Governo desaconselha “em absoluto” viagens ao Irão

  • Lusa
  • 4 Agosto 2024

O Ministério dos Negócios Estrangeiros desaconselhou "em absoluto" todas as viagens para o Irão, devido ao contexto interno do país e à crescente tensão regional e perigo de segurança.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros desaconselhou “em absoluto” todas as viagens para o Irão, devido ao contexto interno do país e à crescente tensão regional e perigo de segurança. “Considerando o contexto interno em que o país se encontra e a crescente tensão regional e perigo securitário, desaconselham-se em absoluto todas e quaisquer viagens ao Irão”, lê-se num aviso publicado no Portal das Comunidades Portuguesas.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros recomenda ainda aos portugueses que se encontram no Irão que, “em podendo, se ausentem do país até que situação regresse a um clima de menor risco”.

Os cidadãos portugueses que se encontrem no país deverão abster-se imperiosamente de participar em qualquer tipo de manifestação ou ajuntamento e afastar-se de ruas e zonas em que decorram”, alerta o Governo, desaconselhando também “em absoluto aos cidadãos portugueses que se encontrem no país qualquer viagem à província do Sistão-Baluquistão, assim como deslocações junto às fronteiras do Afeganistão e do Iraque”. Também devem ser evitadas as regiões que fazem fronteira com a Arménia e o Azerbaijão, em particular junto ao território do Nagorno-Karabakh.

O Ministério dos Estrangeiros lembra que nestas situações existe sempre possibilidade de encerramento do espaço aéreo do Irão ou cancelamentos de voos por parte de muitas companhias e que as comunicações para fora do país se encontram restringidas e as redes sociais bloqueadas. É também desaconselhado o registo fotográfico ou de outro tipo, em particular em qualquer zona evidentemente não-turística.

“Os cidadãos nacionais que se encontrem em território iraniano devem comunicar a sua presença para o correio eletrónico da Secção Consular Embaixada de Portugal em Teerão [email protected], dando nota do respetivo itinerário e dos seus contactos de emergência”, refere a mesma nota.

Este aumento súbito das tensões entre Israel, o Irão e os seus aliados regionais segue-se ao assassínio reivindicado por Israel do chefe militar do Hezbollah, Fouad Chokr, e à morte em Teerão do líder político do Hamas, Ismaïl Haniyeh, num ataque atribuído a Israel.

Vários países, entre os quais França, Estados Unidos e Reino Unido, pediram aos seus cidadãos que abandonassem o Líbano neste fim de semana, por receio de um agravamento do conflito entre Israel e o Hezbollah.

O Hezbollah apoia o Hamas palestiniano, que tem a sua base em Gaza e está em guerra com Israel desde o seu ataque sem precedentes contra o Estado judeu, em 07 de outubro.

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Morreu o jornalista João Paulo Guerra (1942-2024)

  • Lusa
  • 4 Agosto 2024

O jornalista João Paulo Guerra, 82 anos, morreu este domingo em Lisboa, vítima de doença, disse à agência Lusa fonte próxima do também radialista e escritor.

O jornalista João Paulo Guerra, 82 anos, morreu este domingo em Lisboa vítima de doença, disse à agência Lusa fonte próxima do também radialista e escritor. João Paulo Guerra morreu no hospital Curry Cabral, e estava doente há já algum tempo, disse a fonte, lembrando o último cargo que o jornalista exerceu – provedor do ouvinte do serviço público de Rádio.

Sempre conhecido por João Paulo Guerra, iniciou a carreira na rádio mas foi também jornalista na imprensa, trabalhou para televisão e escreveu uma dezena de livros.

De acordo com biografias publicadas pelas suas casas editoras, o jornalista iniciou-se profissionalmente na Rádio Renascença, passando depois para o serviço de noticiários do antigo Rádio Clube Português, onde deixou o nome associado a programas de informação e magazines, que se destacaram na viragem da década de 1960 para a seguinte, como PBX e Tempo Zip.

João Paulo Guerra Baptista Coelho Vieira nasceu em Lisboa, em abril de 1942, iniciando-se no jornalismo aos 20 anos, profissão que interrompeu quando prestou serviço militar em Moçambique. A mãe era fundadora da revista “Crónica Feminina”.

Foi editor e repórter na ex-Emissora Nacional (1974) e chefe do Gabinete de Estudos e Planeamento da Direção de Programas desta estação, na origem da Rádio Difusão Portuguesa (1974-75).

Correspondente em Lisboa da Rádio Nacional de Angola (1976-1977), fez parte da equipa de fundadores da Telefonia de Lisboa (1985-1987), foi editor e repórter da TSF – Rádio Jornal (1990-96) e da Central FM (1996).

Na Antena 1, foi responsável pelo programa “Os Reis da Rádio” (2005-2006) e, durante mais de dez anos, a partir de 2006, pela “Revista de Imprensa”.

Nos jornais, entre outros títulos, trabalhou para a Mosca, suplemento de fim de semana do Diário de Lisboa, então dirigido pelo escritor Luís Sttau Monteiro, fazendo parte da sua equipa.

