Aeronáutica, a indústria que dá asas à nossa economia

O cluster aeronáutico colocou Portugal na rota de grandes multinacionais. Há mais de 150 empresas a produzir para este setor e um volume de negócios de 1,72 mil milhões de euros.

  • Reportagem na fábrica da Airbus Atlantic em Santo Tirso - 20MAR24
    Fábrica da Airbus Atlantic em Santo TirsoHugo Amaral/ECO

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“Portugal está no mapa. É hoje uma indústria estabelecida e muitíssimo respeitada no setor da aeronáutica.” A garantia é do vice-presidente para assuntos governamentais na Europa da multinacional aeroespacial Embraer, João Pedro Taborda. “Conquistou o seu direito de conquistar projetos e atrair investimento”, reforça o responsável da fabricante de aeronaves brasileira, no mercado nacional há quase duas décadas e que, recentemente, anunciou a criação de uma subsidiária no país focada em defesa para a Europa. Com mais de 150 empresas a produzir para a indústria aeronáutica, Portugal tem atraído importantes investimentos de gigantes do setor, como a Airbus ou a Lufthansa, afirmando-se como um mercado atrativo para este setor.

Num momento em que o setor automóvel enfrenta uma crise na Europa, com grandes fabricantes a anunciarem despedimentos e planos de reestruturação, com impacto em Portugal, o cluster aeronáutico português soma novos investimentos e deverá continuar a ganhar peso na economia nacional. Atualmente, gera um volume de negócios acima de 1,7 mil milhões de euros, com 90% da sua produção a voar para o mercado externo, apontam dados da AED Cluster Portugal, que agrega mais de 140 entidades das indústrias de Aeronáutica, Espaço e Defesa.

França, Brasil, Espanha, Itália, EUA, Suíça, Reino Unido e Suécia são os principais mercados do setor, que tem como clientes gigantes como a Airbus, Embraer, Boeing, Dassault, Leonardo ou a Lockheed Martin.

aeronáutica

O mais recente investimento de grande envergadura foi anunciado no final de 2024 pela Lufthansa Technik — uma das maiores empresas do setor a nível mundial, com contratos de manutenção para cerca de 4.000 aviões, perto de 25 mil trabalhadores e receitas de 6,5 mil milhões de euros —, que escolheu Portugal para a construção de uma nova fábrica de reparação de peças de motores e componentes de aviões, em Santa Maria da Feira. Esta nova unidade, que deverá estar concluída até ao final de 2027, deverá criar mais de 700 empregos e traz para o país mais uma gigante da aeronáutica. É o primeiro investimento direto em Portugal daquela que é uma das empresas interessadas na privatização da TAP e que não quis divulgar o valor global do investimento. O projeto arranca já este ano, com a formação de pessoal.

Graças à contribuição da Airbus, Portugal está a reforçar a sua posição como player mundial no setor aeroespacial, num mercado cada vez mais dinâmico e em evolução.

Eric Belloc

Diretor-geral da Airbus Atlantic Portugal

A nova fábrica da Lufthansa vem juntar-se à da Airbus Atlantic, em Santo Tirso, onde a empresa produz 17 diferentes painéis para os aviões da Airbus — 16 para a família A320 e um para o A350, as chamadas “bochechas” do avião. A funcionar desde maio de 2021, a unidade na zona industrial da Ermida tornou-se estratégica para a fabricante de aviões, cujas encomendas estão em máximos históricos, adiantou recentemente ao ECO Eric Belloc, diretor-geral da Airbus Atlantic Portugal. “Graças à contribuição da Airbus, Portugal está a reforçar a sua posição como player mundial no setor aeroespacial, num mercado cada vez mais dinâmico e em evolução”, defendeu Belloc na mesma ocasião, reforçando que a empresa “tem tido um papel fundamental no reforço da cadeia de abastecimento aeroespacial portuguesa, proporcionando oportunidades de inovação e crescimento”.

