Insegurança no Porto já “não é apenas uma questão de perceção”, diz Rui Moreira

  • Lusa
  • 12 Julho 2024

"No Porto, em comparação com 2022, a criminalidade geral aumentou 8,4% e a criminalidade violenta aumentou 4,4%", detalhou o autarca.

O presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, defendeu esta sexta-feira existirem “razões objetivas” para falar de um aumento de insegurança na cidade e que esta já “não é apenas uma questão de perceção”.

“Estamos objetivamente preocupados com a segurança na cidade. Não é apenas uma perceção de insegurança. Há razões objetivas para dizermos que há um aumento de insegurança na cidade”, afirmou Rui Moreira. Numa reunião do Conselho Municipal de Segurança, que se sucedeu ao encontro com a ministra da Administração Interna na quinta-feira à tarde, Rui Moreira justificou o aumento de insegurança com os dados do Relatório Anual de Segurança Interna de 2023.

“No Porto, em comparação com 2022, a criminalidade geral aumentou 8,4% e a criminalidade violenta aumentou 4,4%”, detalhou, lembrando ainda que muitas das queixas não são atualmente denunciadas. Aos jornalistas, Rui Moreira afirmou que, apesar do sentimento de insegurança corresponder a um aumento da criminalidade, “não deve fazer entrar em pânico”, mas refletir mais e melhores respostas no âmbito da segurança e proteção.

Entre os vários temas que foram abordados na reunião do Conselho Municipal de Segurança, bem como com a ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, destacam-se o reforço de efetivos da Polícia Municipal e da PSP, o policiamento gratificado e os guardas-noturnos. Na Polícia Municipal do Porto existem atualmente 189 agentes, sendo necessário um reforço de 100 agentes. À ministra, disse Rui Moreira, foi solicitado que “o contingente que está prometido seja disponibilizado o mais depressa possível”.

Sobre esta matéria, a segunda comandante do Comando Metropolitano da PSP do Porto, Maria dos Anjos Pereira, assegurou que dos 50 agentes que na próxima semana vão reforçar a PSP, 17 serão disponibilizados à Polícia Municipal do Porto. Já quanto ao efetivo da PSP, Rui Moreira destacou que faltam atualmente recursos humanos e técnicos “para cobrir as necessidades”, tendo também alertado a ministra para tal.

No seu entender, um dos problemas que agrava a falta de efetivos passa pela localização, em Torres Novas, da escola de formação de agentes, defendendo que deveria existir um polo na zona Norte. Outro dos temas abordados prendeu-se com o policiamento gratificado, defendendo Rui Moreira a necessidade de reverter a decisão do anterior ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro.

“Não aceitamos que não seja possível haver policiamento gratificado na Movida [onde se concentram vários estabelecimentos de diversão noturna] quando há policiamento gratificado no espaço público”, afirmou, dizendo que esta é uma matéria que não vai “deixar cair”.

“A ministra não conhecia o assunto e foi dito que esse seria um dos assuntos mesmo urgentes”, observou, dizendo que a decisão do anterior ministro ao pedido feito pelos comerciantes e a autarquia “foi uma questão de teimosia”.

A par do policiamento gratificado, também a restituição da figura dos guardas noturnos foi um dos temas abordados, tendo o autarca proposto à ministra que as competências nesta matéria passassem para as autarquias, “para que elas pudessem garantir um subsídio de função e os guardas não ficassem dependentes das gratificações dos moradores”.

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Autarcas Social-Democratas querem plataforma de trabalho para negociar Lei de Finanças Locais

  • Lusa
  • 12 Julho 2024

Autarcas Social-Democratas querem plataforma de trabalho para "iniciar o processo de reflexão e negociação" de uma nova Lei de Finanças Locais.

Os Autarcas Social-Democratas (ASD) querem uma plataforma de trabalho para “iniciar o processo de reflexão e negociação” de uma nova Lei de Finanças Locais e defendem uma convergência com a Zona Euro na participação nos impostos do Estado.

“Defendemos como principal objetivo uma convergência progressiva no tempo com a Zona Euro quanto à participação nos impostos do Estado, reforçando a capacidade financeira dos municípios“, afirmou à agência Lusa o presidente dos ASD, Pedro Pimpão.

Segundo o autarca, que é também presidente da Câmara Municipal de Pombal (distrito de Leiria), essa capacitação deve contribuir “para reduzir as assimetrias entre municípios, promovendo uma efetiva coesão territorial e uma total equidade na disponibilização de serviços públicos às populações”.

