APS quer seguro sísmico de habitações obrigatório

A proposta da associação de seguradores já entregue à ASF e a sucessivos governos propõe o acrescento da cobertura sísmica aos seguros de habitação para mutualizar risco e baixar preço.

Para José Galamba de Oliveira, presidente da Associação Portuguesa de Seguradores (APS), o grande sismo em Lisboa chegará, não se sabe quando nem a escala, mas é inevitável. Falava na abertura da II Conferência Temática APS’25, com discutiu a “NAT-CAT, No caminho para um sistema Integrado de Gestão de Riscos Catastróficos”.

O presidente da APS defendeu a cooperação entre seguradoras e o Estado para assegurar os riscos financeiros implícitos às catástrofes, lembrando que – para além dos sismos – Portugal também está vulnerável às alterações climáticas, enfrentando frequentemente grandes incêndios florestais, bem como temporais e inundações.

Há países que estão melhor preparados que nós para responder a situações catastróficas”, disse Galamba de Oliveira, reforçando que a APS está há mais de dez anos a solicitar e avançar propostas concretas aos diferentes governos e parlamento, lamentando a interrupção do atual executivo quando o processo estava a avançar e confessando: “Lá estaremos de novo com a nossa proposta para o futuro sobre um sistema nacional de proteção de riscos catastróficos”, disse.

Para a conferência, a APS convidou a participar Nicolas Jeanmart, responsável pelos seguros pessoais e gerais da Insurance Europe, a federação europeia de 37 associações nacionais de seguradores, para expor o que tem sido detetado e quais as respostas que as instituições europeias têm dado ao problema.

Jeanmart, expôs a gravidade da situação, salientando que as perdas económicas na Europa têm crescido em média 2,9% desde 2009, referindo que, a nível europeu, apenas 25% desses prejuízos verificados estavam segurados. Também adiantou informação sobre os processos em curso a nível europeu para resposta ao problema.

Chris Yeates, da consultora Guy Carpenter, explicou as melhores práticas mundiais e alertou para a criação de “expectativas erradas” nas populações.

Também convidado foi Chris Yeates, responsável pelo setor público da consultora Guy Carpenter, pertencente ao grupo Marsh. Explicou as melhores práticas mundiais na área da resposta financeira e social às consequências de desastres naturais.

Com a ressalva de que todas as soluções devem ser ajustadas às condições de cada mercado, ao ambiente político e ao gap de proteção de cada tipo de catástrofe natural, Yeates notou que a partilha de risco entre setor público e privado é a melhor solução verificada, em que o primeiro cobre valores suportáveis pelos segurados e o Estado por perdas de grande montante, ou seja, ser o segurador de último recurso.

No entanto, chamou a atenção para um revés neste princípio quando os Estados compensaram todo o tipo de prejuízo durante a pandemia Covid-19, criando “expectativas erradas” às pessoas de que o Estado estará sempre financeiramente presente em todas as ocasiões”. Confessar às mesmas pessoas que não será sempre assim é como “tentar recolocar o génio dentro da garrafa”.

APS propõe sistema de proteção baseado em seguradoras

José Luis Leão, da comissão de Riscos Catastróficos da APS, fez uma concisa e objetiva exposição sobre a proposta de criação de um sistema nacional de proteção de riscos catastróficos em Portugal, um plano que tem sido aperfeiçoado ao longo de mais de dez anos e está perfeitamente consolidado e validado pela indústria seguradora nacional.

José Luis Leão, da APS e também da Ageas, apresentou o plano da associação para os riscos catastróficos.

O projeto da APS prioriza o risco sísmico e o alargamento posterior a todos os riscos catastróficos e considera que o sistema deve estar baseado nos operadores de seguros e resseguros visando facultar uma oferta adequada e acessível a este tipo de riscos.

Esse propósito deve passar pela mutualização de risco através de uma adesão voluntária mas alargada do setor, envolver o apoio e garantia do Estado e acumular e capitalizar recursos económicos em fundos apropriados.

No entanto, para alargamento da abrangência, a lei deverá, segundo José Luís Leão, a “impor contratação da cobertura de risco sísmico em apólices da Incêndio ou de Multirriscos Habitação, incluindo condomínio, que cubram edifícios e frações destinas a habitação. A APS também sugere o alargamento a pequeno comércio e indústria sempre que inseridos em edifícios de habitação.

Destaque ainda para a questão de financiamento. José Luís Leão refere que, se nos primeiros momentos a maior parte das receitas será canalizado para resseguradoras estrangeiras, deverá sempre existir uma parcela própria de poupança e capitalização de forma a fazer crescer um fundo próprio mais volumoso disponível para num futuro existirem capacidades financeiras internas para reagir de imediato a qualquer catástrofe.

Pode ver a conferência aqui .

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Ciclone Alfred expõe lacunas de proteção nas casas australianas

  • ECO Seguros
  • 23 Março 2025

Cerca de 1,36 milhões de propriedades estão expostas ao risco de inundações. Estima-se que 50% não dispõe de medidas preventivas adequadas - aquém dos padrões modernos de planeamento e construção.

