Startup de marketing digital Leadzai reestrutura negócio e corta 25% dos trabalhadores

A adtech, que integrou o primeiro lote de startups do Scaling Up da Unicorn Factory Lisboa, justifica a redução da equipa com a necessidade de se posicionar "de forma mais competitiva".

A Leadzai, startup que atua no mercado da publicidade online, avançou para uma reestruturação que levou à redução de 17 postos de trabalho, um corte de 25% na equipa que passou a ter 51 pessoas, confirmou o ECO junto da empresa. “Posicionar a Leadzai de forma mais competitiva no mercado” e a perda de um parceiro “com o qual tinham feito investimento significativo” justificam esta reorganização da adtech que integrou o arranque do programa Scaling Up da Unicorn Factory Lisboa.

“Nos últimos dois anos, o mercado da inteligência artificial e da publicidade digital tem evoluído, e consequentemente alterado comportamentos a um ritmo muito superior do que nos anos anteriores. É nossa função tentar antecipar essas alterações e tendências, e posicionar a Leadzai da forma mais competitiva no mercado. Esta reorganização deve-se a essa procura constante pelo posicionamento certo“, justifica João Aroso, fundador e CEO da Leadzai, ao ECO.

A perda de um parceiro com o qual fizeram um “investimento significativo” também impactou decisão. “Efetivamente, existiu um parceiro com o qual terminamos uma relação no final do ano e, que apesar de não ter sido em 2024 uma grande parte das nossas receitas, foi um parceiro com o qual fizemos um investimento significativo e que tínhamos planeado obter o retorno desse investimento de 2025 em diante”, explica o fundador da adtech. “Infelizmente o parceiro, fruto desta dinâmica de mercado, decidiu fazer uma aquisição estratégica de uma outra empresa que acabou por incompatibilizar de alguma forma o plano que tínhamos”, sintetiza.

Reestruturação com impacto na equipa

O contexto determinou uma reestruturação, com redução de pessoal. “Terminámos a relação com 17 colaboradores, embora este número não corresponda diretamente a 17 postos de trabalho efetivos. Atualmente, passamos a ser 51″, precisa o gestor. Um corte de 25% na equipa.

O responsável destaca que, no processo, os trabalhadores foram tratados “todos por igual, independentemente do vínculo contratual“, diz. “Acreditamos que a relação com os colaboradores deve sobrepor-se ao formalismo que, por vezes, poderia permitir à empresa cortar custos de uma forma menos humana”, acrescenta.

Enquanto fundador, é uma altura particularmente difícil porque todas estas pessoas apostaram no meu sonho. São pessoas que contrataria novamente se voltasse atrás no tempo.

João Aroso

Fundador e CEO da Leadzai

Nesse sentido, a Leadzai fez um “acordo com uma empresa especializada na recolocação de talento no mercado“, tendo ainda reforçado “parceria com a empresa de saúde mental com quem trabalhamos há dois anos, que estará disponível tanto para apoiar os colaboradores que saem como para os que ficam”, descreve.

“Sabemos que a vulnerabilidade financeira é apenas um dos ângulos de um momento como este, e que a vulnerabilidade emocional pode ser igualmente desafiante ou até mais. O nosso compromisso é garantir que todos, independentemente da sua situação, tenham acesso ao suporte necessário para atravessar esta fase da melhor forma possível”, justifica.

O processo está “praticamente concluído”, tendo sido encontradas “soluções individuais para várias pessoas”.

“Enquanto fundador, é uma altura particularmente difícil porque todas estas pessoas apostaram no meu sonho. São pessoas que contrataria novamente se voltasse atrás no tempo. Enquanto CEO tenho de garantir que posiciono a Leadzai da forma mais competitiva para garantir o futuro dos 51 que são hoje colaboradores”, diz.

João Aroso, fundador e CEO da Leadzai

Atuando na área da publicidade online, ajudando micro e pequenas empresas a angariar clientes através do marketing digital, “em Portugal o negócio está maduro e estável em termos de crescimento”, representando o mercado externo “praticamente 80%” das receitas.