Reportagem na fábrica da Airbus Atlantic em Santo Tirso - 20MAR24
Fábrica da Airbus Atlantic em Santo TirsoHugo Amaral/ECO

“A indústria aeroespacial está a crescer em Portugal, atraindo cada vez mais empresas de alto calibre, como foi o caso do recente investimento da Lufthansa Technik, assegurando um ciclo de produção completo, desde o desenvolvimento à produção e à manutenção”, destaca Ricardo Arroja. “Os investimentos neste setor impulsionam a inovação e a competitividade da economia, contribuindo para que Portugal se afirme como um player relevante no panorama aeroespacial europeu”, defende o presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP).

A indústria aeroespacial está a crescer em Portugal, atraindo cada vez mais empresas de alto calibre, como foi o caso do recente investimento da Lufthansa Technik, assegurando um ciclo de produção completo, desde o desenvolvimento à produção e à manutenção. Os investimentos neste setor impulsionam a inovação e a competitividade da economia, contribuindo para que Portugal se afirme como um player relevante no panorama aeroespacial europeu

Ricardo Arroja

Presidente da AICEP

O cluster aeronáutico em Portugal registou um forte desenvolvimento nas últimas duas décadas, com o país a desenvolver competências em diferentes áreas ligadas à indústria, desde o fabrico de aeroestruturas e outros componentes, até equipamentos e tecnologias de apoio, ferramentas, serviços de manutenção, reparação e operações. Segundo a AICEP, cerca de 20% da produção nacional para o setor aeronáutico está relacionada com o fabrico de aeroestruturas, seguindo-se o desenvolvimento de tecnologias e outras ferramentas de transporte. Mas, nos próximos anos, este retrato poderá alterar-se, dando mais um passo em frente, para incluir os motores, com componentes fabricados em Portugal e um novo centro de manutenção de motores da
Pratt & Whitney, inaugurado pela Ogma em julho, num investimento de 90 milhões de euros.

“É um investimento muito estratégico”, comenta João Pedro Taborda sobre o novo centro da Ogma, empresa detida em 65% pela Embraer. “O objetivo é que [este centro] venha no futuro a possibilitar triplicar o volume de negócios da empresa. É um projeto talvez dos mais estratégicos feitos em Portugal nos últimos anos porque traz uma capacitação que coloca a Ogma num grupo de empresas capaz de lidar com motores de nova geração”, acrescenta. “Há um ecossistema que permite fazer esse tipo de projetos” em Portugal, realça o mesmo responsável, notando que “as empresas podem vir e fazer os seus projetos”.

Entrada da fábrica da empresa de aeronáutica Embraer, em Évora, 16 de maio de 2019. NUNO VEIGA/LUSANUNO VEIGA/LUSA

Para João Pedro Taborda, “a aeronáutica precisa de mais empresas, a indústria aeronáutica precisa reforçar a sua cadeia de fornecedores, porque precisa produzir mais, para produzir o que é necessário”. O vice-presidente para Assuntos Governamentais na Europa da Embraer alerta que “há desafios em termos da cadeia de fornecedores”, o que apenas se resolve com mais empresas, “mas isso obriga a uma aposta de muito longo prazo”. “A empresa quando entra no setor aeronáutico tem que mostrar que não é uma estratégia de oportunidade. É uma estratégia para décadas. Portugal tem feito um trabalho fantástico em termos de desenvolvimento do cluster de aeronáutica e defesa. Tem feito projetos cada vez mais sofisticados”, explica o responsável da Embraer que, em dezembro, anunciou a criação de uma subsidiária em Portugal focada em atividades de defesa e segurança para a Europa, com escritório em Lisboa.

Portugal está no mapa. É hoje uma indústria estabelecida e muitíssimo respeitada no setor da aeronáutica, que conquistou o seu direito de conquistar projetos e atrair investimento.

