Setor financeiro quer regras que facilitem vender seguros

Os representantes do setor consideram que a estratégia europeia atual não fomenta a participação dos investidores não profissionais nos mercados de capitais europeus.

O atual formato da Estratégia de Investimento no Retalho (RIS, na sigla em inglês) da União Europeia (UE) adiciona complexidade aos já rígidos quadros regulatórios que regem a distribuição de produtos de investimento e produtos de investimento com base em seguros. É o que acreditam as associações do setor financeiro signatárias do comunicado que assinala que tal não permite que a RIS alcance o seu principal objetivo de aumentar a participação dos investidores não profissionais nos mercados de capitais europeus. Por isso, pedem aos legisladores que a atualizem de forma a estar alinhada com os compromissos da Comissão Europeia de reduzir a burocracia e fortalecer a atratividade dos mercados financeiros.

Em causa está o plano legislativo europeu (RIS), criado para que os investidores consigam tomar decisões informadas, que sejam tratados de forma equitativa e estejam protegidos. Através da RIS, a Comissão pretende lançar as bases para a regulamentação europeia transversal todos os produtos de investimentos.

Nesse sentido, os signatários esperam que negociações informais entre representantes do Parlamento Europeu, do Conselho da União Europeia e da Comissão Europeia, que devem começar em breve, ofereçam uma oportunidade para reformular a RIS, colocando ênfase em simplificar o acesso dos cidadãos aos mercados de capitais sem impor encargos desproporcionais aos participantes.

Entre as prioridades sugeridas pelo setor está a simplificação das regras para empresas e investidores. Regras excessivamente complexas e sobrepostas, segundo as associações, podem desencorajar a participação de investidores e aumentar os custos operacionais das empresas, com impacto final nos consumidores.

Outra recomendação é a criação de processos de vendas mais acessíveis e simplificados. A estratégia atual pode desmotivar investidores devido à extensão e complexidade dos processos, que chegam a durar mais de duas horas para certos produtos. O setor pede um sistema mais ágil, mais acessível e de fácil acesso que incentive o uso de plataformas e produtos regulamentados na Europa.

As associações também criticam o excesso de informações detalhadas exigidas pela RIS, argumentando que isso pode sobrecarregar os investidores e tornar o investimento menos atraente. A transparência deve ser balanceada com foco em divulgações relevantes e significativas, destacando os principais benefícios como garantias financeiras, características ESG (siglas em inglês para ambiente, social e governança) e outras qualidades que influenciam as decisões de investimento.

As associações representantes do setor financeiro elogiam o compromisso da Comissão Europeia em implementar a União de Poupança e Investimentos e promover a participação de investidores não profissionais no mercado. A expectativa é que, com ajustes na RIS, a UE possa construir um quadro regulatório que beneficie tanto os investidores quanto a economia em geral.

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Linhas de garantia BPF InvestEU ultrapassam as 1.000 operações contratadas

  • Lusa
  • 3 Dezembro 2024

“Em menos de um mês, o número de operações contratadas praticamente duplicou", indica o Banco Português do Fomento. Apoio chegou a 921 empresas.

O Banco Português de Fomento (BPF) anunciou esta terça-feira ter atingido as 1.005 operações contratadas no âmbito das Linhas de Garantia BPF InvestEU, num montante total de 256 milhões de euros de financiamento que apoiou 921 empresas em Portugal.

Em comunicado, o Grupo BPF salienta o “crescimento expressivo” em relação ao balanço divulgado no passado dia 06 de novembro, quando tinham sido contratadas 575 operações. “Em menos de um mês, o número de operações contratadas praticamente duplicou, evidenciando a relevância das linhas InvestEU e o esforço conjunto e contínuo dos bancos comerciais e das sociedades de garantia mútua na execução desta medida”, enfatiza.

De acordo com o banco promocional do Estado, desde o lançamento destas linhas já foram aprovadas mais de 1.856 operações, representando cerca de 546 milhões de euros em financiamento total.

Relativamente às 1.005 operações contratadas no âmbito das Linhas de Garantia BPF InvestEU, o BPF destaca o facto de abrangerem empresas de todas as regiões do país, embora com maior concentração nas regiões Norte e Centro, que representam cerca de 77% do número total das operações contratadas.

Segundo detalha, o financiamento foi maioritariamente destinado aos setores do “comércio por grosso e a retalho, reparação de veículos automóveis e motociclos”, “indústrias transformadoras” e “construção”, sendo que a principal parte das operações contratadas beneficiou micro e pequenas empresas, que representaram 73% do total, com mais de 700 empresas apoiadas.

Relativamente aos bancos comerciais parceiros, o BPF destaca o BPI, o Santander Totta e o Novo Banco, que, em conjunto, asseguraram mais de 56% do número de contratações realizadas até à data.

No que se refere à finalidade do financiamento, o BPF refere que, entre as várias linhas de garantias BPF InvestEU, a “BPF InvestEU – PME e Small Mid-Caps – Fundo de Maneio” continuou “a destacar-se como a mais procurada, embora as demais linhas também mostram adesão”.

Citada no comunicado, a presidente executiva (CEO) do BPF considera que “atingir 1.000 operações contratadas é um marco muito relevante para o grupo Banco Português de Fomento”.

“Reflete a relevância do apoio do BPF à economia, através do programa InvestEU, para o qual a refundação implementada no banco durante o atual mandato foi fundamental e sem a qual o BPF não teria alcançado o estatuto de implementing partner”, sustenta Ana Carvalho.

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Governo avança com plano estratégico para resolução alternativa de litígios

O Executivo vai levar, até ao final do ano, um documento com medidas que pretendem que "a resolução alternativa de litígio seja eficaz", adiantou a secretária de Estado da Justiça.

