Euribor desce a três e seis meses para novos mínimos desde novembro e outubro de 2022

  • Lusa
  • 3 Julho 2025

Com as alterações desta quinta-feira, a taxa a três meses, que recuou para 1,937%, manteve-se abaixo das taxas a seis (2,031%) e a 12 meses (2,062%).

A Euribor desceu esta quinta-feira a três e a seis meses, em relação a quarta-feira, e atingiu novos mínimos desde 22 de novembro de 2022 e 14 de outubro de 2022, respetivamente, enquanto a taxa a 12 meses subiu.

Com as alterações desta quinta-feira, a taxa a três meses, que recuou para 1,937%, manteve-se abaixo das taxas a seis (2,031%) e a 12 meses (2,062%).

  • A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, desceu esta quinta-feira, ao ser fixada em 2,031%, menos 0,002 pontos do que na quarta-feira. Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a abril indicam que a Euribor a seis meses representava 37,61% do stock de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável.

Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,46% e 25,60%, respetivamente.

  • No prazo de três meses, a taxa Euribor, que está abaixo de 2% desde 24 de junho, desceu para 1,937%, menos 0,019 pontos do que na quarta-feira.
  • No sentido contrário, a Euribor a 12 meses subiu para 2,062%, mais 0,007 pontos do que na quarta-feira.

Na última reunião de política monetária em 04 e 05 de junho, em Frankfurt, o Banco Central Europeu (BCE) desceu as taxas de juro em 0,25 pontos base, tendo a principal taxa diretora caído para 2%.

Esta descida foi a oitava desde que o BCE iniciou este ciclo de cortes em junho de 2024 e, segundo os analistas, deverá ser a última deste ano.

A próxima reunião de política monetária do BCE está marcada para 23 e 24 de julho em Frankfurt.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Dinamarca quer fundos de coesão reformados e avanços no alargamento da UE

  • Lusa
  • 3 Julho 2025

Para meados deste mês é esperada a proposta da Comissão Europeia e, logo dias depois, Marie Bjerre espera uma primeira discussão entre os países da UE.

A Dinamarca quer, na presidência rotativa do Conselho da União Europeia no segundo semestre deste ano, discussões para reformar os fundos de coesão no âmbito do novo orçamento e avanços no processo de alargamento à Ucrânia e Moldova.

Não somos contra os fundos de coesão. […] A coesão é uma parte importante da estabilidade social, da coesão social na Europa, mas o orçamento e também os fundos de coesão, que ascendem a um terço do orçamento, precisam de ser reformados, simplificados, mais eficazes e responder melhor aos desafios estratégicos com que nos confrontamos”, como defesa ou transição ‘verde’, disse a ministra dos Assuntos Europeus da Dinamarca, Marie Bjerre.

A responsável falava à imprensa europeia, incluindo a Lusa, na cidade dinamarquesa de Arhus, durante a viagem para a imprensa europeia da presidência do Conselho da União Europeia (UE) assumida pela Dinamarca entre 1 de julho e 31 de dezembro deste ano.

Para meados deste mês é esperada a proposta da Comissão Europeia e, logo dias depois, Marie Bjerre espera uma primeira discussão entre os países da UE.

Segundo a responsável, a Dinamarca terá “uma abordagem muito ambiciosa em relação ao orçamento” e já não faz parte dos países frugais da UE.

“Não é política do Governo dinamarquês que o orçamento deva ser maior ou que devamos ter uma dívida comum, mas […] não estamos a rejeitar nada de antemão e vamos entrar nesta discussão com o espírito aberto”, assegurou.

Após a apresentação da proposta do executivo comunitário — uma primeira parte surge dentro de duas semanas e a outra no início de setembro –, cabe aos colegisladores da UE (Conselho e Parlamento) negociar o próximo orçamento para 2028-2035, esperando-se que o processo negocial fique concluído em 2026.

O QFP é estabelecido por um período de sete anos e define os limites máximos de despesas para os diferentes domínios de intervenção.

O atual orçamento da UE a longo prazo termina em 31 de dezembro de 2027, após ter arrancado em 2021, e dispõe de 1,21 biliões de euros em autorizações (a preços de 2018), que é o montante total que a União pode comprometer-se a gastar durante esse período.

O orçamento da UE é financiado por recursos próprios, sendo que cerca de dois terços das receitas provêm das contribuições nacionais, que se baseiam no rendimento nacional bruto de cada país.

Outro tema abordado por Marie Bjerre durante o seu encontro com a Lusa e outros meios europeus em Arhus foi o alargamento da UE, que ocorre quando novos países aderem ao bloco comunitário.

