informação mas também desinformação — é outro dos desafios. “Como se constrói a credibilidade?”, questionou o ministro, deixando a pergunta no ar.

Um terceiro desafio passa pela radicalização. “Há uma normalização da radicalização“, disse Pedro Reis, acrescentando que esta surge também como uma estratégia de camuflagem. A este soma-se o problema da fadiga, que alimenta a manipulação, pois ao haver fadiga, os públicos-alvo estão menos disponíveis para ir buscar a fonte, considerou o ministro.

Estes ingredientes todos convidam ao profissionalismo. Credibilidade por um lado e profissionalismo por outro. É essa a chave necessária para nos orientamos a todos neste labirinto alucinante que se instalou“, disse Pedro Reis, reforçando a importância da comunicação.

O ministro referiu ainda que vai ser fundamental trabalhar a qualidade das fontes e dos dados, sendo que Portugal ainda tem um “espaço grande em analytics para cobrir”, nomeadamente em vertentes públicas, pois quanto mais suporte à decisão, mais consistência vai haver nas decisões. .

Neste sentido, há também “trabalho a fazer” em termos de literacia, uma vez que “os públicos estão mais sofisticados, mas não necessariamente mais preparados”, disse.

No entender de Pedro Reis, a comunicação é também “poderosíssima” no que toca a reconectar a política com os cidadãos e eleitores. “Hoje em dia o jogo da política é um jogo de impacto, e isso é trazido pela comunicação. Seja a radicalização seja a abstenção, são muito fruto de desilusão mas, ainda mais do que isso, de desconexão“, reiterou.

A comunicação está em todo o lado e tem muito da chave para o ponto de equilíbrio a nível mundial“, seja no que diz respeito a desativar conflitos, afirmar presidências, relançar agendas ou construir alianças, enumerou ainda Pedro Reis que, como recordou, já trabalhou no setor.

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Costa convida Guterres para cimeira de março de 2025

  • Lusa
  • 16 Dezembro 2024

"A União Europeia continua a ser um grande apoiante da Organização das Nações Unidas e do multilateralismo", escreveu António Costa nas redes sociais.

O presidente do Conselho Europeu, António Costa, convidou o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, a participar na cimeira de março de 2025, anunciou esta terça-feira o ex-primeiro-ministro português.

“A União Europeia continua a ser um grande apoiante da Organização das Nações Unidas e do multilateralismo”, escreveu António Costa na rede social X. “Continuamos empenhados na implementação do ‘Pacto para o Futuro'”, escreveu o presidente do Conselho Europeu.

António Costa vai presidir esta semana à primeira cimeira enquanto presidente do Conselho Europeu, que é também a última de 2024, prevista para quinta-feira. Na quarta-feira vai realizar-se uma cimeira com os países dos Balcãs Ocidentais, candidatos à adesão ao bloco comunitário.

No início do ano está previsto um encontro entre os líderes, de caráter informal, na Bélgica.

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Governo avança com reforma das finanças públicas no primeiro trimestre de 2025

Proposta será entregue pelo Executivo no Parlamento no primeiro trimestre do próximo ano. Miranda Sarmento diz que objetivo é "reforma profunda" no Ministério das Finanças no lado da despesa.

O Governo vai entregar no primeiro trimestre do próximo ano uma proposta de revisão da Lei de Enquadramento Orçamental (LEO), concretizando assim a promessa do ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento. O anúncio foi feito pelo ministro das Finanças numa intervenção esta segunda-feira no “Encontro Fora da Caixa”, organizado pela Caixa Geral de Depósitos (CGD), na Culturgest em Lisboa.

“Vamos apresentar no Parlamento no primeiro trimestre do próximo ano uma revisão da Lei de Enquadramento Orçamental (LEO)”, disse, explicando que o objetivo passa por “fazer uma reforma profunda no Ministério das Finanças exatamente no lado da despesa”.

Para o governante, “o país investiu muito na máquina que representa o lado da receita”, elogiando o desempenho da Autoridade Tributária, mas não fez o mesmo do lado da despesa. “Se tivesse investido o mesmo na máquina que gere a despesa não teria tido as dificuldades orçamentais que teve em anos anteriores“, disse.

Miranda Sarmento já tinha anunciado a intenção de fazer uma reforma das Finanças Públicas em Portugal, até porque a atual LEO necessita de ser revista para integrar as alterações das regras europeias. “Vamos fazer uma reforma do Estado para o século XXI“, referiu.

