Bruxelas processa Portugal por atraso na aplicação da diretiva do IVA

A Comissão Europeia iniciou procedimentos de infração por não terem sido transpostas, até final do no ano passado, as mudanças sobre taxas reduzidas e regime aplicado às PME.

A Comissão Europeia iniciou esta sexta-feira procedimentos de infração por Portugal não ter aplicado duas diretivas europeias sobre o IVA, nomeadamente sobre taxas reduzidas e o regime aplicado às pequenas empresas, dando dois meses para o país o fazer. De salientar que o Governo aprovou as respetivas propostas de lei em novembro passado e a Assembleia da República deu luz verde aos diplomas na semana passada. Porém o prazo limite, de 31 de dezembro de 2024, não foi cumprido.

No dia em que adotou um pacote de decisões por infração pela ausência de comunicação pelos Estados-membros das medidas tomadas para transpor para o direito nacional certas diretivas da União Europeia (UE), o executivo comunitário anunciou, desde logo, um processo contra Portugal (e outros seis países, como Bélgica, Bulgária, Grécia, Espanha, Lituânia e Roménia), dado não o ter feito relativamente à lei para as taxas do Imposto sobre Valor Acrescentado (IVA).

A diretiva em causa permite uma utilização mais ampla pelos países de taxas reduzidas de IVA, incluindo a utilização de taxas zero para produtos essenciais (como alimentos, produtos farmacêuticos e produtos destinados a uso médico), bem como taxas específicas como derrogações para garantir a igualdade de tratamento em toda a União.

A grande novidade deste diploma é a possibilidade de os Estados-membros poderem aplicar uma terceira taxa reduzida abaixo de 5%, o que antes não era permitido, além de duas acima desse limiar que, em Portugal, são de 13% e 6%. A União Europeia avançou com esta alteração em 2022 e os países puderam aplicá-la logo, mesmo antes de ser vertida na letra da lei nacional, para dar resposta à crise pandémica e inflacionista. Foi abrigo desta exceção que o Governo de António Costa implementou temporariamente o IVA zero para um cabaz de 46 bens alimentares essenciais durante nove meses, entre abril de 2023 e 4 de janeiro de 2024.

A transposição da diretiva para o ordenamento jurídico foi “parcial”, segundo o Governo de Luís Montenegro, porque o Executivo optou por não mudar as atuais taxas reduzidas em vigor, de 13% e 6%. “A proposta do Governo não prevê alterações ao nível das taxas”, como já tinha explicado ao ECO Miguel Silva Pinto, da Autoridade Tributária.

Como Portugal e outros seis países não comunicaram a transposição integral desta diretiva para o direito nacional até 31 de dezembro de 2024, a Comissão Europeia está a enviar cartas de notificação dando-lhes dois meses para responder, concluir a transposição e notificar as respetivas medidas nacionais.

Na ausência de uma resposta satisfatória, o executivo comunitário pode decidir emitir um parecer fundamentado e, depois, avançar para tribunal.

Também esta sexta-feira, Bruxelas enviou cartas a Portugal e outros sete países (Bulgária, Irlanda, Grécia, Espanha, Chipre, Lituânia e Roménia) por não terem comunicado a transposição do regime especial de IVA para as pequenas empresas, o que também deveria ter sido feito até final do ano passado.

Esta outra lei permite que as pequenas empresas vendam bens e serviços sem cobrar IVA e alivia as suas obrigações de cumprimento deste imposto, nomeadamente para companhias de menor dimensão estabelecidas noutro Estado-membro.

Neste momento, só as PME sem contabilidade organizada que, regra geral, são trabalhadores independentes ou recibos verdes, podem beneficiar da isenção do imposto desde que o volume de negócios não ultrapasse os 15 mil euros anuais. Com a transposição da diretiva, também as pequenas e médias empresas com contabilidade organizada vão poder aderir ao regime desde que também cumpram com aquele limite de faturação anual.

Para além disso, as PME nacionais com ou sem contabilidade organizada vão poder usufruir deste benefício noutros países da UE, “desde que o seu volume de negócios anual global não ultrapasse os 100 mil euros”, indicou ao ECO o alto quadro da AT para a área do IVA, Miguel Silva Pinto.

A proposta de lei que transpõe esta diretiva foi aprovada pelo Executivo de Luís Montenegro em novembro do ano passado, tendo sido viabilizada pela Assembleia da República no dia 24 deste mês. Mas a data limite era 31 de 2024. Por isso, Bruxelas avançou com processos de infração.

Portugal e aqueles sete países devem, também nesta área, responder à Comissão Europeia dentro de dois meses.

Por comunicar a Bruxelas está ainda a transposição da diretiva relativa aos ajustamentos dos critérios de dimensão para micro, pequenas, médias e grandes empresas ou grupos, o que motivou um terceiro procedimento aberto contra Portugal.

No que toca a esta legislação — que altera a diretiva contabilística que ajusta os critérios de dimensão das micro, pequenas, médias e grandes empresas ou grupos em função da inflação –, devia ter sido adotada na lei portuguesa (e de outros quatro países, como Chipre, República Checa, Espanha e Malta) até 24 de dezembro de 2024. Como isso não aconteceu, é agora dado um prazo de dois meses para ser feito.

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O que dizem os candidatos a bastonário sobre as novas regras dos advogados oficiosos?

A portaria relativa às novas regras para os advogados oficiosos já está pronta e entra em vigor no segundo semestre do ano, “após período de adaptação do sistema”.

A portaria relativa às novas regras para os advogados oficiosos já está pronta e entra em vigor no segundo semestre do ano, “após período de adaptação do sistema”. O Governo atualiza honorários dos advogados oficiosos e revê regras do Sistema de Acesso ao Direito (SADT), aproveitando as conclusões do estudo do Grupo de Trabalho, criado para esse efeito.