“O mercado americano é, de longe, o maior do mundo na nossa área. O investimento em crescimento através de canais digitais por parte das micro e pequenas empresas americanas não tem paralelo. Continuaremos a apostar em mercados maduros e de escala“, adianta João Aroso, quando questionado sobre qual a aposta estratégica para o futuro.

Até ao momento, a adtech já levantou cerca de 10 milhões no mercado.

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BCE corta novamente juros em 25 pontos base. Taxa de depósitos baixa para 2,75%

O banco central liderado por Christine Lagarde anunciou a quarta descida seguida no custo do euro, numa altura em que o foco já passou do controlo da inflação para o crescimento da economia.

O Conselho do Banco Central Europeu (BCE) voltou esta quinta-feira a cortar as taxas de referência em 25 pontos base, numa decisão que era antecipada pelos investidores e analistas e fundamentada pelos “ventos contrários” que economia da Zona Euro enfrenta. Trata-se da quarta vez consecutiva que a autoridade da política monetária corta as taxa de juro.

Com esta decisão, anunciada pelo Conselho do BCE em Frankfurt, na Alemanha, a taxa de juro da facilidade permanente de depósito baixa para 2,75%, alcançando o valor mais baixo desde fevereiro de 2023.

“Em particular, a decisão de baixar a taxa da facilidade permanente de depósito – a taxa através da qual o Conselho do BCE orienta a orientação da política monetária – baseia-se na sua avaliação actualizada das perspetivas para a inflação, da dinâmica da inflação subjacente e da força da transmissão da política monetária“, referiu o BCE em comunicado.

A taxa de juro aplicável às operações principais de refinanciamento e a taxa de juro da facilidade permanente de cedência marginal de liquidez fixam-se em 2.90% e 3.15%, respetivamente. As novas taxas entrarão em vigor a 5 de fevereiro.

A instituição liderada por Christine Lagarde adiantou que o processo de desinflação “está no bom caminho”, com a inflação a evoluir, em geral, de acordo com as projeções dos especialistas do BCE e deverá regressar ao objetivo de médio prazo de 2% fixado pelo Conselho no decurso do corrente ano.

“A maioria das medidas da inflação subjacente sugere que a inflação se fixará em torno do objetivo numa base sustentada”, referiu, explicando que a inflação interna permanece elevada, sobretudo porque os salários e os preços em determinados sectores ainda estão a ajustar-se ao anterior aumento da inflação com um atraso substancial.

Notou, contudo, que o crescimento dos salários está a moderar, como esperado, e os lucros estão a amortecer parcialmente o impacto na inflação.

Os recentes cortes nas taxas de juro estão a tornar gradualmente os novos empréstimos menos onerosos para as empresas e as famílias, acrescentou BCE, antes de concluir embora a economia continue “a enfrentar ventos contrários” o aumento dos rendimentos reais e o desvanecimento gradual dos efeitos da política monetária restritiva “deverão apoiar uma retoma da procura ao longo do tempo”.

(notícia atualizada às 13h24 com mais informação )

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Quase metade dos jovens qualificados admite mudar de emprego em 2025

Falta de oportunidades de formação e procura de melhor equilíbrio entre vida pessoal e profissional levam quase metade dos jovens a admitirem mudar de emprego durante este ano.

Quase metade dos jovens portugueses qualificados e com experiência no mercado de trabalho está disposta a mudar de emprego este ano, de acordo um novo relatório da empresa de recursos humanos Gi Group Holding. O descontentamento face à falta de progressão na carreira e de oportunidades de formação, assim como a procura de condições de trabalho que privilegiem o bem-estar, explicam esta abertura, que também sido sentida entre os jovens de outros países.

“Cerca de 45% dos jovens portugueses com formação superior e experiência profissional considera mudar de emprego em 2025. Os resultados mostram uma tendência crescente de mobilidade no mercado de trabalho“, lê-se no relatório divulgado esta quinta-feira, que tem por base as respostas de mais de três mil jovens graduados (dos 24 aos 40 anos) de 12 países (incluindo Portugal).