Neste momento, os países candidatos à UE são a Albânia, Bósnia-Herzegovina, Geórgia, Macedónia do Norte, Moldova, Montenegro, Sérvia, Turquia e a Ucrânia.

Se não avançarmos com o alargamento e também com as reformas internas necessárias, arriscamo-nos a perder alguns destes países”, alertou a ministra dinamarquesa dos Assuntos Europeus, referindo-se à Ucrânia e à Moldova, países que estão, respetivamente, em guerra causada pela invasão da Rússia ou a ser afetados pela desinformação russa.

“Arriscamo-nos a perder a instabilidade nesses países. Trata-se de uma questão de segurança e não nos podemos dar a esse luxo e não nos podemos dar a esse luxo”, concluiu.

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PS quer que diplomas do Governo sobre imigração baixem à especialidade sem votação

  • Lusa
  • 3 Julho 2025

O partido pretende que, após a discussão em plenário da sexta-feira, os diplomas não sejam votados e desçam para a especialidade.

O PS quer que os diplomas do Governo sobre imigração, em discussão na sexta-feira, baixem à especialidade sem votação para “retirar incerteza jurídica e constitucional” e permitir o trabalho de aperfeiçoamento em comissão, adiantou fonte socialista à Lusa.

Na terça-feira, o secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, tinha avisado, à saída de um encontro com o Presidente da República, que as alterações às leis da imigração propostas pelo Governo não teriam o voto a favor dos socialistas se ficassem na versão apresentada no Parlamento.

À Lusa, fonte socialista referiu que o partido pretende que, após a discussão em plenário da sexta-feira, os diplomas não sejam votados e desçam para a especialidade.

O PS pretende assim que o trabalho de aperfeiçoamento seja feito na comissão da especialidade e assim “retirar incerteza jurídica e constitucional”.

Esta quinta-feira de manhã decorre uma reunião entre o Governo e o PS sobre estes diplomas do Executivo que pretendem alterar a lei da nacionalidade e o regime jurídico relativo aos cidadãos estrangeiros em Portugal. Na quarta-feira, o Governo já tinha recebido Chega e IL sobre o mesmo tema.

O primeiro-ministro vai reunir-se esta quinta-feira com o líder do Chega, às 17h00, na residência oficial em São Bento, a pedido de André Ventura, confirmou o gabinete de Luís Montenegro.

Na sexta-feira, serão debatidas e votadas na generalidade na Assembleia da República as propostas de lei do Governo de alteração da lei da nacionalidade, do regime jurídico de entrada, permanência, saída e afastamento de estrangeiros do território nacional e o diploma que pretende criar a Unidade Nacional de Estrangeiros e Fronteiras na Polícia de Segurança Pública, chumbada na anterior legislatura.

No primeiro Conselho de Ministros do XXV Governo em plenitude de funções, o segundo de Luís Montenegro, o executivo aprovou uma proposta de lei de alteração ao diploma da nacionalidade, que aumenta o período de permanência em Portugal exigido para a obtenção da cidadania (de cinco para 7 ou 10 anos, consoante se trate de cidadãos lusófonos ou não lusófonos).

O Governo prevê, ainda, a possibilidade da perda da nacionalidade para os naturalizados há menos de dez anos e sejam condenados a pena de prisão efetiva igual ou superior a cinco anos pela prática de crimes graves. Quanto à atribuição de nacionalidade originária a descendentes de estrangeiros residentes em Portugal, passa a exigir-se a residência legal durante o período de 3 anos.

Na lei de estrangeiros, o Governo pretende restringir o visto para procura de trabalho “a atividades altamente qualificadas”, limitar o acesso ao reagrupamento familiar e alterar as condições para a concessão de autorização de residência aos cidadãos nacionais de Estados-Membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

O Governo retoma ainda uma proposta de lei chumbada na última legislatura que cria a Unidade Nacional de Estrangeiros e Fronteiras, na Polícia de Segurança Pública (PSP), com a competência de controlo de fronteiras aeroportuárias, de retorno e de fiscalização de estrangeiros em território nacional.

A IL já manifestou concordância com a generalidade das propostas, enquanto o Chega e o PS têm defendido alterações aos diplomas do Governo – embora em sentidos opostos — para os poderem viabilizar.

Segundo a Constituição, revestem a forma de lei orgânica os diplomas que regulam a “aquisição, perda e reaquisição da cidadania portuguesa”, pelo que qualquer alteração à lei da nacionalidade terá de ser, na votação final global, aprovada por maioria absoluta dos deputados em efetividade de funções, ou seja, 116 votos, o que exigirá o voto a favor ou da bancada do PS ou da do Chega (além das do PSD e CDS-PP, que totalizam 91 deputados).

