PJ faz buscas na Câmara de Montijo por suspeitas de corrupção

Em causa estão suspeitas dos crimes de corrupção, participação económica em negócio e abuso de poder, relacionados com a substituição do pavimento de um parque infantil no parque municipal do Montijo.

A Polícia Judiciária (PJ) realizou esta terça-feira buscas na Câmara Municipal do Montijo e numa empresa com a qual a autarquia estabeleceu contratos de adjudicação de obras públicas, sem o cumprimento das regras de contratação pública.

Em causa estão suspeitas dos crimes de corrupção, participação económica em negócio e abuso de poder, relacionados com a substituição do pavimento de um parque infantil no parque municipal do Montijo, cujo valor ronda os 250 mil euros.

“O município, de forma a contornar as obrigações decorrentes da contratação pública, ao invés de ter realizado um único procedimento através de concurso público, realizou dois procedimentos distintos através de consulta prévia, tendo os contratos sido adjudicados à mesma empresa”, revela a PJ em comunicado.

Na operação, que contou com 20 inspetores, oito peritos da Unidade de Perícia Tecnológica e Informática da PJ e dois magistrados do Ministério Público, foi apreendido “relevante material probatório”.

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Cabo Verde abre concurso internacional para projetos fotovoltaicos em ‘parceria’ com Portugal

Os projetos serão integralmente financiados ao abrigo do acordo que contempla a conversão de dívida cabo-verdiana para com Portugal em investimento climático.

O Governo de Cabo Verde lançou um concurso público internacional para reforçar a capacidade de produção de energia fotovoltaica para a mobilização de água, ao qual poderão concorrer, até ao próximo dia 16 de junho, empresas portuguesas, individualmente ou em consórcio com empresas cabo-verdianas.

Os projetos serão integralmente financiados ao abrigo do memorando de entendimento, celebrado entre Cabo Verde e Portugal, o qual contempla a conversão de dívida cabo-verdiana para com país europeu em investimento climático.

Com um investimento total de 346 milhões de escudos cabo-verdianos, equivalentes a 3,141 milhões de euros, o projeto, a realizar na Ilha de Santiago, está dividido em dois lotes: o lote 1 visa o fornecimento e instalação de sistemas solares para autoconsumo em estações elevatórias da Empresa Águas de Santiago. Já o segundo lote destina-se ao fornecimento e instalação de sistemas solares para autoconsumo, em furos de água subterrânea.

Com este projeto, Cabo Verde irá tirar partido das energias renováveis, no caso o solar fotovoltaico, para dar resposta a um desafio muito concreto que enfrenta, que é o abastecimento de água, de uma forma sustentável e económica”, defende a ministra do Ambiente e Energia de Portugal, Maria da Graça Carvalho, citada no comunicado enviado à imprensa.

Entre os projetos já abrangidos pela parceria inclui-se o concurso público para o Repowering da Central Fotovoltaica de Palmarejo, na Ilha de Santiago, em Cabo Verde, lançado em novembro de 2024.

A mesma indica que espera alargar este tipo de iniciativa no âmbito da Comunidade de Países de Língua Portuguesa, decorrendo já negociações avançadas com São Tomé e Príncipe. Este mecanismo, lançado com uma dotação de 12 milhões de euros por parte de Portugal, foi recentemente prolongado até 2030, com um novo teto máximo de 42,5 milhões de euros.

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Aguiar-Branco reeleito presidente da Assembleia da República com 202 votos a favor

Votação é secreta, mas o PS e o Chega anunciaram que iriam votar favoravelmente a proposta do PSD para a reeleição do atual presidente da Assembleia da República. Aguiar-Branco teve 202 votos a favor.

José Pedro Aguiar-Branco foi esta terça-feira reeleito presidente da Assembleia da República, com 202 votos a favor. A eleição à primeira volta ocorreu no primeiro dia da nova legislatura e após conversações prévias do PSD com o PS e o Chega, uma vez que é necessária maioria absoluta dos votos dos deputados. O social-democrata considerou que esta será uma das legislaturas “mais exigentes da democracia”, mas que são possíveis “consensos”.