Entre os fatores que mais pesam nas decisões dos jovens portugueses estão as condições de trabalho que proporcionam um “equilíbrio sólido” entre a vida profissional e pessoal (70% dos inquiridos consideram esse equilíbrio essencial), mas também as oportunidades de formação contínua (que foram destacadas por 71% dos inquiridos). Os jovens valorizam, segundo mostram os dados, a “possibilidade de adquirirem novas competências e crescerem profissionalmente”.

Por outro lado, 68% dos inquiridos revelaram apreciar as soluções de trabalho híbridas. Um dado pertinente tendo em conta que, lá fora, várias multinacionais têm imposto o regresso ao modelo 100% presencial aos seus trabalhadores.

Entre os vários países estudados é uniforme a valorização da formação contínua, mas Portugal lidera no que diz respeito ao foco dos jovens no equilíbrio entre vida pessoal e profissional.

Já quando questionados sobre o método de procura de emprego, 56% dos entrevistados referiram o envio de CV’s em resposta a anúncios de emprego, sendo este “um dos métodos mais comuns para procurar trabalho”. Além disso, 39% dos portugueses utilizam o LinkedIn para procurar emprego, colocando-o como a quarta opção mais popular.

“Entre os canais mais eficazes para encontrar emprego, o word-of-mouth [passa-a-palavra] destaca-se em Portugal, com uma taxa de conversão de 42%, uma das mais altas na Europa. Este método é especialmente eficaz em todos os países europeus analisados, refletindo o papel importante das redes pessoais de contatos, como amigos e familiares, no apoio à procura de trabalho”, remata a Gi Group Holding.

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“Situação está fora de controlo”. Parlamento Europeu já tem equipa para responder à crise da habitação

A nova comissão especial terá um mandato de um ano e além de apresentar propostas legislativas, ajudará Bruxelas a elaborar e executar o Plano de Habitação Acessível e a Estratégia de Habitação da UE.

A comissão especial para responder à crise da habitação (HOUS) no Parlamento Europeu já está a trabalhar e promete entregar propostas, análises e ajudar a Comissão Europeia na elaboração de um Plano de Habitação Acessível e a Estratégia de Habitação da União Europeia (UE), que servirá para impulsionar a construção de novas casas no bloco.

A situação no mercado da habitação está fora de controlo. Temos dados preocupantes sobre o acesso à habitação. Existem muitos europeus a usar quase metade do salário para pagar as suas casas, sejam prestações ou renda”, declarou Irene Tinagli, recém-eleita presidente da HOUS, esta quinta-feira, durante uma conferência de imprensa.

De acordo com a responsável italiana, embora o “fenómeno varie de país para país”, “o problema é comum a todos” e exige, por isso, uma resposta das instituições europeias. “Esta comissão é o primeiro passo para perceber o que é que aconteceu nos últimos anos e o que podemos fazer para ajudar as famílias. O direito a habitação é uma necessidade básica”, declarou a presidente da comissão.

Por ser uma comissão especial, a equipa da qual fazem Sebastião Bugalho, eurodeputado eleito pela Aliança Democrática, e Isilda Gomes, eleita pelo PS — estará operacional apenas durante um ano. Mas promete entregar durante esse período um “relatório com análises, ideias e propostas para dar resposta a um problema que afeta milhões de cidadãos”, garantiu Tinagli.

Além do relatório, a comissão está encarregue de fazer um levantamento das necessidades em matéria de habitação em cada Estado-membro e uma análise das políticas de habitação existentes na UE, assim como ajudar a Comissão Europeia na execução do plano para a criação de habitação a preços acessíveis e a estratégia europeia para impulsionar a construção no bloco europeu.

Esta comissão surge dias depois de o Eurostat ter divulgado dados que dão conta que os preços da habitação na União Europeia continuam a subir, com Portugal a destacar-se entre os países com as maiores subidas.