Trabalhou também para o vespertino A Capital e o suplemento Cena 7, o República e o Musicalíssimo. Foi ainda chefe de redação do Notícias da Amadora (1972-74), esteve na redação de O Diário (1979-79), que chefiou de 1989 a 1990, além de ter sido colaborador permanente dos jornais O Jogo, Público e do semanário O Jornal.

Foi ainda editor e redator principal do Diário Económico.

Escreveu vários livros, especialmente de pesquisa jornalística, como “Memórias das Guerras Coloniais”, “Savimbi Vida e Morte” e “Descolonização portuguesa – O regresso das caravelas”, entre outros títulos, em jeito de crónica, como “Polícias e Ladrões”, “Os Flechas Atacam de Novo” e “Diz que é uma espécie de democracia”.

“Romance de uma Conspiração” e “Corações Irritáveis”, nome como foi identificada pela primeira vez a Perturbação Pós-Stresse Traumático de guerra, são outros dos seus livros, ambos obras de ficção.

Na televisão, trabalhou essencialmente para a SIC como guionista e repórter. No teatro, adaptou o romance “Claraboia”, de José Saramago, que foi posto em cena pela companhia A Barraca, com interpretação de sua irmã, a atriz Maria do Céu Guerra.

Ao longo da carreira jornalística conquistou uma dezena de prémios, nomeadamente da Casa da Imprensa, o Prémio Gazeta do Clube de Jornalistas, o Prémio Nacional de Reportagem do Clube de Jornalistas do Porto, o Prémio Reportagem de Rádio do Clube Português de Imprensa.

Em 2010, foi-lhe atribuído o Prémio Gazeta de Mérito e, em 2014, o Prémio Igrejas Caeiro da Sociedade Portuguesa de Autores, destinado a distinguir personalidades da rádio.

Entre 2017 e 2021 foi provedor do ouvinte na rádio pública.

Quando publicou “Corações Irritáveis”, em 2016, João Paulo Guerra disse à agência Lusa que este seu livro “fala da guerra, porque a guerra tem tantas sequelas que até a democracia em Portugal é um resultado da guerra“, afirmou. “Foi da guerra que apareceram os homens que fizeram a democracia. Mas há também muitos ‘corações irritáveise feridas que nunca cicatrizaram”. “Há guerras que não acabam e por muitos acordos de cessar-fogo que sejam assinados há sempre um cessar-fogo que cada um tem consigo próprio e que não é assinado”, disse então à Lusa. “Mas este livro para mim é o meu cessar-fogo”.

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Ministro quer Estado com participação minoritária em nova fábrica de munições

  • Lusa
  • 4 Agosto 2024

O ministro da Defesa revela que existem investidores nacionais interessados na fábrica de munições, defendendo um modelo de investimento privado com participação pública minoritária

O ministro da Defesa Nacional afirmou que existem investidores nacionais interessados na nova fábrica de munições que o Governo pretende instalar, defendendo um modelo de investimento privado com uma participação pública minoritária, ainda em estudo.

Se perguntar em relação às fábricas de munições, o que eu desejo, o meu modelo preferencial, passa por um investimento que é privado, potencialmente externo mas não necessariamente externo – há também investidores nacionais interessados -, com uma participação do Estado que também estará no modelo da gestão gerando postos de trabalho em Portugal e sempre que possível altamente tecnológicos, porque esse é o futuro“, defendeu o ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo, em entrevista à Lusa. Em causa está a construção de uma nova fábrica de munições em Portugal, anunciada pelo ministro em junho, no parlamento, e cujo modelo de negócio e localização ainda estão a ser estudados pelo Governo PSD/CDS-PP.

Nuno Melo disse que o objetivo é que esta nova fábrica esteja a operar “tão breve quanto possível”, falando num “investimento de curto prazo”, a concretizar “no tempo desta legislatura”. O ministro, que ressalvou que esta não pode ser uma decisão precipitada, salientou as vantagens de um projeto pensado “com base no lucro e nas necessidades de produção que tenham potencial exportador e que sirvam também às Forças Armadas”.

A este propósito, elogiou o exemplo da OGMA — Indústria Aeronáutica de Portugal, em Alverca do Ribatejo, concelho de Vila Franca de Xira, que foi privatizada em 2005 pelo Governo PSD/CDS-PP, quando Paulo Portas era ministro da Defesa, com o Estado a ficar com 35% através da idD Portugal Defence.

Quanto à localização da futura fábrica de munições, Nuno Melo disse que Alcochete já tem infraestrutura que pode ser aproveitada. “Na verdade, essas infraestruturas são elas próprias razões, a par de licenças, e muitas outras coisas, que justificam um bom investimento para quem queira apostar neste caminho, nas possibilidades que a Defesa Nacional abrirá”, disse.

A este propósito, Nuno Melo considerou que anteriores Governos “fizeram pouco” na área da ligação entre a Defesa Nacional e a economia: “Foi tão pouco o que se fez no passado que, de facto, as oportunidades em relação ao futuro são imensas” para a iniciativa privada, disse.

