Produção de energia eólica no país atinge novo máximo histórico. Tempestade Martinho impulsiona

  • Lusa
  • 20 Março 2025

A produção eólica registada na quarta-feira abasteceu 56% do consumo de eletricidade que se verificou no país.

A produção de energia eólica atingiu novos máximos históricos na quarta-feira, alcançando os 112,4 gigawatts-hora (GWh), com a depressão Martinho a permitir uma nova potência eólica máxima de 5.080 megawatts (MW), informou a REN.

Na quarta-feira, “a produção total diária atingiu os 112,4 GWh, batendo os 110,3 GWh registados a 24 de novembro de 2024“, adiantou a REN — Redes Energéticas Nacionais, em comunicado, avançando também que “a depressão Martinho permitiu ainda uma nova potência eólica máxima de 5.080 MW, às 12:15, ultrapassando os 5.034 MW obtidos às 13:45 de 29 de fevereiro de 2024”.

Segundo a REN, a produção eólica registada na quarta-feira abasteceu 56% do consumo de eletricidade que se verificou no país. Já a totalidade da produção renovável foi responsável pelo abastecimento de 92% das necessidades de energia elétrica.

Desde o início do ano, a produção renovável representa 79% do consumo nacional repartida pela hídrica com 39%, a eólica com 28%, a solar com 7% e a biomassa com 5%.

 

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Liberais dividem-se. Tribunal Constitucional aceita novo partido

Está criado o Partido Liberal Social pela mão de José Cardoso, ex-militante da IL. A nova força partidária deverá fazer parte dos boletins de voto nas eleições legislativas antecipadas de 18 de maio.

Há uma cisão oficial dos liberais. O Tribunal Constitucional aceitou, na semana passada, a criação do novo Partido Liberal Social (PLS) pela mão de João Cardoso, que saiu da Iniciativa Liberal (IL) há mais de um ano depois de ter perdido a corrida à liderança da IL contra Rui Rocha e Carla Castro, na convenção de janeiro de 2023.

“Fomos, dia 11 de março 2025, aceites como Partido Político em Portugal”, lê-se num comunicado publicado página oficial do PLS. A aprovação acontece no dia em que o Parlamento chumbou a moção de confiança que ditou a queda do Governo e a convocação de eleições antecipadas.

A criação do PLS já tinha sido recusada duas vezes pelo Tribunal Constitucional (TC) por falta de assinaturas válidas. Agora, a cerca de dois meses das eleições legislativas antecipadas de 18 de maio, a formação do partido foi aprovada, avança a SIC Notícias e o Público.

O PLS torna-se agora na 24.ª força partidária no ordenamento político nacional e deverá constar já nos boletins de votos das eleições de maio.

Em setembro, quando iniciou o processo de legalização do partido, José Cardoso garantiu que o PLS visa responder ao que considera ser a ausência de um partido defensor do liberalismo social no cenário político português, afirmando que não se posiciona “nem à esquerda nem à direita” porque tal caracterização está “fora de moda”.

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Mau tempo. Cerca de 18 mil clientes continuavam sem eletricidade às 14:00

  • Lusa
  • 20 Março 2025

Os distritos de Leiria e de Coimbra são os mais afetados. A situação pior ocorreu pela 01:00, quando 185 mil clientes ficaram sem luz devido aos estragos na rede elétrica.

Cerca de 18 mil clientes fornecidos pela E-Redes – Distribuição de Eletricidade continuavam às 14:00 sem energia devido aos efeitos do mau tempo, sobretudo nos distritos de Leiria e Coimbra, revelou esta quinta-feira a empresa.

Segundo a distribuidora elétrica, a situação pior ocorreu pela 01:00, quando 185 mil clientes ficaram sem luz devido aos estragos na rede elétrica, mas o número de instalações afetadas tem vindo progressivamente a ser reduzido e, pelas 14:00, eram 18 mil os clientes que continuavam sem energia. Os distritos de Leiria e de Coimbra eram os mais afetados nessa altura.

A E-Redes está a utilizar cerca 40 geradores para “minimizar o impacto imediato associado a avarias com reparações mais demoradas”.

Na sequência das previsões de mau tempo, a empresa assegurou que ativou o seu Plano Operacional de Atuação em Crise na quarta-feira, colocando “todo o dispositivo operacional dedicado ao estado de alerta em vigor, em estreita articulação com a Proteção Civil e demais autoridades”.