Maria José Barros, secretária de Estado da Justiça

O Governo vai levar a Conselho de Ministros, até ao final do ano, um plano estratégico de resolução alternativa de litígios, procurando agilizar a resolução destes processos, adiantou a secretária de Estado da Justiça, Maria José Barros.

Até final do ano vamos apresentar um plano estratégico de resolução alternativa de litígios, com foco nos Julgados de Paz“, explicou a secretária de Estado, numa intervenção durante a 7.ª edição da Fábrica 2030, uma conferência organizada pelo ECO na Alfândega do Porto. Conforme explicou a governante, o plano tem sido elaborado com base nas contribuições que o Governo tem recebido, “escutando DECO, cidadãos, empresas e associações“.

Este plano estratégico pretende focar esta resolução de litígios nos Julgados de Paz, permitindo uma maior agilização e uma resolução alternativa de litígios “eficaz”.

Segundo adiantou Maria José Barros, o objetivo é, até ao final do ano, “apresentar este plano estratégico com as principais ideias”, de modo a que no próximo ano seja possível avançar com algumas mudanças legislativas, que serão necessárias. O objetivo deste plano é trabalhar “para que a resolução alternativa de litígio seja eficaz“.

Maria José Barros adiantou ainda que uma das prioridades do Governo é o combate à corrupção, sendo esta uma das agendas que compõem o plano estratégico do ministério da Justiça, mostrando que “a justiça persegue, condena, vai atrás, independentemente [de quem seja o] agressor, qualquer que seja a sua posição.”

Além da corrupção, a secretária de Estado reconhece que é preciso trabalhar para melhorar a celeridade processual, adiantando que o ministério tem vindo a investir na digitalização, procurando “dar ferramentas a todos os profissionais que trabalham na justiça para que o trabalho possa ser mais ágil e mais frutífero e não se demore muito tempo a tomar pequenas ações.”

Sobre a Operação Influencer, que envolve o antigo primeiro-ministro António Costa, Maria José Barros reconhece que “é evidente que todos os caos que abalam a confiança dos cidadãos têm impacto”, mas no que diz respeito a este processo “percebemos que a Justiça funcionou.”

“Este Governo e este ministério têm de tomar medidas concretas que restaurem a confiança dos cidadãos na Justiça”, acrescentou, reforçando que “é importante que, tal como acontece no turismo, Portugal seja visto como um país onde é seguro investir“, mostrando que temos tribunais que estão a funcionar e a “dar respostas aos cidadãos”, defendeu a secretária de Estado

Maria José Barros diz que é preciso “olhar para a justiça como algo sistémico, em que diferentes atores devem atuar com firmeza”. Neste sentido, argumenta, há que apostar nas pessoas e nos colaboradores do setor e “a formação é absolutamente fundamental”.

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“Jornalista é quem tem um título profissional válido”, reforça presidente do sindicato em resposta a Aguiar-Branco

O presidente do Sindicato dos Jornalistas reforçou a ideia depois de Aguiar-Branco ter criticado excessos de regulação no setor da comunicação social e defendido o caso de Maria João Avillez.

Jornalista é quem tem um título profissional válido, que se chama Carteira de Jornalista, e só esses é que podem ter atos jornalísticos em espaços de informação. É bom que isto fique claro e é bom que fique claro também na casa da democracia“, disse Luís Filipe Simões, presidente do Sindicato dos Jornalistas esta terça-feira.

A ideia foi defendida na conferência “Informação como bem público: Regulação mediática e políticas públicas”, organizada pela Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) e que está a decorrer esta terça-feira, numa resposta “direta” ao presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, que criticou excessos de regulação, subsidiação e intervenção no setor da comunicação social.

“Nós, legisladores e reguladores, temos de resistir à tentação do excesso de intervenção de subsidiação de regulação. Não quero viver num país em que se duvida que alguém com o percurso e as qualidades de Maria João Avillez possa entrevistar o primeiro-ministro [Luís Montenegro], ou que ache que uma entidade pública deve ter opinião sobre as perguntas que um jornalista faz numa entrevista”, tinha dito Aguiar-Branco na abertura da conferência promovida pela ERC.

Quanto à questão de se o Estado deve ou não apoiar o jornalismo, Luís Filipe Simões defendeu que “basta olhar para os casos da Global Media ou da TiN [Trust in News, dona da revista Visão] para percebermos que esta ideia da crise do jornalismo é tão antiga como a ideia de que o apoio político é perigoso por causa das ingerências“.

O presidente do Sindicato dos Jornalistas questionou depois se a interferência do poder económico não será “tão ou mais perigosa” que o da interferência política, uma vez que até existem mecanismos de verificação e quando existem os bons exemplos da Lusa e da RTP. “Parece-me que esse medo da interferência política não seja mais que uma desculpa“, apontou.

Também presente no debate, Cláudia Maia, presidente da Associação Portuguesa de Imprensa (APImprensa), foi perentória em concordar que deve haver apoio por parte do Estado à comunicação social.

Ao longo de muitos anos a sensação é de que a imprensa esteve ao abandono. Ao abandono de medidas e de uma visão estratégica, consolidada e sistemática de apoios para a comunicação social. Isto leva-nos à situação que temos hoje“, referiu Cláudia Maia, que apontou ainda para a existência de perdas de 42 milhões de euros para a imprensa devido à pirataria em Portugal. Apesar da necessidade de os órgãos de comunicação social se terem de adaptar aos novos hábitos de consumo, o papel ainda é o que paga as contas, uma vez que “os portugueses não estão dispostos para pagar por informação no digital”, refere.

Problemas graves na distribuição” ao nível dos pontos de venda, uma distribuição feita pelos CTT “extremamente deficiente” e um apoio do Estado que “é dos mais baixos da Europa sem se compreender muito bem porquê”, são outras das dificuldades sentidas pelo setor, segundo Cláudia Maia.