O PSD anunciou oficialmente na segunda-feira à tarde que iria propor José Pedro Aguiar-Branco novamente para presidente da Assembleia da República (PAR). O PS indicou que iria votar favoravelmente o nome do social-democrata, bem como o Chega. Na votação desta tarde, além dos 202 votos favoráveis, registaram-se 25 votos em branco e três nulos.

Temos uma legislatura exigente, das mais exigentes da nossa democracia“, afirmou Aguiar-Branco no primeiro discurso após a eleição, no qual prometeu que a mesa da Assembleia será equidistante e respeitadora de todos os eleitos, porque “só assim” é possível respeitar “a vontade popular expressa em eleições livres”.

Nunca irão ver em mim como deputado, como PAR ou simplesmente como pessoa sinal de hostilidade ou agressividade com qualquer outro deputado independentemente do seu partido.

José Pedro Aguiar Branco

Presidente da Assembleia da República

Aguiar Branco assinalou que foi eleito presidente da Assembleia da República, mas não deixa de ser mais um dos seus 230 deputados. “Enquanto deputado tenho uma ideia política e militância partidária, enquanto PAR guardo reserva das minhas opiniões e tenho um regimento a cumprir“, disse.

Nunca irão ver em mim como deputado, como PAR ou simplesmente como pessoa sinal de hostilidade ou agressividade com qualquer outro deputado independentemente do seu partido“, defendeu, acrescentando acreditar que “o consenso é possível, continua a ser possível”.

Aguiar-Branco defendeu ainda que, “como deputado e PAR”, acredita “muito pouco na narrativa de que é preciso salvar a democracia”, argumentando que “a democracia não se salva, constrói-se e constrói-se aqui nesta sala”, com as propostas apresentadas, com as decisões tomadas e o “trabalho de todos”.

No ano passado o atual presidente da Assembleia da República só foi eleito à quarta tentativa, com 160 votos, cenário que o PSD procurou agora evitar. Na altura, o PSD e o PS chegaram a acordo depois de o Chega à última hora ter rasgado o entendimento que tinha firmado com os sociais-democratas, acordando uma solução de rotatividade com dois anos para cada partido, à semelhança do que acontece no Parlamento Europeu. A solução acabou por ser interrompida com a demissão do Governo e que desencadeou as legislativas de 18 de maio.

O novo Presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar Branco, após ser eleito, sucedendo a Augusto Santos Silva, que falhou a eleição pelo círculo Fora da Europa nas últimas legislativas, na Assembleia da República em Lisboa, 27 de março de 2024. FILIPE AMORIM/LUSAFILIPE AMORIM/LUSA

 

Em entrevista à agência Lusa, divulgada no domingo passado, o antigo ministro social-democrata, que nas eleições legislativas encabeçou a lista da AD pelo círculo de Viana do Castelo, afirmou que se recandidata às funções que ainda exerce para procurar concluir matérias que considera importantes e que foram interrompidas, como a reforma da justiça e as iniciativas para aproximar o parlamento dos cidadãos.

“Acho que a função de presidente da Assembleia da República talvez seja neste momento das mais exigentes no que diz respeito ao próprio regime democrático, porque tem uma dimensão conceptual, mas tem também uma dimensão operacional. É no Parlamento que se têm de fazer consensos e criar maiorias, que se tomam medidas que depois impactam na vida dos cidadãos e se faz o escrutínio da ação do Governo – isto é nuclear no que diz respeito à qualidade do regime democrático”, advertiu.

José Pedro Aguiar-Branco diz mesmo sentir “essa responsabilidade sobre os ombros”. “Das minhas decisões, se vier a ser eleito, do que eu digo, do que eu faço e do que eu permito, impacta muito naquilo que tem a ver com a qualidade do regime democrático. É muito trabalhoso mas a democracia dá muito trabalho”, realçou.