No terceiro trimestre do ano, os preços das casas em Portugal subiram 3,7% face ao trimestre anterior. Trata-se da segunda maior subida entre os países da União Europeia. Em termos homólogos, os preços aceleraram 9,8%, acima dos aumentos de 7,8% e 7% registados nos dois trimestres anteriores. Desde 2010, Portugal é um dos países onde os preços mais que duplicaram: dispararam 113%.

No panorama da UE, os preços da habitação aumentaram, no terceiro trimestre do ano que terminou: 2,6% na Zona Euro e 3,8% na UE, em comparação com o mesmo trimestre do ano anterior. Estas subidas superam os aumentos de 1,4% e 3,0% na Zona Euro e na UE, respetivamente, registados no segundo trimestre.

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Vítor Escária é arguido em caso de violação de segredo de Estado

  • ADVOCATUS
  • 30 Janeiro 2025

O Ministério Público interrogou na manhã desta quinta-feira Vítor Escária no âmbito da investigação que foi aberta à alegada violação de segredo de Estado e de segredo fiscal.

O Ministério Público interrogou na manhã desta quinta-feira Vítor Escária no âmbito da investigação que foi aberta à alegada violação de segredo de Estado e de segredo fiscal, avançou a CNN Portugal. Que diz ainda que o ex-chefe de gabinete de António Costa é agora arguido também nesse inquérito.

Em causa suspeitas de violação de segredo de Estado depois de ter sido encontrada uma pen drive, em novembro de 2023, nas buscas à residência oficial do então primeiro-ministro, António Costa, num cofre no gabinete de Vítor Escária, então chefe de gabinete de Costa. Essa pen drive contém alegadamente nomes e outros dados pessoais de centenas de agentes dos SIS e SIED, Polícia Judiciária e quadros das Finanças. Porém, essa pen já estaria no gabinete de Escária antes de este ter começado a função de chefe de gabinete de Costa.

Em maio, o ex-primeiro ministro António Costa foi ouvido pelo DCIAP mas na qualidade de “declarante” e não de arguido. A equipa do Ministério Público que está com a Operação Influencer, atualmente liderada pela procuradora Rita Madeira, decidiu ceder ao pedido feito por António Costa para ser ouvido no processo em que o antigo chefe de governo socialista foi identificado como suspeito de crime de prevaricação. A audição demorou cerca de uma hora e meia e não foi perguntado nada que não seja já público ao ex-líder socialista. Nem tão pouco foi referida a palavra ‘prevaricação’, o crime de que alegadamente Costa é suspeito.

António Costa é suspeito do crime de prevaricação devido a uma lei alegadamente negociada entre João Tiago Silveira e João Galamba para beneficiar Start Campus. Segundo o Ministério Público, o ex primeiro-ministro é suspeito da alegada prática do crime de prevaricação devido à aprovação do novo Regime Jurídico de Urbanização e Edificação no Conselho de Ministros do dia 19 de outubro de 2023.

Em abril do ano passado, o Supremo Tribunal de Justiça decidiu entregar a investigação ao DCIAP. Ou seja, o processo de António Costa passou para a primeira instância, igual a qualquer cidadão, perdendo o foro especial de primeiro-ministro. Mas estará a ser investigado de forma autónoma às restantes investigações que envolvem Vítor Escária, Diogo Lacerda de Machado e Rui de Oliveira Neves.

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Novobanco? “É decisão do acionista e está preparado para a consolidação”, diz líder do BPI

João Pedro Oliveira e Costa lembrou sucesso do BPI após ser adquirido pelo Caixabank e referiu que mais compras poderá ser "uma linha de atuação possível".

O avanço para a aquisição do Novobanco é um tema do acionista Caixabank, que “está preparado e tem experiência” em movimentos de consolidação, afirmou esta quinta-feira o presidente do BPI, João Pedro Oliveira e Costa.