Assim, a portaria define que os advogados oficiosos vão passar a ser pagos em função da complexidade e do tempo que se gasta com cada processo, a poder fazer mais atos nos tribunais – incluindo em casos de mediação, arbitragem e em conservatórias – a consulta jurídica passa a ter o valor de 48 euros e estes advogados serão pagos, no imediato, em caso de substituição de mandatário, evitando atrasos e problemas de partilha de honorários entre os advogados nomeados. A unidade de referência que permite o cálculo desses honorários também muda: passa de 25,5 euros para 28 euros.

Logo após o comunicado do Ministério da Justiça, os grupos de advogados nas redes sociais enchiam-se de comentários relativamente a estas alterações. A maioria negativos. Aquela que foi e é uma das bandeiras de campanha da atual bastonária – recandidata ao cargo – teve direito a não um, nem dois, mas três comunicados de Fernanda de Almeida Pinheiro (o último em formato vídeo). Mas, em entrevista ao ECO/Advocatus, Maria Clara Figueiredo, Secretária da Estado Adjunta e da Justiça deixou claro “que este processo não era, como não foi, uma negociação com a Ordem dos Advogados”.

Fernanda de Almeida Pinheiro, bastonária da Ordem dos Advogados, em entrevista ao ECO/Advocatus - 17JAN23
Fernanda de Almeida PinheiroHugo Amaral/ECO

Assim, a bastonária da Ordem dos Advogados (OA) – também recandidata ao cargo – considera que a revisão da tabela dos honorários dos advogados oficiosos “é um momento histórico e positivo para a advocacia, que, após mais de 20 anos de espera, consegue finalmente uma revisão daquela tabela, com um aumento global de cerca de 7 milhões de euros e aumento de vários processos superior a 20%, que representarão, necessariamente, um aumento do valor individualmente pago a cada profissional”. E disse ainda que “não é ainda a tabela que a advocacia queria e merecia (e a OA foi sempre bem clara nesse aspeto, junto do Ministério da Justiça), mas a presença da OA neste processo foi fundamental para garantir que se colocaria um fim à inação dos vários governos durante mais de 20 anos e se garantisse a introdução de vários pontos positivos, que irão certamente contribuir para uma maior dignificação”, diz ainda.

E o que pensam os outros três candidatos a bastonário da Ordem dos Advogados?

José Costa Pinto defende que “o sistema de acesso ao direito e aos tribunais é o SNS da Justiça”. Dizendo ainda que “os advogados têm assegurado a sobrevivência deste sistema há muitos anos recebendo remunerações indignas. Esta Bastonária prometeu mundos e fundos, mas apresentam-nos hoje uma mão cheia de nada. Infelizmente não se podia esperar outra coisa de quem aceitou (e defendeu) o pagamento de migalhas nos processos da AIMA e de quem é incapaz de se apresentar como um interlocutor credível em qualquer negociação. Quando for eleito Bastonário uma das minhas prioridades será restaurar o diálogo com o Governo que permita uma atualização condigna da tabela de remunerações. É essencial, também, trabalhar pela simplificação e celeridade dos pagamentos, pelo alargamento dos atos remunerados, pelo pagamento de despesas de deslocação e pela flexibilização dos atuais critérios de elegibilidade dos cidadãos ao SADT. Defender a Justiça e o Estado de Direito tem um preço, não permitirei que sejam os advogados a continuar a pagá-lo”.

José Costa PintoHugo Amaral/ECO

João Massano defende que “o aumento em causa fica muito aquém das ambições e das necessidades dos advogados”. De acordo com João Massano, também presidente do Conselho Regional de Lisboa da Ordem dos Advogados “mais importante do que o valor de 7 milhões entretanto avançado — uma vez que o facto de estarem orçamentados não significa que venham a ser utilizados —, é saber a influência que eles terão na vida dos advogados inscritos no SADT e na organização dos serviços prestados. Haverá um aumento do seu rendimento disponível? E qual a contrapartida correspondente em trabalho por parte dos Advogados?”. João Massano acrescenta que “da alteração desta tabela, decorre também a diminuição da intervenção do advogado em inúmeros atos que, até então, se encontravam contemplados. É minha convicção que a ausência da Ordem dos Advogados neste processo foi prejudicial ao seu desfecho”, sublinha.

A estratégia de confrontação institucional com o Ministério da Justiça não levou nem conduzirá a lado nenhum, tal como eu tenho vindo a dizer em várias ocasiões”, diz o candidato. “A Ordem não pode pôr em causa as suas relações institucionais, sobretudo, quando estas podem afastar a Ordem dos Advogados (OA) dos grupos de trabalho cuja criação tem por objeto matérias essenciais à Classe. Tal como sucedeu neste caso: o da atualização da tabela de honorários em que, o Conselho Geral não fez parte do grupo de trabalho”, lamenta João Massano.

João Massano

Ricardo Serrano Viera, defende que “mais uma vez, o Governo demonstra a sua falta de compromisso com a dignidade dos advogados do SADT. A portaria que revê a tabela de honorários é um retrocesso e uma afronta a todos os colegas que asseguram a defesa dos cidadãos mais vulneráveis. Em vez de valorizar os advogados do SADT, agrava a situação de precariedade e desrespeita quem garante o pilar essencial do acesso à Justiça”, diz o advogado.

“Este é um reflexo de um sistema que tem, há demasiado tempo, negligenciado os profissionais que garantem a Justiça a quem mais precisa. Os advogados inscritos no SADT devem ser tratados com a dignidade e o respeito que a sua função exige. Não há qualquer justificação para que continuem a ser tratados com indiferença”, concluiu o Ricardo Serrano Vieira.

Ricardo Serrano Vieira

Eleições antecipadas marcadas para 18 e 19 de março

Assim, os candidatos a bastonário são quatro: Fernanda de Almeida Pinheiro, João Massano, José Costa Pinto e Ricardo Serrano Vieira nas aleições marcadas para 18 e 19 de março. A bastonária da Ordem dos Advogados, Fernanda de Almeida Pinheiro, anunciou a convocação de eleições antecipadas para todos os órgãos da instituição, incluindo o que lidera, o Conselho Geral (CG) no final de novembro. “Este novo estatuto impunha a criação de novos órgãos e naturalmente esses dois órgãos tinha um regime transitório da norma previa duas opções: podíamos designar o órgão ou convocar eleições antecipadas até 31 de março de 2025”, diz a bastonária. A OA optou, à data, designar e dar posse ao Conselho de Supervisão e ao Provedor do Beneficiário dos Serviços.