Licínia Girão, presidente da Comissão da Carteira Profissional de Jornalistas (CCPJ), concordou com a ideia de que é “essencial” apoiar o jornalismo, defendendo que só é possível garantir o direito de informar e de ser informado com um jornalismo credível, transparente e isento, o que só acontece se os profissionais tiverem condições para o exercerem. Isto é algo que não acontece em Portugal e que fica transparente pelas queixas dos jornalistas em pagar 70 euros de dois em dois anos na renovação do seu título profissional, argumentou. “Só por aqui podemos logo avaliar que realmente os salários [dos jornalistas] são baixos”, disse.

A comunicação social, assim como a educação, saúde, cinema e teatro, “são produtos que não podem ficar dependentes exclusivamente do mercado“. Esta ideia foi, por sua vez, sustentada por Joaquim Fidalgo, professor da Universidade do Minho.

O docente defendeu também que ainda não há consenso sobre a ideia de que “financiar a comunicação social é financiar o direito dos cidadãos a uma comunicação plural, diversa, rigorosa, independente”.

Ter informação de qualidade é um direito essencial dos cidadãos para exercício da sua cidadania. E a partir daí o Estado não se pode alhear. Quer por razões de fundo quer por razões estruturais de momento”, disse, adiantando que “praticamente” todos os países apoiam “de algum modo” os media nos seus países.

Aquilo que para nós é um tabu, lá fora é um dado adquirido“, afirmou, exemplificando com meios franceses como o Le Figaro (que recebeu 7,5 milhões de euros por parte do Estado num ano) ou o Le Monde (que recebeu seis milhões de euros). Mas “é evidente que é preciso haver escrutínio e transparência”, acrescentou, adiantando depois que basta pesquisar nos sites do Governo e do Ministério da Cultura franceses para lá encontrar “tudo”, desde quem recebeu, quanto, quando e porquê.

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i-charging, Bloq.it e Coverflex… estas são as tecnológicas portuguesas de crescimento mais rápido

Veronica Orvalho, da Didimo, foi distinguida na categoria “Women in Leadership” no "Technology Fast 50 Portugal", da Deloitte.

A i-charging, a Bloq.it e a Coverflex são as tecnológicas portuguesas de crescimento mais rápido, segundo o ranking “Technology Fast 50 Portugal”, da Deloitte. Na edição deste ano, as 50 empresas vencedoras alcançaram um volume de negócios agregado de 520 milhões de euros, representando uma média de 120 mil euros por colaborador e uma produtividade média por colaborador de 70 mil euros.

Entre as 50 tecnológicas de crescimento mais rápido, mais de metade (27) repetem presença face ao ranking do ano passado, liderado pela unicórnio Sword Health, com 23 novas entradas.

“O número [de repetições] parece-me normal. Temos que ver que são percentagens de crescimento muito elevadas. Temos entidades que multiplicam muito mais do que dez vezes o seu volume de negócios em apenas três anos e, portanto, é natural que essas entidades, durante alguns anos, permaneçam no ranking“, considera Pedro Brás da Silva, partner da Deloitte, em entrevista ao ECO, quando instado a comentar o ranking.

“Resulta da própria dinâmica e da forma como este ranking mede o crescimento. Essa fotografia permite dizer que as empresas que atingiram esse sucesso, estão com um crescimento muito forte e é normal que se prolongue para mais um, dois, três anos. Depois, quando ficam muito grandes, continuam a crescer a bons ritmos, mas como o ranking mede uma percentagem, é muito mais difícil para uma empresa com um volume de negócios de 50 milhões de euros, dois ou três anos depois faturar 200 ou mil milhões de euros. A multiplicação é possível nos primeiros anos”, continua o responsável.

Crescimento médio acima de 260%

Metade das 50 empresas registou um crescimento superior a 260% desde 2020. A i-charging, com um crescimento de 65.881%, lidera a tabela, seguindo-se a Bloq.it (+32.351%), com a Coverflex, a assinalar um crescimento de 10.534%, a fechar o top 50.

 

Este ano, as empresas vencedoras alcançaram um volume de negócios agregado de 520 milhões de euros — em 2020, o volume de negócios agregado destas empresas era de 150 milhões de euros —, representando uma média de 120 mil euros por colaborador e uma produtividade média por colaborador de 70 mil Euros. Mais de metade (65%) do volume de negócios resulta das exportações, reforçando o cariz global dos negócios distinguidos.

“O peso do setor tecnológico em Portugal em função do PIB ainda não está na média europeia e há áreas que podem ser trabalhadas para que cada vez tenhamos empresas tecnológicas mais fortes”, afirma o Pedro Brás da Silva, em entrevista ao ECO.

Mas mostra-se otimista com a evolução. “Das 55 empresas distinguidas no ranking, 36% têm na sua equipa fundadora pessoas que fizeram investigação e 18% das empresas têm doutorados na sua equipa fundadora. O que já é um dado interessante e que mostra que esse caminho está a ser percorrido”, destaca o partner da Deloitte.

Lisboa acolhe a maioria

No que respeita à localização das empresas vencedoras, a maioria das empresas concentra-se em Lisboa (21) e no Norte, com Porto (19), Braga (4) e Aveiro (1), sendo Castelo Branco (2) o único distrito do interior representado.

As empresas do ranking têm, em média, 11 anos de atividade, havendo 31 empresas com 10 anos ou menos, sendo as mais novas as três primeiras colocadas na tabela, todas com cinco anos, detalha a consultora.

Veronica Orvalho vence em “Women in Leadership”

Além das 50 empresas do ranking, foram ainda distinguidas cinco empresas em diversas categorias.

A PeekMed, Promptly e Rauva venceram na categoria “Rising Stars”, avaliada em parceria com a Startup Portugal.

