Fábrica de Sintra da falida Farame rende 4,6 milhões em leilão

Fabricante de produtos de arame, tubo e chapa de aço estava desde 2012 nas mãos da francesa Aryes. Leilão da unidade industrial em Rio de Mouro atraiu 70 investidores, dos transportes ao retalho.

Em apenas dez minutos, o leilão da falida Farame permitiu a venda em hasta pública da totalidade da unidade industrial situada em Rio de Mouro (Sintra) por 4,6 milhões de euros, de acordo com a informação partilhada com o ECO pela Leilosoc.

Com cerca de 70 inscritos, o evento realizado na quarta-feira atraiu investidores dos setores das ferragens, bricolage, transportes, distribuição, construção civil, saúde e retalho. Abriu por 3,6 milhões e, num “despique decorrido”, em dez licitações chegou aos 4,6 milhões de euros pela fábrica que fechou em fevereiro, deixando 60 pessoas sem emprego.

Fundada em 1983, a antiga fabricante de produtos logísticos para transporte e armazenamento, especializada em produtos de arame, tubo e chapa de aço, passou em 2012 para as mãos do grupo francês Aryes, depois de quatro anos em que foi conhecida no mercado por Caddie Portugal, aquando da aquisição por este grupo também de origem francesa.

Entre os 119 lotes que foram a leilão presencial, por um valor base total de 3,54 milhões de euros, destacava-se o armazém industrial com logradouro (inclui dois cais de carga, casa para guarda e ETAR) em Rio de Mouro com uma área total de 19.400 metros quadrados, da qual 7.450 metros quadrados de área coberta.

Os restantes 118 eram compostos por equipamentos e máquinas, entre o quais robôs de soldadura, linhas de zincagem, de pintura e de malha, stock e matéria-prima, além de mobiliário de escritório e material informático. Estavam avaliados num montante global de quase 199 mil euros e podiam ser licitados individualmente.

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Produção industrial caiu 2% na UE. Portugal teve a sexta maior subida homóloga em abril

  • Joana Abrantes Gomes
  • 13 Junho 2024

Na comparação homóloga, em abril, a produção industrial em Portugal (3,4%) registou uma tendência contrária à da média da Zona Euro (-3%) e da UE (-2%). Face a março a queda foi de 2,4%.

A produção industrial caiu 3% na Zona Euro e 2% na União Europeia (UE) em abril, face ao mesmo mês do ano passado, de acordo com os dados divulgados esta quinta-feira pelo Eurostat. Em tendência inversa, Portugal registou a sexta maior subida homóloga neste indicador (3,4%).

Evolução da produção industrial na Zona Euro e na UE

Fonte: Eurostat

Além de Portugal, destacam-se os aumentos observados na Dinamarca (+17,4%), Grécia (+10,8%) e Eslovénia (+7,4%). Por outro lado, as maiores quedas homólogas foram registadas na Irlanda (-15,7%), Letónia (-7,8%) e Finlândia (-6,8%).

No que toca ao comportamento dos diferentes agrupamentos, a produção industrial ao nível da Zona Euro teve a maior descida nos bens de equipamento em abril, em comparação com igual mês de 2023. Apenas os bens de consumo não duradouros apresentaram uma tendência de crescimento (+0,7%).

Os bens de consumo não duradouros também foram o único agrupamento a escapar às descidas da produção industrial ao nível da UE na variação homóloga, cuja maior foi observada nos bens de equipamento (-4,9%).

Face ao mês anterior, ou seja, a março deste ano, a produção industrial diminuiu 0,1% na Zona Euro, devido à queda de 0,4% no agrupamento dos bens intermédios, contrariamente ao conjunto dos 27 Estados-membros do bloco comunitário, que registou uma subida mensal de 0,5%, impulsionada, sobretudo, pelos bens de consumo não duradouros (+3,9%).

Entre os países da UE, a Dinamarca (+10,4%), a Grécia (+7,0%) e a Polónia (6,7%) destacaram-se como os maiores aumentos na variação em cadeia, enquanto o Luxemburgo (-6,7%), a Letónia (-4,9%) e a Irlanda (-3,4%) registaram as maiores diminuições da produção industrial. Portugal teve a quinta maior queda entre os 27, com uma descida de 2,4% em relação a março.