Sobre a situação no Arsenal do Alfeite, que se encontra tecnicamente falido, Melo reiterou que “nenhuma Marinha de guerra existe sem um arsenal” e sublinhou que a preocupação principal do executivo minoritário é assegurar os postos de trabalho, “mas também dar eficácia a um arsenal para que possa cumprir prazos e que seja competitivo no mercado”.

Questionado sobre uma eventual privatização, Nuno Melo respondeu que “nada está excluído e nada está decidido” e acrescentou que já pediu à nova administração, nomeada em julho, um plano urgente sobre a situação do estaleiro e que com base nesse documento o poder político tomará uma decisão.

Interrogado sobre as razões da saída da anterior administração, Nuno Melo disse que houve um conjunto de circunstâncias que mostraram que havia necessidade de tentar um outro modelo com uma outra administração, “com uma nova visão”.

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“Lei de Programação Militar está fora do seu tempo”

  • Lusa
  • 4 Agosto 2024

A Lei de Programação Militar, revista no ano passado, está "fora do seu tempo", defendeu o ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo, que admite nova revisão antes do prazo previsto.

A Lei de Programação Militar, revista no ano passado, está “fora do seu tempo”, defendeu o ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo, que admite nova revisão antes do prazo previsto. “A Lei de Programação Militar está fora do seu tempo e não dá resposta a preocupações que são prementes e, por isso, eu coloco como possível a necessidade de se alterar no plano legislativo a Lei de Programação Militar, mas esse é um processo que implicará uma discussão ao nível do Governo que ainda não tive“, ressalvou.

Em entrevista à agência Lusa, Nuno Melo justificou esta eventual revisão com o atual contexto internacional, como a guerra na Ucrânia e o agravar do conflito no Médio Oriente, juntamente com as crescentes exigências de investimento da NATO.

A atual Lei de Programação Militar, que estabelece o investimento público em meios e equipamentos para as Forças Armadas, prevê um montante global de 5.570 milhões de euros até 2034, e a sua revisão está prevista para 2026.

Nuno Melo salientou que os ramos podem eventualmente considerar outras prioridades de investimento que não as inscritas na atual lei, aprovada no parlamento em julho de 2023, apenas com o voto favorável do PS. “Acho que pelo menos essa discussão deve acontecer. Se a LPM será revista antes do prazo de vida, já se verá, mas essa possibilidade está em cima da mesa“, afirmou.

Recentemente, o chefe do Estado-Maior da Força Aérea, general Cartaxo Alves, avisou que Portugal está “a ficar para trás”, à medida que os caças F-16 se encontram em fim de vida e outros países europeus vão adotando os F-35, falando mesmo num risco de perda de soberania aérea nacional.

Muito embora nós devamos ser capazes de pensar com o prazo razoável, tendo em conta o que é inevitável na vida, vale para as pessoas como vale para os equipamentos: acabam, tornam-se obsoletos, desaparecem, por isso nós temos que garantir que a opção por qualquer coisa diferente acontecerá em tempo.

Interrogado sobre a urgência manifestada pelo general, Melo afirmou que este “não é o tempo nem o momento para avançar sobre um tema que, sendo relevante, está longe de estar fechado”. “Estamos a falar de aeronaves [as F-16] muito capazes, que estão neste momento a cumprir missões, com grande elogio, normalmente fora, na Lituânia, onde há pouco tempo estive com os respetivos pilotos e, por isso, não me parece que estejamos a falar de uma situação emergente” sustentou. “Muito embora nós devamos ser capazes de pensar com o prazo razoável, tendo em conta o que é inevitável na vida, vale para as pessoas como vale para os equipamentos: acabam, tornam-se obsoletos, desaparecem, por isso nós temos que garantir que a opção por qualquer coisa diferente acontecerá em tempo”, acrescentou.

Sobre outros investimentos pedidos pelos ramos, nomeadamente a aquisição de dois submarinos pelo chefe do Estado-Maior da Armada, almirante Gouveia e Melo, o ministro considerou legítimo que os chefes militares peçam o que entendem necessário, mas salientou que é sua obrigação “ter em conta as circunstâncias orçamentais do país”.

Dos investimentos previstos na atual LPM, Melo adiantou que Portugal já recebeu duas aeronaves KC-390 de um total de cinco, com a terceira entrega prevista para março de 2025, a quarta em 2026 e a última em 2027.

Quanto ao navio polivalente logístico, tem prazo de entrega para o quadriénio de 2027-2030, com um investimento de 98 milhões de euros, e sobre os seis navios patrulha oceânicos o contrato já está assinado “e há uma entrega prevista para 2027”. O Governo vai adquirir três helicópteros de apoio, proteção e evacuação, com uma opção de compra de mais um, tendo “uma entrega prevista para 2026”, uma aeronave de apoio aéreo próximo, a ‘Super Tucano’, e ainda investir no sistema de combate do soldado.

O governante adiantou que Portugal está neste momento em “oito missões da NATO, oito missões da União Europeia, seis coligações, uma FRONTEX”, num total de 1.027 militares, 111 viaturas, seis aviões e três navios.

Questionado sobre se o Governo já decidiu a localização do Campo de Tiro de Alcochete, quando o novo aeroporto for construído na zona, Nuno Melo disse apenas que “há localizações alternativas” mas as “decisões políticas não estão ainda tomadas“.