A Critical Manufacturing destaca-se na categoria “Market Catalyst Award”, enquanto a Portugal Ventures, sociedade de capital de risco do Banco Português de Fomento, venceu a categoria “Venture ChampionAward”; a Miles in the Sky venceu a categoria “Impact Award”.

Veronica Orvalho, fundadora da Didimo, foi distinguida na categoria “Women in Leadership”. No ano passado esse reconhecimento foi atribuído à Daniela Braga.

(artigo atualizado com empresas que repetem presença no ranking)

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Francisco Jalles Meneses é o novo diretor-geral do Uber Eats

A escolha da plataforma de entregas para a liderança no mercado nacional recaiu numa solução interna para fechar o cargo em aberto desde abril.

Francisco Jalles Meneses é o novo diretor-geral do Uber Eats em Portugal

Francisco Jalles Meneses é o novo diretor-geral do Uber Eats em Portugal, confirmou o ECO junto da empresa. A escolha da plataforma de entregas para a liderança no mercado nacional recaiu numa escolha interna para preencher o cargo, em aberto desde abril com a saída de Diogo Aires Conceição.

“É com grande entusiasmo que assumo este desafio em Portugal. Nos últimos cinco anos tive a oportunidade única de contribuir para o crescimento do Uber Eats, a aplicação líder de entregas no nosso país, que hoje entrega muito mais do que refeições e veio revolucionar a vida dos Portugueses. É um privilégio agora liderar esta equipa fantástica, com tanto talento e uma cultura ímpar. Juntos continuaremos empenhados em inovar e oferecer soluções que melhorem a vida de todos os nossos utilizadores, parceiros e colaboradores”, afirma Francisco Jalles Meneses.

Formado em Engenharia Civil, com um mestrado em Business Administration (MBA), Francisco Jalles Meneses está desde 2019 ligado ao Uber Eats tendo assumido diversas funções, incluindo Territory Lead, Head of Enterprise e, mais recentemente, Head of Grocery & Retail, onde foi responsável pelo crescimento de novos verticais como o serviço de entregas de supermercados e mercearias, produtos de beleza e saúde, bens eletrónicos, entre outros.

Agora, enquanto diretor-geral do Uber Eats Portugal, o profissional será responsável por liderar a estratégia e as operações da plataforma com foco na inovação e na expansão da plataforma em território nacional, precisa a empresa.

TESE – Associação para o Desenvolvimento, Quidgest (onde liderou a filial de Macau) e Nos são algumas das empresas que fazem parte do seu percurso profissional.

Substitui no cargo Diogo Aires Conceição, antigo diretor-geral do Uber Eats Portugal e Itália, que em abril saiu da empresa à qual estava ligado há seis anos para assumir a liderança da Upway, startup que atua na área de bicicletas elétricas recondicionadas, em Berlim.

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Reporte de KPIs e gestão do negócio após a implementação da IFRS 17&9

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  • 3 Dezembro 2024

O ano de 2024 marcou o início do reporte segundo a nova norma de relato contabilístico, a IFRS 17. Filipa Ventura, Senior Manager EY, indica os principais desafios desta mudança.

Na passada quarta-feira, dia 27 de novembro, a EY organizou um Executive Breakfast nos seus escritórios de Lisboa, onde partilhámos a nossa visão sobre as áreas de foco para o setor segurador após a entrada em vigor da IFRS 17 e apresentámos o EY Dashboard KPIs IFRS17&9, desenvolvido internamente. O evento contou com a participação de representantes de 12 companhias seguradoras a operar no mercado nacional.

Filipa Ventura, Senior Manager EY, Risk & Actuarial, Consulting Financial Services

O Dashboard toma por base a informação publicada sobre o encerramento do exercício de 31.12.2023 e comparativo com 31.12.2022 e permite a monitorização ágil e dinâmica de indicadores de desempenho e comparabilidade com o mercado, apoiando a tomada de decisão sobre a evolução do negócio.

Neste evento destacámos as seguintes áreas de foco e principais desafios no pós IFRS 17 para as áreas atuariais e financeiras:

  • Otimização de fechos

Neste âmbito enquadram-se atividades relacionadas com a melhoria dos processos de gestão de custos e pricing, otimização dos processos atuariais para antecipação da obtenção de dados necessários ao cálculo das provisões, a redução do número de lançamentos manuais, a redução dos timings do processo de fecho e a otimização contínua da comunicação entre as áreas atuariais e financeiras.

  • Controlo interno e otimização de processos

Um survey da EY realizado a várias Empresas de Seguros internacionais durante o ano de 2023 revelou que 65% dos executivos financeiros entende que estandardização dos processos e controlos será uma prioridade significativa para a função Financeira do futuro, e 58% revelou que a combinação entre tecnologia de ponta e a melhoria de processos e automatização de controlos será o foco.

  • Planeamento financeiro

A introdução da norma IFRS 17 veio obrigar as Empresas de Seguros a realizar um conjunto alargado de alterações nos respetivos processos internos, entre eles o planeamento financeiro. Como forma de acelerar esta adaptação identificamos a aposta em soluções flexíveis, e que se adaptem à arquitetura existente para IFRS17, a redução da dependência dos modelos atuariais (embora mantendo a aposta em soluções que sejam capazes de lidar com elevado volume de dados) e o desenvolvimento de métodos de análise de cenários que não dependam de corridas de modelos atuariais.

  • Reporte de KPIs e gestão do negócio

A IFRS 17 introduziu largas mudanças na forma como as Empresas de Seguros passaram a reconhecer e mensurar os contratos de seguro, e a divulgar a sua informação financeira. Há um conjunto alargado de novas métricas e indicadores que é necessário compreender, interpretar e monitorizar de forma a assegurar uma gestão eficaz e informada do negócio por parte dos órgãos de gestão das Empresas de Seguros.