O líder do banco português revelou que não tem qualquer mandato. “Não me disseram nada para tomar uma opção. (…) Será sempre o movimento do acionista, e não do BPI, porque o BPI não teria capital para esse movimento”, destacou João Pedro Oliveira e Costa na conferência de apresentação dos resultados anuais.

Ainda assim, lembrou que o Caixabank tem historial quando o tema é consolidação. “O CaixaBank foi executando um conjunto importante de consolidações, sobretudo em Espanha, com muito sucesso. A consolidação não é estranha ao Caixabank”, explicou.

“Estes movimentos foram feitos com enorme racionalidade, têm de criar valor para o acionista, melhorar a vida dos trabalhadores e o serviço dos clientes. Foi com essa linha de consolidação que tomou a posição no BPI. E se olharmos para os resultados do BPI nos últimos oito anos, esse movimento demonstra que é uma linha de atuação possível”, referiu.

Referindo-se diretamente sobre o Novobanco, João Pedro Oliveira e Costa diz ter ouvido “em vários locais” que está em curso “a montagem de um IPO”. “Sendo um IPO, vamos aguardar por esse momento”, apontou.

Horas antes, na apresentação de resultados do Caixabank, Gonzalo Gortázar, foi questionado pelos jornalistas sobre a possibilidade de o CaixaBank comprar outros bancos em Portugal, nomeadamente o Novobanco. O CEO foi taxativo: “Não contemplamos qualquer operação de crescimento que não seja de crescimento puramente orgânico em Portugal. Queremos que o BPI continue a crescer de maneira orgânica e sem aquisições”.

O BPI registou lucros de 588 milhões de euros em 2024, “o maior resultado de sempre, subindo 12% em comparação com o ano anterior.

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Ministério Público abre inquérito a caso de trabalhadoras despedidas do Bloco de Esquerda

  • ADVOCATUS
  • 30 Janeiro 2025

O Ministério Público abriu um inquérito para investigar o caso das trabalhadoras que foram despedidas do Bloco de Esquerda após terem sido mães.

O Ministério Público abriu um inquérito para investigar o caso das trabalhadoras que foram despedidas do Bloco de Esquerda (BE) após terem sido mães e em que dois casos terão sido alvo de contratos-fantasma, avançou o Observador.

Confirma-se a instauração de inquérito, o qual corre termos no DIAP de Lisboa“, confirmou a Procuradoria-Geral da República ao Observador. A notícia dos alegados despedimentos, ocorridos entre 2022 e 2024, tinha sido avançada pela revista Sábado.

O partido liderado por Mariana Mortágua negou ter despedido as cinco trabalhadoras por terem sido recentemente mães, tendo apresentado queixa à Entidade de Regulação da Comunicação Social. Segundo o BE, devido aos resultados das eleições legislativas de 2022, perdeu metade da subvenção mensal que recebia e e decidiu reduziu a “cerca de metade a sua rede de sedes e a sua estrutura profissional, em aproximadamente 30 pessoas”

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Quase três em cada dez empresas desaparecem no primeiro ano

Grande parte das novas empresas desaparece nos primeiros anos após a sua criação. A proporção de sobrevivência após um ano é de 73,6% e após três anos é de 48,9%. Em 2023, nasceram 246.741 empresas.

Perto de três em cada dez novas empresas não sobrevivem ao primeiro ano e mais de metade desaparece antes de completar o terceiro aniversário, revela o Instituto Nacional de Estatística (INE). Em 2023, nasceram em Portugal 246.741 empresas, que empregaram perto de 289 mil pessoas.

O número de empresas ativas em Portugal aumentou em 2023, com o número de novas empresas a superar as que desapareceram no mesmo ano. Segundo o INE, no final de 2023 havia 1.526.926 empresas em atividade, sendo que 246.741 foram criadas nesse ano, o que representa um aumento de 6,3% face a 2022. No mesmo período, estima-se que o número de mortes tenha atingido 175.457 empresas (+0,1%), um crescimento inferior ao dos nascimentos.