No terreno estão mobilizados 800 operacionais, acrescentou. A passagem da depressão Martinho em Portugal continental, com vento, chuva e agitação marítima, provocou um total de 5.800 ocorrências entre as 00:00 de quarta-feira e as 11:00 desta quinta, sobretudo queda de árvores, revelou a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).

A maior incidência da depressão foi na área da Grande Lisboa (35%), seguindo-se Setúbal, Porto e Coimbra, provocando 15 pessoas desalojadas e 13 deslocadas.

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+M

Dazn vai transmitir primeira liga profissional de râguebi feminino dos EUA

  • + M
  • 20 Março 2025

Os fãs podem assim assistir gratuitamente e em exclusivo na Dazn a todos os jogos da Women’s Elite Rugby, em direto e on demand.

A Dazn apostou na transmissão global da Women’s Elite Rugby (WER), a primeira liga profissional de râguebi feminino nos Estados Unidos.

Os fãs podem assim assistir gratuitamente e em exclusivo na Dazn a todos os jogos da Women’s Elite Rugby, em direto e on demand. A temporada inaugural arranca este sábado, dia 22 de março, e estende-se até 29 de junho, num total de 30 jogos da fase regular que culminam numa grande final. A disputar o título estão seis equipas de diferentes regiões dos EUA: Bay Breakers, Boston Banshees, Chicago Tempest, Denver Onyx, New York Exiles e Twin Cities Gemini.

Além disso, a Dazn vai transmitir um “novo programa semanal de magazine”, disponível em exclusivo na sua plataforma online, com os melhores momentos de cada jogo. Tanto a Dazn como a WER estão “empenhadas no crescimento da competição através de esforços conjuntos de comunicação e marketing“, refere-se em nota de imprensa.

“A parceria da Dazn com a Women’s Elite Rugby significa que os fãs de todo o mundo que desejam acompanhar a temporada inaugural desta competição emocionante podem fazê-lo gratuitamente, juntamente com outros conteúdos premium de desporto feminino. A Dazn está comprometida com o crescimento da visibilidade e popularidade do râguebi feminino, depois de já ter estabelecido um padrão elevado no entretenimento desportivo e na transmissão global do futebol feminino“, diz Esmeralda Negron, co-CEO do Women’s Sports na DAZN, citada em comunicado.

Já Jessica Hammond-Graf, presidente da Women’s Elite Rugby, refere que a colaboração representa um “marco importante” para a Women’s Elite Rugby. “Com o alcance global da Dazn, estamos ansiosos por levar o râguebi feminino de elite a uma audiência mundial e conquistar novos adeptos para a modalidade“, acrescenta.

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Brisa notifica Autoridade da Concorrência da compra da Via Verde

  • Lusa
  • 20 Março 2025

A Brisa já tinha anunciado que tinha chegado a acordo com o grupo Ascendi para a compra dos 25% que detém na Via Verde, passando a deter a totalidade do capital social da empresa.

A Brisa notificou a Autoridade da Concorrência (AdC) da compra dos 25% que o grupo Ascendi detém na Via Verde, tendo em vista deter a totalidade do capital da empresa.

A operação de concentração consiste na aquisição pela Brisa – Auto Estradas de Portugal, S.A. (“Brisa”) do controlo exclusivo da Via Verde Portugal – Gestão de Sistemas Electrónicos de Cobrança, S.A. (“Via Verde”)”, segundo conta na ficha do processo publicada hoje no site do regulador da Concorrência.

Na terça-feira, a Brisa tinha anunciado, em comunicado, que tinha chegado a acordo com o grupo Ascendi para a compra dos 25% que detém na Via Verde, passando a deter a totalidade do capital social da empresa, sublinhando que a operação está sujeita à aprovação da AdC e do Banco de Portugal.

A Brisa já tinha comprado a participação da SIBS na sociedade, em 2021, ficando-lhe apenas a faltar a posição da Ascendi para controlar a Via Verde na totalidade. O capital da Ascendi é controlado pela Ardian, uma sociedade independente de investimento privado sediada em França e que gere ativos na Europa, América do Norte e Ásia, lembrou a Brisa.