As seguradoras já receberam 63.600 pedidos de indemnização após a passagem da tempestade “Alfred” a Austrália, avança a Insurance Council of Australia (ICA).

Foram apresentados mais 10.000 pedidos de indemnização durante o fim de semana. Até agora a maioria dos pedidos diz respeito à deterioração de alimentos, danos causados pelo vento e inundações, indica a ICA.

As seguradoras estão mobilizadas para apoiar os segurados nas áreas afetadas. Os estados mais impactados são Queensland, com 58.774 pedidos de indemnização, e New South Wales, com 4.898.

Ainda é “demasiado cedo para prever o total de perdas seguradas decorrentes deste fenómeno meteorológico”. No entanto, a tipologia de sinistros mais frequentes mostram que “o evento não é tão significativo como se temia inicialmente [destruição severa pelo vento] na maioria das zonas mais afetadas”, afirmou Kylie Macfarlane, deputy CEO da Insurance Council of Australia.

Ainda não é possível prever o impacto da tempestade “Alfred” nos prémios de seguro, mas a crescente frequência e severidade dos desastres naturais nos últimos anos tem impulsionado aumentos. As seguradoras apelam ao governo para investir mais em resiliência e mitigação, protegendo a população em áreas de risco e tornando os seguros mais acessíveis e abrangentes. Esse apelo foi reforçado na proposta de um Fundo de Defesa contra Inundações, apresentada na Plataforma Eleitoral Federal em fevereiro.

Metade das residências não estão preparadas para inundações

Cerca de 1,36 milhões de propriedades – entre residências e empresas – estão expostas ao risco de inundações. No entanto, estima-se que metade não dispõe de medidas preventivas adequadas, ficando aquém dos padrões modernos de planeamento e construção, indica a ICA.

A ICA apelou no início do ano a um Fundo de Defesa contra as cheias com um custo de 30,15 mil milhões de dólares ao longo de 10 anos, partilhado pelo Governo Federal e pelos governos estaduais de Queensland, New South Wales e Victoria.

Um estudo realizado em julho pelo Compare the Market, com a participação de mil australianos, revelou que 20,1% dos entrevistados não possuem seguro de habitação ou de recheio. Além disso, 33,1% indicaram ter uma cobertura parcial, enquanto 42% afirmaram que todo o seu património está segurado.

Uma pesquisa separada conduzida pela Finder apontou que muitos proprietários na Austrália estão a enfrentar aumentos nos prémios. O estudo, realizado em novembro de 2024, constatou que 69% dos segurados tiveram um aumento no prémio ao longo do último ano, impactando aproximadamente 6,4 milhões de casas. Além disso, 9% dos entrevistados não sabiam que os seus contratos tinham mudado, revelando uma possível falta de conhecimento dos consumidores sobre as despesas com apólices.

Cerca de 1,36 milhões de propriedades estão expostas ao risco de inundações. No entanto, estima-se que metade não disponha de medidas preventivas adequadas, ficando aquém dos padrões modernos de planeamento e construção, indica a ICA.

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CA Seguros, Zurich e Ageas oferecem melhor experiência de cliente

  • ECO Seguros
  • 23 Março 2025

Entre o setor e subsetores de seguros, o ramo Não Vida apresenta a maior percentagem de clientes com experiências negativas e a menor de clientes com experiências positivas.

A CA Seguros e Ageas Portugal receberam o prémio de “Melhor Experiência do Cliente Seguros Não Vida”. Já a Zurich foi distinguida com os prémios de “Melhor Experiência do Cliente” dos seguros Não Vida e Vida. Os prémios foram atribuídos no âmbito do projeto BECX (Best European Costumer Experience) ou Melhor Experiencia do cliente, realizado pela NOVA IMS da Universidade Nova de Lisboa e a Associação Portuguesa para a Qualidade, que premeia organizações de vários setores de atividade que “mais se distinguem na oferta de uma experiência de excelência”, refere o projeto.

As seguradoras estudadas neste projeto deste ano foram a Ageas Portugal, BPI Vida, CA Seguros, CA Vida, Fidelidade, Generali Tranquilidade, Ocidental, e Zurich.

Para alcançar estes resultados, o projeto recorreu a amostras representativas das empresas estudadas, “selecionadas probabilisticamente com periodicidade trimestral”, tendo sido entrevistados cerca de 250 clientes de cada marca. Com base nestas entrevistas, analisou qual era o nível de satisfação dos clientes tendo em conta as variáveis qualidade, valor, emoções despertadas, esforço, canais, acidentes experiência e lealdade.

Entre as empresas de seguros, as de ramo Vida foram as que proporcionaram mais experiências positivas aos clientes, com 37,4% a ter experienciado alguma situação com a empresa “que o fez sentir especialmente agradado”. O setor segurador aparece com 32,6% de clientes com experiências positivas e, em último, as empresas de seguros do ramo Não Vida com 31,3%.

Quanto aos clientes com experiências negativas com a empresa, também entre os seguros, o subsetor de seguros Não Vida é aquele que mais clientes tiveram uma situação “que o fez sentir especialmente desagradado” – 13% -, seguindo o setor segurador como um todo (12,6%) e, por fim, os seguros Vida (com 12,6%).