(Notícia atualizada às 17h12)

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Toy protagoniza campanha de verão da Solverde

  • + M
  • 3 Junho 2025

Este é o primeiro filme lançado no âmbito da campanha que tem como mote “Quando a diversão chama, diz esTOY aqui”. Ao longo do verão serão lançados outros dois spots. A criatividade é da Legendary.

A Solverde.pt apostou em Toy para protagonista da sua campanha de verão. O artista anima assim os dias mais quentes do ano da marca com as suas “Toy Stories”, combinando música, alegria e entretenimento.

No spot, Toy entra na dança num ambiente de festa na piscina, onde a filha, a influencer Beatriz Prates, joga “Aloha Clusters”, uma das slot machines da marca de casino e apostas, inspirada no universo havaiano. A dupla improvável começa então a cantar “mas se ainda não és jogador…há bónus a teu favor”, adaptando um das músicas mais conhecidas do artista português.

“O Toy representa o que é um verão de alegria, música e gargalhadas. Com esta campanha quisemos celebrar tudo isso e ainda trazer um lado mais cúmplice e familiar com a presença da Beatriz. É uma campanha leve, bem-humorada e com assinatura Solverde.pt”, diz Telma Marques, head of marketing da Solverde.pt, citada em comunicado.

Com conceito criativo desenvolvido pela Legendary e produção a cargo da Snowberry, a campanha marca presença em televisão, outdoors, imprensa e canais digitais. A Media Duyes assegura a estratégia de meios.

Este é o primeiro filme lançado no âmbito da campanha que tem como mote “Quando a diversão chama, diz esTOY aqui”. Ao longo do verão serão lançados outros dois spots.

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TAP inaugura nova rota aérea entre a ilha Terceira e São Francisco

  • Lusa
  • 3 Junho 2025

A rota transatlântica “serve a diáspora açoriana e a Região a nível cultural, económico, político e estratégico”, segundo o vice-presidente do governo açoriano.

A nova ligação aérea, entre a ilha Terceira e São Francisco (EUA), operada pela companhia aérea TAP, a partir desta terça-feira, aproxima os Açores e a diáspora e potencia o turismo, considerou o vice-presidente do Governo açoriano.

A TAP inaugurou a ligação entre a ilha Terceira e São Francisco, nos Estados Unidos da América, que se prolonga até 17 de setembro com uma frequência semanal, com partida às terças-feiras e regresso às quartas, assegurada por aeronaves A330neo, com capacidade para cerca de 298 passageiros, adiantou o executivo açoriano.

Para o vice-presidente do Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM), esta é uma rota transatlântica que “serve a diáspora açoriana e a Região a nível cultural, económico, político e estratégico”.

Artur Lima disse que com esta nova rota da TAP, a “ligação com os açorianos que vivem nos Estados Unidos da América é profundamente valorizada” e com “claras vantagens” para o setor do turismo das ilhas do grupo Central (Terceira, Graciosa, São Jorge, Pico e Faial), em particular, e dos Açores, em geral.

“Em 2023, durante a deslocação oficial à Califórnia, reafirmei o compromisso com a diminuição de distâncias e barreiras geográficas entre os Açores e as suas comunidades”, lembrou Artur Lima, citado numa nota de imprensa divulgada pelo Governo Regional.

Posteriormente, em agosto de 2024, em Lisboa, o vice-presidente do Governo Regional reuniu com o presidente do conselho de Administração da TAP, Luís Rodrigues, no qual foram abordadas questões para a mobilidade dos açorianos e o fortalecimento das ligações aéreas entre o arquipélago e a América do Norte.

“Esta ligação aérea aproxima-nos ainda mais desse propósito”, sublinhou o vice-presidente do Governo açoriano. A nova rota, ainda segundo o vice-presidente, representa também “um esforço, da parte do Governo Regional, na promoção e no aumento da capacidade de exportação” dos produtos açorianos para as comunidades, que se encontram na Costa Oeste dos Estados Unidos, e para o continente.