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Guarda, Castelo Branco, Portalegre e Faro em perigo máximo de incêndio

  • Lusa
  • 4 Agosto 2024

Quinze concelhos dos distritos de Castelo Branco, Guarda, Portalegre e Faro estão em perigo máximo de incêndio devido ao tempo quente, segundo o IPMA.

Quinze concelhos dos distritos de Castelo Branco, Guarda, Portalegre e Faro estão em perigo máximo de incêndio este domingo devido ao tempo quente, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA). Em perigo máximo de incêndio estão os concelhos de Penamacor, Covilhã, Castelo Branco, Fundão, Proença-a-Nova, Belmonte e Vila Velha de Ródão, no distrito de Castelo Branco, e Sabugal, no distrito de Braga.

Sob o mesmo alerta do IPMA estão os concelhos de Nisa, Castelo de Vide, Portalegre e Marvão, no distrito de Portalegre, e os concelhos de Loulé, Tavira e São Brás de Alportel, no distrito de Faro.

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera colocou ainda cerca de 80 concelhos em perigo muito elevado de incêndio dos distritos de Vila Real, Bragança, Guarda, Viseu, Coimbra, Castelo Branco, Santarém, Leiria, Beja e Faro.

O perigo de incêndio, determinado pelo IPMA, tem cinco níveis, que vão de reduzido a máximo e os cálculos são obtidos a partir da temperatura do ar, humidade relativa, velocidade do vento e quantidade de precipitação nas últimas 24 horas.

Nos dias de perigo muito elevado ou máximo é proibido fazer queimadas e nos restantes dias apenas “é permitido fazer com autorização”, recorda o IPMA.

Devido à previsão de tempo quente, o IPMA colocou em aviso amarelo, até às 18:00 de hoje, os distritos de Vila Real, Bragança, Guarda, Castelo Branco, Portalegre, Évora e Beja.

O aviso amarelo é determinado sempre que existe risco para determinadas atividades dependentes da situação meteorológica.

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera prevê para hoje céu geralmente limpo, apresentando períodos de mais nebulosidade até ao início da manhã em alguns locais do litoral Centro. O vento soprará fraco a moderado (até 30 km/h) do quadrante norte, soprando temporariamente de sudoeste na costa sul do Algarve durante a tarde, e sendo por vezes forte (até 40 km/h) nas serras do litoral Centro e na faixa costeira a norte do Cabo Espichel, em especial a partir da tarde.

As previsões apontam também para uma pequena subida de temperatura, exceto da máxima no Algarve.

A temperatura máxima mais elevada prevista para hoje será alcançada em Évora, Beja e Castelo Branco, com 39 graus Celsius, e a mais baixa em Aveiro com 24 graus Celsius.

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França apela aos seus cidadãos para abandonarem Líbano rapidamente

  • Lusa
  • 4 Agosto 2024

A França apelou aos seus cidadãos para abandonarem o Líbano "o mais rapidamente possível", seguindo os passos dos Estados Unidos e do Reino Unido.

A França apelou este domingo aos seus cidadãos para abandonarem o Líbano “o mais rapidamente possível”, seguindo os passos dos Estados Unidos e do Reino Unido, perante o risco de uma conflagração no Médio Oriente.

“Num contexto de segurança altamente volátil, chamamos mais uma vez a atenção dos cidadãos franceses, em particular dos que estão de passagem, para o facto de ainda estarem disponíveis voos comerciais diretos com escala em França, e convidamo-los a tomar desde já as suas providências para deixarem o Líbano o mais rapidamente possível”, sublinhou o Ministério dos Negócios Estrangeiros francês.

Paris segue assim os passos de Washington e Londres, que já tinham recomendado sábado a partida dos seus concidadãos.

A Suécia também anunciou o encerramento da sua embaixada em Beirute e apelou aos seus cidadãos para abandonarem o país.

Na quinta-feira, o Governo francês atualizou a ficha de informação sobre o Líbano, chamando “a atenção dos cidadãos franceses, em particular dos que estão de passagem, para o facto de os voos comerciais para França” estarem “ainda disponíveis”.

Nesse momento não apelou ao abandono do país. Este domingo reiterou que os cidadãos franceses eram “instados” a não se deslocarem ao Líbano.

Os receios de uma possível escalada militar no Médio Oriente aumentaram consideravelmente depois de o Irão e aliados terem intensificado as ameaças contra Israel.

O Irão, o grupo islamita palestiniano Hamas e o seu aliado libanês Hezbollah responsabilizaram Israel pela morte em Teerão, na quarta-feira, do líder do movimento islamita palestiniano, Ismail Haniyeh.

A eliminação do líder palestiniano ocorreu poucas horas depois de um ataque reivindicado por Israel ter matado o chefe militar do movimento libanês, Fouad Shukr, na terça-feira à noite, perto de Beirute.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou já que o Israel se encontra num “nível muito elevado” de preparação para qualquer cenário, “tanto defensivo como ofensivo”.

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📹 Da população ao emprego. A União Europeia em 9 números

  • ECO
  • 4 Agosto 2024

O Eurostat europeu atualizou os principais dados que definem os 27 Estados-membros da União Europeia. Do emprego à população, o ECO selecionou nove números que melhor pintam o bloco europeu.