Em 2023, o peso da receita dos governos locais no total da administração pública foi de 12,3% em Portugal, sendo que na Zona Euro foi de 16,9%, destacou, numa resposta escrita, o autarca.

Para Pedro Pimpão, alcançar este objetivo “implica um aumento muito substancial na receita da administração local”, como o aumento do Fundo de Equilíbrio Financeiro, a atualização permanente do Fundo de Financiamento de Descentralização e o alargamento das receitas fiscais próprias dos municípios.

Defendemos como principal objetivo uma convergência progressiva no tempo com a Zona Euro quanto à participação nos impostos do Estado, reforçando a capacidade financeira dos municípios.

Pedro Pimpão

Presidente dos Autarcas Social-Democratas (ASD)

“Além desta convergência com a Zona Euro, sugerimos a revisão dos critérios de distribuição horizontal, contribuindo para um reforço da coesão social e territorial no plano nacional”, sustentou, observando que tal pressupõe “a criação de critérios fortemente redistributivos nas transferências do Orçamento do Estado, para compensar os municípios mais dependentes destas receitas”.

Segundo o presidente da Câmara, estas transferências devem atender ao financiamento das competências municipais, “repartida em função da demografia, do território e das características socioeconómicas dos 308 municípios“, e à coesão territorial.

“Os ASD sugerem ainda a simplificação de processos, conceitos e mecanismos de reporte, restituindo aos municípios a autonomia na gestão financeira”, salientou Pedro Pimpão, realçando ser “necessário desburocratização, simplificação e eficácia dos procedimentos”.

Quanto à margem de endividamento, os ASD insistem na sua alteração, considerando que “o atual contexto económico-financeiro justifica eliminar a norma que limita a utilização de toda a capacidade de endividamento dos municípios”.

Por outro lado, consideram que também se justifica que “se excecione do limite da dívida total o valor dos empréstimos destinados a financiamento de investimentos que contribuam para a eficiência energética e para a redução de perdas de água na rede pública municipal”.

Precisamos de uma nova lei que dê resposta a um conjunto de realidades novas, onde as câmaras têm cada vez mais intervenção na resolução dos problemas das pessoas em todas as áreas.

Pedro Ribeiro

Presidente da Associação Nacional de Autarcas do Partido Socialista (ANA-PS)

Defendendo igualmente a alteração da regra de equilíbrio orçamental, os ASD querem ainda que as freguesias tenham “direito a uma participação nos impostos do Estado equivalente a 5% da média aritmética simples da receita do IRS, IRC e do IVA” (atualmente é de 2,5%).

Já o presidente da Associação Nacional de Autarcas do Partido Socialista (ANA-PS), Pedro Ribeiro, defende uma nova Lei das Finanças Locais “com respostas financeiras a realidades novas”, resultantes da descentralização de competências que os municípios têm vindo a assumir na gestão pública.

“Precisamos de uma nova lei que dê resposta a um conjunto de realidades novas, onde as câmaras têm cada vez mais intervenção na resolução dos problemas das pessoas em todas as áreas”, afirmou à Lusa.

O também presidente da Câmara de Almeirim, no distrito de Santarém, sublinhou que o que os socialistas pretendem “é uma lei com princípios novos que tenha em conta o que têm sido as descentralizações e a importância que os municípios têm vindo a ter na gestão pública”.

A necessidade de o Estado central atribuir mais recursos financeiros às autarquias, lembrou, “é uma posição não só dos autarcas socialistas, mas de todos das várias cores partidárias e independentes”.

“Há a necessidade de encontrarmos novas formas de financiamento, de o Estado central nos dar mais recursos, porque também nos tem vindo a dar um conjunto de competências que fazem sentido e são importantes para as pessoas, mas precisamos de ter uma participação maior no Orçamento geral do Estado”, realçou.

Na sua opinião, com a atribuição de mais recursos financeiros, ficam todos a ganhar: “Ganham as autarquias, ganha o Estado central e, com isso, ganham os cidadãos.”

O Governo PSD/CDS-PP tem afirmado que quer revisitar a Lei de Finanças Locais, em articulação com as autarquias, mas sem indicar um calendário.

A alteração desta legislação tem sido uma reivindicação do poder local. Em maio, a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), que já divulgou várias questões que quer ver alteradas, propôs, “na verdadeira aceção do termo, uma nova Lei de Finanças Locais: uma lei que modernize Portugal e que seja em si mesma uma reforma do Estado, tornando-o mais eficiente e próximo das pessoas”.