No aviso publicado esta quinta, a AdC dá conta de que a notificação foi recebida em 13 de janeiro e que “as observações” devem ser remetidas ao regulador”, no prazo de 10 dias úteis contados da publicação do presente aviso.

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Hospitais privados querem revisão dos valores pagos pelo SNS para cirurgia

  • Lusa
  • 20 Março 2025

Óscar Gaspar indica que a tabela em vigor tem oito anos e "a situação do país e a situação da estrutura de funcionamento dos hospitais não tem nada a ver com aquilo que era em 2017".

O presidente da Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP) defendeu esta quinta-feira a revisão dos valores pagos pelo SNS aos hospitais privados para ajudar a reduzir a lista de espera cirúrgica, salientando que a tabela em vigor é de 2017.

“Hoje estamos em 2025, estamos a falar de há oito anos atrás e, como é bom de ver, a situação do país e a situação da estrutura de funcionamento dos hospitais não tem nada a ver com aquilo que era em 2017”, disse Óscar Gaspar na conferência de imprensa em que apresentou o desempenho dos hospitais privados em 2024.

Nesse sentido, defendeu que a tabela do Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia (SIGIC) “teria que ser revista e atualizada”. Óscar Gaspar realçou que, em 2024, o número de cirurgias realizadas pelos hospitais privados atingiram o número recorde de 286.941, mais 6% do que em 2023, sendo que destas apenas 15.766 (5,5%) foram ao abrigo do SIGIC.

“Aquilo que constatamos é que, de facto, em termos históricos, 2024 foi o ano em que o SNS menos recorreu ao privado para redução de listas de espera cirúrgicas”, declarou. Questionado pelos jornalistas sobre os motivos de haver um menor recurso do Estado aos privados, Óscar Gaspar começou por responder que essa pergunta terá de ser feita ao Ministério da Saúde, mas apontou um aspeto positivo: “O SNS teve mais atividade em 2024 do que nos anos anteriores”.

No caso do SIGIC, em particular, disse que hospitais privados têm verificado, e reportado ao longo dos anos, que o sistema tem “muitas dificuldades e muitas entropias”, dando dois exemplos concretos.

“Constatamos que há cidadãos, por exemplo, na margem sul do Tejo, que recebem vales cirúrgicos para o norte do distrito do Porto ou para o sul do distrito de Braga. E, portanto, a pessoa não está disponível para fazer 200 e tal quilómetros sem saber se é um dia, se é dois dias, para fazer uma cirurgia”, contou.

Outro caso também “muito típico” é a pessoa receber um vale cirúrgico, escolher o prestador privado ou na área social com o qual quer fazer a cirurgia e, depois, o processo clínico não chega a esse hospital e a operação não se realiza, porque o processo clínico não foi transferido em tempo útil.

No caso das consultas, Óscar Gaspar disse que os hospitais privados estavam disponíveis para participar da “consulta a tempo e horas” do SNS (sistema de acesso a uma primeira consulta de especialidade), mas não foram contactados e, como tal, não puderam dar o seu contributo para a redução das listas de espera nesta área.

O presidente da APHP destacou também o número de partos realizados em 2024, que atingiram o número recorde de 15.092, apesar da tendência de queda da natalidade portuguesa. “Realizámos 15 mil dos 80 mil partos do país”, vincou, salientando que, em Lisboa, cada uma das maternidades privadas do país faz “mais partos do que qualquer maternidade pública”, com a realização de cerca de 4.000 partos por ano, o que disse ser “muito significativo”.

Em 2023, os hospitais privados também acompanharam cerca de 418.000 pessoas em termos de medicina dentária e 23.000 doentes oncológicos. Em termos globais, Óscar Gaspar disse que houve “um reforço da capacidade instalada” e, apesar de ainda não serem conhecidos com exatidão os valores globais do país do sistema de saúde, disse que cerca de um terço da capacidade instalada no país decorre dos hospitais privados.

O investimento superou os 200 milhões de euros na totalidade dos hospitais privados do país, que abriram mais hospitais, clínicas associadas e adquiriram equipamento médico pesado.

Segundo Óscar Gaspar, o “crescimento significativo” da atividade dos hospitais privados está relacionado com o facto de haver quatro milhões de portugueses com seguro de saúde, mas também ao aumento da capacidade “não só nas maiores cidades, mas também no resto do país”.