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Meta quer automatizar criação de anúncios através de IA até 2026

  • Lusa
  • 3 Junho 2025

Precisando apenas da imagem do produto que se pretende promover, o objetivo é que a ferramenta de IA crie depois um anúncio que conjugue vídeo e texto, avaliando o público-alvo.

A Meta pretende automatizar totalmente a criação de anúncios usando inteligência artificial (IA), até 2026, permitindo que as marcas criem e compartimentem propostas utilizando a tecnologia, de acordo com o Wall Street Journal.

Segundo o jornal, a novidade não se refere apenas a novas funcionalidades destinadas aos utilizadores, como também a tentar apresentar novos tipos de publicidade nas redes sociais do grupo, o Facebook e o Instagram.

Para funcionar, a ferramenta precisa da imagem do produto que se pretende promover, para depois a IA criar um anúncio que conjugue vídeo e texto, avaliando o público-alvo.

Citado no jornal americano, o presidente executivo da Meta (CEO), Mark Zuckerberg, referiu: “queremos chegar a um mundo em que qualquer empresa possa dizer-nos qual o objetivo que quer alcançar, como vender um produto ou chegar a novos clientes, e o quanto eles estão dispostos a pagar pelos resultados“.

A Meta já possui ferramentas de IA capazes de gerar diversas variações de anúncios já existentes, até porque, em 2024, a publicidade representou 97% dos negócios da empresa. Atualmente, a publicidade baseada em IA faz parte da visão de Mark Zuckerberg para o futuro da empresa.

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Espanha quer “desconexão total” de tecnologia militar israelita

  • Lusa
  • 3 Junho 2025

A Defesa espanhola ordenou a revogação de um contrato, com um valor de cerca de 285 milhões de euros e que foi adjudicado à empresa Pap-Tecnos, a filial espanhola de uma empresa israelita.

Espanha quer uma “desconexão total” da tecnologia militar israelita, após o Ministério da Defesa espanhol ter suspendido a licença de uma empresa israelita para produzir 168 mísseis antitanque no país, afirmou o Governo.

A afirmação foi feita pela ministra porta-voz do Governo, Pilar Alegria, na conferência de imprensa realizada no final do Conselho de Ministros, em que referiu que o Governo está a estudar a forma de reorientar esse programa de mísseis destinado a equipar o Exército, na sequência da revogação da licença.

A ministra remeteu para as declarações da secretária de Estado da Defesa, Amparo Valcarce, que anunciou o processo de desconexão tecnológica de Espanha com Israel para não depender “de forma alguma” desse país, e que se iniciou com a revogação dessa licença de produção de armamento em território espanhol.

“O objetivo aqui é claro, como a própria secretária de Estado explicou, que é uma desconexão total da tecnologia israelita”, sublinhou a porta-voz do Governo.

A Defesa espanhola ordenou a revogação deste contrato, anunciado a 3 de outubro de 2023, com um valor de cerca de 285 milhões de euros e que foi adjudicado à empresa Pap-Tecnos, a filial espanhola da empresa israelita Rafael Advanced Defence System, confirmaram à agência de notícias EFE fontes do ministério.

Na altura, a Defesa alegou que a obsolescência dos sistemas até agora utilizados tornava necessária a sua substituição por outros mais modernos, como os que já estão ao serviço de muitos dos Exércitos dos países aliados, e que a empresa israelita era a única tecnicamente capaz de desenvolver estes mísseis de quinta geração.

A adjudicação – que nunca chegou a ser formalizada – previa que o Ministério da Defesa espanhol pagasse cerca de 285 milhões de euros em cinco anos para equipar com estes novos mísseis as unidades do Exército e da Marinha que já operavam com a versão anterior, os mísseis SPIKE LR.

Israel declarou a 7 de outubro de 2023 uma guerra na Faixa de Gaza para “erradicar” o movimento islamita palestiniano Hamas, horas depois de este ter realizado em território israelita um ataque de proporções sem precedentes, matando cerca de 1.200 pessoas, na maioria civis, e sequestrando 251.