Reporte de KPIs e gestão do negócio – interpretar novas métricas e indicadores

A análise da evolução do negócio à luz de novos indicadores de desempenho continua a ser um desafio para muitas Administrações de Empresas de Seguros, existindo ainda um caminho a percorrer no sentido de otimizar os relatórios à gestão e melhorar o entendimento sobre os resultados obtidos ao abrigo do novo enquadramento normativo.

Quando inquiridos sobre o estado de desenvolvimento da elaboração de dashboards de KPIs e informação à gestão, 19% dos participantes no evento informaram estar ainda num estado baixo, 57 % num estádio de desenvolvimento médio e 24 % num estado mais avançado.

O Dashboard desenvolvido internamente pela EY procura dar resposta a este desafio, tratando-se de um acelerador para a gestão e monitorização do desempenho do negócio. Este Dashboard permite a análise detalhada da evolução e composição do Balanço e P&L, bem como a monitorização de um conjunto de mais de 25 KPIs IFRS 17 e 9, incluindo métricas de resultados, capital, lucro, despesas e performance técnica e financeira dos contratos. Na sua versão base, a análise pode ser feita para diferentes períodos, tipos de negócio, para o mercado ou por empresa de seguros, podendo ser customizável e escalável para adaptar-se ao modelo de dados e necessidades especificas de determinada empresa.

Num survey realizado a nível internacional pela EY a várias Empresas de Seguros, foram identificados como KPIs mais relevantes para Empresas de Seguros Vida no pós IFRS 17 o resultado operacional, a CSM do novo negócio e o retorno sobre o capital próprio. O resultado operacional foi também identificado pelas empresas consultadas como um dos principais indicadores de desempenho para Empresas de Seguros Não Vida, acompanhado pelo rácio combinado e pelos prémios brutos emitidos.

O desempenho do mercado segurador internacional após a implementação da IFRS 17 continua a ser alvo de análise nas publicações internacionais da EY. A mais recente publicação pode ser consultada aqui, e inclui a análise de um conjunto de KPIs com base na informação financeira publicada com referência a 30.06.2024.

O investimento levado a cabo pelas Empresas de Seguros na implementação da IFRS 17 foi elevado, mas certo é que a IFRS 17 não se pode cingir à adoção e cumprimento do normativo. É prioritário identificar as principais métricas de performance para definir uma adequada estratégia futura de negócio, que crie valor para as empresas. Acreditamos que com o acelerador que desenvolvemos na EY podemos ajudar a antecipar o posicionamento futuro das empresas de seguros no setor e a ficar na linha da frente.

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EUA anunciam fundo de 229.000 dólares para reabilitação do Museu da Escravatura em Luanda

  • Lusa
  • 3 Dezembro 2024

"Os Estados Unidos apoiam a candidatura de Angola do Corredor do Kwanza à lista de Património Mundial da UNESCO", anunciaram os EUA, durante a visita oficial de Biden a Angola.

O Governo norte-americano anunciou esta terça-feira um fundo de 229.000 dólares para reabilitação do Museu da Escravatura, em Luanda, e o seu apoio à candidatura do corredor do Kwanza, rota por onde passaram milhões de escravos, a Património Mundial. Os anúncios foram feitos por ocasião da visita de Joe Biden a Angola, a primeira de um Presidente norte-americano a este país e a primeira a um país da África subsaariana desde 2015.

Joe Biden que cumpre um programa de 72 horas dividido entre a capital angolana e a segunda cidade do país, Benguela, discursa no Museu Nacional da Escravatura, onde deverá evocar esta herança trágica do passado histórico de dois países ligados pelo comércio transatlântico de pessoas escravizadas.

Em 1619, um navio que transportava africanos escravizados capturados em Angola e obrigados a marchar através de uma rota conhecida como Corredor do Kwanza desembarcou em Hampton, Virgínia, estimando-se que existam atualmente cerca de 12 milhões de americanos de ascendência angolana.

Os Estados Unidos apoiam a candidatura de Angola do Corredor do Kwanza à lista de Património Mundial da UNESCO, como forma de olhar para o futuro, de restabelecer laços culturais e de celebrar a riqueza e a beleza de Angola”, refere-se numa nota do Governo norte-americano enviada à Lusa, em que anuncia uma subvenção de 229.000 dólares (218 mil euros) para apoiar o restauro e a conservação da Residência Álvaro de Carvalho Matoso, de 1786, edifício que alberga o Museu Nacional da Escravatura.

Fundado em 1977, o museu “oferece uma programação que promove uma mensagem de harmonia, humanismo e respeito pelos direitos humanos” e os fundos serão utilizados para o restauro das galerias exteriores e interiores do edifício, segundo o Governo norte-americano. Biden e o seu homólogo João Lourenço reuniram-se hoje de manhã no Palácio Presidencial onde abordaram questões relativas ao comércio, investimento e infraestrutura, segurança e estabilidade regional e aprofundamento da cooperação entre os dois países.

Na quarta-feira, o chefe de Estado norte-americano viaja para o Lobito para participar numa cimeira sobre investimentos multilaterais para acelerar o desenvolvimento do Corredor do Lobito, juntamente com os Presidentes de Angola, República Democrática do Congo, Tanzânia e Zâmbia.

Angola é o quarto maior parceiro comercial dos Estados Unidos na África subsaariana, com as trocas comerciais a ascenderem a 1,77 mil milhões de dólares em 2023 (1,68 mil milhões de euros).

Os dois países estabeleceram, em novembro deste ano, um memorando de entendimento relativo à Parceria de Investimento e Comércio EUA-Angola e o departamento de comércio norte-americano está a promover uma missão comercial para os portos e ferrovias da África Subsaariana, em 2025, em Angola e África do Sul, para apresentar às companhias norte-americanas o potencial destes setores nos mercados africanos.