“Como é de conhecimento público, o novo Estatuto da Ordem dos Advogados, aprovado pela Lei n.º 6/2024, de 19 de janeiro, trouxe mudanças estruturais profundas, incluindo a criação de novos órgãos e a necessidade de adaptação regulamentar. Perante o curto prazo imposto para a implementação do novo Estatuto, o Conselho Geral deliberou designar o Conselho de Supervisão, para cumprir a obrigação legal de criação deste órgão. Esta deliberação foi tomada no enquadramento da norma transitória do Estatuto, não só com o objetivo de permitir que os mandatos em curso chegassem tranquilamente ao fim, como também de evitar a entrada imediata de membros externos para outros órgãos, de acordo com a nova composição estatutariamente prevista”, explicou a bastonária, em comunicado.

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PS quer ouvir Ricardo Paes Mamede sobre setores estratégicos da economia

A bancada socialista apresentou um requerimento no Parlamento para chamar o economista do IPPS-ISCTE sobre as áreas prioritárias da Estratégia Nacional de Especialização Inteligente 2030.

O grupo parlamentar do PS quer ouvir Ricardo Paes Mamede sobre qual deve ser o perfil de especialização da economia portuguesa, segundo o requerimento que deu entrada na Assembleia da República esta quinta-feira. A comissão de Economia ainda terá de aprovar o pedido de audição do coordenador do estudo do Instituto para as Políticas Públicas e Sociais do Iscte (IPPS-ISCTE) sobre as áreas prioritárias da Estratégia Nacional de Especialização Inteligente 2030 (ENEI 2023). A votação vai realizar-se na reunião de 6 de fevereiro. PSD e CDS têm criticado Pedro Nuno Santos e o PS por ainda não terem revelado quais são as áreas estratégicas da economia nacional.

“O PS tem vindo a defender, como uma prioridade inadiável para o país, a necessidade de alterar o perfil de especialização da economia portuguesa, promovendo o investimento na inovação, na transferência de conhecimento e na sofisticação das atividades produtivas. Estes elementos são fundamentais para garantir um crescimento económico mais sustentável, resiliente e produtivo”, defende a bancada socialista na iniciativa.

A Agência Nacional de Inovação (ANI), responsável pela coordenação operacional da Estratégia Nacional de Especialização Inteligente (ENEI 2030), solicitou um estudo, que visa apoiar a identificação de áreas prioritárias de intervenção, ao Instituto para as Políticas Públicas e Sociais do ISCTE (IPPS-ISCTE). Tendo em conta que o estudo está concluído, o PS quer conhecer o documento e ouvir Ricardo Paes Mamede sobre este tema, no âmbito dos trabalhos da Comissão de Economia.

Apresentação da candidatura de Ricardo Paes Mamede ao Conselho de Administração da TAP enquanto administrador não executivo - 27MAI21

Os socialistas defendem que o investimento na inovação, na transferência de conhecimento e na sofisticação das atividades produtivas são elementos fundamentais para garantir um crescimento económico mais sustentável, resiliente e produtivo. “Apenas com uma economia sofisticada, diversificada e complexa poderemos enfrentar os desafios do mundo atual, produzir com maior valor acrescentado, pagar melhores salários e gerar as receitas necessárias para financiar um Estado Social avançado”, justificam os deputados.

Desde que chegou à liderança do PS e também na campanha eleitoral para as legislativas de 2024, Pedro Nuno Santos tem vindo a defender um plano para mudar a especialização da economia portuguesa, que continua assente em “setores de baixa complexidade tecnológica, de menor valor acrescentado” e “em baixos salários”, como se lê na moção de estratégia com que concorreu às diretas do partido, e que foi coordenada pela líder parlamentar, Alexandra Leitão.

O secretário-geral socialista quer elevar o nível de sofisticação da economia para conseguir pagar melhores ordenados, designadamente através da aposta do Estado em setores estratégicos que poderão passar pelo digital, pelas tecnologias de informação, inteligência artificial, cibersegurança, ciências da vida e biotecnologia, lítio associado à indústria do automóvel elétrico e energias renováveis, segundo os economistas, consultados pelo ECO, Manuel Caldeira Cabral, que foi ministro da Economia no primeiro Governo de António Costa, viabilizado e suportado, no Parlamento, pela geringonça (PS, PCP e BE), e Paulo Trigo Pereira, presidente do Institute of Public Policy e antigo deputado do PS.

“O setor privado pode e deve investir onde bem entender, como em qualquer economia de mercado, mas o Estado tem a obrigação de fazer escolhas quanto aos setores e tecnologias a apoiar”, afirmou há um ano Pedro Nuno Santos no congresso que o proclamou líder do PS. “Em Portugal, a incapacidade de se dizer ‘não’ levou o Estado a apoiar, de forma indiscriminada, empresas, setores e tecnologias, independentemente do seu potencial de arrastamento da economia. A incapacidade de fazer escolhas levou a que sucessivos programas de incentivos se pulverizassem em apoios para todas as gavetas de forma a assegurar que ninguém se queixava. O problema da pulverização dos apoios é que, depois, não há poder de fogo, não há capacidade do Estado de acompanhar, não há recursos suficientes para transformar o que quer que seja”, afirmou em janeiro do ano passado.

Para a bancada socialista, cada região deve concentrar os apoios públicos em atividades que apresentam oportunidades de mercado relevantes e que possam ser exploradas a partir dos recursos e das bases de competências produtivas e tecnológicas existentes em cada região, de forma a contribuir para o crescimento sustentado.