 

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Plano ou seguro de saúde? Saiba quais são as seguradoras que os distinguem

O regulador dos seguros avança com os nomes das empresas que anunciaram seguir as suas recomendações por uma comunicação transparente e clara que distingue os planos dos seguros de saúde.

A maioria das seguradoras que comercializam seguros de saúde confirmaram junto do regulador ter adotado ou pretendem adotar os procedimentos às recomendações sobre a correta diferenciação entre seguros de saúde e planos de saúde, avançou a Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF).

Em causa estão recomendações do regulador que visam garantir que as seguradoras prestam informação de forma clara para o consumidor saber exatamente o que está a contratar.

Entre as orientações emitidas pelo regulador destacam-se: evitar o uso da palavra “plano” para descrever coberturas de seguros de saúde, a exigência de revisão dos documentos pré-contratuais e contratuais para clarificar a natureza dos produtos, e a obrigação de informar ativamente os consumidores sobre as diferenças entre seguros e planos — incluindo através dos canais digitais. As seguradoras também devem assegurar que os seus distribuidores seguem estas diretrizes durante todo o processo comercial.

As empresas que comunicaram à ASF, até maio de 2025, ter implementado ou pretenderem implementar integralmente estas práticas são: Fidelidade, Lusitania, Allianz Portugal, Real Vida, Una Seguros, Crédito Agrícola Seguros, Ageas Portugal, Médis, Caravela, Mudum, Cardif, Via Directa, Mapfre, Victoria, Multicare, Chubb, Zurich, Aegon Santander, RNA Seguros, Generali, Asisa, Planicare, MGEN Portugal, MPS – Mútua Portuguesa de Saúde, Mutuelle Générale de l’Éducation Nationale (MGEN), Lloyd’s Insurance Company e Bupa Global.

De acordo com relatório da Associação Portuguesa de Seguradores (APS), a seguradora Prévoir produziu seguros de saúde em 2024. No entanto, não consta na lista.

“Esta ação da ASF visa contribuir para um mercado mais transparente, fomentando a confiança dos consumidores e promovendo um ambiente concorrencial saudável e equitativo”, afirmou Eduardo Pereira, diretor do Departamento de Supervisão Comportamental da ASF.

A ASF aproveita para sublinhar que seguros de saúde e planos de saúde são produtos distintos, com níveis de proteção muito diferentes. Enquanto os primeiros oferecem cobertura de risco e são regulados no âmbito da atividade seguradora, os segundos proporcionam descontos em serviços médicos e não têm reembolsos nem garantias associadas.

A lista de entidades foi construída com base na informação comunicada pelas próprias seguradoras e refere-se apenas àquelas que exploram o ramo Doença (Saúde). Trata-se de uma recomendação, não sendo juridicamente obrigatórias.

Cada vez mais portugueses têm seguro de saúde, seja individual ou de grupo, cerca de quatro milhões já têm cobertura segundo o Observatório dos Seguros de Saúde da ASF. De 2019 a 2023 o crescimento do número de pessoas com seguro de saúde foi de 30%.

Para promover uma compra informada de seguros de saúde, além desta recomendação, o regulador lançou recomendações para as seguradoras criarem um seguro de saúde padrão para tornar a comparação entre a oferta mais fácil. As empresas de seguros não estão obrigadas a seguir as recomendações. Mas aquelas que o fizerem vão constar numa outra lista “de honra” da ASF.

(Artigo atualizado às 15h09 de 4 de julho. Foi retirada a informação que a Ocidental não consta na lista, uma vez que a sua designação legal é agora Ageas Portugal, que notificou o regulador)

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Jogador português Diogo Jota morre aos 28 anos em acidente de viação

  • Joana Abrantes Gomes
  • 3 Julho 2025

O futebolista português de 28 anos atuava no Liverpool desde 2020 e contava com 49 internacionalizações pela Seleção Nacional A.

Diogo Jota (1996-2025) morreu na madrugada desta quinta-feira, vítima de acidente de viaçãoEPA/ADAM VAUGHAN

Diogo Jota, futebolista português de 28 anos, que jogava no Liverpool, e o seu irmão André Silva, de 26, morreram esta madrugada num acidente de viação na província espanhola de Zamora, perto de Palacios de Sanabria, avançam o diário desportivo espanhol A Marca e a agência de notícias Efe.

O jogador do Liverpool morreu quando o carro em que viajava com o irmão, também futebolista profissional, atualmente no Penafiel, se terá despistado ao quilómetro 65 da A-52, incendiando-se de seguida.