Os EUA promoveram também uma missão ligada ao agronegócio, em fevereiro deste ano, durante o qual foram realizados 140 encontros entre empresários, com os participantes norte-americanos a preverem um aumento de 13,3 milhões nas vendas dos próximos 12 meses. EUA e Angola assinaram também acordos para facilitar as ligações aéreas e o comércio bilateral, através da iniciativa África Próspera, no âmbito da qual foram realizados negócios no valor de 6,9 mil milhões de dólares desde 2021.

Desde 2022, o Exim Bank, entidade norte-americana de apoio às exportações financiou projetos em Angola no valor de 2,9 mil milhões em projetos de energias renováveis, infraestruturas e telecomunicações. Segundo a informação do Governo norte-americano à Lusa, este mês, a agência norte-americana para o Desenvolvimento Internacional (USAID, na sigla inglesa) vai canalizar mais 650 mil dólares para assistência técnica para apoiar o Ministério das Finanças na gestão de riscos financeiros e de dívida.

Nos últimos quatro anos, o Departamento do Tesouro “tem apoiado os esforços de Angola para reduzir as vulnerabilidades face à divida através de assistência técnica”, o que permitiu ao Governo angolano reperfilar a dívida interna e baixar as taxas de juro, segundo a nota enviada à Lusa.

O documento refere também a cooperação no domínio da defesa, estando prevista a realização de um novo encontro do Comité Misto Anglo-Americano de Cooperação para a Defesa (DEFCOM), em Luanda, em 2025, depois da primeira reunião, em junho de 2024 no Pentágono.

Desde 2020, os Estados Unidos gastaram mais de 17 milhões de dólares (16 milhões de euros) com a formação de militares angolanos, tendo aumentado no ano passado a assistência anual de 500 mil para 600 mil dólares (476 mil para 571 mil euros) e vão fornecer aos fuzileiros navais angolanos oito embarcações, as últimas das quais serão entregues em 2025.

Os EUA têm financiado também programas de ajuda humanitária, desenvolvimento de estratégias de cibersegurança, combate ao branqueamento de capitais e crimes de terrorismo, assistência a refugiados e requerentes de asilo, pesquisa oceanográfica, combate ao HIV/SIDA e malária, etc.

Segundo o Governo norte-americano, a USAID disponibilizou quase 415 milhões de dólares (395 milhões de euros) para tratar e prevenir a doença e formou mais de 12 mil trabalhadores, o que permitiu um decréscimo de 29 por cento nas mortes por malária em 2023 nas províncias abrangidas pela iniciativa PMI em comparação com os níveis de 2020.

O departamento de Estado mostra-se igualmente disponível para continuar a financiar a promoção dos direitos humanos, de acordo com a disponibilidade dos fundos e a fornecer bolsas a estudantes angolanos, bem como outros apoios na área da Educação. A visita, inicialmente prevista para outubro, acontece cerca de um ano depois de Biden ter recebido João Lourenço em Washington.

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PER bate recordes em França. Lei indústria verde traz otimismo

  • ECO Seguros
  • 3 Dezembro 2024

A instabilidade política e económica está a acelerar a subscrição de seguros PER e abrem-se novas possibilidades de investimento de ativos com a nova Lei 'Indústria Verde', em vigor desde novembro.

Após o recorde em setembro, as contribuições para seguros de vida em França voltaram a atingir um novo pico em outubro, registando um aumento de 5% em relação ao ano anterior, mais 700 milhões de euros em relação a outubro de 2023, revelou a France Assureurs, federação que reúne 254 seguradoras, mútuas e sucursais de companhias estrangeiras representando 99% do mercado francês.

Segundo a federação, as contribuições para seguros de vida atingiram novamente um nível recorde de 15 mil milhões de euros para um mês de outubro, somando com uma coleta líquida (recebimentos deduzidos de pagamentos) de 2,9 mil milhões de euros, alcançando esse patamar pela primeira vez em 15 anos em um mês de outubro.

Desde o início do ano, a coleta líquida totalizou 24,2 mil milhões de euros, tendo as as contribuições em suporte em euros cresceram 11%, enquanto as em unit-linked tiveram recuo de 3%. A participação na produção de produtos unit-linked é de 38% no acumulado do ano.

PER securitário continua a crescer

O Plan d’Épargne Retraite Assurantiel (PER securitário), lançado em 2019 continua a ganhar adeptos em França com uma coleta líquida a aumentar 18% em relação ao mesmo mês do ano anterior, alcançando mais 954 milhões de euros.

Em outubro de 2024, as contribuições para o PER securitário cresceram 24% em relação ao mesmo mês do ano anterior, arrecadando mais 1.195 milhões de euros com 90.100 novos segurados. Desde o início do ano, a coleta líquida acumulou 6.097 milhões de euros. No final de outubro de 2024, o PER contava com 6,6 milhões de segurados e um total de 88,2 mil milhões de euros em ativos, dos quais 44% correspondem a unidades de conta.

O PER securitário tem atraído cada vez mais investidores na França devido à sua flexibilidade, benefícios fiscais e maior simplicidade sendo comercializados exclusivamente por seguradoras, o que o diferencia de outros tipos de PER, que também são oferecidos por bancos ou gestoras de ativos.

Está focado na reforma e oferece vantagens fiscais, entre estas está a possibilidade de deduzir até 10% do rendimento coletável até ao limite de 35 mil euros por ano em IR (o IRS francês). Os fundos podem ser retirados para reforma através de uma renda vitalícia ou capital único, sendo possível em casos excecionais, como aquisição da primeira residência principal, aceder aos recursos antes da reforma.