João Pedro Taborda

Vice-presidente para assuntos governamentais na Europa da multinacional aeroespacial Embraer

A nova subsidiária da empresa brasileira em Portugal é “um marco estratégico para sua expansão na Europa, reforçando o compromisso da Embraer em fortalecer a sua presença na região, com foco em soluções inovadoras de defesa e segurança para os países membros da NATO e da União Europeia (UE)”, adiantou em comunicado. O escritório Embraer Defense Europe foca-se no atendimento dos requisitos necessários da NATO e UE para lançar as iniciativas de defesa da Embraer na Europa, tendo uma equipa dedicada de profissionais especializados em gestão de programas, apoio e engenharia, para fornecer soluções de última geração, adaptadas às necessidades das forças armadas europeias.

Portugal tem sido um país estratégico para a empresa brasileira, que já investiu mais de 500 milhões de euros desde que aterrou no país há mais de duas décadas, segundo indicou um administrador da empresa ao Expresso em julho. Com cerca de 2.400 trabalhadores — dos quais 1.800 na Ogma, em Alverca, onde a antiga fábrica portuguesa de material militar está instalada há 106 anos —, a Embraer Portugal está situada em Évora, onde se instalou em julho de 2012, para acelerar a sua estratégia de internacionalização na Europa.

Exportação é oportunidade

Com o grosso da produção destinada à exportação, os especialistas veem espaço para crescer mais nas vendas ao exterior. “Depois há a parte de exportação. Portugal pode lutar por uma fatia desse trabalho, sobretudo no espaço europeu”, remata João Pedro Taborda. A propósito dos envios para o mercado lá fora, o ministro da Economia, Pedro Reis, notou em dezembro, na conferência Portugal Exportador, que vê “o setor exportador a olhar para o tema da aeronáutica, da defesa e da mobilidade. As empresas estão a ir para onde estão localizados os OEM (original
equipment manufacturer) e os Tier 1 (fornecedores de primeira linha)”. Mais, destaca Pedro Reis, os “ecossistemas tradicionais da economia portuguesa reinventaram-se e há toda uma mudança de paradigma que está na linha de ponta dos novos setores, que arrastam o crescimento como a aeronáutica”.

Portugal tem captado grandes investimentos no setor aeronáutico proveniente de empresas relevantes neste setor, como os exemplos da Airbus e da Lufthansa. Estes investimentos, juntamente com o trabalho realizado em conjunto entre as empresas e o sistema científico e tecnológico, contribuem para estimular o desenvolvimento deste cluster em Portugal”, concorda Luís Miguel Ribeiro. O presidente do conselho de administração da AEP realça que “a captação de investimento direto estrangeiro é muito positiva para o desenvolvimento socioeconómico do país e das suas regiões em particular, pois proporciona a criação de emprego (mais qualificado), a modernização de infraestruturas e o fluxo de know-how, entre outros benefícios”.

O crescimento da aeronáutica representa um contributo para o processo de reindustrialização que o país tanto precisa, com um amplo efeito de arrastamento em diversos setores de atividade, a montante e a jusante, para além do seu relevante papel na melhoria do saldo externo, face à sua elevada vocação exportadora.

Luís Miguel Ribeiro

Presidente da AEP

Luís Miguel Ribeiro refere ainda que “a AEP tem afirmado a necessidade de assegurar o aumento do investimento no país, por forma a garantir um crescimento sustentado” e “um aumento do investimento num setor de elevado nível tecnológico e de inovação, com impactos significativos nas áreas da mobilidade e sustentabilidade, como é o caso da aeronáutica, é uma oportunidade excelente na estratégia de desenvolvimento de Portugal”.

“O crescimento da aeronáutica representa, ainda, um contributo para o processo de reindustrialização que o país tanto precisa, com um amplo efeito de arrastamento em diversos setores de atividade, a montante e a jusante, para além do seu relevante papel na melhoria do saldo externo, face à sua elevada vocação exportadora. Adicionalmente, a atração de investimento para este setor pode contribuir para a valorização da mão-de-obra, que neste setor se caracteriza por elevados níveis de qualificações”, realça o presidente da AEP.