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Tribunal europeu condena Hungria a pagar multa de 200 milhões por falhas na política de asilo

  • Lusa
  • 13 Junho 2024

Tribunal de Justiça da União Europeia considerou que a Hungria "contornou deliberadamente a aplicação de uma política comum" da UE -- no caso, de acolhimento de requerentes de proteção internacional.

O Tribunal de Justiça da UE condenou esta quinta-feira a Hungria a pagar uma multa de 200 milhões de euros e uma sanção de um milhão de euros por cada dia de atraso por incumprimento da política de asilo.

Num acórdão proferido esta quinta-feira, o Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE) considerou que a Hungria “contornou deliberadamente a aplicação de uma política comum” da UE — no caso, de acolhimento de requerentes de proteção internacional — o que, segundo um comunicado, “constitui uma violação inédita e excecionalmente grave do direito da União”.

O acórdão desta quinta-feira avalia que a Hungria evita deliberadamente aplicar a política comum da União, “o que constitui um ameaça importante para a unidade do direito da União” e, por outro lado, afeta gravemente o princípio da solidariedade e da partilha equitativa de responsabilidades entre os Estados-membros”.

Este é o segundo acórdão do tribunal sobre o processo, tendo a Comissão Europeia intentado uma nova ação após o incumprimento de uma primeira decisão do TJUE, de dezembro de 2020, no que diz respeito ao acesso dos requerentes de asilo ao procedimento de proteção internacional, ao direito de permanecerem na Hungria enquanto aguardam por uma decisão definitiva relativa ao recurso do indeferimento do seu pedido, bem como ao afastamento dos nacionais de países terceiros em situação irregular.

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Quase 9% dos jovens portugueses até aos 29 anos nem trabalha nem estuda

Os chamados jovens “nem nem” continuam a diminuir na União Europeia. Nove países já cumprem a meta definida por Bruxelas de baixar a taxa média para 9% até 2030, incluindo Portugal (8,9%).

Em 2023, mais de um em cada dez (11,2%) jovens europeus entre os 15 e os 29 anos nem tinham um emprego nem estavam a estudar ou a fazer qualquer ação de formação (NEET, na sigla inglesa). Ainda assim, esta percentagem significa uma queda de 0,5 pontos percentuais face ao ano anterior.

Os dados sobre os chamados jovens “nem nem” foram publicados esta quinta-feira pelo Eurostat, confirmando a “descida significativa” ao longo dos últimos anos. Em 2013, a taxa era de 16,1% e a única subida registada na década foi no primeiro ano da pandemia de Covid-19: de 12,6% em 2019 para 13,8% em 2020).

O gabinete de estatísticas da União Europeia mostra variações consideráveis entre os Estados-membros, entre os 4,8% nos Países Baixas e os 19,3% na Roménia. A meta definida pelas instituições comunitárias é de baixar a taxa média para 9% até 2030. Algo que nove países já cumprem, incluindo Portugal (8,9%).

Segundo o retrato traçado em novembro pelo então secretário de Estado do Trabalho, Miguel Fontes, que estimava uma taxa inferior (8,5%) no caso nacional, a percentagem é mais elevada na faixa etária dos 25 aos 29 anos, sendo a incidência entre os 15 e os 19 anos menor devido à redução do abandono escolar precoce.

O antigo governante revelou ainda que os jovens que integram este grupo têm, na sua maioria, baixas qualificações fruto de sucessivas exclusões sociais e do abandono precoce do sistema educativo e formativo, o que gera dificuldades em ingressar no mercado de trabalho.

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China ameaça avançar com queixa contra tarifas europeias na importação de carros elétricos

  • Lusa e ECO
  • 13 Junho 2024

Anúncio surge na sequência da decisão da Comissão Europeia de impor taxas provisórias sobre as importações de veículos elétricos chineses, à semelhança do que já tinham feito os EUA e a Turquia.

A China anunciou esta quinta-feira que “reserva o direito” de apresentar uma queixa à Organização Mundial do Comércio (OMC) na sequência do anúncio da União Europeia (UE) sobre possíveis aumentos das tarifas de importação de veículos elétricos chineses.

A China reserva-se o direito de apresentar uma queixa à OMC e tomar todas as medidas necessárias para defender de forma resoluta os direitos e interesses as empresas chinesas“, afirmou o porta-voz do Ministério do Comércio, He Yadong, durante uma conferência de imprensa.