A guerra naquele território palestiniano fez, até agora, mais de 54.500 mortos, na maioria civis, e mais de 124.500 feridos, além de cerca de 11.000 desaparecidos, presumivelmente soterrados nos escombros, e mais alguns milhares que morreram de doenças, infeções e fome, de acordo com números atualizados das autoridades locais, que a ONU considera fidedignos.

A situação da população daquele enclave devastado pelos bombardeamentos e ofensivas terrestres israelitas agravou-se mais ainda pelo facto de a partir de 2 de março, e durante quase três meses, Israel ter impedido a entrada em Gaza de alimentos, água, medicamentos e combustível, que estão agora a entrar a conta-gotas e a ser distribuídos em pontos considerados “seguros” pelo Exército, que já várias vezes abriu fogo sobre civis palestinianos que tentavam obter comida, fazendo centenas de vítimas.

A ONU declarou a Faixa de Gaza como estando mergulhada numa grave crise humanitária, com mais de 2,1 milhões de pessoas numa “situação de fome catastrófica”, a fazer “o mais elevado número de vítimas alguma vez registado” pela organização em estudos sobre segurança alimentar no mundo.

Já no final de 2024, uma comissão especial da ONU acusou Israel de genocídio naquele território palestiniano e de estar a utilizar a fome como arma de guerra – acusação logo refutada pelo Governo israelita, mas sem apresentar quaisquer argumentos.

Após um cessar-fogo de dois meses, o Exército israelita retomou a ofensiva na Faixa de Gaza a 18 de março e apoderou-se de vastas áreas do território, tendo o Governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu anunciado, no início de maio, um plano para “conquistar” Gaza, que Israel ocupou entre 1967 e 2005.

 

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Luz Saúde compra antiga fábrica da Corticeira Amorim em Corroios

A propriedade com 43 mil metros quadrados vai ser transformada num hospital. Negócio foi assessorado pela Cushman & Wakefield.

A antiga fábrica da Corticeira Amorim, em Corroios, no concelho do Seixal, que estava desativada há vários anos, foi adquirida pelo grupo Luz Saúde. O negócio foi assessorado pela Cushman & Wakefield.

A detentora dos hospitais e clínicas da rede Hospital da Luz comprou a propriedade com 43 mil metros quadrados com o objetivo de construir um novo hospital na Margem Sul. O objetivo é aliviar a sobrecarga do Hospital Garcia de Orta, dar respostas rápidas em situações de emergência e assegurar um acesso eficaz aos cuidados de saúde da região.

“Estamos muito satisfeitos por termos colaborado na futura transformação desta antiga unidade industrial, localizada numa área urbana, e acreditamos firmemente que este novo equipamento de saúde será fundamental para suprir as necessidades da comunidade local“, diz Sérgio Nunes, head of industrial, logistics & land na Cushman & Wakefield.

Ainda esta semana, a Autoridade da Concorrência (AdC) deu luz verde à compra do Grupo Hospitalar das Beiras (GHB) e do Hospital de Loulé (HL) pela Luz Saúde e o fundo de capital de risco MedCapital.

Grupo liderado por Isabel Vaz conta com 14 hospitais privados e 15 clínicas, tem mais de 1.100 camas de internamento e 56 blocos operatórios e emprega mais de 14 mil trabalhadores. No ano passado, a faturação do grupo subiu 10%, atingindo os 733 milhões de euros.

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Projeto do novo hospital de Barcelos em concurso após duas décadas de promessas

  • Lusa
  • 3 Junho 2025

O novo hospital de Bacelos vai servir mais de 150 mil pessoas dos concelhos de Barcelos e Esposende. A obra deverá arrancar entre 2026 e 2027, e custará cerca de 150 milhões de euros.

O concurso público para o projeto do novo hospital de Barcelos foi esta terça-feira publicado em Diário da República, ao fim de “duas décadas de promessas sucessivas que nunca saíram do papel”, anunciou o presidente da Câmara.