“Relativamente às condições para continuar a atrair investimento, o nosso país deve assegurar uma envolvente favorável não só no setor da aeronáutica como também noutros setores que contribuam para elevar o valor acrescentado, o que passa por reduzir a elevada carga fiscal sobre as empresas e os trabalhadores, eliminar a excessiva burocracia, assegurar a fixação de recursos humanos com as competências necessárias e garantir fontes de financiamento adequadas, nomeadamente através da alocação célere e desburocratizada dos fundos europeus”, alerta Luís Miguel Ribeiro.

Parcerias, tecnologia e know-how dão visibilidade internacional

Com Portugal a desenvolver hoje em dia tecnologia de ponta, além de contar com mão-de-obra muito qualificada e centros de competência, o cluster aeronáutico tem conseguido ganhar visibilidade internacional. Para chegar a este ponto contribuíram várias decisões estratégicas de relevo, como a criação do AED Cluster Portugal. Fundado em 2016, com a missão de fomentar a colaboração, inovação e desenvolvimento tecnológico entre empresas, universidades, centros de investigação e outras entidades nos setores de Aeronáutica, Espaço e Defesa, este centro tem sido determinante para ajudar a aumentar a competitividade internacional do tecido tecnológico e industrial português.

O cluster liderado por José Neves tem ainda ajudado a facilitar parcerias estratégicas, promovendo a transferência de conhecimento e tecnologia e alavancando um ecossistema propício ao crescimento e à internacionalização das empresas portuguesas. Focado em quatro pilares principais — Financiamento e Regulamentação; Pessoas e Competências; Inovação e Valor; Mercados e Oportunidades —, o AED Cluster tem, assim, ajudado a promover a consolidação do país como referência internacional nos mercados globais nestes domínios.

Além de ter sido capaz de atrair gigantes da aeronáutica para o país, Portugal conta ainda com empresas que têm vindo a afirmar-se na produção de drones e aeronaves não tripuladas, caso da Tekever. A empresa liderada por Ricardo Mendes já fornece drones às tropas da Ucrânia para apoiar operações terrestres e marítimas, através de um fundo liderado pelo Reino Unido. E, depois de, em novembro, ter levantado 70 milhões de euros junto de vários fundos, entre os quais o NATO Innovation Fund (NIF), fundo de capital de risco participado pelos 24 aliados da aliança militar, em dezembro fechou um contrato de cerca de cinco milhões de euros com o Governo espanhol para a entrega de drones para patrulhar as fronteiras terrestres e marítimas.

Com Portugal na vanguarda da tecnologia, têm aumentado as parcerias internacionais na aeronáutica. É o caso da empresa espacial alemã RFA, que estabeleceu em 2021 uma parceria com o Centro de Engenharia e Desenvolvimento (CEiiA), para desenvolver e produzir sistemas de lançadores espaciais em Portugal, num investimento de nove milhões de euros a três anos. Já a francesa Airbus escolheu a tecnológica portuguesa Critical Software para fornecer software e sistemas especializados e aplicações para a gestão de cabines de aeronaves.

PRR e Fundos europeus impulsionam inovação

A participação em várias agendas mobilizadoras e a captação de fundos europeus também têm permitido acelerar a inovação e o financiamento de projetos no setor aeroespacial português, permitindo a empresas nacionais desenvolver tecnologias avançadas e criarem empregos altamente qualificados.