De acordo com testemunhas que chamaram o 112, o veículo ficou envolto em chamas, que se propagaram também à vegetação próxima. O jornal A Marca cita diversas fontes que apontam para o rebentamento de um pneu durante uma ultrapassagem como a possível causa do acidente.

O jogador da Seleção deixa três filhos, a mais nova com apenas seis meses, e tinha-se casado no passado dia 22 de junho.

O ponta-de-lança iniciou a sua carreira nas camadas jovens do Gondomar, a que se seguiu o Paços de Ferreira, clube no qual se destacou, motivando a transferência para o Atlético de Madrid. Acaba por não jogar em Espanha e é emprestado ao Futebol Clube do Porto, na época de 2016/2017, que ficou marcada como o início da sua maior afirmação. Seguiu-se um empréstimo ao Wolverhampton, de Inglaterra, que venceu a segunda divisão inglesa em 2018, voltando à Premier League e tendo Diogo Jota como um dos principais jogadores.

Chegou ao Liverpool em 2020, proveniente do Wolverhampton, tendo marcado 65 golos em 182 jogos pelo atual campeão inglês. Conquistou a Premier League na época 2024/2025, a Taça de Inglaterra em 2022 e a Taça da Liga de Inglaterra em 2022 e 2024 pelos “reds”.

Natural de Gondomar, Diogo Jota teve a sua estreia na Seleção Nacional A em 14 de novembro de 2019, contando desde então com 49 internacionalizações e 14 golos marcados. Fez ainda 9 jogos pelos Sub-19, 20 pelos Sub-21 e um nos Jogos Olímpicos.

O último jogo da carreira acabaria mesmo por ser a final da Liga das Nações, no dia 8 de junho, em que Portugal ganhou à Espanha e venceu o troféu pela segunda vez.

Jota era uma figura muito popular no balneário do Liverpool e bastante acarinhado pelos adeptos do clube, que tinham até um cântico dedicado ao “camisola 20”.

A bandeira do Liverpool no seu estádio (Anfield) foi colocada a meia haste e o clube cancelou os treinos agendados para esta quinta-feira e marcou um jogo de homenagem ao jogador para 13 de julho. Em comunicado, o atual campeão inglês fala numa “perda inimaginável”.

“É com choque e profundo pesar que enviamos as sentidas condolências à família e amigos do Diogo Jota e irmão André Silva, que também foi nosso atleta nos escalões de formação”, reagiu, por sua vez, o Futebol Clube do Porto.

Numa publicação na rede social X, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, lamenta a morte “inesperada e trágica” de “um atleta que muito honrou o nome de Portugal e do seu irmão“. “É um dia triste para o futebol e para o desporto nacional e internacional”, escreveu.

Também no X, a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) diz-se “completamente devastada” com a morte de Diogo Jota e do seu irmão André Silva. “Muito mais do que o fantástico jogador, com quase 50 internacionalizações pela Seleção Nacional A, Diogo Jota era uma extraordinária pessoa, respeitado por todos os colegas e adversários, alguém com uma alegria contagiante e referência na própria comunidade“, lê-se na publicação.

A FPF indica já ter solicitado à UEFA um minuto de silêncio antes do jogo desta quinta-feira da Seleção Portuguesa com a Espanha, no Europeu feminino.

Num comunicado publicado na página da Presidência, Marcelo Rebelo de Sousa “lamenta profundamente a morte trágica e prematura” de Diogo Jota e do seu irmão André Silva, elogiando como o internacional português “demonstrou um elevado profissionalismo e dedicação, inserido numa geração que tem levado o futebol português ao mais alto nível”.

Também Cristiano Ronaldo, capitão da Seleção Portuguesa, se juntou às declarações de pêsames pelo falecimento dos dois jogadores, com uma expressão que ilustra o choque da notícia: “não faz sentido”.

Também Lisa Bandari, Embaixadora britânica em Portugal, apresentou as suas condolências: “Estou profundamente triste com o falecimento do futebolista português Diogo Jota e do seu irmão, André. Apresento as minhas sinceras condolências à sua família, amigos, colegas de equipa e todos aqueles que o admiravam em Portugal, no Reino Unido, e além-fronteiras”.

(Notícia atualizada pela última vez às 15h19)

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“Foi António Costa que me apresentou a Pinho”, diz Sócrates. Primeira sessão da Operação Marquês termina ao fim de 7 horas tensas

  • ADVOCATUS
  • 3 Julho 2025

Primeira sessão da Operação Marquês termina após sete horas. José Sócrates está acusado de 22 crimes – três de corrupção, 13 de branqueamento de capitais e seis de fraude fiscal.