“A concretização destes objetivos passa pela definição de políticas públicas inteligentes e seletivas que concentrem os esforços e apoios públicos em setores estratégicos e prioritários, tendo por base evidências robustas e estudos técnicos, que não se confundem com soluções mágicas que assentam em meras reduções fiscais cegas e, frequentemente, desprovidas de avaliações que sustentem a sua eficácia”, lê-se no pedido de audição apresentado pelos socialistas. Mais uma vez, o PS critica a redução transversal do IRC, como defende o Governo de Luís Montenegro, e defende benefícios fiscais para setores estratégicos.

PSD e CDS, os partidos que suportam o Executivo da Aliança Democrática (AD), têm aproveitado os diversos debates quinzenais para criticar Pedro Nuno Santos e o PS por ainda não terem revelado quais são as áreas estratégicas da economia nacional.

O PS requereu também um ponto de situação relativo ao estudo em curso sobre a Avaliação Estratégica da Política Industrial, que está a ser desenvolvido pelos professores Ha-Joon Chang e Antonio Andreoni, enquanto peritos internacionais pelo SOAS/Universidade de Londres, e pelo Professor João Silva do ISCTE, enquanto interlocutor nacional.

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Três complicações para serpentear por aí

  • Rita Ibérico Nogueira
  • 31 Janeiro 2025

O Ano da Serpente inspirou três lançamentos exclusivos de complicações relojoeiras: Panerai, Vacheron Constantin e Dior apresentam as suas interpretações.

O Ano Novo Chinês é uma das celebrações mais significativas e aguardadas do calendário, marcado pela sua forte ligação aos signos astrológicos e os seus significados culturais. Em 2025, a festividade é dedicada ao signo da Serpente, o sexto animal no zodíaco chinês, conhecido por simbolizar sabedoria, intuição, renovação e prosperidade. Este animal misterioso e enigmático é associado à transformação e à agilidade, características que se refletem não só na vida quotidiana, mas também no mundo do luxo e da alta relojoaria.

Em homenagem à Serpente, três grandes marcas de relojoaria — Panerai, Vacheron Constantin e Dior — apresentaram edições limitadas dos seus modelos mais emblemáticos, com complicações que unem a alta relojoaria ao simbolismo do Ano da Serpente. Cada relógio é uma obra-prima que celebra tanto o significado cultural da Serpente quanto a mestria técnica e o design inovador que caracterizam estas marcas. Vamos explorar as características especiais desses lançamentos e como eles refletem o espírito do Ano Novo Chinês.

Panerai Luminor Perpetual Calendar, uma homenagem à tradição e à prosperidade

A Panerai, conhecida pela sua relojoaria de precisão, apresenta o Luminor Perpetual Calendar (PAM01688), uma edição limitada a apenas 100 peças. Este modelo celebra o Ano da Serpente incorporando elementos da tradição chinesa, como o número da sorte 88, símbolo de sorte e abundância. O mostrador é adornado com caracteres chineses que indicam o dia e a data, um detalhe único que faz deste relógio uma homenagem ao significado cultural do zodíaco chinês.

Com um mostrador burgundy e uma caixa em Panerai Goldtech™ de 44mm, este modelo é uma fusão de estética refinada e alta complicação. O Luminor Perpetual Calendar é alimentado pelo calibre P.4100, que oferece uma reserva de marcha de três dias e é capaz de ajustar automaticamente o calendário perpétuo até o ano 2399, com apenas um ajuste no final de cada século. Este é um dos primeiros relógios da Panerai a integrar um calendário perpétuo, um verdadeiro marco em termos de inovação e funcionalidade.

A Panerai manteve a clareza e simplicidade características dos seus modelos, com uma configuração minimalista que inclui horas, minutos, pequenos segundos, e um sub-mostrador de 24 horas GMT, além do indicador de dia e noite. A caixa em Panerai Goldtech™ complementa a sofisticação do mostrador e confere ao PAM01688 uma resistência à água de até 50 metros. Com uma segunda bracelete em borracha preta e uma fivela em Panerai Goldtech™, este relógio é não apenas uma celebração do Ano da Serpente, mas também uma peça de alta relojoaria com funcionalidades avançadas.

Vacheron Constantin Métiers d’Art “A Lenda do Zodíaco Chinês”, a arte da gravura e do esmalte

A Vacheron Constantin, conhecida pela sua excelência técnica e estética refinada, também se uniu às comemorações do Ano da Serpente com o lançamento de uma nova coleção de relógios Métiers d’Art. A série “A Lenda do Zodíaco Chinês” celebra o signo da Serpente, com dois modelos limitados a 25 peças em ouro rosa ou platina, que combinam as técnicas de gravura e esmalte em miniatura.

Cada peça da coleção é um tributo ao talento artesanal e à dedicação à alta relojoaria, com uma interpretação detalhada da serpente desenhada em um cenário mágico e delicado. O mostrador é uma verdadeira obra de arte, onde a serpente é meticulosamente gravada e pintada à mão com esmalte, capturando a beleza enigmática e a agilidade do animal. Esta combinação de gravura e esmalte cria uma peça única que reflete o alto nível de habilidade da Vacheron Constantin e o seu compromisso em preservar as tradições da alta relojoaria.

Além da sua beleza artística, os relógios da coleção Métiers d’Art são equipados com os calibres mais avançados da manufatura, proporcionando uma cronometragem precisa e confiável. A edição limitada torna cada relógio ainda mais exclusivo, sendo uma peça de colecionador para os apreciadores de relojoaria fina e de arte contemporânea.

Elegância e misticismo com Dior Grand Soir “Year of The Snake”

A Dior, embora seja mais conhecida pela sua influência no mundo da moda, também tem uma forte presença no universo da relojoaria. Para o Ano novo Chinês, a marca francesa apresenta o Dior Grand Soir “Year of the Snake”, uma peça que combina o simbolismo da serpente com a sofisticação da alta relojoaria.