Em comunicado divulgado na quarta-feira, o Executivo comunitário indicou que, provisoriamente, as importações de veículos elétricos da BYD passarão a ser taxadas em 17,4%, da Geely em 20% e da SAIC em 38,1%, sendo estas as marcas incluídas na amostra investigada.

Com base nas conclusões do inquérito, a Comissão estabeleceu, a título provisório, ser “do interesse da UE remediar os efeitos das práticas comerciais desleais detetadas, mediante a instituição de direitos de compensação provisórios sobre as importações de veículos elétricos provenientes da China“.

Para Bruxelas, a cadeia de valor dos veículos elétricos da China beneficia de subvenções injustas, o que está a causar uma ameaça de prejuízo económico aos construtores da UE.

A Comissão Europeia abriu no ano passado uma investigação a estas subvenções.

Para além dos três mencionados no comunicado, outros construtores chineses de carros elétricos que cooperaram com a investigação mas não foram incluídas na amostra serão taxadas em 21% e as que não cooperaram em 38,1%.

Bruxelas contactou ainda as autoridades chinesas para discutir estas conclusões e possíveis formas de resolver a questão, mas caso as conversações com as autoridades chinesas não conduzam a uma solução eficaz, estes direitos de compensação provisórios serão introduzidos a partir de 4 de julho através de uma garantia cuja forma será decidida pelas alfândegas de cada Estado-membro.

Produtores europeus de laticínios e carne de porco receiam retaliações

Desde os produtores de laticínios aos exportadores de carne de porco, as empresas do setor alimentar na UE receiam que a China aplique taxas aduaneiras sobre os seus produtos como retaliação devido à decisão da Comissão Europeia, noticia a Reuters.

Segundo avança a imprensa estatal chinesa, as empresas do país estão a preparar-se para solicitar investigações sobre algumas importações de produtos lácteos e de carne de porco provenientes do bloco comunitário, podendo resultar, em último caso, em longas suspensões comerciais.

Isto porque o Ministério do Comércio afirmou, esta quinta-feira, que as indústrias chinesas reservam-se o direito de apresentar pedidos de abertura de inquéritos anti-subvenções e anti-dumping sobre as importações europeias daqueles produtos, no sentido de “salvaguardar a ordem da concorrência normal no mercado e os seus direitos e interesses legítimos”.

Se houver barreiras comerciais adicionais, isso poderá causar (…) uma remodelação dos mercados globais“, afirmou Kimberly Crewther, diretora executiva da Associação das Empresas de Laticínios da Nova Zelândia, país que é o maior exportador mundial destes produtos e também a base de produção para empresas estrangeiras como a francesa Danone.

Em 2023, a União Europeia foi a segunda maior fonte de laticínios para a China, representando pelo menos 36% do valor total das importações chinesas em 2023, apenas atrás da Nova Zelândia, de acordo com as estatísticas chinesas.

(Notícia atualizada às 12h25)

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Supervisão do BCE alerta bancos portugueses para riscos climáticos e socioambientais nos empréstimos

  • Lusa
  • 13 Junho 2024

A economista alemã Claudia Buch, que preside ao Conselho de Supervisão do Banco Central Europeu (BCE), reuniu-se em Lisboa com os responsáveis dos principais bancos portugueses.

A presidente do Conselho de Supervisão do Banco Central Europeu (BCE), Claudia Buch, reuniu-se com responsáveis dos principais bancos, em Lisboa, e pediu mais atenção à avaliação dos riscos socioambientais na concessão de empréstimos.

Segundo disse à Lusa fonte do setor financeiro, a reunião em Lisboa foi muito centrada na obrigação de os bancos avaliarem os riscos climáticos e socioambientais dos projetos a que atribuem crédito (os designados critérios ESG – Environmental, Social and Governance).

Buch avisou os banqueiros, de acordo com a mesma fonte, que o BCE está muito atento a este tema e que se os bancos não ponderarem estes riscos devidamente podem ficar sujeitos a sanções.

Questionado pela Lusa, o Banco de Portugal confirmou que Buch esteve na quarta-feira e quinta-feira em Lisboa “no âmbito do seu programa de visitas anuais às autoridades nacionais de supervisão” dos países que fazem parte do Mecanismo Único de Supervisão (MUS).