Questionada esta semana pela Lusa, a presidente da ANMP, Luísa Salgueiro, referiu que “ainda não houve qualquer desenvolvimento nem nenhuma calendarização”, pelo que aguarda a resposta do ministro das Finanças a uma reunião. “Houve apenas as declarações do senhor primeiro-ministro, que defende a nova Lei das Finanças Locais”, afirmou a autarca de Matosinhos (distrito do Porto).

Questionada sobre se a demora a preocupa, a socialista indicou que o Governo está ainda em início de funções e que o importante é recuperar o atraso.

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Tribunal da Relação obriga Ryanair a pagar subsídio de férias e de Natal aos tripulantes

O Tribunal da Relação do Porto ditou que a Ryanair tem mesmo de pagar o subsídio de férias e o subsídio de Natal aos tripulantes. A transportadora ainda pode recorrer.

O Tribunal da Relação do Porto ditou que a Ryanair tem mesmo de pagar o subsídio de férias e o subsídio de Natal aos tripulantes, e não dividir o mesmo valor anual por 14 meses (em vez de 12). A decisão foi anunciada pelo Sindicato Nacional do Pessoal de Voo e Aviação Civil (SNPVAC), numa nota enviada aos associados a que o ECO teve acesso. A transportadora ainda pode recorrer.

“Fomos no dia de ontem [esta quinta-feira] notificados do acórdão do Tribunal da Relação do Porto que colocou ordem na casa, no que concerne a uma decisão da primeira instância que, na altura, considerámos bizarra”, lê-se na missiva enviada pela direção do sindicato aos associados.

Temos a realidade, factual e de direito, reposta nas matérias do subsídio de férias e do subsídio de Natal, tendo a Ryanair sido condenada ainda no pagamento dos períodos não retribuídos durante as licenças sem vencimento”, adianta o SNPVAC.

Na visão do sindicato, esta decisão do Tribunal da Relação também vai influenciar uma outra ação, que se encontra pendente no Tribunal de Matosinhos. Isto já que, “apesar de não condenar ao pagamento das diferenças salariais, reconhece que a Ryanair reduziu o vencimento mensal e obriga a que essa correção seja feita com o pagamento do subsídio de férias e de Natal“.

“Ou seja, o Tribunal da Relação afirma perentoriamente que a prática da Ryanair, ao dividir o mesmo valor anual por 14 meses em vez de 12, é uma ficção jurídica, que visava apenas não proporcionar o pagamento do 13º e 14º mês aos trabalhadores”, defende o SNPVAC.

Contudo, é importante notar que a Ryanair ainda pode recorrer desta decisão. “Tem sido uma longa batalha, mas não temos dúvidas de que no final será feita justiça. Vamos, assim, continuar na defesa diária dos vossos direitos”, sublinha o sindicato.

Atualizada às 16h17

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Montenegro destrona Ventura como protagonista da TV em junho

Montenegro tem vindo a intercalar a liderança desde fevereiro com Ventura, que caiu agora para a quarta posição. Roberto Martinez entrou este mês para o ranking, diretamente para o terceiro lugar.

Luís Montenegro reconquistou a liderança da exposição mediática na televisão em junho, depois de ter sido destronado por André Ventura em maio. O primeiro-ministro e o presidente do Chega têm vindo a intercalar a liderança desde fevereiro.

O primeiro-ministro e líder do PSD liderou o top de exposição mediática em junho, ao protagonizar 171 notícias com 7 horas e 31 minutos de duração, seguindo-se na segunda posição Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República, com 181 notícias de 7 horas e 23 minutos de duração. O selecionador nacional da equipa masculina de futebol, Roberto Martinez, entrou para o ranking, diretamente para o terceiro lugar, protagonizando 93 notícias, com 6 horas e 17 minutos de duração. Os dados são do serviço Telenews, da MediaMonitor (Grupo Marktest).

André Ventura, que liderou a exposição mediática em maio, caiu em junho para a quarta posição depois de ter intervindo na primeira pessoa em 138 notícias de 5 horas e 45 minutos de duração. O top cinco fica fechado com Pedro Nuno Santos, secretário-geral do PS, que protagonizou 120 notícias com 4 horas e 49 minutos de duração.

Na lista dos dez nomes que mais figuraram nas notícias em junho segue-se Ana Paula Martins, ministra da Saúde (3 horas e 48 minutos), Marta Temido, deputada europeia eleita pelo PS (3 horas e 17 minutos), Sebastião Bugalho, deputado europeu eleito pela AD (3 horas e 8 minutos), João Cotrim de Figueiredo, deputado europeu eleito pela Iniciativa Liberal (2 horas e 34 minutos) e Catarina Martins, deputada europeia eleita pelo Bloco de Esquerda (2 horas e 22 minutos).