Arranca esta quinta-feira, no Campus de Justiça, o julgamento do processo Operação Marquês que tem como principal arguido o antigo primeiro-ministro José Sócrates, que está acusado de 22 crimes – três de corrupção, 13 de branqueamento de capitais e seis de fraude fiscal.

Em julgamento vão também estar Carlos Santos Silva, empresário e amigo do ex-primeiro-ministro, acusado de 23 crimes; Joaquim Barroca, ex-administrador da construtora do Grupo LENA, acusado de 15 crimes; José Pinto de Sousa, empresário e primo de José Sócrates, acusado de dois crimes; Hélder Bataglia, empresário, acusado de cinco crimes; Sofia Fava, ex-mulher de Sócrates, acusada de um crime.

Neste processo, o Ministério Público reclama aos arguidos um total de 58 milhões de euros, tendo arrestado vários bens. Segundo as contas da acusação, José Sócrates teria dado cerca de 21 milhões de euros de prejuízo ao Estado, Zeinal Bava cerca de 16 milhões, Henrique Granadeiro cerca de 14 milhões, Carlos Santos Silva três milhões e 300 mil euros, Ricardo Salgado três milhões de euros e Armando Vara 1,4 milhões de euros.

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OpenAI faz um dos maiores contratos de IA de sempre com a Oracle

Acordo de 30 mil milhões de dólares ao ano prevê que a Oracle forneça 4,5 GW de capacidade de computação à criadora do ChatGPT, devendo para isso construir vários novos 'data centers' nos EUA.

A OpenAI contratou à Oracle 4,5 gigawatts (GW) de capacidade de computação, num dos maiores acordos de sempre deste tipo para inteligência artificial (IA). Ao abrigo deste contrato de 30 mil milhões de dólares ao ano, a Oracle vai instalar múltiplos novos centros de dados nos EUA para satisfazer as necessidades da criadora do ChatGPT.

De acordo com o Financial Times, os 4,5 GW de capacidade correspondem a cerca de um quarto de toda a capacidade operacional atual dos centros de dados nos EUA, sendo suficiente para abastecer milhões de casas. A Bloomberg, que avançou inicialmente a notícia, apontou também que 1 GW está em linha com a capacidade de um reator nuclear.

O acordo entre a OpenAI e a Oracle está inserido no projeto “Stargate”, lançado em parceria com o japonês SoftBank em janeiro, através do qual ambas esperam investir até 500 mil milhões de dólares em novos data centers. Até ao momento, segundo o jornal britânico, as duas empresas mobilizaram 50 mil milhões, incluindo da própria Oracle e do fundo soberano MGX de Abu Dhabi.

Em cima da mesa estão localizações como Texas, Michigan, Wisconsin, Wyoming, Novo México, Geórgia, Ohio e Pensilvânia para a instalação dos novos centros, refere o FT. Estas instalações são essenciais para o funcionamento de plataformas de IA generativa, sendo o local onde a informação é processada.

As ações da Oracle subiram mais de 5% esta quarta-feira, estando a cotar em máximos históricos de 229.98 dólares.

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Hoje nas notícias: Reforma do Estado, Sócrates e imigrantes

  • ECO
  • 3 Julho 2025

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Cinco Ministérios vão deixar de estar sujeitos a fazerem a contratação de veículos de forma centralizada, ficando o processo apenas dependente de despacho do titular da pasta. O arquiteto responsável pela remodelação da casa onde José Sócrates viveu em Paris está entre as 18 pessoas que o Ministério Público decidiu há dias acrescentar ao rol de testemunhas do processo principal da Operação Marquês. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta quinta-feira.

Serviços críticos do Estado ganham margem para comprar viaturas

Os ministérios da Defesa, Justiça, Administração Interna, Educação e Saúde vão deixar de estar sujeitos a fazerem a contratação de veículos em regime centralizado, ficando o processo apenas dependente de despacho do titular da pasta. Esta mudança faz parte de um pacote de medidas de reforma orçamental cujos primeiros dois diplomas deverão ser aprovados esta quinta-feira em Conselho de Ministros. A gestão do parque automóvel do Estado, em particular, faz parte do decreto-lei de simplificação orçamental — a aprovar mais tarde — que visa dar maior autonomia e evitar prazos demasiado prolongados em setores considerados críticos.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

MP chama a depor arquiteto que remodelou casa de Sócrates em Paris

Benny Benlolo, o arquiteto de interiores que remodelou a casa onde José Sócrates viveu em Paris, é uma das 18 pessoas que o Ministério Público acrescentou recentemente ao rol de testemunhas do processo principal da Operação Marquês, cujo julgamento arranca esta quinta-feira, em Lisboa. Entre as novas testemunhas da acusação constam ainda Jean-Luc Schneider, responsável pelo registo contabilístico da Espírito Santo Enterprises, conhecida como o “saco-azul” do Grupo Espírito Santo; o empresário Joe Berardo; a filha de Armando Vara, Bárbara Vara, que embora acusada neste caso, acabou por escapar ao julgamento; o empresário mexicano Carlos Slim Helú, um dos homens mais ricos do mundo segundo a revista Forbes; e Joaquim Lalanda e Castro, que foi o “patrão” de Sócrates na Octapharma.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago).