O gabinete europeu de estatísticas atualizou os principais dados que definem os 27 Estados-membros da União Europeia. Do emprego à população, passando pelas exportações e investimento, o ECO selecionou nove números que melhor pintam o bloco europeu.

http://videos.sapo.pt/jqUZ6OmEKozba00IEYwI

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Lider da Distrital do PSD recandidata-se para “ganhar claramente” autárquicas de 2025

  • Lusa
  • 3 Agosto 2024

O atual presidente da Comissão Politica Distrital do PSD do Porto recandidata-se ao cargo com os objetivos de "ganhar claramente" as eleições autárquicas de 2025. Alberto Santos também concorre.

O atual presidente da Comissão Politica Distrital do PSD do Porto recandidata-se ao cargo com os objetivos de “ganhar claramente” as eleições autárquicas de 2025 e “combater o centralismo”, prometendo “reclamar para o distrito” entidades e organizações nacionais. As eleições para a ‘Distrital’ do PSD do Porto ocorrem no dia 6 de setembro, em paralelo com as eleições diretas para a liderança do PSD.

Em declarações à agência Lusa, Sérgio Humberto explicou que pretende “reverter rapidamente” o ciclo de derrotas ao nível autárquico em que o PSD entrou em 2021, e apontou a conquista das câmaras do Porto e de Vila Nova de Gaia como “dois grandes desafios”, embora “não únicos”.

“O PSD em 2021 teve o pior resultado nas autárquicas desde o 25 de Abril de 1974. Manteve o número de câmaras mas perdeu vereadores, muitas juntas de freguesia, e perdeu membros nas assembleias municipais. Nós temos de reverter rapidamente este ciclo. O PSD é um partido do poder local e queremos claramente vencer as autárquicas de 2025″, afirmou o eurodeputado.

Sobre as eleições autárquicas, o também ex-presidente da câmara da Trofa destacou as câmaras do Porto e de Vila Nova de Gaia como “duas autarquias a vencer”, mas não adiantou nomes de candidatos a nenhuma delas.

“O candidato à Câmara Municipal do Porto vai ser escolhido pelo presidente do partido, depois de escutar a secção e a distrital. Falam-se de vários nomes como Pedro Duarte, Miguel Guimarães, Castro de Almeida, mas as pessoas que estejam sossegadas porque este assunto vai ser tratado a seguir ao congresso”, referiu. O congresso do PSD está marcado para os dias 21 e 22 de setembro, em Braga.

Quanto a Vila Nova de Gaia, Sérgio Humberto considerou que “é uma câmara que o PSD pode ganhar” destacando que o atual autarca, Eduardo Vítor Rodrigues (PS), “não soube acompanhar o desenvolvimento que Luis Filipe Menezes [que liderou a autarquia 12 anos pelo PSD]” gerou para o concelho.

No entanto, o candidato a líder distrital social-democrata também não apontou nomes para aquela autarquia: “Estamos já a trabalhar, ainda sem nomes, mas a agregar pessoas. Houve um momento importante que foi a derrota dos caciques [nas eleições concelhias] e hoje respira-se liberdade em Gaia no partido, e o partido está preparado para ir à luta”.

Além daqueles concelhos, Sérgio Humberto destacou que há “outros sítios” onde o “PSD vai apostar, como Paços de Ferreira, Vila do Conde, Valongo, Marco de Canaveses, Felgueiras”.

“Não vamos dar nada como perdido, mas sabemos que há sítios mais difíceis como outros. O nosso objetivo é começar a trilhar um caminho para ter um resultado como em 2001, em que o PSD tinha 12 câmaras municipais, o CDS uma, e o PS cinco. Atualmente o PS tem 12, o PSD tem cinco e há uma independente”, apontou.

Outro desígnio assumido pelo candidato é o “combate ao centralismo”, deixando acusações ao PS: “António Costa liderou um Governo que centralizou quase tudo o que havia a centralizar em Lisboa (…), o combate a isto é uma luta que vai ser ganha por este Governo e nós [distrito do Porto] temos de estar na linha da frente deste combate”.

“Há uma proposta que nós temos que é a de alguns órgãos do Estado central serem descentralizados para outras regiões do pais e a minha incumbência é que sejam para o distrito do Porto. Podemos ter um conjunto de entidades e organizações que podem estar cá [no distrito do Porto], ter extensões cá, onde os autarcas e a população possam usufruir sem se deslocarem a Lisboa”, explicou.

Sérgio Humberto apontou, assim, como objetivo “ter um espaço na cidade do Porto onde membros do Governo possam reunir com autarcas, resolver problemas de empresas e de pessoas”.

O candidato afirmou estar “bastante confiante” para a disputa eleitoral uma vez que, disse, já tem provas dadas: “Nestes dois anos aumentamos o número de militantes, que vínhamos a perder, somos a maior distrital do país. Vencemos umas eleições legislativas, o que foi fundamental e não acontecia desde 2015, e tivemos um resultado fantástico nas europeias”.

