Hub na zona de Lisboa arranca com 40 colaboradores, mas o objetivo é atingir as 100 pessoas até ao final do ano. Centro irá servir negócios europeus e globais do grupo financeiro dinamarquês.
Acesso a profissionais com um elevado nível de conhecimentos de língua inglesa, universidades de renome e um crescente ecossistema fintech foram alguns dos motivos que pesaram na instalação do hub da Nordea Asset Management (NAM) em Portugal. Instalado em Oeiras, arranca com 40 colaboradores, mas o objetivo é atingir as 100 pessoas até ao final do ano.
E o foco é o recrutamento local de talento. “Estamos a recrutar talento local para a equipa de Portugal. Como valorizamos a sinergia que o trabalho no escritório proporciona, não vamos procurar teletrabalhadores fora da zona de Lisboa”, adianta Laura Donzella, diretora de mercado de Portugal e diretora regional para a Ibéria, Latam e Ásia, à Pessoas.
Com um volume de 292 mil milhões de euros em ativos sob gestão, o NAM é o principal gestor de investimentos nos países nórdicos pertencente ao maior grupo de serviços financeiros da região, o Nordea Group.
Preparam-se para abrir um hub em Oeiras. O que pesou a favor?
A escolha de Portugal, e da região de Lisboa em particular, é o resultado de uma série de reflexões para resolver alguns desafios que surgiram com a nossa crescente presença global. O acesso e a retenção de talentos têm sido para nós um foco particular. Descobrimos que Portugal preenche muitos destes requisitos para nos ajudar a resolver este problema: oferece profissionais com um elevado nível de conhecimentos de língua inglesa, universidades de renome, um crescente ecossistema fintech e um acesso fácil a partir de outros locais chave europeus, por exemplo. A nossa ambição é alavancar o hub para toda a cadeia de valor de apoio, bem como melhorar o nosso serviço aos clientes locais. Neste sentido, este é um passo estratégico a longo prazo para a NAM e estamos empenhados em aumentar a nossa presença local.
O nosso compromisso aqui é a longo prazo; estabelecemos um escritório permanente em Oeiras que pode acomodar até 100 pessoas, onde temos agora cerca de 40 membros do nosso pessoal. O nosso objetivo é aumentar para mais de 60 até ao final do ano — e crescer para lá disso nos próximos anos.
Que investimento implicou essa aposta?
Não vemos isto como uma aposta; vemos isto como um investimento a longo prazo. Quando nos decidimos por Portugal para o nosso novo centro, concentrámo-nos inicialmente na distribuição, mas rapidamente percebemos que havia uma oportunidade de recrutar talento para toda a cadeia de valor, e complementar os nossos centros já existentes na Dinamarca e no Luxemburgo. Assim, pretendemos recrutar pessoal para uma vasta gama de cargos que abrangem operações, tecnologia, marketing, gestão de produtos e outras funções de apoio empresarial.
O nosso compromisso aqui é a longo prazo; estabelecemos um escritório permanente em Oeiras que pode acomodar até 100 pessoas, onde temos agora cerca de 40 membros do nosso pessoal. O nosso objetivo é aumentar para mais de 60 até ao final do ano — e crescer para lá disso nos próximos anos.
O recrutamento irá focar-se no talento local ou face ao crescimento da pool de talento com o teletrabalho — pode-se recrutar em qualquer localização — pensam abrir vagas para qualquer geografia?
Estamos a recrutar talento local para a equipa de Portugal. Como valorizamos a sinergia que o trabalho no escritório proporciona, não vamos procurar teletrabalhadores fora de Lisboa. Dito isto, acomodamos a flexibilidade do trabalho a partir de casa, como é a prática nos outros centros da NAM.
As tecnológicas debatem-se com a escassez de talento. Descrevem um ambiente quente e de maior pressão salarial. Que estratégia estão a usar para ganhar vantagem face à concorrência? Melhores salários, mais benefícios, um misto dos dois…
Naturalmente, os nossos pacotes de compensação e benefícios são competitivos. Como empregador nórdico, temos uma cultura que se centra na sustentabilidade, inovação e abertura. Acreditamos que estas qualidades únicas nos tornam uma empresa desejável para a qual trabalhar.
Os diversos antecedentes, experiências, características e traços da nossa equipa alargam as nossas perspetivas e permitem-nos ver as coisas com diferentes ângulos. Além disso, esta diversidade enriquece a nossa vida quotidiana; somos desafiados, aprendemos novas competências e ganhamos novas experiências.
Há tecnológicas a financiar a relocalização do talento para Portugal. É uma opção para a NAM?
O nosso foco principal é contratar talento nacional.
Que modelo de trabalho vão implementar? Híbrido, full remote, presencial…
A sinergia que o trabalho em pessoa gera é indispensável para nós, e este é o nosso modo principal de trabalho. Acomodamos, ainda assim, a flexibilidade para trabalho remoto – como é, aliás, prática nos outros hubs da NAM.
Várias empresas têm vindo a implementar semanas de quatro dias de trabalho. Para a NAM é algo em cima da mesa?
Gestão de ativos é um setor virado para o cliente, e é vital para nós ir de encontro às suas necessidades cinco dias por semana. Assim, mantemos a tradicional semana de trabalho, implementamos também flexibilidade para trabalho remoto.
Equipas de vendas e de serviço ao cliente em Portugal, naturalmente, trabalharão em estreita colaboração com os nossos outros centros no Luxemburgo e em Copenhaga. Proximidade geográfica de Lisboa será inestimável para os nossos clientes que servem os mercados português e da América Latina.
Há planos para novos investimentos no mercado português, noutras localizações?
De momento não temos planos para abrir outro escritório em Portugal. Vamos continuar a investir no crescimento do nosso escritório de Lisboa.
Que tipo de serviços e para que mercados é que este hub da NAM irá prestar serviços?
Nos últimos três anos, a NAM tem gozado de uma expansão internacional muito forte. Isto exige a aquisição de talentos um pouco para todos os setores, desde operações, TI, marketing, etc. Normalmente, estas funções servirão os nossos negócios europeus e globais.
As nossas equipas de vendas e de serviço ao cliente em Portugal, naturalmente, trabalharão em estreita colaboração com os nossos outros centros no Luxemburgo e em Copenhaga. No entanto, a proximidade geográfica de Lisboa será inestimável para os nossos clientes que servem os mercados português e da América Latina.
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Dinamarquesa Nordea AM abre hub em Oeiras. “O nosso compromisso aqui é a longo prazo”
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