O mostrador do Dior Grand Soir “Year of the Snake” é uma obra de arte onde uma serpente dourada desliza sobre uma paisagem de toile-de-jouy em miniatura, cercada por folhagens delicadas feitas de madrepérola. As borboletas em ouro rosa adicionam um toque de leveza e fazem eco das escamas da serpente, criando uma atmosfera mágica e misteriosa. Esta peça foi projetada para refletir a sabedoria e a força associadas à Serpente, com uma estética que evoca o charme enigmático e elegante do animal.

O Dior Grand Soir é uma celebração da arte e do simbolismo chinês, transformando o Ano da Serpente numa peça de joalharia excecional. Com sua habilidade técnica e design refinado, a Dior oferece aos seus clientes uma interpretação única do zodíaco chinês, unindo elegância, misticismo e a magia de um dos signos mais enigmáticos.

Os lançamentos de Panerai, Vacheron Constantin e Dior para o Ano da Serpente são uma expressão de respeito e celebração do significado simbólico da Serpente no horóscopo chinês. Cada marca, com a sua abordagem distinta, reflete os valores de sabedoria, agilidade e renovação associados ao signo, ao mesmo tempo em que apresenta inovações e complexidade técnica relojoeira. Para os colecionadores e entusiastas, estas peças são também uma oportunidade única de possuir uma obra-prima de alta relojoaria que transcende as fronteiras do tempo.

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⛽ Combustíveis vão aliviar para a semana. Gasóleo desce 2,5 cêntimos e gasolina um cêntimo

A partir de segunda-feira, quando for abastecer, deverá pagar 1,644 euros por litro de gasóleo simples e 1,760 euros por litro de gasolina simples 95.

Os preços dos combustíveis vão voltar a aliviar na próxima semana. O gasóleo, o combustível mais utilizado em Portugal, deverá descer 2,5 cêntimos e a gasolina um cêntimo, avançou ao ECO fonte do mercado. Uma descida que levou o ministro das Finanças a manter a posição de ‘esperar para ver’ antes de mexer na fiscalidade que incide sobre os combustíveis.

Quando for abastecer, deverá passar a pagar 1,644 euros por litro de gasóleo simples e 1,760 euros por litro de gasolina simples 95, tendo em conta os valores médios praticados nas bombas à segunda-feira, divulgados pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG).

Estes valores já têm em conta os descontos aplicados pelas gasolineiras e a revisão das medidas fiscais temporárias para ajudar a mitigar o aumento dos preços dos combustíveis.

Os preços podem ainda sofrer alterações para ter em conta o fecho das cotações do petróleo brent esta sexta-feira e o comportamento do mercado cambial. Mas também porque os preços finais resultam da média dos valores praticados por todas as gasolineiras. Além disso, os preços cobrados ao consumidor final podem variar consoante o posto de abastecimento.

Esta semana, o gasóleo desce 1,8 cêntimos e a gasolina 0,6 cêntimos, um desempenho muito inferior às expectativas do mercado, que apontavam para uma subida de três cêntimos do diesel e de um cêntimos na gasolina, por sinal, as mesmas que são apontadas para a próxima semana. Com duas semanas de descida dos preços, o ministro das Finanças rejeitou tomar “decisões precipitadas” e só admite tomar medidas se os preços dos combustíveis subirem “muito significativamente”.

Joaquim Miranda Sarmento veio assim pôr água na fervura depois de o Executivo ter admitido que ia voltar a recorrer a um mecanismo de correção para, à semelhança do que aconteceu no pico inflacionista, mitigar o aumento dos preços.

Caso a descida de preços prevista para a próxima semana se confirme então o pico registado na segunda semana de janeiro será quase anulado.

O preço do brent, que serve de referência para o mercado europeu, está esta sexta-feira a cair 0,12% para os 76,78 dólares por barril e caminha para a uma queda semanal de 2,3% com os mercados a aguardar para ver se o Presidente dos EUA, Donald Trump, cumprirá sua ameaça de impor tarifas ao México e ao Canadá neste fim de semana e de olhos postos na reunião da OPEP+ agendada para 3 de fevereiro.

Os preços do crude estão sob pressão devido ao potencial impacto económico negativo das tarifas dos EUA contra o Canadá, México e China, disse o analista da PVM Tamas Varga, citado pela Reuters, acrescentando que a potencial valorização do dólar como resultado das tarifas também pesou sobre o petróleo.

Trump ameaçou impor uma tarifa de 25% já este sábado sobre as exportações canadianas e mexicanas para os EUA se esses dois países não acabarem com os embarques de fentanil através da fronteira dos EUA. O Canadá e o México são os dois maiores exportadores de petróleo bruto para os EUA.

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Estado fecha 2024 com excedente de 354 milhões de euros. Receita de IRC dispara 17,7%

Evolução resulta de um crescimento da despesa (9,2%) superior ao da receita (2,5%). A receita com o IRC ajudou as contas, ao disparar 17,7%.

O Estado fechou o ano de 2024 com um excedente orçamental de 354,1 milhões de euros, em contabilidade pública, uma diminuição de 7.238,2 milhões face ao ano anterior, mas melhor do que o previsto pelo Governo, revelam os dados da Direção-Geral do Orçamental (DGO) divulgados esta sexta-feira. Esta evolução resulta de um crescimento da despesa (9,2%) superior ao da receita (2,5%). Ainda assim, a receita com o IRC ajudou as contas, ao disparar 17,7%.

A redução do excedente orçamental face período homólogo já era esperada e o resultado encontra-se também influenciado pela transferência, em 2023, da passagem do Fundo de Pensões do Pessoal da Caixa Geral de Depósitos (FPCGD) para a Caixa Geral de Aposentações (CGA). Quando ajustado desse efeito, o excedente reduziu-se 4.219,9 milhões de euros.

Os dados divulgados esta sexta-feira são na ótica de compromissos, distinta do saldo em contabilidade nacional, apurado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), utilizado nas comparações internacionais e que será divulgado no final de março. Ainda assim, permite retirar algumas ilações sobre o comportamento da despesa e receita do Estado.