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Despesa com PPP rodoviárias apresenta “desvio desfavorável” para o Estado, diz UTAO

No primeiro semestre de 2024, o Estado teve de pagar 626 milhões de euros, ou seja, mais de metade do previsto para o ano inteiro. Desconto nas portagens das ex-SCUT é um dos fatores, conclui a UTAO.

Os descontos nas portagens das ex-SCUT do Interior, aprovadas pelo anterior Governo socialista de António Costa, terão contribuído para “o desvio desfavorável” da despesa do Estado com parcerias público-privadas (PPP) rodoviárias no primeiro semestre de 2024, ainda que a fatura, de 626 milhões de euros, represente uma ligeira diminuição em termos homólogos, conclui a Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) num relatório publicado esta quinta-feira.

De lembrar que, desde 1 de janeiro de 2025, os condutores deixaram de pagar portagens em seis autoestradas do Interior e do Algarve, na sequência de um projeto de lei do PS, aprovado com a ajuda do Chega, que revogou os descontos que vigoraram até ao final de 2024. O Executivo de Luís Montenegro estimou que esta medida poderá custar 180 milhões de euros por ano, por via da perda de receita.

No primeiro semestre de 2024, ainda com a medida de descontos em vigor, verificou-se uma redução de 6,4% (ou de 43 milhões de euros) da despesa pública com PPP rodoviárias para 626 milhões de euros, em comparação com o mesmo período de 2023, no qual o Estado teve de desembolsar 669 milhões às concessionárias.

No entanto, a UTAO sinaliza que “os valores executados em encargos líquidos com as PPP rodoviárias situaram-se acima do duodécimo de referência (50%), tendo em conta a previsão constante na proposta do Orçamento do Estado para 2024 (OE2024), registando-se um grau de execução de 62,5%“, face aos 1.002 milhões de euros inscritos no Orçamento para 2024.

Isto significa que, em meio ano, saíram dos cofres públicos mais de metade do que estava previsto para o conjunto do ano, o que se traduz num “desvio desfavorável ao setor público nos encargos brutos e nas receitas de portagem”, salienta a entidade que presta apoio aos deputados da Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Púbica da Assembleia da República.

Um dos fatores para esta evolução da despesa, prende-se com a “fraca recuperação” da receita de portagem, cujo grau de execução (42,7%) ficou “abaixo do respetivo duodécimo (50%)”, de acordo com o mesmo relatório. Entre janeiro e junho, houve um encaixe de 168 milhões de euros por via da cobrança de portagens e, para o conjunto do ano, o Governo anterior, comandado por António Costa, estimou 394 milhões de euros. Ou seja, a receita não chegou sequer a metade.

A entidade liderada por Rui Nuno Baleiras aponta três “razões para a fraca recuperação da receita de portagens: o impacto dos descontos nas tarifas de portagens (iniciados em 1 de janeiro de 2024), mas também a atualização anual das tarifas de portagem em 2,1% e o crescimento homólogo do nível de tráfego.

Relativamente à taxa de cobertura, que é definida pelo rácio entre as receitas obtidas pelo Estado e os encargos públicos com PPP, a UTAO assinala que houve uma recuperação de 1,3 pontos percentuais, para 21,1%, no primeiro semestre de 2024, em comparação com o mesmo período de 2023. No entanto, ficou “abaixo da previsão implícita na proposta do Orçamento do Estado de 2024 para o conjunto do ano”, que apontava para “uma recuperação da taxa de cobertura para 28,2%”, ou seja superior à verificada”, segundo o mesmo documento.

Considerando que “os resultados por parceria são heterogéneos”, a UTAO salienta a baixa taxa de cobertura registada pelas subconcessões rodoviárias da empresa Infraestruturas de Portugal, que, no primeiro semestre de 2024, se situou em 6,3%, diminuindo 0,6 pontos percentuais face ao período homólogo”.

“Relativamente às concessões rodoviárias, aquelas que apresentaram individualmente, no período em análise, as maiores taxas de cobertura (e, por conseguinte, um menor esforço financeiro para o setor público) foram as seguintes: concessão Costa de Prata (54,0%), concessão Grande Lisboa (44,6%), concessão Algarve (39,7%) e concessão Norte (32,3%)“, indica a mesma entidade.