O supervisor e regulador bancário explicou que, nesta visita, Claudia Buch reuniu-se “com as equipas do Banco de Portugal que fazem parte do MUS e com responsáveis das instituições supervisionadas”, tendo sido os principais temas abordados “o balanço da primeira década do Mecanismo Único de Supervisão e os desafios futuros da supervisão comum europeia”.

A economista alemã Claudia Buch é desde janeiro a nova presidente do Conselho de Supervisão do BCE. Desde que tomou posse, tem viajado pelos vários países da zona euro reunindo-se com as autoridades de supervisão e com os bancos supervisionados.

Na semana passada, num discurso público citado pela agência Bloomberg, Claudia Buch disse que os bancos têm feito progressos, mas precisam de reforçar a gestão dos riscos climáticos e ambientais, levando-os em consideração quando aprovam empréstimos, e avisou que se não o fizerem o BCE pode tomar medidas, caso da subida dos níveis de capital.

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Fecho da linha da Beira Alta já custou quase 8 milhões em serviço rodoviário alternativo

  • ECO
  • 13 Junho 2024

Autocarros têm sido a alternativa usada pela CP para operar entre Coimbra e a Guarda, na sequência do encerramento, desde abril de 2022, da linha ferroviária da Beira Alta.

A CP – Comboios de Portugal já gastou 7,9 milhões de euros na contratação de autocarros que operam na Beira Alta, entre Coimbra e Guarda, como alternativa à linha ferroviária, que desde abril de 2022 está encerrada para obras, da responsabilidade da IP – Infraestruturas de Portugal, noticia o Público. Estima-se que a transportadora ferroviária tenha prejuízos de, pelo menos, sete milhões de euros por não poder operar com os seus comboios na Beira Alta.

Obras na Linha da Beira Alta, perto de Cerdeira (2021)

No que toca às mercadorias, a IP não revelou o valor de compensações já pagas à Medway e à Captrain (antiga Takargo) por estas não poderem operar na Beira Alta. Apenas a Associação Portuguesa de Empresas Ferroviárias (APEF) referiu que esse valor “é exclusivamente para suportar o acréscimo de custos incorridos com o desvio pela Beira Baixa, considerando os comboios que eram realizados antes do encerramento”, que estava previsto durar apenas nove meses. A IP antecipa a reabertura da linha para novembro.

“O atraso excessivo das obras tem sido extremamente prejudicial porque a IP não suporta nenhum novo comboio que pretenda circular pela Beira Alta e que o tenha de fazer pela Beira Baixa enquanto exista o encerramento”, disse ainda a APEF. Como a IP também não suporta nenhum acréscimo de comboios nas rotas existentes e só compensa os comboios nas rotas e quantidades que se realizavam à data do encerramento, os operadores de mercadorias estão impedidos de aumentar a sua produção e responder a aumentos da procura.

A Linha da Beita Alta é considerada um dos principais canais para as exportações e importações das mercadorias em Portugal. As obras de modernização e de aumento de capacidade representam um investimento de cerca de 600 milhões de euros, integrado no programa Ferrovia 2020.

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Manuel Pinho sobre pagamentos de Salgado: juíza está a “confundir-me com uma rameira”

  • ECO
  • 13 Junho 2024

Antigo ministro da Economia, condenado a dez anos de prisão efetiva no âmbito do caso EDP, diz que mantinha relação “cordial” com Ricardo Salgado, mas é perentório: “Não gosto de quem me trata mal”.

Manuel Pinho, que foi condenado a dez anos de prisão efetiva e ao pagamento ao Estado de cerca de 4,9 milhões de euros na semana passada no âmbito do caso EDP, garante que vai “até onde for preciso para provar que é totalmente falso” o que o acusam de fazer. Em entrevista à CNN Portugal, o antigo ministro da Economia considera que a magistrada que assina o acórdão que decidiu pela sua condenação, bem como a da sua mulher Alexandra Pinho e a de Ricardo Salgado, confundiu detalhes importantes do caso.