Lei Indústria Verde promete maior apetite por PPR

O total de ativos de seguros de vida atingiu 1.975 mil milhões de euros no final de outubro de 2024, um aumento de 5,7% em relação ao ano anterior. “A Lei ‘Indústria Verde’, em vigor desde o mês passado, facilitará o acesso a ativos não cotados em seguros de vida e no PER, reforçando a atratividade desses produtos para investidores e seu papel no financiamento das empresas”, comentou Paul Esmein, diretor-geral da France Assureurs.

Em França, os investimentos em ativos dos fundos dos seguros de vida estão fortemente concentradas em empresas e títulos, com uma parte significativa direcionada para ações, obrigações e imobiliário. De acordo com dados recentes, divulgados pela France Assureurs, aproximadamente 63,8% dos ativos são investidos em títulos de empresas, sendo 23,3% em ações, 35,3% em obrigações e 5,2% em imobiliário. As obrigações soberanas representam cerca de 23,5% dos investimentos dos seguros de vida​.

No caso das unit-linked (UC) 83,2% dos investimentos são alocados em títulos de empresas, com a maior parte em ações (54,5%), seguida por obrigações (22,6%) e imobiliário (6,1%).

Paul Esmein conclui que “o mês de outubro de 2024 permitiu ao mercado francês de seguros de vida alcançar níveis históricos, demonstrando mais uma vez o compromisso dos franceses com este produto”.

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TAP lança rotas entre Lisboa e Los Angeles e do Porto para Boston

  • Lusa
  • 3 Dezembro 2024

Os voos entre Lisboa e Los Angeles arrancam a 16 de maio de 2025 e irão operar às terças, sextas e domingos. Os voos entre Porto e Boston têm início a 14 de maio.

A TAP anunciou esta terça-feira duas novas rotas diretas para os EUA, entre Lisboa e Los Angeles e entre o Porto e Boston, a partir de maio do próximo ano, segundo um comunicado divulgado pela transportadora.

A transportadora indicou que “os voos entre Lisboa e Los Angeles arrancam a 16 de maio de 2025 e irão operar às terças, sextas e domingos até 26 de maio, data a partir da qual é adicionada uma quarta frequência semanal aos sábados e até 25 de outubro”, referiu, sendo que “o voo tem uma duração de 11 horas e 20 minutos”.

Esta rota será operada com “aeronaves Airbus A330-900, com capacidade para 298 passageiros”, destacou. Por sua vez, “os voos entre o Porto e Boston têm início a 14 de maio do próximo ano e são realizados às segundas, quartas, sábados e domingos até ao dia 25 de outubro”, destacou, e terão duração de “6 horas e 35 minutos”, destacou.

A rota irá ser servida por Airbus A321-Long Range, com capacidade para 168 passageiros, disse a empresa. A TAP anunciou ainda que, “a partir de 03 de junho de 2025, um dos voos semanais da TAP entre Lisboa e São Francisco, à terça-feira, passa a fazer uma escala na Terceira, permitindo assim uma nova oferta da companhia, um voo direto entre a ilha dos Açores e a Califórnia, de forma a servir a numerosa comunidade açoriana ali residente”.

Neste momento, a companhia aérea voa de Lisboa para sete aeroportos dos EUA: Nova Iorque, Newark, Boston, Miami, Washington DC, São Francisco e Chicago. Do Porto voa para Newark.

 

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“Sem cumprir desígnio”, Banco de Fomento falha preços atrativos para as empresas

Empresários e concorrência bancária criticam as condições de financiamento oferecidas pelo Banco de Fomento às empresas. Administrador do Novobanco pede que se deixe de "demonizar" os lucros no setor.

Criado para atuar em áreas em que há falhas de mercado por parte da banca comercial, o Banco Português de Fomento (BPF) “até à data não conseguiu cumprir esse desígnio”. “Gostaríamos de encontrar um parceiro no apoio ao investimento precisamente em áreas em que a banca comercial precisa de outras condições. Devia lançar produtos de forma mais consistente e é evidente que as condições de preço do BPF não são atrativas para as empresas. Tem de ter uma melhoria evidente nos processos”, diagnosticou Luís Ribeiro, administrador executivo do Novobanco, na 7º Edição da conferência Fábrica 2030, organizada pelo ECO.

Enquanto se aguarda a aceitação do fit and proper da nova administração do BPF por parte do Banco de Portugal, o administrador do Novobanco sublinhou, no entanto, que “qualquer linha de garantia mútua ou de apoio no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) não deve servir para apoiar investimentos que não são rentáveis e que não criam valor”. “O BPF deve ter o seu papel. Felizmente, temos uma excelente banca comercial”, salientou Luís Ribeiro.

Luís Ribeiro, board member do Novobanco

Durante a 7.ª edição da Fábrica 2030, uma conferência organizada pelo ECO na Alfândega do Porto, José Teixeira, CEO da gigante têxtil Riopele, sediada em Vila Nova de Famalicão e que lidera o Projeto Lusitano no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência, atestou que “qualquer banco oferece melhor condições do que o Banco de Fomento, quando [estão em causa] empresas com rácios saudáveis”.

“Aquilo que as empresas têm de pagar ao Banco de Fomento é mais duas ou três vezes de diferença [face à banca comercial]. Isto com uma maturidade a oito anos é inviabilizar qualquer contrato que se queira fazer, a não ser que a empresa não tenha outra alternativa”, realça o gestor. Ora, quem acaba por recorrer a estas linhas de financiamento são “startups que não têm acesso a outras fontes de financiamento” ou, em alternativa, “empresas que estão mal”.

Tendemos a demonizar os lucros dos bancos, mas sem bancos rentáveis não há investidores disponíveis para dar crédito. Haja bons projetos, que há boa capacidade para os financiar.