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Novo Governo? Centeno sem “nenhum sentimento adicional” sobre segundo mandato no Banco de Portugal

Relação tensa com Executivo de Montenegro dificultava recondução à frente do Banco de Portugal, mas, e perante a crise, Centeno afirma-se sem sentimentos adicionais sobre uma eventual recondução.

Perante a crise política e a convocação de eleições legislativas antecipadas, o governador do Banco de Portugal (BdP) manifesta-se sem sentimentos adicionais em relação ao seu futuro à frente da instituição. O atual mandato de Mário Centeno termina em julho e os portugueses irão às urnas em maio, pelo que se abre uma brecha para uma eventual recondução caso o próximo Governo não seja liderado pela Aliança Democrática (AD).

Mário Centeno, que chegou a ser apontado como um dos favoritos do PS na corrida à sucessão de Marcelo Rebelo de Sousa em Belém, tem reiterado o compromisso com as funções que desempenha e sinalizado estar disponível para um segundo mandato. Por seu lado, o Governo tem considerado ser extemporâneo tomar uma decisão sobre a nomeação, mas a relação com o Executivo liderado por Luís Montenegro nunca foi pacífica, particularmente com o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, tornando difícil uma recondução.

Esta quinta-feira, quando questionado pelos jornalistas sobre se perante o atual cenário de crise e eleições se sentia mais confiante na possibilidade de ser reconduzido, Mário Centeno reiterou que a instituição está a desempenhar o seu papel.

O que estamos a fazer no BdP, e o que estou a fazer, é desempenhar as funções do Banco, que passam por mim, da melhor forma que sei fazer e nesse sentido quando e quem tiver de fazer a avaliação o fará“, disse na conferência de imprensa de apresentação do “Boletim Económico de março”, no Museu do Dinheiro em Lisboa, acrescentando: “Não tenho nenhum sentimento adicional em relação a essa questão“.

O governador do Banco de Portugal, Mário Centeno. TIAGO PETINGA/LUSATIAGO PETINGA/LUSA

O país vai para as terceiras legislativas em quatro anos, depois do Presidente da República ter marcado eleições para o dia 18 de maio, na sequência do chumbo da moção de confiança apresentada pelo Governo da AD. A crise política teve origem em fevereiro, após serem divulgadas as primeiras notícias sobre a empresa familiar de Luís Montenegro, Spinumviva.

Em janeiro, o governador do Banco de Portugal anunciou que não iria candidatar-se à Presidência da República em 2026, colocando fim ao tabu, após meses a ser apontado como um dos putativos candidatos e surgir como bem posicionado nas sondagens. “Não vou ser candidato à Presidência da República. Não vou apresentar nenhuma candidatura à Presidência da República. Não está no meu horizonte que isso aconteça”, afirmou Mário Centeno, no programa “Grande Entrevista” da RTP3.

Na altura, quando questionado sobre um segundo mandato garantiu: “Nunca desempenhei as minhas funções para passar com dez. O foco é esse“. Porém, reconheceu que a sua “expectativa é irrelevante para o tema”, já que não está nas suas mãos.

Um dia depois, o ministro das Finanças indicou que o Governo faria a sua “reflexão” e tomaria “uma decisão quando o mandato se estiver a aproximar do final“.

Ainda faltam seis meses e é extemporânea qualquer notícia que possa existir sobre essa matéria“, disse o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, em janeiro.

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Bruxelas cria parcerias para investir mais de mil milhões em inovação verde

Até 2030 vão ser investidos mais de 1.000 milhões de euros, entre fundos europeus e privados, nas áreas da energia solar, têxteis e de materiais sustentáveis.

A Comissão Europeia avançou esta quinta-feira que criou parcerias, no âmbito do programa Horizonte Europa que se estende entre 2025 e 2027, para impulsionar a inovação nas áreas da energia fotovoltaica, têxteis e materiais avançados. Até 2030 vão ser investidos mais de 1.000 milhões de euros na sequência destas iniciativas.

Bruxelas prevê investir, no âmbito da parceria europeia para a Inovação no domínio da Energia Fotovoltaica, 240 milhões de euros entre 2025 e 2030, uma quantia que deverá ser igualada pelos parceiros privados. O objetivo é aumentar a capacidade europeia de fabrico de energia fotovoltaica, desenvolver uma cadeia de valor mais resiliente na UE e reduzir a dependência dos combustíveis fósseis.

