Lucro do Crédito Agrícola cai para 100 milhões de euros com baixa de juros a pressionar

Grupo liderado por Licínio Pina, que está de saída, viu o resultado ser pressionado pela redução das taxas de juro.

O Crédito Agrícola registou lucros de 100 milhões de euros até março, menos 12,6% em relação ao ano anterior, pressionado pela redução das taxas de juro, anunciou a instituição esta sexta-feira.

A margem financeira registou uma quebra de quase 17% para 170,8 milhões de euros com o grupo liderado por Licínio Pina a sentir o impacto da descida das taxas do mercado por força do alívio da política monetária do Banco Central Europeu (BCE).

Os maiores bancos nacionais também observaram uma descida das margens devido ao novo contexto de juros mais baixos do que há um ano, mas conseguiram estabilizar os lucros nos 1,2 mil milhões de euros graças à reversão de provisões e imparidades e dividendos de operações internacionais (caso do BPI).

No caso do Crédito Agrícola, a descida da margem e das comissões fez com que o produto bancário registasse um decréscimo de 12,7% no mesmo período, atingindo os 230,9 milhões de euros.

Quanto ao crédito a clientes, a carteira cresceu 1,7% para quase 13 mil milhões de euros no final de março, atribuindo ao Crédito Agrícola uma quota de mercado de 6%.

Os depósitos de clientes ascendem a perto de 22 mil milhões de euros, praticamente a mesma base que tinha em dezembro do ano passado.

Licínio Pina, que lidera do Crédito Agrícola há 12 anos, prepara-se para deixar o cargo depois de o seu mandato ter terminado no final do ano passado. Sérgio Frade, atual administrador, será o seu substituto.

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Mercado imobiliário de luxo afirma-se cada vez mais em Portugal

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  • 23 Maio 2025

"The Wealth Report - O mercado imobiliário de luxo - Perspetivas globais e o mercado português" reuniu especialistas para discutirem como o mercado imobiliário de luxo está a afirmar-se em Portugal.

A Quintela + Penalva I Knight Frank, em parceria com a Católica Lisbon School of Business & Economics, organizou a conferência “The Wealth Report – O mercado imobiliário de luxo – Perspetivas globais e o mercado português”. O evento contou com a presença de diversos especialistas do mercado imobiliário, que se reuniram para ver a apresentação do The Wealth Report, o principal relatório da Knight Frank, parceira da portuguesa Quintela + Penalva desde 2021, que analisa o setor imobiliário e os investimentos no setor do luxo a nível mundial.

Depois de analisados todos os detalhes do relatório, houve ainda espaço para dois painéis de debate. No primeiro foi debatido o tema “O Mercado Imobiliário de Luxo em Portugal” com a presença de Carlos Penalva, sócio fundador da Quintela + Penalva I Knight Frank, João Cabaça, CEO da VIC Properties, e André Caiado, arquiteto e fundador da Contacto Atlântico.

Carlos Penalva destacou que Portugal tem sido cada vez mais procurado por clientes internacionais que olham para o país enquanto destino de luxo no que ao imobiliário diz respeito – uma escolha de vida que tem como prioritárias a segurança, a estabilidade e o custo de vida que o país oferece. “O luxo não acaba no imóvel, o luxo é toda a experiência de viver em Portugal”, assegurou.

Carlos Penalva distinguiu duas realidades: “Uma coisa é o mercado de luxo, outra é o facto de ter uma casa em Portugal ser considerado um luxo, e infelizmente é assim. Carlos Penalva criticou a falta de planeamento do poder público: “As cidades são monocêntricas. Os Governos não tiveram grande vontade de investir em habitação ou em infraestruturas a longo prazo. É uma tempestade perfeita que gerou esta incapacidade de as pessoas terem uma casa no centro da cidade”.

No que toca ao investimento estrangeiro, Carlos Penalva sublinhou que “a estabilidade, o custo de vida, a própria política, e o facto de sermos um país ainda em fase de crescimento neste mercado, são fatores muito atrativos para os investidores, e para quem pode trabalhar remotamente”. O responsável diz ser “um luxo vir para Portugal; há até excesso de procura para a nossa capacidade de oferta. Precisamos de criar cerca de 50 mil casas por ano, e estamos a construir 25 mil. Este processo tem de ser acelerado”.