O ex-autarca lamentou, no entanto, a altura “da luta” partidária: “Umas eleições são sempre de enaltecer, mas, se calhar, estas lutas não deviam acontecer neste tempo, mas é o tempo dos calendários. Depois do dia seis temos de juntar alguns cacos numa ou outra secção mas vamos juntar todos os cacos e ganhar as autárquicas”, garantiu.

À liderança da Distrital do PSD do Porto, além de Sérgio Humberto, já se assumiu como candidato o antigo presidente da câmara de Penafiel, Alberto Santos.

 

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📹 Estes são os 10 melhores países para nómadas digitais

Portugal continua no mapa dos nómadas digitais. O estudo da Global Citizen Solutions elogia a qualidade de vida e os custos reduzidos.

Um novo ranking elaborado pela consultora Global Citizens Solutions coloca Portugal entre os dez melhores países para nómadas digitais, pessoas que usam tecnologias para trabalharem remotamente enquanto viajam pelo mundo. O relatório avalia fatores como os custos e a qualidade de vida, mas também o ambiente económico e as condições ou programas especiais oferecidos a estes profissionais.

http://videos.sapo.pt/Uf2WJcZw3mWECGJ2rdD6

Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para ver o vídeo.

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Sonho de uma Comissão paritária de von der Leyen sob ameaça

Presidente reeleita pediu que cada Estado-membro sugerisse um homem e uma mulher para candidatos à Comissão mas nenhum seguiu a indicação. Dos nomes sugeridos, apenas três são de mulheres.

Recém reeleita, Ursula von der Leyen pediu que até ao final do mês os Estados-membros da União Europeia (UE) submetessem dois nomes para integrar o processo de formação do próximo colégio de Comissários da UE: um homem e uma mulher. O pedido surge com o objetivo de garantir a paridade no executivo comunitário – à semelhança do atual que conta com 13 mulheres e 14 homens –, no entanto, está a ser amplamente ignorado pelo bloco europeu.

Dos 25 países que têm de submeter os seus candidatos – nem a Alemanha nem a Estónia o fazem por já terem a presidência da Comissão, com Ursula von der Leyen, e uma das vice-presidências e simultaneamente chefe da diplomacia europeia, com Kaja Kallas – 13 já o fizeram, mas nenhum vem acompanhado de um segundo nome. E desses apenas três são mulheres. Jessika Roswal, da Suécia, Henna Virkkunen, da Finlândia e atual comissária croata para a democracia e demografia, Dubravka Šuica. Por sua vez Espanha, embora ainda não tenha formalizado o seu candidato, deverá enviar o nome da atual ministra da Transição Ecológica, Teresa Ribera.

“É a tradição. Cada país indica uma pessoa, como indicam os tratados, e lamentavelmente aparecem sempre mais homens do que mulheres”, comenta ao ECO Margarida Marques, ex-secretária de Estado dos Assuntos Europeus e eurodeputada no Parlamento Europeu na legislatura anterior. “Mas são candidatos. Estou confiante de que von der Leyen vai voltar insistir com os países para respeitarem este pedido. A história já nos provou que quando não há uma imposição de reforçar a participação de mulheres, a tendência é indicar homens”, diz.

Mas a exigência de equilíbrio de género de von der Leyen não é apenas uma questão de igualdade. Também dá à alemã mais poder de escolha na constituição da sua equipa, um exercício complicado em que terá de ponderar também a geografia, a filiação política e as competências. Se todos os países respeitassem esta exigência, a presidente do executivo comunitário teria um catálogo de 50 nomes por onde escolher para formar a sua equipa, sendo a decisão final da própria ao invés dos Estados-membros que têm o direito de nomear um comissário por cada mandato.

Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der LeyenEPA/OLIVIER MATTHYS

“Ao ter dois nomes por onde escolher, Ursula acaba por ter mais poder político do que o previsto nos tratados. E muitos Estados-membros não gostam dessa ideia. Essa foi uma das críticas feitas no seu mandato anterior”, aponta Paulo Sande, especialista em assuntos europeus e ex-conselheiro do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. Ao ECO, Sande recorda ainda que, na legislatura anterior, a presidente alemã foi acusada de gerir o executivo comunitário a partir de um núcleo fechado no seu gabinete, muitas vezes “sem consultar os seus comissários”, algo que criou “muito mal-estar” em Bruxelas.

A resistência dos Estados-membros em concretizar o sonho da paridade de von der Leyen poderá, na verdade, ser estratégica. Afinal de contas, a próxima legislatura contará com a estreia de três novas pastas que abrangem dossiês de elevada relevância na atualidade europeia: Defesa, Mediterrâneo e Habitação. Fora estes três novos pelouros, as pastas ligadas à economia, orçamentos e mercado interno voltarão a ser as mais procuradas o que elevará o tom de negociação com cada Estado-membro.

“Aquilo que vai mais pesar na decisão de von der Leyen será a repartição de pelouros. [A presidente da Comissão Europeia] poderá jogar com essa repartição para conseguir os nomes que quer e simultaneamente garantir o equilíbrio de géneros”, explica Paulo Sande.

E Portugal?

