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Hoje em dia, fala-se na cloud como um novo paradigma transversal a toda a sociedade, um modelo inovador, revolucionário e muitas vezes controverso no seio da comunidade tecnológica e jurídica.
É uma verdade inquestionável que a transformação digital é um processo disruptivo que já se encontra em curso no setor jurídico, nomeadamente no mercado competitivo em que se insere a profissão do Advogado.
Hoje em dia, fala-se na cloud como um novo paradigma transversal a toda a sociedade, um modelo inovador, revolucionário e muitas vezes controverso no seio da comunidade tecnológica e jurídica.
Pelas product-stores que comercializam o mais variado de soluções, encontramos, com relativa facilidade e enorme procura, um significativo número de aplicações que se propõem a mudar a nossa vida, a tornar-nos mais eficientes, organizados e que nos prometem dar mais tempo para alcançar o tão ambicionado equilíbrio entre a vida profissional e pessoal.
Porém, nem sempre é fácil fazer descer o conceito da nuvem à “terra”, pelo menos de forma objetiva e concreta, que forneça respostas simples a perguntas complexas tais como: Que ferramentas é que efetivamente me poderão ajudar a ser mais produtivo? Existirão soluções únicas que resolvam todos os meus problemas? Existem aplicações novas no mercado. O que fazer com o investimento já efetuado nas ferramentas anteriormente adquridas?
Como ponto de partida, apontamos um facto também ele indiscutível que é de o digital se caracterizar por ser uma realidade incontornável neste processo e impossível de prescindir, seja qual for a dimensão que se pretenda abordar.
Porém, parece não haver uma solução única que dê resposta a todos os requisitos da profissão ou do modelo orgânico da estrutura, existindo, é certo, algumas com mais funcionalidades que vão ao encontro de um número maior de necessidades, mas que, ainda assim, são incapazes de resolver todos os problemas estruturais na gestão do dia-a-dia do advogado.
Perante esta dificuldade, os advogados tendem a olhar para o “topo do edifício”, ou seja, para a necessidade de aquisição de sistemas de informação complexos, fechados, de difícil implementação e com um custo elevado, quando, na realidade, este processo pode ser feito de forma alargada, progressiva, gradual e step-by-step.
Em bom rigor, uma vez identificados os pontos críticos que podem (e devem) ser melhorados na gestão diária da organização em que se inserem, é possível identificar soluções que, isoladamente e com um investimento reduzido, podem resolver alguns, ou parte, dos problemas existentes, tendo em consideração que, na grande maioria dos casos, as ferramentas desenvolvidas e suportadas na tecnologia cloud permitem a integração com outros sistemas existentes na estrutura (faturação, CRM, gestão documental). Isto confere aos seus utilizadores a capacidade de implementar tecnologia de uma forma faseada, com controlo dos custos e adaptada à real dimensão do escritório.
Esta metodologia, é certo, não se encontra isenta de desvantagens, ainda que os pontos favoráveis sejam mais relevantes. É verdade que a gestão do licenciamento, de períodos de subscrição desfasados no tempo e da utilização de diferentes interfaces que resultam da utilização de diversos softwares pode revelar-se complicada, mas, por outro lado, reduzem o grau de dependência de só um fornecedor, ou mesmo de situações de paralisação completa que tenham como causa a inoperância, mesmo que temporária, de um sistema monolítico.
Não menos importante, com a adoção deste modelo, é possível fazer um cherry-picking de soluções, selecionado o melhor de vários mundos, das funcionalidades “fortes” que cabem num sistema e integrá-lo com outro(s) que sejam mais ajustados a outras vertentes, aproveitando o investimento já efetuado nas soluções já existentes e, em simultâneo, alavancando as vantagens que as novas ferramentas oferecem.
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