A análise foi feita, de acordo com dados da Telenews, aos principais noticiários dos canais generalistas e excluiu programas, debates ou entrevistas. A contabilização do tempo refere-se ao tempo total de duração da notícia em causa.

Também segundo a Marktest, durante o mês de junho, os três principais canais da televisão portuguesa – RTP1, SIC e TVI – emitiram 209 horas de informação regular, numa quebra mensal de 9,8% e uma descida homóloga de 16,7%.

No sexto mês do ano foram emitidas 5.864 notícias, menos 12,3% face ao mês anterior e menos 15,3% em relação a junho de 2023. A duração média das notícias emitidas foi de 2 minutos e 8 segundos, mais 3 segundos do que a duração registada em maio.

A RTP1 voltou novamente a ser a estação a emitir mais notícias, com um total de 2.194 peças (menos 370 que em fevereiro). Foi também a estação que dedicou mais tempo em grelha à informação regular, com 79 horas de duração (menos 9 que no mês passado).

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Deloitte investe 10 milhões e cria mil novos empregos em Braga

  • Lusa
  • 12 Julho 2024

O escritório de Braga é o 9.º da sua rede nacional e o 4.º fora dos grandes centros urbanos de Lisboa e Porto. Vai criar 1.000 novos empregos altamente qualificados, sobretudo na área tecnológica.

A Deloitte inaugurou esta sexta-feira um novo escritório, em Braga, com um custo total de 10 milhões de euros a realizar nos próximos cinco anos e que irá criar 1.000 novos empregos altamente qualificados, sobretudo na área tecnológica.

Num comunicado, a consultora detalha que o escritório de Braga é o 9.º da sua rede nacional e o 4.º fora dos grandes centros urbanos de Lisboa e Porto, integrando “o plano de crescimento estratégico da Deloitte Portugal assente na internacionalização e inovação tecnológica”.

“A abertura do escritório em Braga vai permitir expandir a capacidade de oferta de serviços de ponta em diversas áreas críticas do negócio. Além de servir o mercado nacional, a operação da Deloitte em Braga exportará serviços para diversos mercados internacionais, nomeadamente para os Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Alemanha, Médio Oriente e Países Baixos, entre outros”, destaca.

O novo escritório na cidade minhota dará suporte a recursos especializados em áreas tecnológicas como a Inteligência Artificial, ‘Data Analytics’, ‘Low code/No code’, ‘Customer Experience’, ‘Systems Design & Engineering’, ‘Service Management’ e Orquestração de Processos.

Nesta região, a Deloitte diz ter vindo a colaborar com a Universidade do Minho, através dos núcleos e associações de estudantes dos cursos de Engenharia e Engenharias Tecnológicas e de Gestão, com os quais está a desenvolver “um conjunto de iniciativas para a promoção da empregabilidade dos estudantes nas áreas tecnológicas”.

Tem também vindo a trabalhar com o Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (IPCA), com a inclusão do programa ‘BrightStart’ na oferta formativa da instituição, uma iniciativa de aceleração de competências na área das tecnologias informáticas.

Estamos a realizar uma forte aposta nas áreas de inovação estratégicas para a competitividade regional e nacional. Nos últimos anos, captámos para Portugal um conjunto de investimentos muito relevantes da rede global da Deloitte, que nos permitem implementar no país diversos centros de alta tecnologia em áreas críticas para o mercado nacional e internacional”, afirma o presidente executivo (CEO) e managing partner da Deloitte Portugal, citado no comunicado.

Segundo António Lagartixo, é “através destes investimentos de larga escala [que] a Deloitte está a ampliar a sua rede nacional de escritórios com aberturas em novos distritos, entre os quais Braga”.

A partir de Portugal, os profissionais da Deloitte dos diferentes polos nacionais oferecem serviços de transformação digital e tecnológica e de adoção de novos modelos de inteligência artificial em operações complexas de clientes dos diversos setores de atividade.

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Entrevista a Paulo de Sá e Cunha. Edição de julho/agosto da Advocatus

  • ADVOCATUS
  • 12 Julho 2024

Na Advocatus de julho/agosto pode ler a entrevista ao of counsel da Abreu e ainda especiais sobre a agenda anticorrupção e a inteligência artificial e as competências dos advogados.