Os prémios não eram pagos pelo BES, eram pagos pelo Grupo Espírito Santo“, apontou, acrescentando que o tribunal “confundiu totalmente” as duas entidades. Os prémios em causa seriam os 15 mil euros mensais vindos do saco azul do GES que o ex-governante terá recebido para agir, segundo a acusação, como um “verdadeiro agente infiltrado de Ricardo Salgado no Governo”. Uma tese que foi confirmada pelo tribunal, que no acórdão de 6 de junho declarou que Pinho “bem sabia” que “os pagamentos de 15 mil euros não correspondiam ao pagamento do prémio”, constituindo sim “uma contrapartida ilícita pelas funções que iria desempenhar”.

Sobre a relação com o ex-banqueiro do BES, embora diga que era “cordial”, refere que a mesma não era “boa”. “Não gosto de quem me trata mal”, justifica Manuel Pinho. “E dizia a juíza que ‘não é credível que se o Dr. Salgado lhe pagava tanto que não gostasse dele’… ao que eu, de uma forma o mais polida possível, disse ‘deve-me estar a confundir com uma rameira, não é por alguém me pagar ou não pagar que eu tenho de gostar dessa pessoa’“, afirmou.

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Três aldeias florestais da região de Coimbra passam a estar protegidas dos incêndios rurais

Programa "Condomíno Verde" vai proteger três aldeias dos incêndios rurais e torná-las ainda mais "resilientes" no âmbito de uma candidatura da CIM Região de Coimbra ao Fundo Ambiental.

Apresentação do programa “Condomínio Verde” que integra três aldeias rurais da Região de Coimbra12 junho, 2024

As aldeias do Colmeal (concelho de Góis), Merujais (Oliveira do Hospital) e São João da Boa Vista (Tábua), num total de cerca de 48 hectares, passam a integrar o programa “Condomínio Verde” de apoio às localidades situadas em territórios de floresta, anunciou a Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra. O objetivo é proteger a três aldeias contra o risco de incêndios rurais e torná-las ainda mais “resilientes”.

O projeto “Condomínio Verde” está ao abrigo do “Condomínio de Aldeia: Programa Integrado de Apoio às Aldeias Localizadas em Territórios de Floresta”, no seguimento de uma candidatura apresentada pela CIM Região de Coimbra ao Fundo Ambiental.

Entre as ações previstas constam o controlo de vegetação e de espécies invasoras, podas, desramações, plantação de espécies autóctones, instalação de contentores florestais e agroflorestais.

Segundo Jorge Brito, secretário executivo da CIM da Região de Coimbra, “o Condomínio Verde pretende, acima de tudo, promover a segurança das pessoas, animais e bens, bem como a valorização dos recursos naturais e a promoção ativa da biodiversidade”. Este programa torna-se cada vez mais premente, principalmente “face aos eventos climáticos adversos e intensos que se têm tornado cada vez mais frequentes”, destaca, citado em comunicado.

O Condomínio Verde pretende, acima de tudo, promover a segurança das pessoas, animais e bens, bem como a valorização dos recursos naturais e a promoção ativa da biodiversidade.

Jorge Brito

Secretário executivo da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra (CIM-RC)

Durante a apresentação pública do programa, em Oliveira do Hospital, o responsável da CIM da Região de Coimbra apelou “ao envolvimento ativo dos proprietários e da comunidade para se conseguir criar um ambiente mais seguro e resiliente, protegendo as aldeias contra o risco de incêndios rurais e promovendo a sustentabilidade e a biodiversidade da região.

Jorge Brito aproveitou a oportunidade para lembrar que a CIM Região de Coimbra desenvolveu uma estratégia conjunta com os 19 municípios que integram esta comunidade “para proibirem a realização de queimas ou queimadas de amontoados entre os meses de junho e setembro de forma a diminuir a ocorrência de incêndios rurais”.

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Projeto solar na Índia compensa emissões de CO2 na Europa, América do Norte e Central

  • Servimedia
  • 13 Junho 2024

Bundled Solar Photovoltaic" é um projeto solar que visa substituir 1.207,5 MW de eletricidade convencional por energia renovável em sete estados da Índia.

O projeto é apoiado pela Prosegur e pela Prosegur Cash, num compromisso de reduzir as emissões de CO2 equivalentes às geradas pelas suas operações na Europa, América do Norte e América Central durante o ano.

Esta medida contribui para a redução de quase dois milhões de toneladas de CO2 por ano, em linha com o objetivo da Prosegur de atingir a neutralidade carbónica. Além de reduzir as emissões, o projeto fotovoltaico promove o desenvolvimento económico local, criando empregos na instalação e manutenção de painéis solares.