AIMA notificou 10 mil dos 40 mil imigrantes com ordem para deixarem o país

A Agência para Integração, Migrações e Asilo (AIMA) já notificou cerca de 25% dos mais de 40.000 imigrantes — ou seja, “perto de 10 mil” — com ordem para saírem do país, de acordo com dados do Ministério da Presidência. “Os 40 mil estão a ser notificados paulatinamente, à medida que vai sendo feito um controlo de qualidade das decisões”, acrescenta o gabinete do ministro António Leitão Amaro. Os imigrantes que estão a ser notificados são aqueles que não cumpriram todos os requisitos obrigatórios na lei para terem direito a um título de residência.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso pago).

Montenegro esconde clientes da Spinumviva em nova declaração de rendimentos

Na declaração de rendimentos que substituiu a que foi entregue em 29 de abril, o primeiro-ministro omitiu os nomes dos clientes da Spinumviva. Luís Montenegro entregou a declaração de substituição à Entidade para a Transparência (EpT) em 27 de maio, dois dias antes de os clientes da empresa da família passarem a estar acessíveis a consulta pública através da declaração inicial. Isto porque, segundo as regras da EpT, após o registo da entrada de uma declaração de rendimentos, esta fica no estado de “não publicada” durante 30 dias, passando depois a ser acessível ao público. Daí que, para impedir o acesso público à lista de clientes da Spinumviva, Montenegro tenha entregue à EpT uma nova declaração de rendimentos, na qual omitiu os clientes. Além disso, apresentou um pedido de oposição à consulta pública da declaração de substituição.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago).

Luís Filipe Vieira vai candidatar-se à presidência do Benfica

Luís Filipe Vieira vai mesmo ser candidato à presidência do Benfica nas eleições de 25 de outubro, garante o Jornal de Notícias. Embora o antigo presidente dos encarnados ainda não tenha revelado publicamente a sua intenção de avançar para uma candidatura própria, a publicação refere que Vieira já deu vários passos nesse sentido. Ainda assim, num comunicado publicado na quarta-feira em que critica e censura a direção de Rui Costa, na sequência da abertura do inquérito que, em última instância, visa a sua expulsão de associado, Vieira deixou uma mensagem aos adeptos em que indicia que irá participar nas eleições. Para já, João Noronha Lopes, João Diogo Manteigas, Martim Mayer e Cristóvão Carvalho estão confirmados como candidatos ao sufrágio de outubro, não se sabendo ainda se Rui Costa vai recandidatar-se.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago).

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Fintech francesa Qonto avança com pedido de licença bancária

A obter luz verde do regulador francês, a fintech vai poder oferecer serviços bancários aos clientes nos oito mercados europeus onde está presente, incluindo Portugal, onde opera desde outubro.

Alexandre Prot e Steve Anavi, cofundadores da francesa Qonto.

A francesa Qonto apresentou um pedido de licença bancária junto do Autorité de Contrôle Prudentiel et de Résolution (ACPR) para passar a oferecer serviços bancários. Ao obter luz verde do regulador, a fintech francesa, a operar em Portugal desde outubro, quer atingir dois milhões de clientes entre PME e freelancers até 2030.

“O nosso principal objetivo com a licença bancária é atingir dois milhões de PME e freelancers em toda a Europa até 2030, expandindo a nossa base atual de mais de 600 mil clientes. A licença irá permitir-nos oferecer serviços bancários abrangentes, incluindo maiores capacidades de crédito, produtos de poupança e opções de investimento, além de dar à Qonto maior agilidade e independência”, afirma Alexandre Prot, CEO e cofundador da Qonto, ao ECO.

“Essa transformação fortalecerá nossa posição como a principal solução de gestão financeira para empresas na Europa, permitindo-nos aprimorar toda a experiência do cliente e oferecer serviços mais competitivos, mantendo os nossos níveis excecionais de satisfação do cliente de NPS 70+ e a classificação de 4,8/5 no Trustpilot”, reforça.