Paulo de Sá e Cunha é consultor na Abreu Advogados desde maio de 2023 e tem mais de 30 anos de experiência e é reconhecido como penalista. Logo após cessar funções na Cuatrecasas, onde era sócio há 16 anos, Paulo de Sá e Cunha aceitou assessorar a ex-CEO da TAP, Christine Ourmières-Widener, em questões de contencioso penal. Recentemente, aceitou patrocinar o ex-secretário de Estado da Justiça, João Tiago Silveira, no processo da Operação Influencer e o ex-Presidente da Câmara Municipal do Funchal, Pedro Calado, na Operação Zarco.

Em entrevista à Advocatus, considerou que o Ministério Público podia ser um órgão da administração pública com características especiais e que o Sindicato dos Magistrados do Ministério Público é uma espécie de porta-voz da própria estrutura do MP. Admitiu ainda que há muitas vezes uma “confusão entre aquilo que é a decisão política e o que é um ilícito criminal”.

Paulo de Sá e Cunha em entrevista ao ECO/AdvocatusHenrique Casinhas/ECO

“Reforçar o recurso aos gabinetes jurídicos do Estado, evitando o uso excessivo de assessoria jurídica externa”. Esta é uma das medidas da agenda anticorrupção aprovada em junho pelo Governo. O objetivo é capacitar a assessoria jurídica dentro do Estado com menor exposição a interesses de terceiros. Mas que impacto terá nos escritórios de advogados? Esta foi uma resposta que a Advocatus foi tentar saber junto das firmas.

Nesta edição pode ainda ler um especial sobre a inteligência artificial. As empresas começaram a privilegiar os trabalhadores com competências de Inteligência Artificial, ainda que com menos experiência profissional. Nos escritórios de advogados auscultados pela Advocatus a IA também já é uma competência valorizada e já procuram parcerias com empresas tecnológicas.

Joana Silveira Botelho, sócia da Cuatrecasas, em entrevista ao ECO/AdvocatusHugo Amaral/ECO

Joana Silveira Botelho é a advogada do mês desta edição. A sócia coordenadora da área de Farmacêutico e Ciências da Saúde da Cuatrecasas explicou como está a ser a nova fase profissional, enquanto sócia. À Advocatus, explicou que o setor da saúde e das ciências da vida está em constante evolução e que isso acarreta “muitos desafios jurídicos a todos os players do mercado”. A advogada alerta ainda que a inteligência artificial generativa, apesar de trazer muitos avanços no campo da medicina e das ciências médicas, também traz consigo muitos desafios legais e éticos.

Beatriz Lima, Joana Piriquito Santos e Sara Nazaré, sócias fundadoras da NLP, explicaram este novo projeto em que se aventuraram. À Advocatus, garantem que este era o momento e que não foi um “salto de fé”. Apresentaram a sua proposta de valor, uma abordagem 360º em Propriedade Intelectual, e revelaram que para o primeiro ano de atividade o objetivo é o da consolidação. Descubra todos os pormenores na rubrica sociedade do mês.

Joana Piriquito Santos, Sara Nazaré e Beatriz Lima, sócia da NLPHugo Amaral/ECO

Em entrevista à Advocatus, Carlos Vaz de Almeida, sócio da Pérez-Llorca, defendeu que Portugal deve manter “ambições elevadas” no domínio da descarbonização e transição energética e persistir nos seus esforços. O advogado sublinhou que se o país quer alcançar as metas a que se propôs, é “crucial que haja um reforço substancial da capacidade da rede” e um investimento na sua modernização.

Assine a revista Advocatus aqui.

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Babel com nova liderança antecipa “crescimento significativo dos colaboradores” em Portugal

A tecnológica espanhola, que em fevereiro comprou a portuguesa KinetIT, já tem 200 trabalhadores em Portugal, num modelo de trabalho híbrido.

Pedro Malato Branco, country manager da Babel

A Babel tem uma nova liderança em Portugal e os planos previstos de crescimento da tecnológica deverão resultar num “crescimento significativo do número de colaboradores no nosso país”, adianta Pedro Malato Branco, o novo country manager da Babel em Portugal, ao ECO, sem precisar números. A empresa tem hoje 200 pessoas no país.

“Os planos de crescimento em Portugal estão diretamente associados ao Plano Hyperspace 2029, cujo objetivo será ampliar o volume de faturação até aos 1.000 milhões de euros até 2029, com uma contribuição relevante de Portugal que levará a um crescimento significativo do número de colaboradores no nosso país”, afirma Pedro Malato Branco, o novo country manager da Babel em Portugal, até aqui head of financial services na tecnológica espanhola.

