A experiência de Mário Centeno em Portugal seria útil para o Eurogrupo, afirma Mourinho Félix.
É útil para Portugal que Mário Centeno venha a ser presidente do Eurogrupo?
(Risos) O senhor ministro das Finanças, depois do trabalho que foi feito, tem todas as condições para o cargo, caso essa questão seja posta, caso o deseje e caso seja útil ao Eurogrupo e à Europa. Era muito importante ter alguém, por um lado, com um curriculum, enquanto ministro das Finanças, de recuperação de uma economia que vinha de condições extremamente difíceis e que entende aquilo que são as dificuldades de um conjunto de países que entraram numa união monetária em condições de desvantagem face aos outros países do ponto de vista estrutural e que estão a fazer uma convergência. É muito importante trazer para a discussão europeia alguém que tem essa noção. Se se proporcionar, e se Mário Centeno puder dar esse contributo, acho que tem todo o direito e todas as condições para o fazer.
O senhor secretário de Estado empenhou-se na saída do atual presidente do Eurogrupo, Djisselboem. Foi para si uma desilusão que não tivesse saído e permanecesse em funções até ao fim de janeiro de 2018?
Não, não foi uma desilusão, era o caso mais provável. E nunca esteve em causa que, por causa do resultado das eleições na Holanda, tivesse que sair. O que esteve em causa foi um conjunto de declarações particularmente infelizes e que o senhor Djisselbloem demorou muito tempo a reconhecer, sequer, que eram infelizes. Se tivesse pedido desculpa logo, o caso teria morrido ali. Calhou-me a mim ir a Malta, porque o senhor ministro não pôde estar, encontrá-lo cara a cara e dizer-lhe o que era o sentimento dos portugueses.
Voltou a falar com o presidente do Eurogrupo cara a cara? Aquela conversa foi gravada e ouvida por todos e depois não houve qualquer nova referência a outros encontros.
A relação que temos é meramente institucional. Falei com ele depois disso várias vezes, temos uma relação institucional cordial, o assunto ficou marcado ali.
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“Era importante ter alguém como Centeno no Eurogrupo”
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