Em conferência de imprensa, Mário Constantino sublinhou que se trata de “um sinal inequívoco” de que a concretização do novo hospital “deixou finalmente de ser uma promessa adiada, para se tornar num compromisso em marcha“.

“Este longo ciclo de adiamentos e de desilusão terminou”, referiu o autarca, adiantando que “hoje é um dia que marca a história de Barcelos”.

O novo hospital vai servir mais de 150 mil pessoas dos concelhos de Barcelos e Esposende, distrito de Braga.

Vai substituir o atual edifício da Misericórdia, cujas limitações estruturais são conhecidas de todos, desde a Urgência sobrelotada até à escassez de blocos operatórios, à inexistência de condições dignas para consultas e internamentos e à precariedade das valências de oncologia, ortopedia e pediatria”, disse ainda Mário Constantino.

O concurso público para o projeto tem o valor base de 4,8 milhões de euros, devendo as propostas ser entregues até 20 de setembro.

A obra deverá arrancar entre 2026 e 2027, tendo um prazo de execução de entre três a quatro anos e um custo de cerca de 150 milhões de euros.

“Será um hospital de proximidade, com uma aposta clara no ambulatório“, disse Gonçalo Fernandes, da Unidade Local de Saúde Barcelos/Esposende.

O número de camas para internamento subirá das atuais 117 para 218. O bloco operatório passará de duas para seis salas, com possibilidade de crescer até às oito. O novo hospital disporá ainda de três equipamentos de raio X, três de ecografia, dois de TAC e um de ressonância magnética.

Uma unidade de cuidados intermédios, uma área dedicada à saúde mental, um hospital de dia e novas especialidades, como a gastrenterologia e psiquiatria da infância e da adolescência, são outras das novidades do futuro hospital.

Futuro hospital de Barcelos18 junho 2024

O novo equipamento representará uma melhoria profunda da qualidade dos cuidados de saúde”, sublinhou Mário Constantino.

O hospital vai nascer num terreno, com mais de 155 mil metros quadrados, que a Câmara Municipal de Barcelos comprou por quatro milhões de euros.

O Governo já inscreveu o hospital no plano de investimento plurianual da Saúde, com uma verba global de 163,3 milhões de euros.

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Rússia encerra ponte da Crimeia após alegado ataque ucraniano

  • Lusa
  • 3 Junho 2025

"O tráfego rodoviário na ponte da Crimeia foi temporariamente suspenso", segundo autoridades russas. A SBU ucraniana admitiu ter colocado minas nas fundações desta estrutura ilegal".

As autoridades russas encerraram esta terça-feira a ponte de Kerch, que liga a Crimeia à Rússia continental, depois de os serviços secretos da Ucrânia terem anunciado que causaram danos nas fundações da infraestrutura. “O tráfego rodoviário na ponte da Crimeia foi temporariamente suspenso”, disse o centro de informação rodoviário, citado pelas agências russas.

O conselheiro do líder da Crimeia, Oleg Kriuchkov, relatou “intensas atividades militares ucranianas no Mar Negro, ao largo da costa da Crimeia”, segundo a agência de notícias espanhola EFE. Kriuchkov denunciou que estava a circular um grande número de informações falsas nas redes ucranianas e apelou para que o público confiasse apenas nas fontes oficiais.

Informações nas redes sociais russas alertam para a existência de um grande número de drones náuticos em toda a Crimeia e, em particular, na direção da ponte, onde as forças ucranianas estariam alegadamente a tentar ultrapassar os bloqueios flutuantes.

É a segunda interrupção do tráfego, depois de o acesso à ponte ter sido encerrado das 06:00 locais (04:00 em Lisboa) até pouco depois das 09:00 (07:00). O Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) informou que danificou as fundações da ponte de Kerch, ao detonar 1.100 quilos de explosivos colocados debaixo de água.

A explosão ocorreu às 04:44 locais (02:44 em Lisboa), junto a uma das fundações da ponte, numa operação cuja preparação “durou vários meses”, segundo o SBU. “Os agentes (…) colocaram minas nas fundações desta estrutura ilegal. E hoje, sem qualquer vítima civil, (…) foi ativado o primeiro dispositivo explosivo”, disse o SBU num comunicado, publicado em simultâneo com um vídeo e uma foto da ponte danificada.