Com 200 colaboradores em Portugal, e três escritórios em Lisboa, Proença-a-Nova e Angra do Heroísmo, a multinacional tem tido um crescimento anual acima dos 20% em todas as regiões onde opera, e também em Portugal, adianta. Em 2024, comprou a portuguesa KinetIT, uma empresa especializada em serviços de IT e desenvolvimento de software, tendo absorvido os 60 trabalhadores.

“Queremos continuar a construir oportunidades que nos permitam expandir e diversificar os setores onde atuamos, trabalhando em projetos mais ambiciosos focados em tecnologias exponenciais. Acima de tudo, queremos dar seguimento ao crescimento que temos tido e continuar este legado de sucesso e inovação em Portugal”, diz o country manager citado em comunicado.

A empresa espera assim reforçar operações e expandir em setores como telecomunicações, saúde, banca, administração pública e seguros.

“O crescimento da Babel em Portugal passa também pelo crescimento no número de colaboradores e diversificação de competências, nomeadamente nas áreas de big data & analytics, Inteligência Artificial Generativa, automação e cibersegurança, refere o responsável, ao ECO.

“O modelo de trabalho é híbrido e 100% em função da localização dos colaboradores da Babel. Há bastante flexibilidade em relação a colaboradores que moram em pontos distantes dos escritórios da Babel. Contamos com colaboradores em todo o país”, diz ainda. “Notamos necessidade de maior presença no escritório e nos clientes, embora mantendo este regime híbrido e a flexibilidade.”

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Pesquisa por CP bloqueada no Facebook por associação a pornografia infantil

  • + M
  • 12 Julho 2024

A CP já terá detetado o problema em fevereiro deste ano, tendo feito desde então diversas comunicações com a Meta para tentar resolver a questão. Agora, pondera recorrer à via judicial.

O Facebook bloqueou a pesquisa interna na rede social pela empresa CP – Comboios de Portugal, por associação a pornografia infantil. “Achamos que a tua pesquisa pode estar associada a conteúdos relacionados com o abuso sexual de crianças”, lê-se na rede social, sempre que se pesquise por qualquer termo que inclua a sigla “CP”.

Em causa está a associação do termo CP ao termo inglês “child pornography” (pornografia infantil), pelo que o Facebook bloqueia, de forma cega e automática, qualquer pesquisa que contenha esse termo, avançou o Público.

A CP já terá detetado o problema em fevereiro deste ano, tendo feito desde então diversas comunicações com a Meta para tentar resolver a questão. Tendo em conta que a associação da sua sigla a pornografia infantil “está a ter várias repercussões na imagem da empresa, gerando problemas com clientes, acionista e meios de comunicação”, a empresa pondera mesmo recorrer à via judicial para tentar forçar a Meta a resolver o problema, adianta ainda o jornal português.

O +M testou e confirmou que, efetivamente, pesquisando diretamente no Facebook por “CP” “CP Comboios” ou quais outros termos que incluam a sigla CP estão bloqueados. O mesmo acontece com o Instagram, rede social que pertence à Meta, tal como o Facebook. No entanto, se for pesquisado num motor de busca por CP e o nome das redes sociais, é possível, a partir daí, abrir as páginas da CP nas redes sociais.

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Trabalhadores da Medway iniciam segunda-feira greve ao trabalho extraordinário

  • Lusa
  • 12 Julho 2024

A greve ao trabalho extraordinário, a partir da oitava hora de serviço, vai estender-se até 31 de julho.

Os trabalhadores da operadora logística de mercadorias Medway dão início, na próxima segunda-feira, a uma greve ao trabalho extraordinário, que se irá prolongar até ao fim do mês, pela “humanização dos horários” e valorização de salários.

Segundo um comunicado do Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Setor Ferroviário (SNTSF), “uma vez que a Medway/MSC não dá respostas para resolver estes problemas, os trabalhadores decidem avançar para a luta, através do único meio que têm ao seu dispor, que é o recurso à greve”. Assim, “o sindicato avançou com um pré-aviso de greve ao trabalho extraordinário, com início a 15 de julho e término a 31 de julho”, referiu.

De acordo com o pré-aviso “os trabalhadores com as categorias profissionais de Assistente de Produção, Operador de Produção e Operador de Transportes” farão greve a partir da oitava hora de serviço; ao trabalho suplementar; ao trabalho em dia de descanso; a partir da sétima hora de serviço, sempre que no serviço atribuído, esteja previsto mais de sete horas em trabalho noturno e ao período compreendido entre as 00:00 horas e as 06:00 horas, sempre que o serviço atribuído a seguir ao descanso semanal, preveja entrada ao serviço entre as 00:00 horas e as 02:00 horas.