Tal como o ECO escreveu em junho, o governante enquanto académico vinha a defender há vários anos mudanças na gestão financeira do Estado. No livro “A Reforma das Finanças Públicas em Portugal”, publicado em 2019, Miranda Sarmento agrega as principais alterações que sustentam o que denomina como “Reforma da Administração Financeira do Estado para o Século XXI (RAFE XXI)”, que integrou posteriormente o programa eleitoral da Aliança Democrática (AD) nas eleições legislativas de 10 de março.

No programa eleitoral, a AD estabeleceu como principais vetores da RAFE XXI:

  • Reorganização de funções, e extinção de observatórios “inúteis, estruturas duplicadas e revisão de despesa associada, transversal a toda a Administração Pública”;
  • Elaboração de um plano para realizar revisões da despesa nos principais ministérios e nas grandes áreas de despesa, baseados em auditorias externas, avaliações independentes, com o apoio do Tribunal de Contas, da Inspeção-Geral das Finanças (IGF) e da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico;
  • Elaboração de um quadro de referência orçamental de médio prazo, enquadrado por uma regra da despesa, definindo quais os tetos máximos de despesa por ministério;
  • Aumento da “flexibilidade gestionária dos organismos e entidades operativas”, dando maior autonomia financeira aos ministérios e reduzindo o grau de rigidez da despesa corrente;
  • Reformar o processo orçamental, “melhorando a sua transparência”, e reforçar o papel do Conselho de Finanças Públicas;
  • Implementar uma efetiva orçamentação por programas (OP), definindo para cada ministério objetivos, indicadores e metas. “Trata-se de uma alteração da tradicional orçamentação centrada nos recursos disponíveis (inputs), para uma lógica assente em objetivos e metas para a produção do setor público (outputs) e para os impactos das políticas (outcomes)”;
  • Implementar o Sistema de Normalização Contabilística para Administrações Públicas (SNC-AP) e ter uma contabilidade analítica em cada serviço, apurando o custo de cada bem/serviço produzido e de cada departamento interno;
  • Criar um portal da transparência orçamental que permita aos portugueses conhecer, de uma forma acessível, onde são aplicados os recursos que cedem ao Estado sob a forma de impostos e outras transferências.
  • Algumas das alterações são impostas pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que prevê a modernização e simplificação da gestão financeira pública. “O objetivo global desta reforma consiste em melhorar a qualidade e a sustentabilidade das finanças públicas e, em especial, reforçar o controlo das despesas e uma orçamentação adequada”, pode ler-se no plano.

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“Parte importante da desinflação ainda não se materializou” na Zona Euro, alerta Isabel Schnabel

Como membro do Conselho Executivo do BCE, Isabel Schnabel alerta para a subida "a um ritmo preocupante" dos preços dos alimentos e aponta 3 razões para o BCE seguir uma política monetária cautelosa.

Na semana passada, o Banco Central Europeu (BCE) decidiu reduzir as suas taxas de juro de referência em mais 25 pontos base, mantendo uma abordagem gradual na normalização da política monetária. Esta decisão, anunciada após a última reunião do Conselho do BCE, reflete a crescente confiança na trajetória de desinflação, mas também a cautela face aos riscos e incertezas que ainda persistem na economia da Zona Euro.

Isabel Schnabel, membro da Comissão Executiva do BCE, defendeu esta estratégia num discurso proferido esta segunda-feira no Simpósio CEPR de Paris 2024, organizado pelo Banco de França. “Considerando os riscos e incertezas que ainda enfrentamos, baixar gradualmente as taxas de juro para um nível neutro é a ação mais apropriada”, afirmou Schnabel, sublinhando a necessidade de garantir que a inflação estabilize de forma sustentável em torno da meta de 2% do BCE, sublinhando que, segundo as estimativas, a taxa de juro natural encontra-se entre -0,5% e 1% em termos reais.

A economista destacou que as projeções mais recentes da equipa do Eurosistema confirmam que o processo de desinflação continua bem encaminhado. “A inflação deverá diminuir para a nossa meta de 2% no decurso de 2025 e oscilar em torno deste nível ao longo do horizonte de projeção”, explicou Schnabel, acrescentando que o crescimento, embora revisto em baixa, deverá acelerar no próximo ano.