Já André Caiado, cujo atelier é responsável pela reabilitação de vários projetos, que albergam lojas de luxo na Baixa Pombalina e na Avenida da Liberdade, salientou que o luxo é, na sua essência, “algo que não está disponível, que é único”.

Todos os intervenientes foram da opinião de que o luxo está associado a experiências únicas e que existe uma lacuna no mercado que deve ser vista como uma oportunidade. “O luxo é também a não massificação do produto, a exclusividade é muito importante enquanto comunicação”, acrescentou João Cabaça.

Já o segundo painel contou com a presença de Mónica Seabra Mendes, diretora do Programa Executivo de Gestão do Luxo na Católica Lisbon Business & Economics, Gracinha Viterbo e Miguel Vieira da Rocha, partners da Viterbo Interior Design, Alexandra Cesário, fundadora da Know Concierge e Francisco Quintela, sócio fundador da Quintela + Penalva I Knight Frank.

O luxo, para a Mónica Seabra Mendes, está sobretudo associado a um nicho de mercado em que o serviço é primordial. Aliás, a Diretora do Programa Executivo de Gestão de Luxo, refere que há marcas como a L’Oréal e a Nespresso, que, não sendo de luxo, vivem do luxo, pelo serviço prestado e pelo seu posicionamento. Refere ainda que “os alunos que procuram este programa muitas vezes não estão associados a marcas de luxo, mas querem aprender e aplicar nos seus negócios técnicas ligadas ao serviço e gestão de luxo, como a personificação e a antecipação”.

Já a empresária Alexandra Cesário sublinhou o valor que este tipo de clientes dá à experiência e a satisfação que têm quando as suas necessidades são antecipadas. Para os Partners da Viterbo Interior Design, o luxo está na criação de algo único para cada cliente, uma experiência que têm de antecipar e acompanhar.

Interrogado sobre a diferença entre clientes estrangeiros e portugueses, Miguel Vieira da Rocha disse que “ao nível dos clientes que trabalhamos, não há diferença nenhuma. São clientes que têm mais do que uma propriedade e que procuram um estilo único para cada uma das suas casas”. Para Gracinha Viterbo “cada cliente é único e temos de saber ouvir o que procuram, mas também o que são, o que os inspira para podermos criar algo único. O que esperam de nos é a criação”.

Francisco Quintela referiu que “em Portugal há ainda um estigma relacionado com a riqueza e um certo pudor”. Por outro lado, e interrogado sobre o que é o luxo, Francisco Quintela referiu “não saber definir o luxo pois o luxo pode ser um conceito diferente em cada geografia. O luxo no Dubai nada tem a ver com o luxo de Lisboa. Por outro lado, as pessoas também têm conceitos diferentes do que é o luxo. O luxo para uns pode ser ir para uma praia paradisíaca no inverno e, para outros, estar num restaurante 3 estrelas Michelin”.

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Governo cortou 60% dos vales para combater pobreza energética

  • ECO
  • 23 Maio 2025

Na segunda alteração ao PRR, o Governo reduziu a meta de vales eficiência a distribuir de 100 mil para 40 mil devido à falta de procura e aos sucessivos atrasos.

O Governo reduziu de 100 mil para 40 mil a meta de cheques a distribuir no âmbito do programa Vales Eficiência, que visa ajudar famílias mais pobres a melhorar a eficiência energética das suas casas, noticia o Público (acesso pago).

Com um valor de 1.300 euros cada, o dinheiro dos vales viria do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e por isso havia um prazo para respeitar. Mas, quando o Executivo fez alterações à bazuca europeia pela segunda vez, optou por cortar a meta inicial, estabelecida em 2020, devido à falta de procura e aos sucessivos atrasos. Dos 100 mil vales inicialmente pensados, foram entregues 19.748 e 4.194 ainda nem foram usados.

