Como funciona e para que serve o 200M?
- Mariana de Araújo Barbosa
- 29 Setembro 2018
Anunciado há quase três anos, o 200M é um programa de coinvestimento. A ideia? Investir em startups portuguesas ou atrair startups para Portugal, dividindo risco com o Estado.
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- Mariana de Araújo Barbosa
- 29 Setembro 2018
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O que é o 200M?
O 200M é um programa de coinvestimento com o objetivo de desenvolver startups portuguesas e atrair startups estrangeiras a instalar-se em Portugal. O fundo, que resulta de capital do Estado português e da União Europeia, tem disponíveis 200 milhões de euros que serão aplicados em regime de coinvestimento com investidores portugueses e estrangeiros que queiram financiar projetos em Portugal. Com o programa, o Estado garante metade do risco do investimento.
Proxima Pergunta: Para que foi criado o programa de coinvestimento com o Estado português?
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Para que foi criado o programa de coinvestimento com o Estado português?
Entre os principais objetivos deste programa estão:
- atrair empreendedores e startups internacionais para Portugal;
- atrair fundos qualificados e empresas para investirem no mercado nacional;
- promover o investimento além fronteiras entre portugueses e investidores internacionais;
- aumentar a atividade de capital de risco em Portugal através da mobilização de investidores experientes que, além de investimento financeiro, permita às empresas adquirir know-how técnico, comercial e de mercado. Além disso, promover o desenvolvimento de melhores estratégias de inovação, crescimento e internacionalização;
- estimular a incorporação ou capitalização de empresas, especialmente das que estão numa fase inicial do seu desenvolvimento (seed, startup ou later stage venture – Series A e B)
Proxima Pergunta: Quem gere os 200 milhões de euros?
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Quem gere os 200 milhões de euros?
O fundo de 200 milhões de euros, que será aplicado em regime de coinvestimento, é gerido pela PME Investimentos, uma empresa pública portuguesa sob regulação do Banco de Portugal e que tem como missão o desenvolvimento de instrumentos de financiamento inovadores que permitam às empresas portuguesas ter os melhores produtos — considerando os mercados internacionais — e as melhores práticas. O valor total resulta de fundos nacionais e da União Europeia.
Proxima Pergunta: A quem se dirige o investimento?
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A quem se dirige o investimento?
O público-alvo do fundo é o ecossistema empreendedor português que tem registado um rápido crescimento, de acordo com o SEP Monitor Report.
Segundo o documento, Lisboa tem a maior concentração em termos de atividade a nível nacional, representando 40% das scaleups e sendo responsável por 65% do total do dinheiro levantado por estas empresas em rondas de investimento.
Proxima Pergunta: Como fazer a candidatura?
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Como fazer a candidatura?
As candidaturas ao programa de coinvestimento devem ser feitas pelos coinvestidores privados, através do preenchimento deste formulário online. Para isso, os investidores devem ter previamente manifestado a intenção de avançar com uma operação de investimento através da entrega prévia de uma term sheet, que deve ser apresentada até ao anúncio da decisão do Fundo 200M.
Para efetuar a candidatura, os investidores privados deverão ainda ter acesso ao plano de negócio dos projetos em que querem investir, assim como a uma descrição do produto/serviço, faturação esperada e até à estratégia para o exit.
Proxima Pergunta: De que documentos precisa um investidor para se candidatar?
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De que documentos precisa um investidor para se candidatar?
Além de um conhecimento da startup/projeto em que quer investir, o investidor privado deverá ter uma lista de documentos, da qual fazem parte, por exemplo, uma apresentação do coinvestidor, currículos da equipa e também documentos da empresa em quem quer investir (sumário de atividade, setor ou indústria onde se movimenta, descrição do mercado, número de postos de trabalho criados, entre outros dados).
Veja a lista completa aqui.
Proxima Pergunta: Quais os critérios de escolha?
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Quais os critérios de escolha?
De acordo com o site do 200M, as candidaturas serão avaliadas de acordo com os seguintes critérios:
- experiência dos coinvestidores
- setor do projeto
- volume de investimento em empresas
- peso de investimento privado no total da operação
- número de empregos criados
- número de parceiros envolvidos na operação (incubadoras, aceleradoras e outros investidores)
- rentabilidade do investimento
- introdução de produtos ou serviços inovadores
- rentabilidade esperada do projeto.