O SNTSF indicou que “ficam também abrangidos por este pré-aviso de greve, todos os trabalhadores com a categoria profissional de Operador de Circulação, se forem solicitados para efetuar manobras em locais guarnecidos por trabalhadores com a categoria profissional de Assistente de Produção que estejam a exercer o seu direito à greve, farão greve pelo tempo necessário, para a execução da manobra”.

“Os trabalhadores não são tarefeiros, que trabalham à jorna, ao dia ou à hora, para estarem sempre disponíveis quando a Medway/MSC quer e por isso decidiram lutar na forma de greve”, justificaram, no comunicado. Segundo o sindicato, “após várias reuniões com a administração da Medway/MSC, foram alertados para o problema que existe nas escalas do pessoal fixo. Um problema que se tem vindo a arrastar nos últimos anos”.

O SNTSF lembrou que os “trabalhadores têm uma vida fora da empresa, têm família, e não podem andar constantemente a planear a sua vida com dois dias de antecedência, ou ir para o descanso semanal sem terem serviço atribuído para o dia de trabalho após o descanso, situação que está a acontecer frequentemente”. Os trabalhadores da Medway estiveram já em greve no dia 28 de março.

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Região Norte organiza rotas turísticas nas áreas do património, arte e arquitetura

CCDR-N e Entidade do Regional de Turismo do Porto e Norte criam programa que vai repensar as rotas turístico-culturais de património, arte e arquitetura contemporânea.

Apresentação projeto Rotas do Norte
Jorge Sobrado, António Cunha e Luís Pedro Martins durante a apresentação do projeto Rotas do Norte12 julho, 2024

Chama-se Rotas do Norte e é o novo programa que vai criar “de forma mais estratégica e organizada” um conjunto de rotas turístico-culturais de património, arte e arquitetura contemporânea. Esta iniciativa da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) e da Entidade Regional de Turismo do Porto e Norte visa contribuir para a dinamização económica da região.

As Rotas do Norte vêm “colmatar uma lacuna regional estrutural e um constrangimento relevante na gestão e promoção turística dos ativos patrimoniais e artísticos regionais existentes”, explanam as duas entidades num comunicado conjunto.

Este projeto consiste “numa estratégia de desenvolvimento territorial que tem como objetivo trabalhar diferentes rotas para promover os ativos culturais e naturais, desde o património, arte, passando pelo melhor da arquitetura contemporânea”, detalha o presidente da CCDR-N, António Cunha.

A iniciativa vai permitir “estruturar este produto estratégico e ter uma oferta mais assertiva, organizada e segmentada que valorize os ativos culturais da região”, completa o presidente da Entidade Regional de Turismo do Porto e Norte de Portugal. Luís Pedro Martins está convicto de que este programa vai “ajudar a garantir a visitação a estes espaços — coisa que atualmente nem sempre acontece –, aumentar fluxos e ajudar ao desenvolvimento socioeconómico e coesão territorial no destino”.

Este acordo é inédito e cria uma solução, ágil e económica, para a gestão dessas rotas de património, arte e arquitetura contemporâneas, que são estratégicas para favorecer a circulação de públicos e turistas na região.

Jorge Sobrado

Vice-presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N)

O pontapé de saída para o lançamento deste projeto de rotas turísticas regionais no Norte foi dado esta sexta-feira com a rubrica do protocolo de cooperação entre as duas entidades. Ambas comprometem-se a criar, desenvolver e promover as Rotas do Norte.

Este acordo é inédito e cria uma solução, ágil e económica para a gestão dessas rotas de património, arte e arquitetura contemporâneas, que são estratégicas para favorecer a circulação de públicos e turistas na região, designadamente em territórios com menor dinâmica turística”, sustenta, por sua vez, o vice-presidente da CCDR-N, Jorge Sobrado.

Por tudo isto, Luís Pedro Martins considera que “este é um dia histórico para a região que vai contribuir para a preparação da estratégia turístico-cultural do destino”. “Este protocolo operacionaliza ainda um outro instrumento relevante, na sequência de uma deliberação recente da autoridade de gestão do Programa NORTE 2030: a atribuição do selo Rotas do Norte“, acrescentam.

A atribuição do selo é um dos requisitos obrigatórios para candidaturas a cofinanciamento europeu em avisos para “reforçar o papel da cultura e do turismo sustentável no desenvolvimento económico, na inclusão social e na inovação social”. A aprovação e atribuição do selo vai depender do cumprimento de uma série de critérios.

Podem aderir às Rotas do Norte entidades proprietárias, gestoras ou promotoras de bens de património cultural.