No entanto, alertou que, apesar dos progressos, “uma parte importante da desinflação ainda não se materializou”, com a inflação dos serviços a permanecer elevada em 3,9%. Além disso, Schnabel sublinhou que novos choques continuam a impactar a economia da Zona Euro, como o aumento dos preços do gás e da eletricidade, e que “os preços dos alimentos também começaram a subir a um ritmo preocupante”, refletindo uma pressão inflacionária crescente.

No decorrer da sua apresentação, Schnabel apontou três razões principais para manter uma abordagem gradual na redução das taxas de juro por parte do BCE:

  • Consolidação da desinflação: Apesar da crescente confiança de que a estabilidade de preços está ao alcance, uma parte importante da desinflação continua por se materializar, especialmente nos serviços.
  • Novos choques económicos: A economia da Zona Euro continua a enfrentar novos choques, muitos deles representando riscos ascendentes para a inflação, como o aumento dos preços do gás e da eletricidade.
  • Aproximação ao território neutro: À medida que as taxas de juro se aproximam do território neutro, uma abordagem gradual permite uma melhor avaliação do grau de restrição da política monetária.

A responsável do BCE alertou para os desafios que a política monetária enfrentará uma vez restaurada a estabilidade de preços. “Quando os choques de preços relativos dominam, a inflação é largamente auto-estabilizadora. Como resultado, os bancos centrais podem ter uma maior tolerância para desvios moderados da inflação relativamente à meta, em ambas as direções”, explicou Schnabel.

Como membro da Comissão Executiva do BCE, Schnabel destacou ainda que quando a estabilidade de preços for restaurada de forma sustentável, o comportamento da inflação mudará de tal forma que os bancos centrais poderão tolerar desvios moderados da inflação relativamente à meta.

O discurso da economista que faz parte da Comissão Executiva do BCE desde 2020 sugere que o BCE está a preparar-se para uma nova fase na condução da política monetária, com implicações significativas para os mercados financeiros e a economia da zona euro nos próximos anos.

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“Europa está cada vez mais a preparar-se para a guerra”, alerta Durão Barroso

  • Lusa
  • 16 Dezembro 2024

Polónia, Lituânia, Estónia, Letónia, Suécia, Finlândia "estão a preparar-se para a guerra", apontou Durão Barroso, antes de acrescentar que a "melhor forma de evitar a guerra é preparar-se para ela".

José Durão Barroso alertou esta segunda-feira que a Europa, bem como Portugal, tem de estar preparada para um “investimento na defesa muitíssimo mais forte”.

O ex-presidente da Comissão Europeia salientou que a “Europa está cada vez mais a preparar-se para a guerra”, ainda que em Portugal não se sinta muito isso. O responsável falava no Encontro Fora da Caixa “Acontecimentos Globais: Que Impacto na Economia?”, organizado pela CGD, em Lisboa.

Polónia, Lituânia, Estónia, Letónia, Suécia, Finlândia “estão a preparar-se para a guerra”, exemplificou, apontando que a “melhor forma de evitar a guerra é preparar-se para ela”.

Em Portugal “não sentimos pressão mas é uma realidade, mesmo que haja algum tipo de acordo, temos de estar preparados para a confrontação, a oposição entre a Rússia e a Ucrânia e a Europa ocidental vai continuar”, alertou. “Temos de estar preparados para uma situação de investimento na defesa muitíssimo mais forte”, reiterou Durão Barroso.

O ex-primeiro-ministro português salientou ainda que “há uma ligação muito grande entre a questão geopolítica e questões internas da política governativa, com intervenções reais da Rússia nas nossas sociedades”.

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Miranda Sarmento garante “total confiança” em excedente orçamental no próximo ano

Ministro das Finanças mantém previsão de excedente orçamental no próximo ano. Declaração ocorre após Banco de Portugal estimar um défice de 0,1% do PIB em 2025.

O ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, garantiu esta segunda-feira que o Governo mantém “total confiança” na previsão de um excedente orçamental no próximo ano. As declarações ocorrem depois do Banco de Portugal prever que o país regresse aos défices a partir do próximo ano.

Para o próximo ano mantemos a previsão de excedente de 0,3%” do PIB, afirmou Joaquim Miranda Sarmento, numa intervenção em um “Encontro Fora da Caixa”, organizado pela Caixa Geral de Depósitos.

