Sair da penumbra económica exige acima de tudo um certo estado de espírito. É preciso que as pessoas acreditem na força da meritocracia e que invistam em si próprias.
A discussão política em Portugal parece estar a mudar, e o desenvolvimento económico parece estar a tomar conta do debate. Ao contrário de outras épocas, em que discutir a economia causava espécie a muita gente, há hoje uma certa sensação de que, finalmente, o eleitorado começa a perceber que o destino da nossa economia poderia ser outro com outras políticas. Trata-se de um desenvolvimento que devemos saudar. Por um lado, revela a integração de Portugal numa mundividência que leva os cidadãos a comparar o seu pequeno burgo com o mundo que os rodeia. O paroquialismo cede assim o lugar ao cosmopolitismo. Por outro lado, essa sensação de emancipação também revela a necessidade (e a vontade?) de os cidadãos saírem da grande estagnação em que o país mergulhou nas últimas duas décadas.
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