Este é o terceiro ataque ucraniano desde o início da guerra contra a ponte, cuja construção foi ordenada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, após a anexação da península ucraniana da Crimeia pela Rússia em 2014. O chefe do SBU, Vasil Maliuk, supervisionou pessoalmente a operação.

No comunicado, Maliuk explicou que “a ponte da Crimeia é um alvo absolutamente legítimo”, uma vez que foi construída para ligar a Rússia ao território ucraniano ocupado. A ponte serve também como uma “artéria logística para abastecer” o Exército russo. “A Crimeia é a Ucrânia, e qualquer expressão de ocupação será recebida com uma resposta retumbante”, disse Maliuk.

No domingo, os serviços de segurança ucranianos realizaram uma operação que foi classificada como a mais ambiciosa atrás das linhas inimigas desde o início da guerra, em fevereiro de 2022. Um ataque em grande escala com ‘drones’ visou várias bases aéreas russas, algumas localizadas a milhares de quilómetros da fronteira da Ucrânia com a Rússia.

Cerca de 40 aviões de guerra russos foram atingidos. De acordo com o relatório de perdas divulgado pelo Estado-Maior ucraniano, a Rússia perdeu 12 aeronaves nesta operação das forças ucranianas, enquanto os restantes aviões atingidos terão ficado danificados.

A Rússia responsabilizou também, esta terça-feira, a Ucrânia pelas explosões que provocaram o colapso de duas pontes e acidentes ferroviários no fim de semana, de que resultaram sete mortos e mais de uma centena de feridos. “É óbvio que os terroristas, agindo sob as ordens do regime de Kiev, planearam tudo com a máxima precisão para que as explosões atingissem centenas de civis”, afirmou o Comité de Investigação russo num comunicado.

As explosões ocorreram no sábado à noite nas regiões russas de Kursk e Bryansk, que fazem fronteira com a Ucrânia. Provocaram o descarrilamento de um comboio de passageiros, de um comboio de mercadorias e de um comboio de controlo, matando sete pessoas e ferindo 113, incluindo crianças, segundo os investigadores.

Segundo a mesma fonte, está em curso uma investigação sobre “atos de terrorismo”. A Ucrânia não reagiu de imediato a estas acusações, de acordo com a agência de notícias France-Presse (AFP). A sabotagem ou tentativa de sabotagem de caminhos-de-ferro e outras infraestruturas na Rússia, em especial nas regiões fronteiriças, tem ocorrido regularmente desde o início da ofensiva russa na Ucrânia, em fevereiro de 2022.

Uma operação que resulte num número tão elevado de mortes de civis não tem precedentes. No fim de semana, a Ucrânia também atacou aviões militares russos em vários aeródromos a milhares de quilómetros das suas fronteiras, depois de contrabandear ‘drones’ explosivos para a Rússia numa operação complexa.

Os serviços de segurança ucranianos reivindicaram hoje a responsabilidade por uma explosão na ponte de Kerch, construída pela Rússia entre o território continental e a península da Crimeia, que anexou em 2014. A ponte, que foi entretanto encerrada, já tinha sido alvo de dois ataques de Kiev desde o início da guerra.

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Primeiro-ministro dos Países Baixos demite-se

  • ECO
  • 3 Junho 2025

A decisão surge horas depois do líder da extrema-direita, Geert Wilders, ter revelado que ia abandonar coligação governamental devido a um desacordo sobre a imigração.

O primeiro-ministro dos Países Baixos, Dick Schoof, demitiu-se esta terça-feira. A decisão surge horas depois do líder da extrema-direita, Geert Wilders, ter revelado que ia abandonar coligação governamental devido a um desacordo sobre a imigração.

Em declarações após uma reunião de emergência do Governo, o primeiro-ministro afirmou que a decisão de Wilders era “irresponsável e desnecessária”.