Não obstante, o ramo Vida foi aquele que recebeu mais reclamações dos clientes, 8,7%, seguindo-lhe o setor segurador (7,5%) e, por último, o subsetor de seguros do ramo Não Vida (7,7%).

Dos onze setores e subsetores analisados no estudo BECX, o setor segurador fica em segundo lugar no “Ranking da Experiência do Cliente” com 7.8 pontos.

O setor dos seguros ocupa o segundo lugar quando aplicada WOMI com 40.5 pontos. Esta métrica avalia tanto a probabilidade de um cliente recomendar uma marca quanto a probabilidade de desencorajá-la.

Também está na mesma posição no que diz respeito à métrica usada para medir a lealdade e satisfação dos clientes em relação a uma empresa, produto ou serviço, o Net Promoter Score (NPS), com 22,7 pontos. A escala do NPS varia entre -100 e 100.

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Sustentabilidade nos cemitérios sem normas e sem controlo

  • Lusa
  • 23 Março 2025

Quase 80 mil urnas são colocadas na terra todos os anos sem que haja qualquer controlo oficial sobre os materiais usados, indicam profissionais do setor. Há contaminação de terras e águas.

Quase 80 mil urnas são colocadas na terra todos os anos sem que haja qualquer controlo oficial sobre os materiais usados, indicam profissionais do setor, que alertam para a contaminação de terras e águas.

No ano passado morreram em Portugal, segundo o INE, 118.975 pessoas, um número idêntico ao 2023. Se das quase 119 mil urnas se subtraírem 29 mil que vão para cremação (25%) e outras 12 mil que são depositadas em jazigos sobram quase 80 mil urnas que vão para a terra.

Em Portugal apenas estão sujeitas a regras as urnas que vão para cremação. As que chegam à terra podem conter tudo, de colas a vernizes, ferragens ou tecidos sintéticos.

Nas contas de responsáveis do setor ouvidos pela Lusa, se cada urna ocupa em média 1,5 metros quadrados, em cada ano são ocupados 115 mil metros quadrados de solos com urnas sem controlo de emissões poluentes. Praticamente 10 mil metros quadrados por mês.

A falta de controlo oficial não quer no entanto dizer que não haja da parte dos operadores essa preocupação. Paulo Carreira, presidente em exercício da Associação Portuguesa dos Profissionais do Setor Funerário (APPSF) e diretor-geral da Servilusa, atualmente a maior empresa de serviços funerários em Portugal, diz que há 10 anos que só usam urnas “verdes”, feitas em Portugal.

Em entrevista à agência Lusa Paulo Carreira alerta para a poluição dos solos, mas também para outro problema. É que quando se usam materiais que têm lá dentro “lençóis sintéticos, poliéster, plásticos, madeira que não é madeira mas sim aglomerados de madeira cheios de cola e contraplacados, vernizes e tintas, e ainda mais num cemitério com pouca oxigenação, e pouca humidade o corpo fica para ali sem haver a decomposição”. Em três anos é difícil que haja, diz.

A fábrica de urnas funerárias que lidera o segmento ecológico chama-se Joriscastro e fica em Amarante. Tem uma quota de 20% do mercado, faz 1.500 a 1.600 urnas por mês, 18 mil em 2024. Foi criada há 47 anos e é a maior fábrica da península ibérica.

A lei de 1962 diz que a urna tem de ser feita com madeira biodegradável, não pode levar produtos tóxicos e os interiores tem de ser biodegradáveis. Ninguém cumpre a lei”, atira, lamentando: “Enterram-se milhares de toneladas de produtos tóxicos como vernizes e poliésteres.

Joaquim Castro

Joaquim Castro, fundador e administrador, afirma em entrevista à Lusa que começou no mercado das urnas ecológicas em 1999 e cinco anos depois já tinha expandido o negócio das urnas de madeira que se deterioram mais facilmente e que não usam produtos poluentes como resinas ou químicos. “A maior parte das fábricas não são ecológicas, quando muito 30% são. Governo e autarquias não querem saber“, observa. E acrescenta depois: “Já pedimos aos ministérios do Ambiente e da Saúde que fossem mais rigorosos. Há mais de 4.000 cemitérios, com produtos tóxicos que vão contaminando as águas, provocando doenças. Ainda há muitas casas sem águas tratadas“.

Joaquim Castro diz que até há uma lei, de 1962, de quando da transição do caixão de madeira forrado a pano para a urna mais industrial, com verniz, mas “que ninguém aplica”. “A lei de 1962 diz que a urna tem de ser feita com madeira biodegradável, não pode levar produtos tóxicos e os interiores tem de ser biodegradáveis. Ninguém cumpre a lei”, atira, lamentando: “Enterram-se milhares de toneladas de produtos tóxicos como vernizes e poliésteres”. Mas se é deixada uma lata de verniz esquecida fora da sua fábrica “é uma multa enorme“.

Joaquim Castro garante que uma urna ecológica não é mais cara e o corpo decompõe-se mais facilmente. “A Servilusa não perdeu um único cliente nem tem um único cliente insatisfeito por a urna ser ‘verde’. Porque a urna é igual”, diz Paulo Carreira na entrevista, enfatizando o papel do agente funerário nesta matéria da sustentabilidade ambiental.