Um destes projetos é o FLY-PT, liderado pela Tekever, que levantou fundos europeus para desenvolver o protótipo de um sistema de transporte aéreo pessoal, à escala, permitindo a mobilidade aérea suportada por um drone, um veículo autónomo automóvel para mobilidade terrestre, e uma cabine acoplável a cada um dos dois veículos, criando um sistema intermodal. De forma simples, trata-se do protótipo do primeiro “carro voador” nacional. O projeto — que consiste no desenvolvimento de “um sistema de transporte aéreo pessoal” autónomo e elétrico e que se distingue não só por poder voar, como também por poder circular na estrada, como um automóvel convencional — coloca Portugal na vanguarda da inovação em mobilidade aérea urbana.

Outro exemplo é o projeto Viriato, liderado pela Omnidea, que visou o desenvolvimento, integração e operação de um veículo suborbital para testar tecnologias a serem utilizadas num lançador de microssatélites, preparando o primeiro foguetão português.

Ao nível do PRR, há três agendas mobilizadoras que envolvem projetos ligados ao setor. A primeira agenda é a Aero.Next Portugal e que inclui a criação e produção do LUS222, a primeira aeronave totalmente desenvolvida e industrializada em Portugal, a ser construída em Ponte de Sor. Com a industrialização e produção prevista “a partir de 2026”, este avião terá “19 lugares, 2.000 quilos de carga e 2.000 quilómetros de alcance”.

A agenda AI Fights Space Debris, liderada pela Neuraspace, financiada com 25 milhões de euros do PRR, e a New Space Portugal, liderada pela Geosat, são as outras duas agendas. No caso da AI Fights Space Debris, o projeto visa apoiar o crescimento da Neuraspace e da respetiva Plataforma de Gestão de Tráfego Espacial, um produto exclusivo para operadoras de satélites, sustentado por Inteligência Artificial e machine learning, destinado a realizar operações espaciais seguras e evitar colisões com detritos espaciais e outros satélites.

Já a New Space Portugal vai estabelecer, pela primeira vez em Portugal, a capacidade para conceber, desenvolver e produzir satélites completos, payloads e oferecer serviços transacionáveis de alto valor acrescentado, baseados na exploração de dados da Observação da Terra (OT) a partir do espaço, impulsionando a cadeia de valor nacional para atender a um mercado em rápido crescimento mundial. Além disso, a agenda pretende expandir o portefólio de produtos e serviços do operador de satélite português (GEOSAT), consolidando a sua posição nos mercados europeu e global, e de empresas nacionais focadas em aplicações práticas dos dados de satélite (downstream).

Há um espaço de rearrumação de investimento e de novos clusters que abrem oportunidades a Portugal, porque Portugal é visto como fiável, com competência, ágil, com uma plasticidade grande das empresas a adaptarem-se, seguro, com boas cadeias de valor. Dentro da Europa, mas com acesso a África, à América Latina e à própria Europa.

Pedro Reis

Ministro da Economia

O setor enfrenta ainda desafios ao nível da sustentabilidade, com várias pequenas e médias empresas a trabalharem no programa europeu clean aviation, na área dos combustíveis e das chamadas smart energies. Trata-se de uma área que vai assumir uma relevância cada vez maior para o setor e que apresenta oportunidades para as empresas nacionais. Ainda ao nível da sustentabilidade, o novo aeroporto de Lisboa deverá ser o primeiro capaz de integrar energias verdes na sua conceção.

Um conjunto de projetos que confirma o grande desenvolvimento registado pela indústria aeronáutica em Portugal nos últimos anos e que reforça o potencial do país para continuar a atrair novos investimentos, posicionando-o a nível global nesta indústria. De olho no futuro, o ministro da Economia identifica “um espaço de rearrumação de investimento e de novos clusters que abrem oportunidades a Portugal, porque Portugal é visto como fiável, com competência, ágil, com uma plasticidade grande das empresas a adaptarem-se, seguro, com boas cadeias de valor. Dentro da Europa, mas com acesso a África, à América Latina e à própria Europa”. “Um conjunto de ingredientes que nos pode fazer acreditar que nos próximos anos podemos atrair um crescimento mais sustentável e acelerar as nossas metas”, remata Pedro Reis.

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