De Portugal ainda não há sinal de quem será proposto, nem indicação de quantos nomes serão colocados a concurso. Essa decisão vive “única e exclusivamente nas mãos e na cabeça do primeiro-ministro”, diz-nos fonte do Governo. Mas há já especulações. Desde logo, Miguel Poiares Maduro que depois de ter recusado o convite para integrar a equipa de Luís Montenegro deverá estar de olho em juntar-se ao próximo executivo comunitário de Ursula von der Leyen, em Bruxelas.

O ex-ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional do Governo de Pedro Passos Coelho de 57 anos conta com a experiência europeia que um cargo em Bruxelas exige e deverá estar no topo das escolhas de Luís Montenegro.

Ursula von der Leyen e Luís MontenegroAurore Martignoni/EC - Audiovisual Service 21 Março, 2024

 

“Não seria má ideia Portugal apresentar dois nomes, mas com tantos países a não respeitarem este pedido não sei se haverá vontade”, confessa Paulo Sande.

Se assim for, Portugal seguirá o mesmo caminho que os restantes países europeus ao apresentar um homem para candidato a comissário, embora tenham sido especulados outros nomes como o de Maria Luís Albuquerque, ex-ministra do Estado e das Finanças do Governo de Passos Coelho.

“Precisamos de alguém competente, que conheça as instituições europeias e tenha uma visão e ambição portuguesa e europeia. Espero que Portugal responda ao princípio de um homem e de uma mulher como no passado”, diz Margarida Marques.

O pedido de Ursula von der Leyen em nome da paridade não é novo. Em 2019, quando presidiu a Comissão Europeia pela primeira vez, a alemã fez a mesma solicitação. Os primeiros nomes que chegaram a Bruxelas eram de homens, mas von der Leyen insistiu (e conseguiu) que na Comissão Europeia houvesse um equilíbrio de géneros.

Esta mudança de planos em nome da paridade obrigou Portugal a retificar a sua sugestão. Pedro Marques foi o primeiro candidato proposto para integrar a equipa executiva em Bruxelas, mas com a exigência da presidente o nome foi substituído pelo de Elisa Ferreira que acabou por ficar com a pasta da Coesão e Reformas. A Comissão que iniciou funções em 2019 e que terminará o mandato em novembro deste ano conta com 13 mulheres (incluindo von der Leyen) e 14 homens.

Colégio de Comissários (2019-2024)

Quem são os candidatos?

Até ao momento, 13 países já apresentaram os seus candidatos a integrar a Comissão Europeia na próxima legislatura. Desses, cinco são repetentes: o francês Thierry Breton, comissário europeu para o Mercado Interno e Serviços; o eslovaco Maroš Sefčovič, comissário para as Relações Interinstitucionais; Wopke Hoekstra dos Países Baixos, comissário para a Ação Climática; Valdis Dombrovskis, da Letónia, vice-presidente da Comissão Europeia e Olivér Várhelyi da Hungria, comissário para o alargamento;

Deste grupo, que, em princípio não será novamente entrevistado por Ursula von der Leyen, apenas o húngaro parece ter o caminho dificultado para ser reconduzido. Ou pelo menos, não será garantido que consiga pôr as mãos novamente sobre a mesma pasta que presidiu nos últimos cinco anos uma vez que o processo de adesão da Moldávia e da Ucrânia já decorre e é conhecida a posição da Hungria em relação a Kiev.

E mesmo que passe pelo crivo de von der Leyen, Várhelyi não deverá passar nas audições do Parlamento Europeu. Durante o seu mandato, o candidato húngaro foi alvo de críticas implacáveis por ter rompido com a linha oficial da Comissão Europeia e ter seguido uma agenda alinhada com o governo de Viktor Orbán. Em outubro 2023, imediatamente após os ataques do Hamas contra Israel, Várhelyi anunciou subitamente que “todos os pagamentos” vindos da UE às autoridades palestinianas serão “imediatamente suspensos”. A declaração faz manchetes internacionais e desencadeou uma reação negativa em alguns Estados-membros. Confrontada com questões, a Comissão esclareceu que Várhelyi atuou sem a bênção de von der Leyen ou sem consultas prévias. Dias depois, cerca de 70 eurodeputados apresentaram uma petição para que o húngaro apresentasse a demissão, mas o mesmo manteve-se no cargo.

Assim, se o primeiro nome for rejeitado, da Hungria será expectável que seja apresentado um segundo. Esse nome juntar-se-á aos restantes que ambicionam chegar ao executivo comunitário, entre eles, Apostolos Tzitzikostas, da Grécia; Michael McGrath da Irlanda, Magnus Brunner da Áustria; Tomaz Vesel da Eslovénia; e Josef Sikela da República Checa.

Os restantes países, incluindo Portugal, deverão dar a conhecer os seus candidatos até ao final do mês, altura em que serão também entrevistados pela presidente da Comissão. Caso passem, em setembro, dar-se-á início ao processo de entrevistas e posteriormente as audições nas comissões a que se candidatam a presidir. Cada comité avaliará a competência do candidato e enviará à Presidente do Parlamento a sua decisão e não é garantido que passem à primeira. Uma avaliação negativa pode levar os candidatos a retirarem-se do processo, como já aconteceu no passado.