Já no âmbito da parceria para Materiais Avançados Inovadores, que quer “acelerar a conceção, o desenvolvimento e a adoção industrial de materiais avançados seguros e sustentáveis e de tecnologias” adequadas à economia circular, a Comissão Europeia e os parceiros privados planeiam investir até 250 milhões de euros cada, no mesmo horizonte.

Por fim, a parceria para os Têxteis do Futuro, que vem impulsionar indústria têxtil no sentido da sustentabilidade e da circularidade, prevê investimentos de 60 milhões de euros, no conjunto do Executivo europeu e dos privados envolvidos.

Uma vez adotadas e assinadas, as parcerias terão início através de convites específicos à apresentação de propostas no âmbito do programa de trabalho do Horizonte Europa, complementados por investimentos e atividades adicionais dos parceiros.

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DreamMedia assegura 1783 posições de mobiliário urbano em Sintra

  • + M
  • 20 Março 2025

Com esta expansão, a empresa diz garantir ter 90% de cobertura no município e passar a atingir 71% da população de Sintra. A JCDecaux tem 835 posições.

A DreamMedia assegurou 1783 posições de mobiliário urbano em Sintra para os próximos 15 anos, “consolidando a sua presença estratégica na Área Metropolitana de Lisboa”. Até agora já instalou 819 posições.

Com esta expansão, a empresa diz garantir 90% de cobertura no município e passa a atingir 71% da população de Sintra, o que “reforça a sua capacidade de oferecer soluções de comunicação de grande impacto, sustentadas por um mobiliário urbano de excelência” refere-se em nota de imprensa.

“Esta conquista representa um passo estratégico para a afirmação da DreamMedia na Área Metropolitana de Lisboa, consolidando a nossa liderança no setor do mobiliário urbano. Sintra, sendo a segunda maior cidade do país, assume um papel fundamental na nossa estratégia de crescimento, permitindo às marcas comunicar de forma impactante junto de um público diversificado e altamente ativo“, diz Ricardo Bastos, CEO da DreamMedia, citado em comunicado.

A concessão de Sintra foi partilhada entre a Cemark e a JCDecaux até 2024 quando, em resultado de um concurso público internacional promovido pela autarquia, a concessão foi adjudicada à Cemark. Com a aquisição da Cemark por parte da DreamMedia, a empresa liderada por Ricardo Bastos passou assim a assegurar a gestão da concessão, recorde-se.

Entretanto, em fevereiro a JCDecaux anunciou a instalação do seu 120º abrigo de passageiros no concelho de Sintra. A empresa conta com um total de 835 posições de mobiliário urbano no concelho sintrense.

 

(notícia atualizada às 18h12 com mais informação da DreamMedia e JCDecaux)

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Dinamarquesa JYSK instala hub tecnológico em Portugal

  • Joana Abrantes Gomes
  • 20 Março 2025

Marca especializada em descanso, mobiliário e decoração vai inaugurar centro tecnológico em Lisboa e espera contratar entre 10 a 15 trabalhadores até ao final do verão.

A marca dinamarquesa JYSK, especializada em descanso, mobiliário e decoração, escolheu a cidade de Lisboa para abrir o seu primeiro hub tecnológico em Portugal e quer ter, pelo menos, entre 10 a 15 trabalhadores até ao final do verão. Embora já esteja presente no país desde 2016, operando atualmente 29 lojas em território nacional, o primeiro escritório vai ser inaugurado em maio, altura em que os primeiros engenheiros de software deverão começar a trabalhar.

Em comunicado, a empresa explica que “o objetivo é criar soluções de IT [tecnologias de informação] que assegurem uma experiência de compra mais eficiente e inovadora”, pelo que o novo espaço na capital portuguesa “surge como uma extensão dos principais centros de IT da JYSK, situados na Alemanha (Handewitt) e na Dinamarca (Aarhus)“.

Para o lançamento do escritório em Lisboa, a JYSK estabeleceu parceria com uma empresa especializada em recrutamento, que irá apoiar a fase inicial de seleção e disponibilizar as instalações necessárias. “No início, o foco será a contratação de profissionais com competências em Java, que possam contribuir ativamente para as nossas equipas, além de um líder de equipa local que apoie o desenvolvimento”, refere Thomas Høiberg Jensen, diretor SAP & IT Development da marca dinamarquesa.