“A opção por uma redução de 60%, para efeitos de revisão da meta do PRR, resulta de uma análise técnica fundamentada na taxa de execução real do programa, na capacidade de resposta dos operadores e na dotação orçamental remanescente”, explica o gabinete da ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, acrescentando que “o valor agora aprovado – 40 mil vales eficiência – permite, assim, alinhar a meta com a capacidade operacional efetiva verificada até à data e preserva a ambição do programa, assegurando impactos mensuráveis na mitigação da pobreza energética”.

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Hoje nas notícias: pobreza energética, Chega e Santander

  • ECO
  • 23 Maio 2025

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O Governo reduziu a meta do programa Vales Eficiência de 100 mil para 40 mil. O Chega pode vencer mais facilmente as eleições autárquicas em 21 concelhos onde foi o partido mais votado nas últimas legislativas e em que o autarca se encontra em final de mandato. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta sexta-feira.

Governo cortou 60% dos vales para combater pobreza energética

O Governo reduziu de 100 mil para 40 mil a meta de cheques a distribuir no âmbito do programa Vales Eficiência, que visa ajudar famílias mais pobres a melhorar a eficiência energética das suas casas. Com um valor de 1.300 euros cada, o dinheiro dos vales viria do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e por isso havia um prazo para respeitar. Mas, quando o Executivo fez alterações ao PRR pela segunda vez, optou por cortar a meta inicial, estabelecida em 2020, devido à falta de procura e aos sucessivos atrasos. Dos 100 mil vales inicialmente pensados, nem 20 mil foram entregues e 4.200 dos que foram entregues a famílias carenciadas ainda nem foram usados.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago)

“Tendência de fundo” pode dar câmaras ao Chega: há 21 concelhos que podem mudar

O Chega foi o partido mais votado nas legislativas do passado domingo em 60 dos 308 concelhos do país. Desses, há 21 municípios que mais facilmente podem passar a ser liderados pelo partido de André Ventura nas próximas eleições autárquicas, que são aqueles em que os autarcas estão em limite de mandato. Olhão e Portimão, onde o Chega venceu pela segunda vez consecutiva em legislativas, são os casos mais flagrantes, mas Sintra, Montijo, Vila Franca de Xira, Loulé, Silves, Alenquer, Palmela, Benavente, Sines, Almodôvar, Castro Marim, Chamusca, Almeirim, Monforte, Fronteira, Vila Franca do Campo, Vila Nova da Barquinha, Entroncamento, Salvaterra de Magos e Sobral de Monte Agraço também constam da lista.

Leia a notícia completa no Expresso (acesso pago)

“Santander só tem uma estratégia: crescimento orgânico”

A administradora executiva do Santander diz que a única estratégia do banco é de “crescimento orgânico”, face à possibilidade de o CaixaBank, dono do BPI, comprar o Novobanco, que tem uma quota relevante em clientes empresariais. “Estamos atentos quando a concorrência se movimenta. Procuramos avaliar os movimentos e agimos em conformidade”, ressalva, porém, a responsável, em entrevista ao Jornal Económico. Sobre o dinheiro concedido pelo Estado para a garantia pública do crédito à habitação para jovens, a administradora do Santander admitiu que “é provável” que o banco peça ao Estado para estender essa cobertura.

Leia a entrevista completa no Jornal Económico (acesso pago)

Teresa Anjinho: “A integridade é a armadura da Democracia”

A recém-eleita Provedora de Justiça da União Europeia (UE) considera que “a integridade é a armadura da democracia” e que “permite conseguir distinguir entre um decisor que está ao serviço do interesse público e um que está ao serviço de um interesse privado”. Em entrevista ao Diário de Notícias, Teresa Anjinho aponta que a questão dos denunciantes é uma das áreas da competência da Provedoria em que pode fazer mais. Embora reconheça que o facto de só poder fazer recomendações seja uma limitação, também considera que é um “poder”. Não ter poderes vinculativos garante à Provedoria “flexibilidade em encontrar soluções construtivas para os problemas”, defende.