Depois das audições, arranca em outubro o processo de votação no Parlamento Europeu, altura em que será votada também Kaja Kallas para a alta representante da política externa. À semelhança das votações para os cargos de topo, os candidatos precisam de uma maioria de 361 votos para serem aprovados pelo Parlamento Europeu.

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Companhias suspendem voos no médio oriente. Saiba quais

  • ECO
  • 3 Agosto 2024

A Turkish Airlines foi a última de 17 as companhias com operações no médio oriente que estão a suspender voos para Israel, Líbano e Irão, bem como a evitar o espaço aéreo da região.

Companhias aéreas europeias, asiáticas e norte-americanas estão a suspender total ou parcialmente as suas operações de e para Israel, Líbano e Irão, à medida que a tensão cresce na região. As decisões das companhias foram aceleradas após o assassinato do chefe político do Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerão, na quarta-feira. A retaliação esperada do Irão e seus aliados contra Israel aumentou os riscos de segurança.

Segundo o site turco Yani Safak e o especializado TTW – Travel Tour World a situação neste sábado é a seguinte:

  • A United Airlines, que opera 14 voos semanais entre Nova Iorque e Israel, suspendeu estes voos até 6 de agosto;
  • A Delta Airlines suspendeu voos para Israel;
  • A British Airways tem os voos para Israel suspensos;
  • A Swiss suspendeu voos entre Zurique e Tel Aviv até pelo menos 8 de agosto. A suspensão dos voos Zurique-Beirute, inicialmente programada para terminar em 29 de julho, foi estendida até 12 de agosto;
  • O Grupo Lufthansa, que, para além da Swiss, inclui a Lufthansa e a Eurowings, suspendeu voos de e para Beirute até 5 de agosto e para Tel Aviv até 8 de agosto, anunciando que monitoraria a situação em terra para determinar quando os voos poderiam ser retomados;
  • A Air India também cancelou seus voos para Tel Aviv até 8 de agosto, alegando preocupações com a segurança;
  • A italiana ITA Airways, anunciou que os voos de e para Tel Aviv estão suspensos até 6 de agosto;
  • A companhia polaca LOT, cancelou oito voos para o Líbano e Israel programados para 3 e 4 de agosto;
  • A holandesa KLM também cancelou todos os seus voos de e para Israel até 26 de outubro;
  • A grega Aegean Airlines e a alemã Condor Airlines tinham suspendido voos de Atenas para Beirute até 1 de agosto;
  • A Singapore Airlines (SIA) disse que evitaria o espaço aéreo iraniano devido às crescentes tensões no médio oriente;
  • A Air Canadá adiou voos para Tel Aviv até meados de outubro, com a próxima partida programada para 15 de outubro a partir de Toronto;
  • A Brussels Airlines interrompeu as suas operações para Tel Aviv até pelo menos 8 de agosto;
  • A Turkish Airlines adiou a retomar voos para várias cidades iranianas prevista para este sábado;
  • A FlyDubai cancelou alguns de seus voos devido ao aumento das tensões.

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ASAE apreende mais de 128 mil artigos contrafeitos vendidos nas redes sociais

  • Lusa
  • 3 Agosto 2024

Artigos falsificados, designadamente vestuário, equipamentos desportivos e têxteis foram apreendidos pela ASAE, numa operação de combate à contrafação através das redes sociais.

Mais de 128 mil artigos falsificados, designadamente vestuário, equipamentos desportivos e acessórios têxteis, no valor de 887 mil euros, foram apreendidos pela ASAE, numa operação de combate à contrafação através das redes sociais, foi este sábado anunciado.

Na operação de fiscalização “Ártemis”, realizada pela Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), através da sua Unidade Nacional de Informações e Investigação Criminal, foi dado cumprimento “a mandados de busca domiciliários, não domiciliários e de pesquisa digital, onde se investigava o ilícito de venda ou ocultação de produtos contrafeitos, através de redes sociais, na região do Porto e em Barcelos”, adianta a ASAE em comunicado.

“Como resultado da ação, dirigida a uma loja com acesso reservado e a um armazém, onde se procedia à exposição e comercialização de artigos com fortes suspeitas de terem origem contrafeita, bem como ao seu embalamento para expedição, foram instaurados os respetivos inquéritos crime pelos ilícitos de venda ou ocultação de produtos contrafeitos e imitação ou uso ilegal de marca”, salienta.

Segundo a ASAE, foram ainda apreendidos 128.200 artigos, designadamente vestuário, equipamentos desportivos e acessórios têxteis, bem como uma arma de calibre 6.35 e respetivas munições, tudo num valor aproximado de 887 mil euros.

Os visados foram constituídos arguidos e sujeitos a termo de identidade e residência, refere a ASAE, salientando que um dos arguidos é reincidente na prática desta atividade ilícita.

A ASAE relembra que a contrafação constitui um crime precedente do branqueamento de capitais, sendo este último um crime de prevenção e de investigação prioritária, pelo que dará continuidade ao desenvolvimento de ações de fiscalização nesta área, visando “a salvaguarda das regras do mercado e da livre concorrência, defendendo os direitos da propriedade industrial e garantindo a proteção dos consumidores”.

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