“A proporção de empresas sobreviventes um ano após o nascimento fixou-se em 73,6% (-1,9 p.p. face a 2022) e as sobreviventes três anos após o nascimento corresponderam a 48,9% (+0,4 p.p. em relação ao ano anterior)”, detalha o INE no comunicado divulgado esta quinta-feira.

Em 2023, o nascimento de empresas individuais cresceu 6%, ascendendo a 200.355 empresas, enquanto o nascimento de sociedades aumentou 7,4% (+28,1% e +9,3% em 2022, respetivamente). Apesar disso, o número de nascimentos de sociedades ainda se encontra abaixo do valor registado no período pré-pandemia (-0,4% comparativamente a 2019).

As novas empresas empregaram, em 2023, 288.912 pessoas e geraram 4.691 milhões de euros de volume de negócios, um crescimento de 8,8% e 2,3% face ao ano anterior. “Em termos líquidos, diferença entre os nascimentos e mortes, registou-se um saldo positivo no número de empresas, do pessoal ao serviço e do volume de negócios”, sintetiza o instituto.

No que toca a sociedades de elevado crescimento, designadas gazelas, em 2023 existiam 6.949 sociedades, mais 23,3% que no ano anterior, representando 12,5% do total das sociedades não financeiras com dez ou mais pessoas remuneradas, 19,3% do pessoal ao serviço, 14,5% do volume de negócios e 18,4% do valor acrescentado bruto (VAB).

O número de sociedades não financeiras jovens de elevado crescimento, designadas gazelas, aumentou 8,3% em 2023 (10,8% em 2022), totalizando 665 sociedades. O conjunto das gazelas foi responsável por um VAB de 1.309 milhões de euros, mais 177 milhões de euros, correspondendo a 1,2% do total das sociedades não financeiras com dez ou mais pessoas remuneradas (valor idêntico ao do ano anterior), revela o INE.

Transportes e armazenagem lidera aumentos

Os setores dos outros serviços, construção e atividades imobiliárias, comércio e alojamento e restauração concentraram o maior número de nascimentos de empresas (58,0%, 8,9%, 8,5% e 7,5%).

“Entre os setores com um aumento no nascimento de empresas, destacaram-se os transportes e armazenagem, a informação e comunicação e o alojamento e restauração, com aumentos de 53,4%, 11,8% e 11,3% face a 2022, respetivamente. Já a indústria e energia registou uma descida no número de nascimento de empresas, de 11% face ao ano anterior.

No que se refere às mortes de empresas, estima-se que os outros serviços, o comércio e a agricultura e pescas registaram o maior número de situações (57,8%, 10,5% e 8,0%). O setor dos transportes e armazenagem evidenciou um maior crescimento no número de mortes entre 2022 e 2023 (+17,8%), seguido da Informação e comunicação (+11,8%), acrescenta o INE.

 

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Mónica Azevedo é a nova consultora da SRS Legal

Mónica Azevedo integra a SRS Legal como consultora, para reforçar o departamento de Life Sciences & Healthcare, liderado pela sócia Leonor Pissarra.

A SRS Legal reforçou a equipa do Porto com a integração de Mónica Azevedo, na qualidade de consultora. A advogada, que transita da Cuatrecasas, integrará o departamento de Life Sciences & Healthcare, liderado pela sócia Leonor Pissarra.

“Para além do foco na indústria farmacêutica e hospitalar, o departamento de Life Sciences & Healhtcare da SRS Legal passará agora a incluir o Direito Médico no leque de serviços que presta aos seus clientes, cobrindo assim todo o espetro de assessoria jurídica ao setor da saúde”, revela a firma em comunicado.

Mónica Azevedo possui mais de 15 anos de experiência na área médica, sendo a sua contratação um reflexo do “compromisso da SRS Legal em consolidar a sua posição como referência em áreas estratégicas, que lhe permite a prestação de serviços jurídicos de excelência em todo o território nacional”.