Leia a entrevista completa no Diário de Notícias (acesso pago)

Parcelas de heranças livres de mais-valias

O Supremo Tribunal Administrativo (STA) decidiu, num acórdão de uniformização de jurisprudência datado do final de abril e agora publicado, que a venda de um quinhão hereditário “não configura uma alienação onerosa de direitos reais sobre bens imóveis”, pelo que não estão sujeitos a IRS “os eventuais ganhos resultantes dessa alienação”. Esta decisão contraria o entendimento da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), que nestes casos tem vindo a insistir na tributação das mais-valias e que ainda recentemente voltou a emitir uma informação vinculativa nesse sentido. Contribuintes que já tenham pagado imposto em circunstâncias idênticas podem solicitar uma revisão oficiosa e, no limite, recorrer aos tribunais.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

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BCP aprova pagamento de dividendo de três cêntimos por ação e recompra de ações de 150 milhões

BCP vai reduzir capital... para aumentar capital. Acionistas aprovaram distribuição de dividendos de três cêntimos por ação mas também atualizar a política de remuneração da administração.

O BCP realizou na quinta-feira uma assembleia geral de acionistas onde tomou várias decisões, desde logo a aprovação do pagamento de dividendos de 453,4 milhões de euros relativos ao exercício de 2024, mas também uma redução e aumento de capital, que passa por um programa de recompra de ações próprias e sem a emissão de novas ações.

O banco liderado por Miguel Maya, tal como avançado em abril em vário comunicados enviados ao mercado, propunha a aplicação de resultados, de modo a serem distribuídos 453,4 milhões de euros em dividendos, o que corresponde a um dividendo unitário por ação de 0,03 euros. Uma deliberação que foi aprovada esta quinta-feira em AG, de acordo com o comunicado publicado esta sexta-feira na CMVM.

Em cima da mesa dos acionistas estavam ainda mais duas deliberações “a redução do capital social do Banco em até 150 milhões de euros, com a finalidade especial de execução de programa de recompra de ações próprias e de extinção de ações próprias já adquiridas ou que venham a ser adquiridas no âmbito do referido programa, envolvendo a extinção de até 755.699.497 ações próprias representativas de até 5% da totalidade de ações representativas do capital social, bem como sobre as reservas conexas”. Para depois o aumentar novamente para três mil milhões de euros, “por incorporação da reserva especial” que venha a ser constituída no âmbito da redução de capital, “pelo valor correspondente ao da redução do capital social daí resultante e sem emissão de novas ações”.

O BCP anunciou, a 8 de abril, o lançamento de um programa de recompra de ações, que se iniciou a 14 de abril e com data prevista de finalização a 14 de outubro.

Os acionistas aprovaram ainda uma deliberação sobre a aquisição e alienação de ações e de obrigações próprias, mas o comunicado ao mercado não dá mais detalhes.

Sem detalhes está também a decisão de atualização da política de remuneração dos membros dos órgãos de administração e de fiscalização. Na reunião magna foi também aprovada a atualização da política interna de seleção e avaliação de adequação dos membros dos órgãos de administração e fiscalização e dos titulares de funções essenciais.

Os acionistas foram ainda chamados a aprovar a ratificação da cooptação de um administrador para o mandato 2022-2025. Em causa estava a nomeação de Esmeralda Dourado como administradora não executiva independente, que foi aprovada em janeiro pela administração do BCP, mas que tinha de ser ratificada na assembleia-geral do banco. A cooptação da empresária e gestora já tinha sido autorizada pelo BCE, o que permitiu preencher a vaga existente no conselho de administração para o mandato que termina ainda este ano.

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Falta 1 mês para o fim das inscrições na 6.ª edição do Prémio Autarquia do Ano – Grupo Mosqueteiros

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  • 23 Maio 2025

Faltam menos de 30 dias para o fecho das candidaturas ao Prémio Autarquia do Ano – Grupo Mosqueteiros.

A 6.ª edição deste prémio, que distingue as boas práticas da sua autarquia, termina as inscrições no próximo dia 20 de junho. Para municípios e freguesias de todo o país, esta é a oportunidade para dar visibilidade ao trabalho que fazem diariamente em prol das suas comunidades.

Um prémio que valoriza o poder local

Criado para reconhecer iniciativas locais de excelência, o Prémio Autarquia do Ano tem vindo a destacar projetos que marcam a diferença nas áreas da inovação, inclusão, sustentabilidade e proximidade. Ao longo das edições anteriores, centenas de autarquias apresentaram projetos que refletem um país mais coeso, mais atento e mais justo.