O governante sublinhou que o Executivo mantém “uma total confiança” na previsão orçamental inscrita no Orçamento do Estado para 2025 (OE2025). Ainda assim, admitiu: “Obviamente, não deixaremos de fazer um acompanhamento diário da execução orçamental e de procurar naturalmente ajustar sobretudo face ao que possa ser uma menor prestação da economia ou que possam ser situações de maior risco ou turbulências internacionais“.

A intervenção do ministro das Finanças tem lugar depois de, na sexta-feira passada, o Banco de Portugal ter divulgado estimativas orçamentais para este ano e o próximo, no qual aponta para um excedente de 0,6% este ano, mas um défice de 0,1% em 2025.

Miranda Sarmento realçou ainda o impacto das medidas aprovadas pela oposição à revelia do Governo – quer no verão, quer na especialidade do Orçamento –, que estima ser de 0,4% do PIB.

Destacou ainda que a previsão de crescimento económico para o próximo ano é de 2,1%. “É uma previsão conservadora”, disse, acrescentando que a maioria das instituições está um pouco mais otimista que o Governo.

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Bastonária oficializa recandidatura à Ordem dos Advogados

Fernanda de Almeida é a primeira candidata oficial às eleições da Ordem dos Advogados, marcadas para 18 e 19 de março (primeira volta). SADT e caixa de previdência voltam a estar como prioridades.

A atual bastonária da Ordem dos Advogados (OA), Fernanda de Almeida Pinheiro, é a primeira candidata oficial às eleições antecipadas de março de 2025.

Apresento a minha recandidatura a Bastonária da Ordem dos Advogados. Esta decisão reflete o nosso compromisso com a Advocacia e a continuidade do trabalho que iniciámos, num momento crucial para o futuro da nossa profissão”, lê-se na página de facebook da sua recandidatura, com o mote “Juntos Pela Ordem que Queremos!”.

“Estas eleições antecipadas são decorrentes do novo Estatuto da Ordem dos Advogados que entrou em vigor em abril de 2024. Perante os desafios impostos pela implementação deste novo quadro legal e perante as críticas públicas (incluindo de titulares dos órgãos da OA), apresentação de recursos e ameaças de ações judicias à nossa opção de designação do Conselho de Supervisão, vimo-nos forçados a convocar eleições antecipadas para garantir a estabilidade e a legitimidade plena dos órgãos da Ordem, alinhados com os desafios que temos pela frente. A nossa missão, ainda em curso, exige determinação e continuidade. Parar agora seria abdicar do progresso alcançado nos últimos quase dois anos e comprometer o futuro da advocacia; diz a bastonária, no mesmo comunicado.

Quais as razões da recandidatura?

  • “Dignificação da Profissão: A advocacia enfrenta desafios significativos, desde práticas desleais até à procuradoria ilícita. Continuaremos a promover a valorização pública e institucional da profissão, defendendo os direitos dos/as advogados/as em todas as formas de exercício e em todo o território”;
  • “Reforma da CPAS: Uma previdência justa e sustentável. Defendemos a liberdade de escolha entre a CPAS e a SS e continuaremos a trabalhar por um sistema equilibrado e adaptado às realidades financeiras da advocacia, o que já está a ser analisado pelo grupo de trabalho criado em 2024″;
  • “Manutenção e Valorização do Sistema de Acesso ao Direito dos Tribunais: Reafirmamos a defesa intransigente do SADT, assegurando a atualização da tabela de honorários; dignificação do trabalho; implementação de melhorias tecnológicas que simplifiquem o sistema”;
  • “Apoio à Jovem Advocacia: Reduzir custos, assegurar acesso a ferramentas tecnológicas são as nossas prioridades”;
  • “Valorização da Advocacia como um todo: Defenderemos a igualdade e a conciliação da vida pessoal e profissional”.

Estas reformas “essenciais ainda estão em curso e a sua interrupção deixaria a nossa Ordem vulnerável a retrocessos e a interesses que não refletem as reais necessidades da advocacia portuguesa. A nossa recandidatura representa um compromisso com uma advocacia mais digna, inclusiva e moderna, com foco em enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades do presente e do futuro. Seguimos juntos pela advocacia que queremos”, conclui Fernanda de Almeida Pinheiro.

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