Para Antonio Rubio, Secretário-Geral do Grupo Prosegur, iniciativas como este projeto de compensação de emissões constituem os pilares fundamentais do Plano Diretor de Sustentabilidade da empresa.

De acordo com os dados recolhidos durante 2023, o Grupo Prosegur conseguiu reduzir as suas emissões diretas e indiretas em 2,94% em relação ao ano anterior, graças à implementação de medidas de descarbonização como a renovação da frota com tecnologias mais eficientes, a redução do consumo de eletricidade e a certificação de energia 100% renovável nas operações na Alemanha e em Espan

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Hoje nas notícias: Manuel Pinho, comboio e carros elétricos

  • ECO
  • 13 Junho 2024

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O antigo ministro da Economia, Manuel Pinho, diz que a juíza do processo EDP deve estar a confundi-lo “com uma rameira” no que toca aos pagamentos de Ricardo Salgado. A CP já gastou 7,9 milhões de euros na contratação de autocarros para operarem como alternativa na linha da Beira Alta, cujo serviço ferroviário está encerrado para obras desde abril de 2022. Conheça as notícias em destaque esta quinta-feira na imprensa nacional.

Pinho sobre pagamentos de Salgado: juíza “deve-me estar a confundir com uma rameira”

Manuel Pinho, que foi condenado a dez anos de prisão efetiva e ao pagamento ao Estado de cerca de 4,9 milhões de euros na semana passada no âmbito do caso EDP, garante que vai “até onde for preciso para provar que é totalmente falso” o que o acusam de fazer. O antigo ministro da Economia critica a juíza do processo, dizendo, acerca da relação que mantinha com Ricardo Salgado: “Deve-me estar a confundir com uma rameira”.

Leia a notícia completa na CNN Portugal (acesso livre)

Fecho da linha da Beira Alta já custou quase 8 milhões em serviço rodoviário alternativo

A CP – Comboios de Portugal já gastou 7,9 milhões de euros na contratação de autocarros que operam na Beira Alta, entre Coimbra e Guarda, como alternativa à linha ferroviária, que desde abril de 2022 está encerrada para obras, da responsabilidade da IP – Infraestruturas de Portugal. Estima-se que a transportadora ferroviária tenha prejuízos de, pelo menos, sete milhões de euros por não poder operar com os seus comboios na Beira Alta.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago)

Atrasos no cheque e apoios ao abate travam venda de carros elétricos

A Associação Automóvel de Portugal (ACAP) alerta que os atrasos nos incentivos como o cheque para a compra de carros elétricos ou os apoios ao abate de veículos anteriores a 2007 estão a travar a venda destes veículos, que em maio caíram quase 7%, para um total de 3.147 unidades. O secretário-geral da ACAP, Hélder Pedro, olha com “apreensão” para o facto de, em junho, o cheque ainda não estar disponível. Estes incentivos variam entre os 2.000 e 6.000 euros.

Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso pago)

Portugal falha em 70% das metas de apoio às pessoas com deficiência

O anterior Governo falhou a implementação de cerca de 70% das medidas da Estratégia Nacional para a Inclusão das Pessoas com Deficiência entre 2021 e 2023. Ao todo, são mais de 100 as medidas por implementar e que tinham de estar prontas até 2023, como a criação do cartão do deficiente, a elaboração dos planos de redução dos obstáculos na via pública e pôr em ação a lei das quotas.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago)

Administradores hospitalares: antes de serem auditados têm de ter autonomia para gerir

Depois de a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, ter afirmado que as lideranças nos hospitais públicos são “fracas” e de ter anunciado a criação de uma comissão para as auditar, o presidente da Associação Portuguesa dos Administradores Hospitalares (APAH) diz que, antes dessa avaliação, o Governo tem de lhes dar mecanismos de autonomia para que possam, efetivamente, gerir. Para Xavier Barreto, a ideia de que os conselhos de administração sejam avaliados pelos seus resultados é de “bom senso”, mas argumenta que “não têm autonomia para definir salários, incentivos ou prémios, [nem] para autorizar contratações ou decidir investimentos”.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso pago)

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O dia em direto nos mercados e na economia – 13 de junho

  • ECO
  • 13 Junho 2024

Ao longo desta quinta-feira, 13 de junho, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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