Este ano, a diversidade volta a ser palavra de ordem: são 12 categorias e mais de 100 subcategorias, que vão desde a saúde mental ao desporto inclusivo, passando pela cultura, digitalização ou ação social.

As candidaturas são feitas por e-mail: [email protected]

Porquê concorrer?

Concorrer a este prémio é mais do que uma formalidade. É uma forma de afirmar o valor do trabalho desenvolvido no terreno, todos os dias. As principais razões pela qual a sua autarquia deve inscrever é o Reconhecimento nacional, a motivação interna das equipas, a partilha de boas práticas e o impacto direto que terá nas comunidades.

Se a sua autarquia tem um projeto que merece ser partilhado com o país, este é o momento certo. O Prémio Autarquia do Ano – Grupo Mosqueteiros é mais do que uma distinção — é uma montra de tudo o que de bom se faz no poder local.

As inscrições encerram a 20 de junho de 2025. O futuro das autarquias começa aqui.

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TAP agrava prejuízos para 108 milhões no primeiro trimestre. Páscoa em abril e greve de pilotos penalizaram contas

O primeiro trimestre é sempre o mais difícil para a aviação e o da TAP foi este ano ainda mais negativo, com uma quebra de 4,5% nas receitas e o prejuízo a aumentar 18 milhões.

A TAP fechou o primeiro trimestre com um prejuízo de 108,2 milhões, mais 18,1 milhões do que no mesmo período do ano passado. O resultado foi penalizado por uma queda das receitas de passagens aéreas, que a companhia atribui ao facto de a Páscoa este ano ter sido em abril e não em março, e pela greve dos pilotos da Portugália. O mercado americano resistiu, mas o brasileiro caiu com o aumento da concorrência.

“2025 começou com um trimestre desafiante, marcado pela greve dos pilotos da Portugália e pela deslocação da Páscoa. A par disso, o aumento da concorrência nos principais mercados e as disrupções operacionais, como eventos meteorológicos adversos, greves e constrangimentos nos aeroportos e no espaço aéreo europeu, impactaram de forma significativa a performance financeira e operacional do trimestre”, afirma o presidente executivo, Luís Rodrigues, em comunicado.

A TAP somou receitas operacionais de 823,4 milhões entre janeiro e março, menos 4,5% do que no mesmo período de 2024. Além dos fatores referidos, a companhia aponta a estabilização da capacidade (a TAP está impedida pelo plano de reestruturação de aumentar o número de aeronaves) e o aumento da concorrência nos principais mercados, nomeadamente no Brasil, que pressionaram o preço das passagens.

Receitas caem 6% no Brasil

Apesar dos receios sobre o arrefecimento das viagens de e para os EUA devido à deterioração do contexto económico, a transportadora afirma que o mercado norte-americano teve um “desempenho positivo”, “sustentado pelo aumento da receita unitária [+5%] e do load factor [taxa de ocupação]”.

Já na América do Sul, a receita por passageiro teve uma evolução negativa (-6%), com a companhia a sublinhar um aumento de 18% na capacidade oferecida pelos concorrentes. Também na Europa a descida foi de 6%, enquanto em África a receita por passageiros cresceu 3%.

O número de passageiros transportados, 3,51 milhões, ficou praticamente inalterado face aos primeiros três meses de 2024, com a taxa de ocupação a recuar muito ligeiramente para 78,8%.

O negócio de Manutenção, que vem tendo um bom desempenho, também não cresceu este trimestre, com as receitas a recuarem 0,8% para 44,3 milhões. “Esta variação reflete uma ligeira redução da atividade devido a constrangimentos na cadeia de fornecimento que afetaram os prazos de execução dos trabalhos, tendo sido compensada parcialmente por melhores condições comerciais”, justifica a TAP. Já as receitas de carga e correio tiveram um incremento de 6%, mas pesam pouco no resultado global (2,2 milhões de euros).