A diminuição do excedente ficou a dever-se sobretudo ao decréscimo registado no saldo da Administração Central, uma vez que o da Administração Regional e Local e o da Segurança Social melhoraram.

De acordo com a conta consolidada das Administrações Públicas, a pressionar as contas esteve o aumento de 9,2% da despesa efetiva, influenciada em larga medida pelos encargos com a evolução das pensões e outros abonos e, em menor escala, de outras prestações sociais suportadas pela Segurança Social, em particular o abono de família e os apoios às instituições sem fins lucrativos. A despesa das Administrações Públicas com transferências subiu assim 12,6%.

Paralelamente, as despesas com pessoal subiram 7,9%, devido principalmente à subida dos salários dos funcionários públicos e, com menor impacto, do regime especial de aceleração do desenvolvimento das carreiras na Administração Pública, ao que se soma o aumento de 7,5% da despesa com a aquisição de bens e serviços. A DGO destaca nesta evolução “o subsetor da Administração Local, a execução do Princípio de Onerosidade, a cargo do setor da Defesa Nacional e o despendido com medicamentos e vacinas, no setor da Saúde”.

Receita fiscal sobe 2,8%

A receita fiscal do Estado subiu 2,8% em 2024 face ao ano anterior, para 60.592 milhões de euros. Tal como vinha sido sinalizado pelas últimas execuções orçamentais, o IRC registou o melhor desempenho face ao período homólogo. A receita com a tributação sobre os lucros das empresas aumentou 17,7% face a 2023, compensado a quebra de 5,1% registando com a receita do IRS, resultando das alterações introduzidas no ano passado.

Nos impostos indiretos, o IVA continuou a ser o imposto que mais contribuiu para os cofres do Estado, tendo a sua receita subido 2,7%. Já a receita com o Imposto sobre os produtos petrolíferos e energéticos (ISP) aumentou 9,4%, com o Imposto de Selo 10,2% e com o Imposto Único de Circulação (IUC) 6,1%. Por outro lado, a receita com o Imposto sobre Veículos (ISV) e o Imposto de consumo sobre o Tabaco reduziu-se 2% e 2,4%, respetivamente.

Dados dão força à previsão de excedente de 0,4%, diz Governo

O Governo destaca que o excedente de 354,1 milhões de euros representa uma melhoria face ao inscrito no Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), no qual consta um défice de 1.261 milhões de euros para o conjunto de 2024, em contabilidade pública.

“Perante a execução orçamental hoje conhecida para as Administrações Públicas [AP] em contabilidade pública, o Governo está confiante que o país atingirá um excedente orçamental de 0,4% do PIB em 2024, em contabilidade nacional“, assinala o Ministério das Finanças, em comunicado divulgado após a publicação dos dados da DGO.

A tutela destaca ainda a redução da dívida não financeira, que no final de 2024 se situou em 1.707 milhões de euros, o que compara com os 1.887 milhões de euros registados em dezembro de 2023. “Em nove meses de gestão do atual Governo, as Administrações Públicas reduziram as suas dívidas não financeiras em 524 milhões de euros”, refere.

Realça ainda a diminuição de 458 milhões de euros dos pagamentos em atraso para 290 milhões de euros no final de 2024.

(Notícia atualizada às 13h42)

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Câmara de Lisboa lança plataforma de emprego para imigrantes

"Cruzar as necessidades das empresas com as competências dos imigrantes que chegam a Lisboa, promovendo mais e melhor emprego para quem quer vir trabalhar” é o objetivo da futura plataforma da câmara.

Carlos MoedasLusa

Integrar os imigrantes de forma “digna e estruturada” no mercado de trabalho em Lisboa, mas também fazer a ponte entre as suas competências e as necessidades das empresas. São estes os objetivos da plataforma online que o município lisboeta vai lançar durante este primeiro trimestre de 2025. Desta forma, assinala o autarca Carlos Moedas, “Lisboa mostra ao mundo como se faz uma política de imigração moderna, responsável e orientada para o futuro“.

Com este projeto Carlos Moedas pretende “cruzar as necessidades das empresas com as competências dos imigrantes que chegam a Lisboa, promovendo mais e melhor emprego para quem quer vir trabalhar para a cidade”, explica uma nota enviada esta sexta-feira às redações. Até porque, justifica o social-democrata, “Lisboa precisa de imigração, mas tem de ser orientada ao mercado de trabalho”.

O presidente da câmara de Lisboa responde, assim, às dificuldades de integração da população imigrante na cidade e, em simultâneo, à falta de mão de obra. “Não podemos continuar com uma situação em que há falta de trabalhadores e, ao mesmo tempo, imigrantes sem emprego. Vamos fazer essa ligação entre competências e necessidades”, frisa Carlos Moedas, citado num comunicado enviado às redações.

Lisboa mostra ao mundo como se faz uma política de imigração moderna, responsável e orientada para o futuro.

Carlos Moedas

Presidente da Câmara Municipal de Lisboa

A autarquia dá ainda conta de que “esta medida inovadora, que coloca a cidade na vanguarda da política de imigração na Europa”, nasceu no Conselho de Cidadãos de Lisboa.

Para por em prática esta iniciativa, o município vai reformular uma ferramenta online que já tem em funcionamento — o Mapa do Emprego de Lisboa –, que já conta com mais de 6.000 oportunidades de trabalho e perto de 2.000 ofertas de formação.

Em 2024, o projeto Mapa do Emprego venceu os Prémios Cidades & Territórios do Futuro, da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações.

O novo projeto também prevê parcerias com associações do setor que se dedicam à integração de imigrantes e refugiados através da empregabilidade, de modo a assegurar que tenham acesso a formações ajustadas às exigências do mercado nacional.

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Joana Vasconcelos em diálogo com Velázquez e Goya

  • Rita Ibérico Nogueira
  • 31 Janeiro 2025

A partir de 13 de Fevereiro, o Palácio de Liria, em Madrid, será palco de uma exposição que marca a interação entre a arte de Joana Vasconcelos e as coleções de mestres como Velázquez, Goya e Rubens.