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Águas do Vale do Tejo melhora sistema de abastecimento de Penamacor por 2,3 milhões

Reabilitação do sistema de abastecimento de água de Penamacor visa "melhorar a qualidade da água fornecida" aos 8.000 habitantes.

A Águas do Vale do Tejo investiu 2,3 milhões de euros na reabilitação do sistema de abastecimento de água de Penamacor, no distrito de Castelo Branco. A obra visa “garantir um sistema de abastecimento mais resiliente na região da Beira Baixa e melhorar a qualidade da água fornecida” aos 8.000 habitantes.

“Este investimento é essencial para melhorar a resiliência do sistema de abastecimento de água à população do concelho de Penamacor”, detalha a Águas do Vale do Tejo em comunicado. Segundo a empresa que integra o Grupo Águas de Portugal, a “operação do sistema verá reduzidos os impactes sociais e ambientais associados à sua exploração, permitindo alcançar melhorias significativas na fiabilidade do serviço prestado e na redução dos custos de energia dado que o transporte de água é gravítico“.

Numa altura em que se perde quase um quarto da água ainda antes de chegar à torneira dos consumidores portugueses, esta infraestrutura visa igualmente “reduzir as perdas de água decorrentes das roturas que se verificavam devido à desadequação funcional do sistema”.

A “Empreitada de Reabilitação do Sistema de Abastecimento de Água a Penamacor” foi anunciada em setembro de 2020 e concluída no terceiro trimestre do ano passado. A Águas do Vale do Tejo espera que esta empreitada venha a ser comparticipada em 1,8 milhões de euros pelo Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR).

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Mota-Engil integra consórcio candidato à concessão do novo aeroporto de Luanda

  • Lusa
  • 12 Julho 2024

A outra proposta admitida ao concurso para explorar o novo aeroporto de Luanda é um consórcio constituído por empresas chinesas. O concurso público prevê concessão de 25 anos.

O consórcio que integra a Corporacion América Aeroports, Mota-Engil e Best Fly é um dos admitidos ao concurso para concessão do Aeroporto Internacional Dr. António Agostinho Neto (AIAAN), que deve funcionar em pleno até ao final do ano. Segundo um comunicado do Ministério dos Transportes angolano, a outra proposta admitida ao concurso para explorar o novo aeroporto de Luanda é um consórcio constituído pela China National Aero-Technology International Engineering Corporation (CAIEC) e peloYunnan Airport Group Co., Ltd.

O concurso público, lançado no passado dia 17 de novembro, prevê a concessão do direito de exploração, gestão e manutenção do AIAAN, por um período de 25 anos, com a possibilidade de se estender por mais 15 anos. O novo aeroporto tem capacidade para movimentar até 15 milhões de passageiros e 130 mil toneladas de mercadorias por ano, recebendo atualmente apenas voos de carga.

No último trimestre de 2024, segundo o comunicado do Ministério, está previsto que entre em pleno funcionamento com a operacionalização dos voos comerciais (domésticos, regionais e internacionais). “As referidas propostas serão submetidas a um processo detalhado de avaliação, seguindo-se de uma fase de negociação, tendo em vista a melhoria das propostas admitidas. Somente após a conclusão dessas etapas, a entidade pública contratante tomará a decisão final de adjudicação”, sublinha a entidade governamental.

A Corporacion América Airports (CAAP) é especializada na gestão aeroportuária e opera atualmente em 52 aeroportos de seis países da América Latina e da Europa (Argentina, Brasil, Uruguai, Equador, Arménia e Itália), sendo a décima maior operadora aeroportuária do setor privado do mundo.

A Mota-Engil, liderada por Carlos Mota Santos, é uma empresa especializada no setor da construção e gestão de infraestruturas, com uma posição consolidada entre as 30 maiores empresas de construção europeias, participações em mais de 200 empresas, e presença em mais de 30 países da Europa, África e América Latina. A Best Fly Angola, Lda, é uma empresa angolana de aviação, fundada em novembro de 2009a, oferecendo serviços que incluem voos fretados e gestão de aeronaves.

Quanto ao consórcio chinês, a Yunnan Airport Group Co., Ltd. é uma empresa estatal, que tem sob gestão 15 aeroportos, garantindo um total de 502 mil voos, movimentando 63,9 milhões de passageiros e mais de 400 mil toneladas de carga, e opera em vários aeroportos na província de Yunnan. A China National Aero-Technology International Engineering Corporation (AVIC) é um conglomerado aeroespacial, de defesa, engenharia e construção de infraestruturas, afiliado à Aviation Industry Corporation of China, Ltd.

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