A contratação da Mónica Azevedo reforça a nossa aposta de diversificação de competências no setor da saúde, passando a dispor de uma capacidade de resposta ampliada e altamente especializada no contencioso da responsabilidade médica, área em que se observa um incremento assinalável de litígios. Entusiasma-nos a estratégia de ampliação da nossa presença e oferta no mercado tão importante e vibrante do Porto e da região norte do país”, sublinham os managing partners César Sá Esteves e Octávio Castelo Paulo.

Mónica Azevedo vai atuar na área do Porto e, segundo a SRS, evidencia assim a aposta do escritório no norte do país “para melhor servir as necessidades crescentes dos seus clientes com presença e atividade nessa região”.

A SRS Legal dispõe de uma equipa pluridisciplinar focada na zona Norte de Portugal, liderada pela sócio Nuno Miguel Prata (Corporate & Finance), que inclui Francisco Castro Guedes e Diogo Feio (Fiscal) e Paulo de Sá e Cunha (Penal e Sancionatório).

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Multipessoal passa a Clan e reforça aposta no digital

Portuguesa Multipessoal passa a chamar-se Clan. Nome que até agora dizia respeito apenas ao seu braço digital passa a ser o seu título oficial. Ainda assim, lojas físicas mantêm-se.

A Multipessoal, empresa de recursos humanos portuguesa, decidiu aproveitar 2025 para reforçar a sua aposta na digitalização, numa altura em que a procura de emprego tem sido transferida, cada vez mais, para o universo virtual. Assim, a partir deste mês, passa a chamar-se Clan, assumindo oficialmente o nome que até agora designava apenas a sua ferramenta digital de emprego.

“Hoje parece-nos disparatado ter de ir a uma loja procurar emprego. Vamos para o digital, porque temos de responder a todos“, sublinhou esta quinta-feira André Ribeiro Pires, COO do Clan (anterior Multipessoal), num evento de apresentação que decorreu em Lisboa.

De acordo com o responsável, com mais de 30 anos de história, esta empresa conta hoje com dez mil trabalhadores ativos e cerca de três mil candidatos de emprego por dia. Para estes candidatos, continuarão a estar disponíveis as lojas físicas do Clan, mas a aposta nos canais digitais é agora reforçada.

“Mantendo a relação humana, moderna e inovadora, que é o que gostaríamos que nos marcasse para sempre”, assinalou o COO esta manhã.

Já Eduardo Lopes, diretor de marketing, da empresa em questão realçou: “Mais do que prometer empregos de sonho, queremos não falhar com as pessoas e conseguir o compromisso de, quando elas precisam, estarmos prontos“.

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Cruzeiros tiveram impacto de 61 milhões na economia da Madeira em 2024

Turismo de cruzeiro na Madeira registou, em 2024, o melhor ano de sempre, ultrapassando a marca histórica de 700 mil passageiros. Impacto direto dos cruzeiros na economia regional foi de 61,4 milhões.

Os portos da Madeira bateram recordes no ano passado e tiveram o melhor ano de sempre, ao movimentar 728.604 passageiros e 271.974 tripulantes, o que representa um crescimento de 16,7% e 12,3%, respetivamente, em relação ao ano anterior. A Administração dos Portos da Região Autónoma da Madeira (APRAM) calcula que os cruzeiros tiveram um impacto de 61,4 milhões na economia regional.

“Foi um ano notável. Pela primeira vez, atingimos a marca histórica de 700 mil passageiros de cruzeiros, que tiveram um efeito multiplicador no tecido económico madeirense com impacto no comércio, na restauração, nas empresas de animação turística e em muitos outros serviços”, sintetiza a presidente do conselho de administração da APRAM, Paula Cabaço, sublinhando o aumento do número de pernoitas de navios no Porto do Funchal.

Pela primeira vez, atingimos a marca histórica de 700 mil passageiros de cruzeiros, que tiveram um efeito multiplicador no tecido económico madeirense com impacto no comércio, na restauração, nas empresas de animação turística e em muitos outros serviços.