Com “Flamboyant”, a artista portuguesa, uma das figuras mais relevantes do panorama artístico contemporâneo, irá ocupar alguns dos espaços mais emblemáticos e inéditos do palácio madrileno, criando um diálogo entre suas instalações e as obras-primas que fazem parte da coleção privada da Casa de Alba.

A exposição promete uma experiência imersiva e surpreendente. Joana Vasconcelos, conhecida mundialmente pelas suas esculturas e instalações monumentais, muitas vezes com forte carga simbólica e feminista, instalará algumas de suas criações mais icónicas, como Marilyn e Valkyrie Thyra, bem como outras mais recentes, transformando o palácio num espaço de fusão entre o antigo e o moderno. Num formato semelhante ao que a artista fez em 2012 no Palácio de Versailles, Vasconcelos integra a sua obra diretamente nos salões e jardins do Palácio de Liria, ampliando a experiência dos visitantes.

A exposição ocupará também espaços antes inacessíveis ao público, incluindo a capela do palácio, que abrirá suas portas pela primeira vez para este projeto. O hall de entrada neoclássico será embelezado com dois impressionantes leões, Vigoroso e Poderoso, criados a partir de croché e fio de algodão, dando início a um percurso que convida o público a explorar os recantos mais intimistas do palácio. A ligação entre a arte contemporânea e a história do local será ampliada por um grandioso lustre, Carmen, que será suspenso na biblioteca, ao lado de uma carta manuscrita de Prosper Mérimée, autor da obra que inspirou a famosa ópera de Georges Bizet.

Este projeto é um marco na carreira de Joana Vasconcelos, pois é a primeira vez que as suas obras serão exibidas num grande palácio habitado, o que cria um vínculo entre a artista e o espaço, além de uma conexão com a figura histórica do duque de Alba.

A Fundação Casa de Alba, responsável pela conservação do legado artístico da família desde 1973, promete aos visitantes a oportunidade de vivenciar uma fusão inédita entre a arte contemporânea e a grande tradição da arte europeia.

A exposição de Joana Vasconcelos no Palácio de Liria será uma celebração da arte em todas as suas formas, um convite a descobrir a eclética obra da artista portuguesa num contexto histórico ímpar. A partir de 13 de fevereiro, Madrid viverá este encontro entre o passado e o presente, entre as obras-primas do renascimento espanhol e a ousadia criativa de uma das artistas mais inovadoras da atualidade.

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ACT tem um novo subinspetor-geral a partir de fevereiro

Comissão de serviço de Nélson Ferreira termina e o Governo decidiu não renovar, ainda que expresse "reconhecimento pelo trabalho". Escolhe Carlos Nunes para novo subinspetor-geral da ACT.

A Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) vai ter um novo subinspetor-geral a partir deste sábado, dia 1 de fevereiro. O Ministério do Trabalho decidiu não renovar a comissão de serviço de Nélson Ferreira — que tinha sido designado pelo Governo anterior em 2020 — e escolheu Carlos Luís Nunes para esse cargo, em regime de substituição.

“Designo, em regime de substituição, o licenciado Carlos Luís Tavares Nunes para exercer o cargo de subinspetor-geral da Autoridade para as Condições do Trabalho“, lê-se no despacho que foi publicado esta sexta-feira em Diário da República e produz efeitos a 1 de fevereiro de 2025.

Licenciado em Serviço Social e em Psicologia Social e do Trabalho, Carlos Luís Nunes ocupa desde agosto de 2022 o cargo de diretor do departamento de habitação da Câmara Municipal de Almada.

Na nota curricular publicada em Diário da República, explica-se que, ao longo da sua carreira, o responsável assumiu, por exemplo, a posição de vice-presidente da Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego, bem como o cargo de coordenador de cursos de formação profissional destinadas a pessoas ativas, no centro do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) de Sintra.

Esta será, porém, a sua primeira vez ao serviço da Autoridade para as Condições do Trabalho, segundo o despacho. Por agora, ficará em regime de substituição, sendo que o Governo já pediu que seja aberto um concurso para que seja selecionado um nome definitivo para essas funções.

Já de saída está Nélson Ferreira, cuja comissão de serviço o Governo decidiu não renovar. No despacho também publicado esta manhã, o Ministério do Trabalho expressa, ainda assim, “reconhecimento pelo trabalho”.

Nélson Ferreira foi escolhido para subinspetor-geral da ACT em janeiro de 2020 (ou seja, pelo Governo de António Costa, com Ana Mendes Godinho na liderança do Ministério do Trabalho) e manteve-se nesse cargo, nomeadamente, durante o período pandémico, altura em que a ACT foi chamada a fiscalizar os potenciais abusos motivados pelo período de crise que o mundo atravessava.

Antes de ser oficialmente designado para esse cargo, Nélson Ferreira já estava em regime de substituição desde 2018.

Na última audição parlamentar, a ministra do Trabalho foi questionada pelos deputados sobre as mudanças nas lideranças que têm sido feitas nas entidades que estão sob a sua alçada.

Maria do Rosário Palma Ramalho notou que, em nove meses de legislatura, “houve um conjunto de movimentações nos quadros dirigentes da Segurança Social e do Trabalho”, mas precisou que, num total de 40, apenas sete foram nomeações feitas por cessação das comissões de serviço por iniciativa da tutela. As outras nomeações foram feitas ou porque o lugar está vago ou porque a pessoa que estava não podia continuar.

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ECO e Fora de Série estreiam projeto Well Being em parceria com Holmes Place

  • Rita Ibérico Nogueira
  • 31 Janeiro 2025

O projeto Wellbeing, um videocast com a duração de 3 meses desenvolvido em parceria com o Holmes Place, será um manual de boas-práticas para conseguirmos ter uma mente sã num corpo bem cuidado.