Na empresa que dirige garante haver essa preocupação, explica que até as coroas de flores têm um ciclo de vida que não termina no cemitério, são pequenos vasos que a família distribui depois, que as pegas ou são de madeira ou de metal que se retira antes do enterro.

Tenho poucas dúvidas de que há contaminação dos solos num cemitério cheio de urnas com vernizes sintéticos e tintas. Porque não é a matéria orgânica que contamina“, diz o responsável, acrescentando outro fator que pode ser contaminante, a roupa que veste o morto. “Temos essa preocupação, com o vestuário”.

A Servilusa faz cerca de 6.500 funerais por ano, todos sustentáveis. E os outros? Paulo Carreira responde: Não há dados, mas se disser que 10% tem preocupações ambientais é muito.

Carlos Almeida, presidente da Associação Nacional de Empresas Lutuosas, ANEL, também admite que a percentagem de urnas sustentáveis que vão para a terra ande à volta dos 10%.

Em entrevista à agência Lusa Carlos Almeida afirma que cada vez mais há a preocupação com urnas e vernizes ecológicos, faltando ainda a mesma sensibilidade em relação às roupas. “O nosso contributo foi criar uma marca certificada, CNUF, que é a possibilidade de certificação de uma urna sustentável, amiga do ambiente“, diz. Mas perante a pergunta de qual a percentagem de urnas certificadas responde: “Se calhar uns 10%. Simpaticamente uns 10%”.

A ANEL, que faz o reaproveitamento de pacemakers de cadáveres para uso em animais, afirma que há progressos lentos na sustentabilidade e que a associação está a minimizar os prejuízos ambientais. Mas admite que o setor precisa de mudanças. “Os autarcas não fazem nada para mudar nada, porque se não nunca mais são eleitos”, lamenta.

Sobre a questão da sustentabilidade no setor, a Lusa procurou saber também a opinião da Associação dos Agentes Funerários de Portugal mas tal não foi possível até ao momento.

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Zelensky pede mais pressão sobre a Rússia

  • Lusa
  • 23 Março 2025

O Presidente ucraniano apelou aos aliados da Ucrânia para pressionarem Moscovo a pôr fim à guerra, depois de novos ataques russos que causaram pelo menos três mortos e 10 feridos em Kiev.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, apelou hoje aos aliados da Ucrânia para pressionarem Moscovo a pôr fim à guerra, depois de novos ataques russos que causaram pelo menos três mortos e 10 feridos em Kiev. “São necessárias novas decisões e novas pressões sobre Moscovo para pôr fim a estes ataques e a esta guerra“, afirmou Zelensky nas redes sociais, antes das conversações na Arábia Saudita, na segunda-feira.

Inicialmente previstas para terem lugar simultaneamente na segunda-feira entre ucranianos e americanos, por um lado, e russos e americanos, por outro, estas discussões poderão ter lugar uma após a outra. Zelensky mencionou no sábado, sem dar pormenores, uma reunião já hoje entre as delegações de Kiev e de Washington.

Paralelamente às conversações diplomáticas destinadas a pôr termo à guerra, desencadeada pela invasão russa da Ucrânia em fevereiro de 2022, o exército de Moscovo continua a bombardear cidades e aldeias ucranianas. A capital Kiev foi alvo durante a noite de um ataque em grande escala de ‘drones’, segundo as autoridades locais.

Na sequência do ataque, Zelensky pediu novamente “mais sistemas de defesa aérea e um verdadeiro apoio” por parte do Ocidente. Três pessoas morreram, incluindo um pai e a filha, e 10 ficaram feridas, entre as quais um bebé com menos de um ano, segundo a administração militar de Kiev.

Vários bairros de Kiev foram alvo de ataques, que atingiram sobretudo blocos de apartamentos e provocaram grandes incêndios, de acordo com imagens publicadas nas redes sociais.

A administração da região de Kiev informou que duas pessoas ficaram feridas em Bucha, perto da capital. Duas outras pessoas ficaram igualmente feridas em Kherson, no sul, segundo o chefe local, Roman Mrotchko.

O terror sistemático e deliberado da Rússia contra civis contradiz as suas próprias declarações sobre a paz e mina os esforços de paz dos Estados Unidos e de outros parceiros“, denunciou o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Andrii Sybiga.

Em resposta aos bombardeamentos russos, a Ucrânia está a tentar perturbar a logística das forças de Moscovo, atacando alvos militares ou energéticos diretamente em solo russo. O Ministério da Defesa russo afirmou ter repelido 59 ‘drones’ ucranianos durante a noite.

Na região sul de Rostov, um homem morreu num ataque de ‘drones’ ao carro que conduzia, de acordo com o governador regional russo, Yuri Sliusar.

No terreno, onde está a fazer progressos contra um exército ucraniano em dificuldades, o exército russo disse no domingo que tinha retomado a cidade de Sribne, no leste da Ucrânia.

As informações sobre o curso da guerra divulgadas pelas duas partes não podem ser confirmadas de imediato de forma independente.

