E os pastéis de nata podem crescer mais de 3%?

Podemos questionar indicadores e estatísticas mas o que interessa é que os pastéis de nata (que a The Economist associa à imagem de Portugal) são bons e podem ser ainda melhores.

O crescimento da economia portuguesa, acima de 2%, é destacado pela The Economist no ranking da OCDE e há motivos para celebrar este bom momento que se deve às exportações, turismo, consumo das famílias, controlo da inflação e impulso de estrangeiros que procuram Portugal para viver.
Mas há problemas estruturais por resolver com urgência e custos de contexto há muito identificados que continuam a prejudicar as empresas portuguesas, e a asfixia fiscal não ajuda, se queremos continuar em destaque nestes rankings.
A verdade é que estamos a crescer apesar do Estado e precisamos de crescer com maior apoio do Estado. Todos sabemos que precisamos de crescer 3% a 5% ao ano para sair das últimas carruagens da locomotiva europeia e esse deveria ser o nosso foco. Tudo o resto é secundário, num país que perde tempo e energia em inúteis tricas políticas internas e tem um estranho hábito de adiar soluções.
Se o Estado for mais rápido nos licenciamentos e a reduzir burocracia; se o custo da energia baixar; se for resolvido ou atenuado o grave problema da habitação; se houver uma estratégia de atração de imigração qualificada; se as empresas e a classe média deixarem de ser tão penalizadas; se as empresas médias passarem a grandes e as grandes ganharem escala; então estaremos em condições de crescer sustentadamente 3, 4 ou 5 por cento.
Podemos questionar indicadores e estatísticas como as que foram agora apresentadas pela prestigiada revista internacional, mas o que interessa é que os pastéis de nata (que a The Economist associa à imagem de Portugal) são bons, podem ser ainda melhores e o desafio é produzir e exportar mais, com maior margem, para que a pastelaria lusitana continue a destacar-se nos rankings internacionais.

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