Do lado dos custos, a transportadora aérea reporta um aumento de 2% para 955 milhões de euros, impulsionado pelo acréscimo de 19 milhões de euros nas despesas com pessoal, na sequência de “aumentos salariais e de remunerações acordados nos acordos coletivos de trabalho”. Os custos operacionais de tráfego aumentaram 4,7%, enquanto os gastos com combustível recuaram 7,7%.

Os gastos foram ainda penalizados pelo aumento de 140,5% na rubrica das imparidades de contas a receber e provisões, para 16,5 milhões, que é “maioritariamente explicado pelo reforço de provisões para compensações a clientes decorrentes da greve dos pilotos da PGA”.

Entre receitas e custos, o resultado operacional foi negativo em 131,6 milhões, mais 57,3 milhões do que no período homólogo. A TAP estima que a deslocação da Páscoa para o segundo trimestre e a greve dos pilotos da Portugália tenham tido um impacto financeiro nos resultados operacionais entre 30 e 40 milhões.

O resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA), que tinha sido positivo no primeiro trimestre de 2024, caiu 52,5 milhões e foi negativo em 9,5 milhões. O recorrente cifrou-se em 2,9 milhões positivos.

Dívida financeira líquida cai quase para metade

Apesar do aumento da dívida financeira bruta, para 1.601,2, o endividamento líquido da TAP caiu quase para metade, cifrando-se em 398 milhões, com o forte aumento do valor em caixa, para 1.203 milhões, para o qual contribuíram a entrada em janeiro da terceira tranche de capital do Estado, no valor de 343 milhões, e a emissão adicional de dívida sénior no valor de 200 milhões, realizada no início de março.

Sobre as perspetivas futuras, a companhia aérea assinala que “as reservas encontram-se, à data, em linha com o ano anterior, mostrando uma recuperação assinalável desde o início do ano, devendo compensar a pressão sobre as receitas unitárias face ao aumento estimado da capacidade”.

A TAP espera um aumento da concorrência nos principais mercados, embora com intensidades distintas. “No Brasil, o foco está na otimização da qualidade das receitas, mantendo os load factors estáveis com yields de qualidade, tirando partido da rede alargada da TAP, apesar da pressão sobre receitas unitárias”, refere o comunicado.

A transportadora irá prosseguir com a modernização da frota, estando prevista a entrega de um avião A320 NEO e dois A321 NEO.

(notícia com última atualização às 8h45)

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Incumprimento das linhas do Banco de Fomento desceu 20%

Foi de 2021 para 2022 que a execução das garantias deu um salto mais significativo de 30,5 milhões de euros para 106 milhões em 2022. Em 2024, o Estado foi chamado a pagar 97 milhões.

O nível de incumprimento das linhas de crédito do Banco de Fomento desceu 20% em 2024, de acordo com a Conta Geral do Estado. Apesar dos 97 milhões de euros pagos na sequência da execução das garantias dadas no âmbito do Fundo de Contragarantia Mútuo ainda estarem longe dos 30,5 milhões registados em 2021, representa uma melhoria face a 2023.

Face a 2023, a carteira total de garantias do Fundo de Contragarantia Mútuo registou uma diminuição de cerca de 1.836,9 milhões de euros, explicada pelas reduções em 1.970,6 milhões de euros das garantias Covid-19 e em 275,6 milhões de euros das garantias não Covid-19”, lê-se na Conta Geral do Estado, divulgada a semana passada. Ou seja, uma descida de 19,9%.

As responsabilidades das garantias concedidas pelo FCGM ascendiam, no final do ano passado, a cerca de 3.167 milhões de euros, das quais 1.217 milhões de euros são contragarantidas pelo Estado através da Entidade do Tesouro e Finanças (ETF). Este montante compara com cerca de 5 mil milhões de 2023.

As garantias concedidas pelo Estado, neste âmbito, têm uma natureza distinta das restantes operações, porque visam assegurar a solvabilidade do Sistema Nacional de Garantia Mútua, salvaguardando a cobertura parcial dada pelo Fundo de Contragarantia Mútuo, gerido pelo Banco de Fomento, à sinistralidade da atividade das Sociedades de Garantia Mútua (SGM).