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A reprogramação do PRR à lupa<span class='tag--premium'>premium</span>

Portugal já submeteu reprogramação do PRR a Bruxelas. Em traços gerais, a saúde e as empresas foram as principais beneficiárias deste exercício, em detrimento da habitação, dos metros e das barragens.

Este artigo integra a 13.ª edição do ECO magazine. Pode comprar aqui.Após um levantamento exaustivo, o Executivo decidiu retirar do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) tudo o que estava em risco de não ser concluído até junho de 2026. A palavra-chave foi cautela, por isso, a aposta recaiu sobre investimentos que dependessem menos de obras. A opção foi privilegiar, sobretudo, a compra de equipamentos para o Serviço Nacional de Saúde (SNS) e para o sistema científicoe tecnológico. A saúde tem um reforço de 336 milhõesde euros para a compra de equipamentos para as Unidades Locais de Saúde (ULS), modernizando as infraestruturas e garantindo um melhor acesso aos cuidados de saúde. A ciência e ensino superior recebem um investimento adicional de 110 milhõespara equipamentos e

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PM promete abrir mais setores da economia da China ao investimento estrangeiro

  • Lusa
  • 23 Março 2025

O primeiro-ministro chinês, Li Qiang, prometeu hoje que a China irá abrir mais setores da economia ao investimento estrangeiro e "proteger os direitos e interesses legítimos de todas as empresas".

O primeiro-ministro chinês, Li Qiang, prometeu este domingo que a China vai abrir mais setores da economia ao investimento estrangeiro e “proteger os direitos e interesses legítimos de todas as empresas”.

A garantia foi dada num discurso proferido na abertura do Fórum Anual de Desenvolvimento da China, em Pequim, que contou com a presença de importantes líderes empresariais. Li enfatizou o compromisso do regime chinês com a “abertura económica” e pediu ainda que as empresas internacionais resistam ao protecionismo. “Esperamos que os empresários possam tomar medidas mais ativas para manter a globalização“, disse o número dois do Governo de Pequim.

Li afirmou ainda que espera que os líderes empresariais possam “trabalhar em conjunto, cooperar e alcançar um maior desenvolvimento das (…) empresas para benefício mútuo”.

“O Governo chinês esforçar-se-á por proteger os direitos e interesses legítimos de todas as empresas”, independentemente da nacionalidade dos proprietários, prometeu o primeiro-ministro.

O fórum conta com a presença de executivos de empresas multinacionais como a Mercedes-Benz e a Samsung, incluindo o diretor executivo da tecnológica norte-americana Apple, Tim Cook.

Há meses que Pequim está a tentar restaurar a confiança dos consumidores e das empresas, que foi enfraquecida por uma crise persistente no setor imobiliário e por novas tensões comerciais com os Estados Unidos.

Li Qiang afirmou que Pequim está preparada para “impactos externos inesperados”, referindo-se à guerra comercial desencadeada pelo Presidente norte-americano, Donald Trump. “Estamos preparados para choques inesperados, que, claro, vêm sobretudo do estrangeiro. O Governo chinês terá políticas em vigor para garantir o bom funcionamento da sua economia“, disse Li.

O dirigente prometeu que a China continuará na “direção certa da globalização” face à crescente fragmentação da economia mundial, à medida que se intensifica a guerra comercial com os EUA. “Como um grande país responsável, a China permanecerá firmemente do lado certo da história (…) [praticando] o verdadeiro multilateralismo”, disse Li, numa reunião com líderes de empresas multinacionais em Pequim.

A China “seguirá a direção correta da globalização económica, praticará o verdadeiro multilateralismo e esforçar-se-á por ser uma força de estabilidade e certeza”, disse Li, acrescentando que “a fragmentação da economia global está a intensificar-se”, enquanto “a instabilidade e a incerteza estão a aumentar”.

Pequim retaliou com taxas alfandegárias adicionais de até 15% sobre produtos agrícolas dos Estados Unidos, incluindo trigo, soja e carne de vaca, em resposta às taxas adicionais de 20% que os EUA começaram a aplicar sobre as importações chinesas.

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📹 IRS automático alargado a mais contribuintes. Veja se está incluído

Este ano, quem declarou salários pagos aos trabalhadores domésticos também vai poder beneficiar deste mecanismo que permite ter a declaração totalmente pré-preenchida.

O número de contribuintes com acesso ao IRS automático é cada vez maior. E, este ano, passou a abranger quem comunicou ao Fisco salários pagos a empregados de limpeza doméstica.

Desde 2021, está disponível para trabalhadores independentes. No ano passado, foi alargado aos subscritores de certificados de reforma da Segurança Social. E, na declaração de IRS de 2025, relativamente aos rendimentos do ano passado, o automatismo passou a incluir contribuintes que comunicaram ao Fisco os salários pagos a trabalhadores domésticos, podendo agora beneficiar dessa nova dedução.

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Em causa está uma nova dedução à coleta do IRS que permite deduzir um montante equivalente a 5% da remuneração paga por qualquer membro do agregado familiar pela prestação de trabalho doméstico até ao limite global de 200 euros por agregado familiar.