Fundada em 2017 em França, a fintech tem vindo a aumentar a sua presença geográfica, expandindo para Espanha (2019), Alemanha (2020) e Itália (2023), tendo no ano passado reforçado com a entrada em outubro na Bélgica, Áustria, Países Baixos e Portugal, tal como avançou o ECO.

Uma entrada que visava ganhar uma fatia de um target de 1,2 milhões de PME e trabalhadores independentes e um valor de mercado estimado em 625 milhões de euros, apontava na altura sem precisar metas.

“Não divulgamos números específicos de desempenho por país”, reage o CEO. “Portugal representa um importante mercado em crescimento dentro da nossa estratégia de expansão europeia, e temos observado uma resposta positiva dos clientes desde o lançamento em outubro passado”, diz apenas.

A startup oferece uma solução financeira empresarial dirigida a servir as necessidades específicas das PME e freelancers, oferecendo uma conta empresarial que engloba “serviços bancários empresariais, incluindo cartões, contas e transferências e ferramentas financeiras, incluindo faturas, escrita contabilística, e muito mais”, descrevia o CEO em outubro ao ECO.

Desde o início do ano passado, a empresa adicionou serviços pay later à oferta que, diz a Qonto facilitou 50 milhões de euros de financiamento desde o arranque do serviço.

A fintech já levantou mais de 600 milhões de euros em financiamento, tendo uma equipa de mais de 1.600 pessoas.

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Manutenção global dos novos barcos elétricos da Transtejo com novo contrato em julho

  • Lusa
  • 3 Julho 2025

A empresa que assegura a ligação fluvial entre as margens do Tejo opera "no fio da navalha" no Seixal, Cacilhas e Montijo, alertou a Comissão de Utentes dos Transportes Públicos do Seixal (CUTS).

Um dos novos barcos elétricos da Transtejo que asseguram a ligação entre o Seixal e Cais do Sodré (Lisboa)Lusa

A Comissão de Utentes dos Transportes Públicos do Seixal (CUTS) disse esta quarta-feira que o Ministério das Infraestruturas e Habitação (MIH) garantiu que será assinado em julho um novo contrato de manutenção dos barcos elétricos da Transtejo.

Num documento tornado público sobre a reunião realizada entre a CUTS e o chefe de gabinete do ministério na terça-feira, a comissão adianta que o MIH adiantou que o contrato de manutenção dos barcos incluirá a presença de equipas técnicas em Portugal e penalizações contratuais sempre que os navios estejam inoperacionais por motivos técnicos, eletrónicos ou de software.

Na mesma reunião, segundo a comissão, o ministério confirmou que a situação do Seixal é crítica e reconheceu a ausência de redundância na frota da Transtejo, indicando que a empresa opera “no fio da navalha” não apenas no Seixal mas também noutras ligações como Cacilhas e Montijo.

A Comissão de Utentes dos Transportes Públicos do Seixal refere também que foi reconhecido que o projeto de eletrificação da frota, iniciado em 2019, careceu de um planeamento técnico robusto e que o investimento público de aproximadamente 100 milhões de euros, distribuído entre aquisição de navios, baterias, infraestruturas de carregamento e eletrificação de cais, foi descoordenado e insuficiente para garantir um serviço eficaz.

A CUTS reforçou no encontro que há uma degradação generalizada da confiança dos passageiros, o que tem conduzido a uma redução da procura e ao agravamento da sobrelotação noutras ofertas, como a Fertagus.

Relativamente à situação da frota, a comissão adianta que foi comunicado que está prevista para prevê a chegada do 10.º e último navio elétrico e que o abate de navios a diesel será adiado para garantir redundância operacional.

Por outro lado, foi ainda indicado à comissão que está em curso o recrutamento de técnicos especializados nas áreas de Engenharia do Ambiente e Engenharia Eletrotécnica, embora os processos sejam morosos e dificultados pela discrepância salarial entre o setor público e privado.

No que respeita às coimas contratuais, o Ministério informou que a Transtejo se encontra a regularizar as penalizações relativas a 2022 e 2023, em articulação com o IMT.

A CUTS alertou para a necessidade de preparar antecipadamente o sistema para as exigências do outono/inverno, período tradicionalmente mais instável, solicitando a criação de planos de contingência para evitar novo colapso na ligação Seixal-Lisboa.

A Transtejo Soflusa (TTSL) é a empresa responsável pela ligação fluvial entre o Seixal, Montijo, Cacilhas, Barreiro e Trafaria/Porto Brandão, no distrito de Setúbal, e Lisboa. Em 2024, a TTSL transportou na ligação fluvial entre o Seixal e Lisboa um total de 1.040.043 passageiros.