A escolha de Lisboa como sede para este novo centro tecnológico é justificada pela “excelente correspondência cultural” e a “vasta oferta de cursos técnicos, que garantem a presença de muitos candidatos qualificados”. Além disso, a diferença horária de apenas uma hora em relação aos principais centros de IT da JYSK e a elevada percentagem de falantes de inglês na cidade são fatores que facilitam uma “colaboração eficaz”, acrescenta.

“O novo centro tecnológico em Lisboa deve ser visto como um complemento às nossas localizações existentes. Irá reforçar a nossa capacidade de inovação e permitirá uma colaboração ainda mais eficaz entre as equipas internacionais. Continuaremos, obviamente, a recrutar novos talentos em Handewitt e Aarhus, à medida que expandimos as nossas operações e avançamos com as nossas ambições tecnológicas”, afirma Keld Marott, vice-presidente executivo de IT.

A nível global, a JYSK emprega 30.000 trabalhadores e conta com mais de 3.500 lojas físicas, além de disponibilizar vendas online em 48 países.

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CCDR Norte e Estado de Rondónia desenvolvem certificação de carbono

O Parque Natural da Peneda-Gerês, Douro Vinhateiro e Terras Quentes de Trás-os-Montes serão as áreas-piloto onde o futuro sistema de certificação de carbono será testado.

A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) e o Estado de Rondónia, no Brasil, vão desenvolver uma metodologia para medir o carbono que deverá depois servir de base para a certificação internacional, anunciou esta quinta-feira a entidade portuguesa. Por cá, a nova técnica será testada em áreas piloto no interior do país, num investimento de 1,5 milhões de euros nos próximos três anos.

O Parque Natural da Peneda-Gerês, o Douro Vinhateiro e as Terras Quentes de Trás-os-Montes serão as áreas-piloto onde a nova “metodologia inovadora de medição de sequestro de carbono, com base em tecnologia satélite” será testada.

Estas zonas do país foram selecionadas por representarem diferentes tipologias de território, incluindo aqueles onde os baixos rendimentos têm levado à perda de população.

Este projeto pode ser determinante para um dos grandes desafios da região: fixar pessoas no território.

António Cunha

Presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N)

Em paralelo, a CCDR pretende reforçar a valorização ambiental dos ecossistemas. Este projeto visa desenvolver um sistema de certificação que permita a remuneração dos proprietários e produtores rurais pela conservação do carbono armazenado nas florestas e solos e, sustenta o presidente da CCDR-N, pode ser determinante para um dos grandes desafios da região: fixar pessoas no território”. António Cunha conta, nesta missão, com a coordenação técnica do CEiiA – Centro de Engenharia e Desenvolvimento, em Matosinhos.

Nesse sentido, as duas entidades portuguesas estabeleceram, em fevereiro de 2024, uma parceria para atingir a meta da neutralidade carbónica até 2050 no Norte de Portugal, mediante a cooperação técnica e institucional e da partilha de conhecimento. O acordo foi assinado no âmbito do Programa Regional de Ordenamento do Território do Norte (PROT-NORTE).

O projeto luso-brasileiro vai contribuir para a certificação internacional de carbono e será apresentado na COP30, em Belém do Pará. Para levar esta missão a bom porto, a CCDR-N e o Estado de Rondónia assinaram um acordo de cooperação, em Porto Velho, capital de Rondónia. A cerimónia contou com a presença do presidente da CCDR-N, António Cunha, e do governador do Estado, Marcos Rocha.

A colaboração permitirá aplicar esta metodologia em larga escala na floresta amazónica, contribuindo para o reconhecimento do valor ambiental do carbono armazenado na vegetação e nos solos.

Segundo a CCDR-N, este “projeto irá combinar imagens de satélite da Geosat com dados recolhidos no terreno em parceria com as universidades do Minho e de Trás-os-Montes e Alto Douro, garantindo um processo de certificação cientificamente rigoroso e tecnologicamente avançado”.

O próximo passo abrange a seleção definitiva dos territórios em Portugal e no Brasil, que servirão como base para o desenvolvimento da metodologia. Os algoritmos de classificação dos biomas serão testados em Portugal e aplicados posteriormente em Rondónia, permitindo a adaptação da tecnologia a diferentes contextos ecológicos.

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