No que diz respeito aos rendimentos da categoria B, nem todos os “recibos verdes” terão acesso ao IRS simplificado. Apenas os que prestam serviços no regime simplificado, e se enquadram na tabela de atividades aprovada pela portaria a que se refere o artigo 151.º Código do IRS terão acesso a esta forma mais fácil de entregar a Modelo 3. Devem também prestar em exclusivo apenas uma dessas atividades.

Os contribuintes abrangidos pelo IRS automático que, durante o respetivo prazo de entrega, de 1 de abril a 30 de junho, não confirmem a declaração automática de IRS nem entreguem a declaração nos termos gerais “verão, no final desse prazo, a declaração automática provisória tornar-se definitiva e ser considerada como a declaração entregue para todos os efeitos legais”, sinaliza a Autoridade Tributária.

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PS apresenta queixa na CNE sobre publicidade institucional do Governo

  • Lusa
  • 23 Março 2025

O PS apresentou duas queixas na CNE sobre convites para sessões com o Governo que consideram ser publicidade institucional em período eleitoral para as eleições legislativas.

O PS apresentou duas queixas na Comissão Nacional de Eleições (CNE) sobre convites para sessões com o Governo que consideram ser publicidade institucional em período eleitoral para as eleições legislativas, adiantou à Lusa fonte oficial do partido.

De acordo com as queixas às quais a agência Lusa teve acesso, em causa estão convites para a sessão de apresentação do Plano de Intervenção para a Floresta, que decorreu na sexta-feira, e um outro para a cerimónia de assinatura do auto de consignação da Empreitada IP3 — Troço Santa Comba Dão/Viseu, que terá lugar na terça-feira, ambos com presença do primeiro-ministro.

Segundo ambas as queixas, estes convites correspondem a publicidade institucional que é proibida a partir do momento em que foi publicado o decreto do Presidente da República que dissolveu a Assembleia da República e fixou a data de 18 de maio para as eleições antecipadas. “Estando em causa, salvo melhor entendimento de V. Exa., a violação dos deveres de neutralidade ou imparcialidade, pelo que deve ser instaurado o respetivo processo de contraordenação“, defendem os socialistas.

Uma das queixas é contra o Ministério da Agricultura e Pescas sendo o convite para sessão de apresentação do Plano de Intervenção para a Floresta e a outra contra o Conselho de Administração das Infraestruturas de Portugal e a presidente da Câmara Municipal de Tondela.

Já nas últimas eleições europeias, o PS apresentou uma queixa contra a divulgação pelo Governo de uma carta dirigida aos pensionistas no período eleitoral, tendo a CNE voltado a notificar o Governo para que até ao final da campanha eleitoral se abstivesse de “realizar ações que consubstanciem formas de publicidade institucional proibida”.

Em 2 de junho do ano passado, o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, tinha acusado o Governo de “sentimento de impunidade” e de ignorar orientações e recomendações da CNE, criticando a carta enviada aos pensionistas em pleno período eleitoral.

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Honda CR-V: Desafia o minimalismo do digital com imponência

A Honda reinventou o seu SUV mais icónico, dando-lhe mais tecnologia, numa combinação de tradição e modernidade. Será que mantém o DNA de conforto que o tornou famoso?

O Honda CR-V surgiu pela primeira vez há quase três décadas, em 1995, como um dos pioneiros no segmento dos SUV compactos. O nome “CR-V” é uma sigla para “Comfortable Runabout Vehicle”, um conceito que a marca japonesa tem honrado consistentemente em cada nova geração.

De um design simples com suspensões independentes e estrutura monobloco que o destacava dos seus concorrentes, baseados em chassis de pickups, o CR-V evoluiu para se tornar um dos veículos mais vendidos da Honda em todo o mundo. A transição para a atual sexta geração trouxe uma revolução silenciosa sob o capot, com a marca a abandonar as versões a diesel e a gasolina pura, em favor de uma abordagem elétrica nas modalidades híbridas e plug-in, como a versão que o ECO testou numa aventura familiar dentro e fora de estrada pela zona do Guincho.

O crescimento físico do veículo é notório nesta nova geração. O CR-V aumentou em comprimento e distância entre eixos, o que se traduz em ganhos significativos de habitabilidade interior e capacidade da bagageira, que agora oferece 617 litros. Esta evolução acompanha a tendência do mercado, onde o CR-V compete com rivais estabelecidos como o Toyota RAV4 e o Mercedes-Benz GLB.

O sistema e:PHEV do CR-V representa a aposta mais avançada da Honda em termos de eletrificação. Combina um motor 2.0 litros a gasolina (148 cv) com um motor elétrico (184 cv), resultando numa potência combinada bem generosa. A bateria de 17,7 kWh permite uma autonomia totalmente elétrica até 82 quilómetros, valor que nas nossas mãos se aproximou mais dos 40 quilómetros.

Em termos de desempenho, o CR-V não é propriamente um desportivo, com uma aceleração dos 0 aos 100 km/h em cerca de 9,4 segundos. No entanto, a entrega imediata de binário do motor elétrico (com aproximadamente 335 Nm) proporciona uma resposta pronta nas situações do dia-a-dia, como ultrapassagens ou arranques em subida.