“No que me diz respeito, isto não devia ter acontecido”, acrescentou. Segundo revela a CNN, Schoof deverá apresentar a demissão do Governo ao Rei Willem-Alexander antes do final do dia.

Esta terça-feira, o primeiro-ministro dos Países Baixos fez um apelo de última hora aos líderes dos partidos da coligação, mas o líder da extrema-direita acabou por pôr fim à coligação. Wilders queria cerca de 10 medidas adicionais em matéria de asilo, incluindo o congelamento dos pedidos de asilo, a suspensão da construção de centros de acolhimento e a limitação do reagrupamento familiar.

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Entrada da Digi em Portugal coloca reclamações à Anacom em rota de crescimento

Desde o primeiro trimestre de 2023 que o número de reclamações remetidas ao regulador estava a decrescer. Não mais. Entre janeiro e março de 2025, as queixas inverteram e voltaram a aumentar.

O número de queixas à Anacom que tiveram como alvo as empresas de comunicações — incluindo do setor postal — cresceu no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano anterior. Esta tendência não se registava desde o primeiro trimestre de 2023, sendo parcialmente explicada pela entrada em Portugal da nova operadora Digi, que foi alvo de mais de mil reclamações no primeiro trimestre completo de atividade.

No total, o regulador das comunicações registou entre janeiro e março cerca de 27 mil reclamações escritas de consumidores contra empresas de comunicações como Meo, Nos, Vodafone e CTT, mais 8% do que no primeiro trimestre de 2024. Olhando apenas para o setor das telecomunicações, o número subiu 13%, para 17,8 mil reclamações, sendo o grosso das reclamações enviadas à Anacom.

“Para a subida terá, em parte, contribuído a entrada da Digi no mercado no último trimestre de 2024, que contabilizou 1,1 mil reclamações no período em análise”, destaca a entidade presidida por Sandra Maximiano. Aliás, segundo a Anacom, “a Digi representa já 6% das reclamações do setor”, com o número a mais do que duplicar face ao último trimestre do ano passado, quando se estreou no mercado português. Já o número de reclamações contra a Nowo cresceu 64% no mesmo período, tendo esta operadora sido adquirida pela Digi em agosto de 2024, por 150 milhões de euros.

Em termos absolutos, a Vodafone foi a operadora mais reclamada (um terço do total), seguindo-se a Nos (31%) e depois a Meo (26%). A Anacom destaca o aumento absoluto das reclamações contra a Meo (+14%) e contra a Vodafone (+11%) e a quebra nas reclamações contra a Nos (-8%). Já se a métrica usada for o número de reclamações por mil clientes, que permite comparar as operadoras por igual, a Nos (1,9 queixas por mil clientes) superou a Vodafone (1,7) e a Meo (1).

Fonte: Anacom

A maioria das reclamações apresentadas à Anacom prendiam-se com demoras ou reparação deficiente de falhas nos serviços, seguidas de perto pelas falhas no serviço de acesso à internet fixa, falhas no serviço de TV e demora ou não resolução de reclamações. Concretamente sobre a Digi, a maioria das reclamações diziam respeito a falhas no serviço móvel, demoras várias ou interrupções do serviço.

No mês passado, a Digi pediu “paciência” aos clientes, mostrando-se consciente da “necessidade de melhorar” o atendimento aos clientes. “Estamos a trabalhar nisso”, disse Serghei Bulgac, CEO da Digi Communicatons, dona da Digi Portugal, durante a apresentação dos resultados trimestrais, que mostraram que a empresa está a registar uma dinâmica bastante mais forte no serviço móvel do que no fixo, apesar da cobertura de rede mais limitada do que a das empresas incumbentes.

Especificamente no setor postal, os CTT foram alvo de 79% de todas as reclamações, seguindo-se a DPD (9%). “O conjunto de outros prestadores postais menos reclamados representou cerca de 12% das reclamações do setor e também viu aumentar as reclamações neste período (+27%)”, remata a autoridade das comunicações.

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