PLMJ assessora fundo Ardian na compra da Akuo, produtora de energias renováveis francesa

A assessoria jurídica envolveu uma equipa multidisciplinar da PLMJ, que assegurou a due diligence a alguns dos projetos da Akuo, bem como nos aspetos relacionados com o enquadramento regulatório.

A PLMJ assessorou a Ardian, um dos maiores fundos de private equity do mundo, na aquisição da Akuo, produtora de energias renováveis francesa com vários projetos em Portugal, uns em fase de desenvolvimento e construção, outros já em operação.

A assessoria jurídica envolveu uma equipa alargada e multidisciplinar da PLMJ, que assegurou a due diligence a alguns dos projetos da Akuo, bem como nos aspetos relacionados com o enquadramento regulatório e transacional e ainda com a contratação de seguros de W&I. A assistência nesta operação durou cerca de cinco meses, contando com uma auditoria de cerca de três meses e um período de negociação dos contratos e seguros de transação até à assinatura de cerca de dois meses.

“A natureza multidisciplinar da assistência, sobretudo na fase da auditoria, implicou a colaboração de equipas de diversas áreas de prática da PLMJ, desde Energia e Projetos, Regulatório e Direito Público (Ambiente e Urbanismo), Imobiliário, passando por Corporate e Financeiro, envolvendo cerca de 15 advogados”, explicou à Advocatus fonte oficial da PLMJ.

A equipa foi liderada por Diogo Perestrelo, sócio co-coordenador de Corporate M&A da PLMJ, contou com João Marques Mendes, sócio responsável pela área de Energia da PLMJ e com os advogados Nuno Serrão Faria e David Cuba Topete (Corporate M&A), Sofia Nogueira Leite (Imobiliário e Turismo) e Maria Gorjão Henriques (Público).

Diogo Perestrelo, coordenador da área de Corporate M&A da PLMJHugo Amaral/ECO

Este investimento permite acelerar o crescimento dos projetos da Akuo e reforça o compromisso da Ardian com a transição energética. A Ardian investe em energias renováveis desde 2007, posicionando-se como pioneira na transição energética”, segundo comunicado do escritório.

“Esta assessoria foi particularmente desafiante pela complexidade intrínseca dos projetos de energia objeto da auditoria, nas suas vertentes de licenciamento/regulatória, contratual, técnica e operacional. Estes projetos solares de grande escala, que no caso português se encontravam em diferentes etapas de desenvolvimento, construção e operação, envolveram um volume de informação e um acervo documental elevados, cuja análise de risco implicou, para além de um estudo profundo e rigoroso dos quadros legais e regulatórios aplicáveis, uma gestão e comunicação cuidada com as equipas de projeto e comerciais da sociedade-alvo”, explicou a mesma fonte oficial. “Para além disso, a estruturação contratual do negócio foi em si mesma desafiante pela necessidade de cobrir adequadamente os riscos identificados em determinados projetos (espalhados por várias geografias) num instrumento contratual denso, complexo e regulado por lei não-portuguesa. A tudo isto juntou-se um calendário exigente, que implicou que a operação seguisse a um ritmo bastante acelerado, e a multiplicidade de equipas de advisors em várias jurisdições, gerando a necessidade de alinhamento dos diversos prazos e contributos e de uma articulação permanente”, concluiu.

A empresa de renováveis Akuo detém a central solar de Santas, localizada nos concelhos de Monforte, Borba e Estremoz, no Alentejo. O valor deste negócio, que está sujeito às habituais aprovações regulatórias, não foi revelado.

Desde 2007 que a Ardian investe em renováveis e, através de fundos de infraestruturas, gere mais de oito gigawatts (GW) de capacidade de energia térmica e renovável na Europa e nas Américas e tem mais de 35 mil milhões de dólares (cerca de 32 mil milhões de euros) sob gestão.

Esta transação reflete o nosso compromisso em dar suporte a plataformas de infraestruturas empreendedoras de alto potencial na sua jornada para a industrialização e crescimento como parte da transição energética”, comentou o co-responsável de Infraestruturas na Europa da Ardian, Benoit Gaillochet, em comunicado enviado aos meios de comunicação social em março.

Fundada em 2007, e apoiada pela ICG desde 2022, a Akuo faz produção de energia renovável (energia eólica e fotovoltaica) e armazenamento em 12 países na Europa e na América. Os novos donos comprometem-se a “alavancar” a expertise no setor das energias renováveis para apoiar a Akuo na próxima fase de crescimento, através da “capacidade financeira necessária” para os ajudar a avançar com os projetos que tem em desenvolvimento.

A capacidade de produção e de armazenamento da Akuo deverá atingir os cinco GW até 2030. “Esta aquisição é uma excelente oportunidade para a Akuo, que beneficiará da Ardian como parceira de longo prazo para dar suporte à sua próxima fase de crescimento. A Ardian permitirá que a Akuo não apenas otimize os seus negócios e expanda a sua presença internacional, mas também inove mais rapidamente para dar resposta aos desafios energéticos do amanhã”, referiu o cofundador da Akuo, Éric Scotto.

Em 2017, a sociedade de private equity Ardian comprou a concessionária de autoestradas Ascendi à construtora Mota-Engil e ao Novobanco.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Comentários ({{ total }})

PLMJ assessora fundo Ardian na compra da Akuo, produtora de energias renováveis francesa

Respostas a {{ screenParentAuthor }} ({{ totalReplies }})

{{ noCommentsLabel }}

Ainda ninguém comentou este artigo.

Promova a discussão dando a sua opinião