 

Conforto e estabilidade, tanto dentro como fora de estrada

Nos percursos sinuosos da zona costeira do Guincho até Colares, o CR-V revelou-se extremamente competente. Uma das características mais distintivas — e possivelmente controversas — é a direção pesada, que poderá agradar a alguns e desanimar tantos outros. Mas é inabalável o facto de esta calibração oferecer uma sensação de segurança e precisão, especialmente em estradas mais irregulares ou trilhos de terra batida, embora possa ser considerada cansativa por alguns condutores em manobras urbanas.

O sistema de suspensão adaptativa, de série na versão Advance Tech testada, merece destaque. No modo “Normal”, absorve com eficácia as irregularidades do piso, enquanto o modo “Sport” endurece ligeiramente a suspensão para uma condução mais dinâmica. Durante o passeio familiar, o conforto foi sempre privilegiado, com o CR-V a filtrar exemplarmente as imperfeições do terreno.

Um aspeto menos positivo é o nível de ruído da transmissão quando o motor a combustão entra em ação sob forte aceleração. A caixa e-CVT de duas velocidades, embora contribua para a eficiência, pode criar uma sensação de esforço excessivo do motor, com o som de “zumbido” característico deste tipo de transmissão. Este comportamento é particularmente notório em subidas mais acentuadas ou quando se exige maior potência.

Um dos pontos mais refrescantes do CR-V é a sua abordagem pragmática ao design interior. Num momento em que a indústria automóvel caminha para o minimalismo extremo, com interfaces totalmente digitais, este Honda oferece uma miríade de botões físicos no tablier central. Esta opção facilita o acesso a funções frequentemente utilizadas sem a necessidade de navegar por menus durante a condução, uma decisão que privilegia a usabilidade em detrimento das tendências estéticas.

O Honda CR-V 2.0 PHEV representa uma evolução bem conseguida de um modelo icónico. Ao longo das suas seis gerações, o CR-V manteve-se fiel aos princípios de espaço, conforto e fiabilidade, adaptando-se agora aos novos tempos da eletrificação.

O espaço interior generoso é outro ponto forte incontestável, tornando o CR-V numa escolha ideal para famílias. As portas traseiras abrem num ângulo invulgarmente amplo, facilitando a entrada e saída ou a instalação de cadeiras para crianças. E a bagageira, com 617 litros na configuração normal, é particularmente generosa para um veículo híbrido plug-in, onde frequentemente o espaço é sacrificado para acomodar as baterias.

O acabamento interior combina materiais de qualidade, com revestimentos em pele e tecido que transmitem uma sensação de solidez. O teto panorâmico, de série na versão Advance Tech, inunda o habitáculo de luz natural, embora roube algum espaço em altura para os passageiros mais altos nos lugares traseiros.

Em termos de consumos, o CR-V PHEV surpreende pela positiva. Os valores oficiais WLTP apontam para consumos combinados de apenas 0,8 l/100km e emissões de CO2 de 18 g/km. Naturalmente que estes valores pressupõem carregamentos regulares da bateria e uma utilização predominantemente urbana.

O Honda CR-V 2.0 PHEV representa uma evolução bem conseguida de um modelo icónico. Ao longo das suas seis gerações, o CR-V manteve-se fiel aos princípios de espaço, conforto e fiabilidade, adaptando-se agora aos novos tempos da eletrificação. Com um preço de partida elevado – desde 62.750 euros – posiciona-se num segmento competitivo onde enfrenta tanto marcas premium como alternativas mais acessíveis.

Para o comprador familiar que valoriza o espaço, a qualidade de construção e a eficiência, o CR-V PHEV apresenta argumentos muito válidos. A combinação de uma autonomia elétrica respeitável para deslocações diárias com a versatilidade de um motor a combustão para viagens mais longas resulta num veículo polivalente, embora a ausência de tração integral na versão PHEV seja sentida em situações mais desafiantes.

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Ataques israelitas deixa 125 mil deslocados em Gaza

  • Lusa
  • 22 Março 2025

As Forças de Defesa de Israel retomaram na semana passada uma invasão terrestre no território palestiniano, com operações em Beit Lahia e a ocupação parcial do corredor Netzarim.

Pelo menos 125 mil pessoas foram deslocadas na Faixa de Gaza por ataques israelitas e ordens de evacuação desde que Israel quebrou o cessar-fogo na manhã de terça-feira, anunciou hoje a agência da ONU para os refugiados palestinianos (UNRWA).

“Cerca de 125 mil pessoas foram deslocadas desde que o cessar-fogo foi quebrado. Isto inclui movimentos no norte e no leste”, indicou à agência EFE Sam Rose, diretor de operações da UNRWA no enclave palestiniano.

Israel ordenou à população que se retirasse das zonas orientais de Khan Yunis, no sul da Faixa de Faza Gaza), bem como da cidade vizinha de Beni Suheila, o que levou a deslocações para as zonas próximas da costa. No norte, o Exército Israelita ordenou aos habitantes de Beit Hanoun, no canto nordeste do enclave, e de Beit Lahia, a noroeste, que se retirassem. Depois, alargou as ordens de evacuação a três zonas costeiras entre Beit Lahia e a Cidade de Gaza.