Foi de 2021 para 2022 que a execução das garantias deu um salto mais significativo de 30,5 milhões de euros para 106 milhões em 2022, ano em que as responsabilidades vivas do FCGM ascendiam a 7,24 mil milhões de euros.

Em termos gerais, a 31 de dezembro o stock da dívida garantida pelo Estado ascendia a 9,25 mil milhões de euros (responsabilidades efetivas), estando o maior volume de operações concentrado na região Autónoma da Madeira (2,87 mil milhões de euros, correspondentes a 13 operações). Grande parte destas operações inserem-se no “refinanciamento e consolidação da dívida da Região Autónoma e das entidades públicas regionais, num contexto de ajustamento e sustentabilidade das finanças públicas da Região”, mas também “da construção do Novo Hospital Central e Universitário da Madeira, projeto aprovado de interesse comum ao abrigo da Lei das Finanças das Regiões Autónomas”, lê-se na Conta Geral do Estado.

Já no capítulo das empresas públicas não reclassificadas, cujas responsabilidades efetivas ascendem a 9% do total, o destaque vai para o Grupo Águas de Portugal, empresa totalmente detida pelo Estado, que tem uma dívida 315,3 milhões a vencer este ano que “corresponde a financiamentos contraídos junto do Banco Europeu de Investimento”. “Até à data, não se verificou qualquer execução de garantia”, detalha o documento.

Em relação aos restantes beneficiários, que têm um peso reduzido, o Governo não prevê “riscos significativos de incumprimento quer face ao historial das execuções de garantias do Estado quer à natureza das operações e entidades envolvidas”.

Com a economia a crescer 1,9% em 2024, o cenário positivo repete-se também para as linhas concessionais, “enquadradas nos programas de cooperação para o desenvolvimento, na vertente da política externa e, simultaneamente, no apoio à exportação de bens e serviços portugueses, no contexto da política de internacionalização das empresas portuguesas”. Neste caso, as garantias concedidas ascendiam a 1.002,2 milhões de euros, ou seja 10% do total, mas apesar do valor ser elevado nestas linhas, os juros são bonificados e por isso os encargos para os países “são bastante reduzidos em comparação com os restantes apoios aos créditos à exportação”.

“As operações enquadram-se nas prioridades definidas pelos países beneficiários, não se registando histórico de incumprimentos, podendo ainda vir a ser equacionados pedidos de renegociação da dívida, que se traduzirão em eventuais incrementos das maturidades associadas a esta tipologia de apoios, sem que tal se consubstancie em risco de incumprimento”, explica a conta Geral do Estado.

No Orçamento o Estado para 2025, o Governo antecipava uma redução na ordem dos 20 milhões de euros dos montantes enquadrados nestas linhas “em virtude das amortizações realizadas pelos diversos países, em cumprimento dos planos de pagamento acordados”. Uma redução que afinal foi de 36,8 milhões. Para este ano, o Governo espera uma nova redução de 43 milhões.

A este montante soma-se ainda 385,6 milhões de euros (responsabilidades efetivas) das garantias concedidas no âmbito da Convenção Portugal-Angola, acompanhadas pelo Banco de Fomento, como agência de créditos à exportação. A Convenção Portugal-Angola foi objeto de um aumento de 500 milhões de euros, em 2023, e este ano terá um novo um aumento de mais 500 milhões do plafond para que possam vir a ser garantidos pelo Estado português novos financiamentos para investimentos promovidos pela República de Angola, a executar por empresas portuguesas.

Este é “o principal instrumento de apoio oficial às exportações neste mercado, não se registando qualquer histórico de incumprimento desde a sua assinatura no ano de 2004”, lê-se no documento.

As responsabilidades garantidas decorrentes de operações de seguro à exportação, de créditos financeiros, de caução e de investimento, assumidas pelo BPF e pela Cosec levam a que “o stock da dívida garantida pelo Estado, em matéria de seguros de apoio à exportação e ao investimento”, ascendesse a de 724 milhões de euros.

“Atento ao histórico das indemnizações de sinistros” o Governo sublinha que “o risco de incumprimento das operações de seguro é reduzido e concentra-se nas operações de curto prazo, cuja sinistralidade, com base nas responsabilidades assumidas anualmente neste âmbito, tem registado valores, nos últimos anos, de cerca de 1%”.