Paula Cabaço

Presidente da Administração dos Portos da Região Autónoma da Madeira (APRAM)

Das 316 escalas de navios recebidas em 2024, um aumento de 13,26% em relação ao ano anterior, 88 foram pernoitas. “Com mais tempo em porto, os turistas de cruzeiro têm mais oportunidades e disponibilidade para aproveitaram a oferta da cidade, o que se traduz num maior impacto na economia local, com benefícios para atividades como a restauração, o comércio e atividades culturais e de lazer”, afirma Paula Cabaço, em comunicado.

A Administração dos Portos da Região Autónoma da Madeira dá nota que 2024 “foi também um ano bastante positivo” no que toca às estreias. Foram 23 navios que fizeram escala inaugural no Funchal, sendo que desses, seis foram de navios começaram a navegar nesse ano. “Dos sete navios lançados no ano passado pelas principais companhias de cruzeiros, seis fizeram escala no Porto do Funchal”, diz Paula Cabaço, adiantado que todo este crescimento foi traduzido num impacto direto de 61,4 milhões de euros na economia regional, o que corresponde a um aumento de 20,3% comparativamente a 2023.

Fonte: APRAMAPRAM

Outro parâmetro em crescimento foi o abastecimento de navios de cruzeiro. Em 2024, os Portos da Madeira registaram 73 operações logísticas ao longo do ano, representando um aumento de 73,8% em relação ao ano anterior. “Um claro sinal o aumento da competitividade do Porto do Funchal e da confiança que as companhias têm na capacidade de resposta das infraestruturas e recursos portuários regionais”, avança a APRAM. “São as empresas regionais que mais beneficiam destas operações”, assinala Paula Cabaço.

A região da Madeira alcançou, em 2024 o prémio de Melhor Terminal de Cruzeiros do Mundo em termos de Sustentabilidade, atribuído pelos World Cruise Awards”.

As nossas previsões apontam para mais um ano de crescimento”, conclui a presidente da Administração dos Portos da Região Autónoma da Madeira.

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BIGhub levanta dez milhões para criar serviço de pagamento no próprio dia e impulsionar crescimento

Desse montante, oito milhões é para a criação do serviço de pagamento no próprio dia, o BIGcash, para os lojistas nos marketplaces.

Equipa BiGhub

A BIGhub, startup portuguesa dedicada à integração de lojas em marketplaces europeus, levantou dez milhões de euros para a criação de um serviço de pagamento no próprio dia aos lojistas e anunciantes nos marketplaces e impulsionar o seu crescimento.

“É com entusiasmo que recebemos este investimento perfeitamente alinhado com o nosso foco estratégico em capitalizar o crescimento da empresa, tanto a nível interno, com o aumento da equipa, como a nível externo, para a expansão de novos mercados”, diz Rúben Lamy, fundador e CEO da BIGhub, citado em comunicado.

A startup recebeu uma injeção de capital de dois milhões de euros, por parte da Blue Crow Capital, ficando em aberto mais um milhão de euros, com as mesmas condições da ronda, por parte de um outro investidor estratégico, informa. Esse montante “servirá para ativar o crescimento da equipa e expandir a marca para novos mercados”.

Hoje a empresa opera no mercado português, espanhol, alemão, italiano e francês e conta com 41 colaboradores. A expectativa é contratar mais 25 pessoas, adianta fonte oficial ao ECO, embora sem precisar um prazo.

Além destes dois milhões, soma-se um financiamento de oito milhões de euros, também da BlueCrow Capital, especificamente “para criar a BIGcash, um serviço que permite o pagamento no próprio dia aos lojistas e anunciantes dentro dos marketplaces, em vez de esperarem os habituais 45 dias”, informa a empresa.

Fundada em 2022, a BIGHub posiciana-se como uma aceleradora de vendas, ajudando empresas a destacar os seus produtos nos maiores marketplaces europeus. Já abriram 400 lojas e faturaram mais de cinco milhões de euros, segundo informa comunicado.

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