Todas estas áreas eram adjacentes à “zona tampão” de onde as tropas israelitas se retiraram durante o cessar-fogo que vigorava desde 19 de novembro. “Na verdade, há muito tráfego na estrada costeira, em ambos os sentidos”, descreveu Rose.

As Forças de Defesa de Israel retomaram na semana passada uma invasão terrestre no território palestiniano, com operações em Beit Lahia e a ocupação parcial do corredor Netzarim, onde já se tinham posicionado antes do cessar-fogo para separar o norte do sul do enclave.

Israel ordenou à população do norte que seguisse para sul pela autoestrada costeira Rashid, que atravessa a Faixa de Gaza de uma ponta à outra, enquanto bloqueava o acesso à autoestrada Salah al-Din, que segue em paralelo, mas está perto da fronteira.

Nas suas ordens de evacuação, o Exército redirecionou os habitantes para uma “zona segura” que estabeleceu em Mawasi (sudoeste), embora nos últimos dias o local, que ficou preenchido com tendas de deslocados, tenha sido também alvo de bombardeamentos.

Estes ataques interromperam uma trégua iniciada em 19 de janeiro com o grupo islamita Hamas, ao fim de mais de 15 meses de ofensiva, e ocorrem num momento em que as partes não alcançam entendimento para avançar para as etapas seguintes do acordo de cessar-fogo.

No seu último balanço, as autoridades locais da Faixa de Gaza, controladas pelo Hamas, indicaram que pelo menos 634 pessoas morreram em resultado da vaga recente de ataques israelitas e outras 1.172 ficaram feridas.

Antes do cessar-fogo, pelo menos 1,9 milhões de habitantes, ou 90% da população, estavam deslocadas pelo conflito, de acordo com dados das Nações Unidas.

O ministro da Defesa israelita, Israel Katz, ordenou na semana passada ao Exército a tomada de mais territórios na Faixa de Gaza para serem anexados a Israel até que o Hamas liberte todos os reféns que conserva na sua posse.

Katz disse que as tropas devem retirar as populações palestinianas das áreas adicionais ocupadas para expandir as zonas de segurança e, assim, “proteger as comunidades israelitas e os soldados israelitas através do controlo israelita permanente do território”.

O ministro da Defesa avisou que Israel “vai intensificar os combates com ataques aéreos, marítimos e terrestres, expandindo as manobras terrestres”, até que os 59 reféns ainda mantidos na Faixa de Gaza sejam libertados “e o Hamas seja derrotado”.

O Hamas atacou o sul de Israel em 7 de outubro de 2023, matando cerca de 1.200 pessoas e tomando outras 251 como reféns.

Em resposta, Israel lançou um ataque em grande escala na Faixa de Gaza, matando cerca de 50.000 pessoas, na maioria civis, segundo números das autoridades locais, destruindo a maior parte do enclave palestiniano, que está mergulhado numa grave crise humanitária.

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PS apresenta queixa na CNE sobre publicidade institucional do Governo

  • Lusa
  • 22 Março 2025

Em causa estão convites para a apresentação do Plano de Intervenção para a Floresta e um outro para a assinatura da consignação da Empreitada IP3, considerados pelo PS publicidade do Governo.

O PS apresentou duas queixas na Comissão Nacional de Eleições (CNE) sobre convites para sessões com o Governo que consideram ser publicidade institucional em período eleitoral para as eleições legislativas, adiantou hoje à Lusa fonte oficial do partido.

De acordo com as queixas às quais a agência Lusa teve acesso, em causa estão convites para a sessão de apresentação do Plano de Intervenção para a Floresta, que decorreu na sexta-feira, e um outro para a cerimónia de assinatura do auto de consignação da Empreitada IP3 — Troço Santa Comba Dão/Viseu, que terá lugar na terça-feira, ambos com presença do primeiro-ministro.

Segundo ambas as queixas, estes convites correspondem a publicidade institucional que é proibida a partir do momento em que foi publicado o decreto do Presidente da República que dissolveu a Assembleia da República e fixou a data de 18 de maio para as eleições antecipadas.

“Estando em causa, salvo melhor entendimento de V. Exa., a violação dos deveres de neutralidade ou imparcialidade, pelo que deve ser instaurado o respetivo processo de contraordenação”, defendem os socialistas.

Uma das queixas é contra o Ministério da Agricultura e Pescas sendo o convite para a sessão de apresentação do Plano de Intervenção para a Floresta e a outra contra o Conselho de Administração das Infraestruturas de Portugal e a presidente da Câmara Municipal de Tondela.

Já nas últimas eleições europeias, o PS apresentou uma queixa contra a divulgação pelo Governo de uma carta dirigida aos pensionistas no período eleitoral, tendo a CNE voltado a notificar o Governo para que até ao final da campanha eleitoral se abstivesse de “realizar ações que consubstanciem formas de publicidade institucional proibida”.

Em 02 de junho do ano passado, o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, tinha acusado o Governo de “sentimento de impunidade” e de ignorar orientações e recomendações da CNE, criticando a carta enviada aos pensionistas em pleno período eleitoral.

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