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EUA e China fecham acordo que prevê envio de terras raras e fim de restrições

  • Lusa
  • 3 Julho 2025

Entendimento inclui o compromisso de Pequim de retomar as exportações de minerais de terras raras, anunciou o secretário do Comércio norte-americano, Howard Lutnick.

Os Estados Unidos e a China formalizaram um entendimento comercial alcançado no mês passado em Genebra, que inclui o compromisso de Pequim de retomar as exportações de minerais de terras raras, anunciou o secretário do Comércio norte-americano, Howard Lutnick.

Segundo Lutnick, o acordo foi assinado há dois dias e consagra os termos negociados entre Washington e Pequim ao longo deste ano, após sucessivas acusações mútuas de violação de acordos anteriores. “Vão entregar-nos terras raras e, quando o fizerem, levantaremos as nossas contramedidas”, declarou, em entrevista à Bloomberg.

A Siemens AG, uma das principais fornecedoras mundiais de software de design de semicondutores, foi libertada pelo Departamento do Comércio dos Estados Unidos da necessidade de solicitar licenças para operar no mercado chinês, segundo revelou a empresa alemã em comunicado.

As restrições à exportação tinham sido impostas em maio, como parte de um pacote de medidas adotado pelos Estados Unidos em resposta às limitações chinesas à exportação de minerais de terras raras.

A Siemens confirmou que restabeleceu o acesso total ao seu software e tecnologia para os clientes chineses. As outras duas principais empresas mundiais no setor do software de automação de design eletrónico (EDA, na sigla em inglês) – Cadence Design Systems Inc. e Synopsys Inc. – não responderam ainda a pedidos de comentário sobre se receberam comunicações semelhantes, segundo a agência de notícias Bloomberg. O Departamento do Comércio dos Estados Unidos também não comentou, acrescentou a agência.

As terras raras são materiais cruciais utilizados na produção de turbinas eólicas, aviões, semicondutores e tecnologia avançada. Ao abrigo do acordo comercial alcançado na semana passada, Washington comprometeu-se a autorizar o envio para a China de software de design de chips, etano e motores a jato, desde que Pequim cumpra a promessa de acelerar a aprovação das exportações de minerais críticos.

Um responsável da Casa Branca confirmou que os dois países concordaram com os termos necessários para aplicar o acordo de Genebra. A embaixada da China em Washington recusou comentar, enquanto o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês não respondeu de imediato.

A assinatura do acordo gerou otimismo nos mercados: os índices acionistas asiáticos e os futuros europeus avançaram, e um índice global de ações atingiu novo máximo histórico.

Lutnick indicou que o Presidente norte-americano, Donald Trump, pretende concluir, até 9 de julho, uma série de dez acordos comerciais com os principais parceiros dos EUA. “Vamos fechar os dez acordos principais, organizá-los por categorias, e os restantes países alinharão depois disso”, explicou.

Embora não tenha especificado quais os países envolvidos, Trump sugeriu que os EUA estão perto de um entendimento com a Índia. O principal negociador japonês, Ryosei Akazawa, também tem reuniões agendadas na capital norte-americana, tendo reiterado que o Japão “não pode aceitar” tarifas de 25% sobre automóveis.

Trump já afirmou que, na ausência de acordos até 9 de julho, enviará “cartas” a cada país com os termos propostos, aplicando tarifas unilaterais – as chamadas “tarifas recíprocas”, que poderão atingir até 50%. A maioria dessas medidas foi anunciada a 02 de abril, mas suspensa por 90 dias para permitir negociações.

O alcance real dos acordos permanece incerto, dado que pactos comerciais geralmente requerem anos de negociações. Um acordo anterior com o Reino Unido, por exemplo, continua com questões pendentes, incluindo tarifas sobre metais importados.

O acordo agora alcançado com a China não aborda temas mais sensíveis, como o tráfico de fentanil ou o acesso pleno das empresas norte-americanas ao mercado chinês.

A primeira ronda de negociações, em Genebra, resultou numa redução de tarifas por ambas as partes, mas foi rapidamente seguida de acusações mútuas de incumprimento. Após novas conversações em Londres este mês, os negociadores anunciaram um entendimento, sujeito à aprovação de Trump e do Presidente chinês, Xi Jinping.

Segundo Lutnick, o levantamento das contramedidas dos EUA depende da chegada efetiva das terras raras. Esta semana, o Departamento do Comércio norte-americano já autorizou o carregamento de etano com destino à China, embora o seu desembarque continue condicionado a autorização específica.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 3 de julho

  • ECO
  • 3 Julho 2025

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