Luís Ribeiro

Administrador do Novobanco

Por outro lado, numa fase em que o Novobanco “anda em roadshow permanente, em contacto com investidores internacionais”, Luís Ribeiro assegurou que “Portugal é hoje olhado de forma positiva” e que “esse é um aspeto que influencia o custo do financiamento às empresas portuguesas”. “Os mercados externos têm uma visão muito mais positiva da economia portuguesa do que aquela que temos nós próprios”, acrescentou o administrador do banco.

Lembrando que “sem bancos fortes também não vamos ter capacidade de dar crédito e apoiar os investimentos” no país, Luís Ribeiro salientou que a banca portuguesa “compara muito bem” com as concorrentes de outros países no que toca aos indicadores de solvabilidade, em termos de eficiência entre custos e receitas e em termos de rentabilidade. “Tendemos a demonizar os lucros dos bancos, mas sem bancos rentáveis não há investidores disponíveis para dar crédito. Haja bons projetos, que há boa capacidade para os financiar”, atestou o administrador do Novobanco.

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Barnier avisa que moção de censura tornará tudo mais difícil

  • Lusa
  • 3 Dezembro 2024

O primeiro-ministro francês alertou ainda que a dívida francesa "é mais grave" e "todos terão de a pagar um dia".

O primeiro-ministro francês, Michel Barnier, advertiu esta terça-feira que uma moção de censura ao governo “tornará tudo mais difícil e mais grave”, na véspera da votação das iniciativas da esquerda e da extrema-direita que poderá derrubar o executivo.

“Há uma coisa de que tenho a certeza, e quero que se lembrem do que vos estou a dizer hoje, é que a censura, que é o tema do debate de amanhã [quarta-feira], tornará tudo mais difícil e mais grave”, disse Michel Barnier (centro-direita), durante o período de perguntas ao Governo na Assembleia Nacional francesa.

O chefe do executivo, em funções há três meses, acrescentou que “a situação é difícil em termos do plano orçamental e do plano financeiro” e “muito difícil no plano económico e social”. O primeiro-ministro francês insistiu ainda que “todos sabem que a situação é difícil”, alertando ainda que a dívida francesa “é mais grave” e “todos terão de a pagar um dia”.

Mais tarde, durante uma entrevista televisiva em direto de Matignon, Barnier disse que é “possível que haja um reflexo de responsabilidade” dos deputados para evitar derrubar o seu Governo. “Depende dos deputados, cada um dos quais tem uma responsabilidade perante o povo francês”, acrescentou.

O chefe do executivo advertiu que “os interesses do país estão em jogo”, admitindo uma “situação frágil e efémera” do seu governo minoritário. Sem o suporte necessário na Assembleia Nacional francesa, Barnier aprovou na segunda-feira o orçamento da Segurança Social através do artigo 49.3, que permite a aprovação sem votação, o que originou as duas moções de censura por parte da oposição.

Para que o país recupere a estabilidade política, talvez seja necessário “que [o Governo] continue”, disse o primeiro-ministro de centro-direita e antigo comissário europeu, apelando ao “respeito entre a classe política”.

Não houve qualquer falha” nas negociações com as diferentes forças políticas, a extrema-direita União Nacional (RN) e a coligação de esquerda Nova Frente Popular (NFP), para a elaboração do orçamento de 2025, garantiu. A moção de censura “não é um voto a favor ou contra Barnier”, referiu, defendendo que “é um voto sobre um texto”, neste caso sobre o orçamento da Segurança Social, um projeto de lei para 2025 que “foi objeto de semanas e semanas de trabalho”.

“Os dourados que nos rodeiam, os veículos oficiais, os dourados da República, não me interessam, não é isso que está em causa, não sou eu que estou em causa. O que está a acontecer agora transcende-me”, afirmou. Os franceses “sentem que não deve haver caos” e “quase 18 milhões de franceses verão o seu imposto sobre o rendimento aumentar” se o projeto de lei for censurado, acrescentou.

“Não é por prazer que estou a apresentar um orçamento tão difícil”, sublinhou. Nomeado a 5 de setembro pelo Presidente francês, Emmanuel Macron, o primeiro-ministro de 73 anos, reconheceu que a situação é “sem precedentes” nos últimos 60 anos, devido à fragmentação da Assembleia Nacional (esquerda, centro-direita e extrema-direita).

“Quando cheguei aqui [ao gabinete no Matignon], há três meses, sabia que podia sair na manhã seguinte, porque é uma questão política muito complicada”, disse Barnier, acrescentando que “o momento é grave, é difícil, mas o desafio não é impossível”. Sobre a sua relação com Emmanuel Macron, com quem fala “todos os dias”, o chefe de Governo discordou dos apelos da oposição à demissão do Presidente francês, que “foi escolhido [em 2022] para servir” durante mais cinco anos.

Barnier, que no caso de ser derrubado pela Assembleia Nacional será o primeiro-ministro mais breve da V República desde 1958, afirmou que continuou a querer ouvir as propostas dos deputados para um “orçamento [do Estado] que não é perfeito”.

“Sempre disse que este texto podia ser melhorado, que o era, que não era definitivo e que o melhorámos. Ouvimos todos e fizemos progressos em muitos pontos”, afirmou o primeiro-ministro francês, apelando por “um pequeno esforço a todos”.

O Presidente francês afirmou esta terça que “não pode acreditar num voto de censura” do Governo, acrescentando que tem “confiança na coerência das pessoas” e que a sua prioridade é a estabilidade.

Na quarta-feira, a Assembleia Nacional vai debater e votar as moções de censura apresentadas pela NFP e pelo RN contra o Governo Barnier, que tem todas as hipóteses de ser aprovada, com a votação necessária de 288 deputados, ao alcance de uma aliança de circunstância entre a esquerda e a extrema-direita.

(Notícia atualizada às 21h05 com novas declarações de Barnier)

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