Quando chegamos à vida adulta, acabamos por ocupar muito do nosso tempo com trabalho e gestão familiar, e não investimos tempo de qualidade na nossa saúde e bem-estar. Muitas vezes tratamos os problemas apenas quando surgem sintomas de doença. A questão é que, é de senso comum, pouparíamos muito tempo (e dinheiro) – e seríamos mais felizes – se priorizássemos a nossa saúde e o nosso bem-estar.

Dados da OCDE e da OMS são claros: cumprir a recomendação de 150 minutos semanais de atividade física moderada a vigorosa poderia prevenir mais de 10 mil mortes prematuras por ano nos 27 países da União Europeia até 2050. É urgente adotar uma abordagem preventiva nas sociedades modernas, valorizando não só o corpo físico, mas também a saúde mental e emocional.

O projeto Wellbeing, um videocast com a duração de 3 meses desenvolvido em parceria com o Holmes Place, foca-se nesta problemática e trará aos leitores do ECO e da Fora de Série um manual de boas práticas para conseguirmos ter uma mente sã num corpo bem cuidado. Com a ajuda do know-how e experiência de alguns especialistas na matéria, debatemos temas importantes como “Movimento, relaxamento e nutrição: o triângulo do Bem-Estar”; “Corpo em Movimento: o Impacto do exercício”; “Conexão Corpo e Mente: exercícios de consciência corporal”; “O poder da Pausa: redescobrir o relaxamento no spa”; “Nutrição Intuitiva: escute o corpo, alimente a mente” e “Co-working do Bem-Estar: espaço de trabalho, movimento e relaxamento”.

Não perca os conselhos do nutricionista João Corça, da Spa Manager Mafalda Sá, do Master Trainer Paulo Ah Quin, e a partilha de histórias e experiências reais dos embaixadores Holmes Place: a influenciadora Maggy Santos, a modelo Débora Montenegro, o piloto de automóveis Manuel Gião e a jornalista Fernanda Freitas. Já no início de fevereiro.

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“Vamos procurar simplificar os impostos”, avança ministro das Finanças

Miranda Sarmento argumenta que IRS e IRC foram sujeitos "a muitas alterações" ao longo de 30 anos que "geram incentivos perversos do ponto de vista económico".

O ministro das Finanças adiantou esta sexta-feira que o Governo vai “simplificar os impostos” devido à complexidade do sistema. Joaquim Miranda Sarmento não avançou mais detalhes, mas salientou que o IRS e o IRC sofreram várias alterações ao longo das últimas três décadas, que geram “incentivos perversos“.

Vamos procurar simplificar os impostos. Não é uma reforma fiscal como em 1989, porque isso não é possível. Todas as economias avançadas já tributam as pessoas e as empresas através do imposto de IRC e IRS muito similar ao nosso, mas também não ignoramos que quer o IRS, quer o IRC têm quase 30 anos”, disse durante uma intervenção no “Leader’s Agenda 2025”, encontro organizado pelo ISEG, em Lisboa.

O governante argumentou que os dois impostos “foram sujeitos a muitas alterações, a muitas regras que geram incentivos perversos do ponto de vista económico“. “Por isso, queremos simplificar esses impostos”, afirmou.

Ademais, reiterou o compromisso em descer os dois impostos. “Pretendemos continuar a descer taxas dos escalões de IRS e continuar a descer as taxas de IRC”, disse.

No Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), o Governo desceu a taxa de IRC de 21% para 20% — após negociações com o PS –, embora no programa de Governo tenha como meta a redução para 15% até ao fim da legislatura.

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Portos de Lisboa e de Setúbal apresentam rebranding pela mão da Shift

  • + M
  • 31 Janeiro 2025

O processo de rebranding "colocou os dois portos ao mesmo nível, projetando uma imagem mais forte e unificada, enquanto reflete uma complementaridade do ponto de vista estratégico e de negócio".

A Shift Your Branding Agency é a responsável pelo rebranding dos Portos de Lisboa e de Setúbal. O objetivo passa por “permitir uma comunicação conjunta, preparar as marcas para uma coexistência futura e fortalecer a identidade de cada uma delas”.

“Pela proximidade geográfica e complementaridade de serviços e recursos, os Portos de Lisboa e de Setúbal estão unidos na missão de reforçar a posição de Portugal no mapa marítimo internacional. Por isso, o rebranding procurou dar resposta à necessidade sentida de aparecerem e comunicarem juntos em diversos momentos, esperando assim reiterar o seu propósito de hoje e do amanhã enquanto fortalece a identidade das duas marcas“, diz Miguel Reis, diretor criativo da Shift, citado em comunicado.

Neste sentido, foi criada uma “solução de arquitetura de marca coesa e funcional que realça as características únicas dos Portos de Lisboa e de Setúbal, fortalecendo a imagem individual e do conjunto, e que é acompanhada de um universo comunicacional robusto e capaz de projetar a dimensão de ambos“, refere-se em nota de imprensa.

No caso do Porto de Setúbal, a “singularidade da região” e a baía serviram como ponto de partida para a construção da sua nova identidade. A nova marca pretende “celebrar não só as características naturais da região, mas também a sustentabilidade de que este porto faz bandeira, ao tornar a logística mais verde enquanto impulsiona a inovação”. Daí, a mesma ser acompanhada pela assinatura “Um lugar único, onde a Sustentabilidade impulsiona a Inovação”.

Já em relação ao Porto de Lisboa, o rebranding centrou-se na evolução do conceito de “encontros”, que já o posicionava como espaço de cruzamento entre pessoas e negócios. Através da assinatura “Onde encontros transformam o futuro”, a marca pretende projetar essa ideia para o futuro, “posicionando o Porto de Lisboa como um agente transformador, capaz de promover mudanças positivas no setor e de impulsionar o desenvolvimento da cidade e da economia”.

O processo de rebranding “colocou os dois portos ao mesmo nível, projetando uma imagem mais forte e unificada, enquanto reflete uma complementaridade do ponto de vista estratégico e de negócio”, lê-se ainda em nota de imprensa.

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