O Executivo, no Orçamento do Estado para 2025, não espera que um aumento da sinistralidade este ano, tendo em conta o “enquadramento internacional destas iniciativas e o historial de execuções de garantia desta natureza” e, por isso, sublinha que “é previsível que os instrumentos de garantias à exportação e ao investimento venham a sofrer um acréscimo”, no âmbito por exemplo da estratégia europeia para desenvolver novas infraestruturas e apoiar investimentos com impacto transformador (Global Gateway).

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Neerlandesa Conclusion volta às aquisições em Portugal e Espanha para faturar 250 milhões

Grupo internacional que comprou o negócio de recrutamento tecnológico à Novabase está a trabalhar com assessores para fazer novas aquisições no país e avançar no plano de crescimento ibérico.

O grupo neerlandês Conclusion, que comprou o negócio de recrutamento da Novabase por 51 milhões de euros, vai voltar às aquisições em Portugal. A empresa de prestação de serviços empresariais, detida pela sociedade de private equity NPM Capital, está a trabalhar com assessores para procurar alvos que encaixem nas suas prioridades: cloud, dados e Inteligência Artificial (IA).

A estratégia de crescimento internacional passa pela Península Ibérica, através da filial Conclusion Ibéria, e tem por detrás um refinanciamento de 410 milhões de euros, concluído ainda em 2023. Após utilizar parte da verba para adquirir a alemã Diva-e logo no ano seguinte, o foco em 2025 está nos mercados português e espanhol.

A Conclusion conta com uma rede de advisors externos, quer em Portugal quer em Espanha, que a estão a auxiliar na agenda de fusões e aquisições (M&A). Embora não revele ao ECO quais são as entidades neste novo processo de busca, a multinacional tem trabalhado com o Banco Invest ou o CFI – Corporate Finance International.

“Com o apoio de entidades especializadas, estamos ativamente à procura de empresas de referência em cada uma das áreas para conseguirmos ter uma oferta que cubra a totalidade das necessidades (full stack aproach). Queremos desenvolver todas as áreas, mas estamos bastante interessados em cloud, dados e IA. São as prioridades”, afirmou ao ECO a diretora-geral da Conclusion Ibéria, Célia Vieira.

Para mostrar convicção no negócio nacional, a Conclusion promoveu recentemente Célia Vieira, até então apenas CEO da Neotalent Conclusion, e incumbiu-a de desenhar a estratégia lusa e do país vizinho. O objetivo é que o M&A lhes permita superar os 250 milhões de euros em receitas só na Península Ibérica até 2030.

A previsão financeira do grupo é que as receitas globais cheguem aos dois mil milhões de euros até 2030. Para 2025 não existem estimativas, uma vez que dependerá das compras que a Conclusion vai fazer. “Esse valor será fortemente influenciado”, assinalou Célia Vieira.

“O envelope financeiro [disponível para esta ronda de compras] não está fechado. Vai depender das oportunidades que apareçam nas diferentes regiões, da avaliação que for feita do potencial que as várias entidades considerem que faça sentido. Em Espanha já está estimado um crescimento maior e é lá que faremos a maior parte dos investimentos”, acrescentou a CEO.

A Conclusion é uma holding com sede em Utrecht, mais de 30 empresas e cerca de 4.500 trabalhadores. Quando o mercado dos Países Baixos se esgotou nas suas fronteiras, a empresa iniciou um plano de expansão europeu e dividiu o mapa do Velho Continente em três regiões de atuação: Benelux – Holanda, Bélgica e Luxemburgo -, DACH – Alemanha, Áustria e Suíça – e Ibéria, composta por Portugal e Espanha.

A região ibérica é a que nós queremos agora desenvolver. Já não é pequena, porque neste momento somos mais de mil pessoas divididas entre duas empresas, a Neotalent Conclusion e a Score Conclusion, que faturam cerca de 60 milhões de euros [2024]”, esclareceu Célia Vieira.

A estratégia para a ibéria será replicar a dos Países Baixos, que está assente numa estrutura composta por cinco áreas tecnológicas (“domínios”): experiência digital (digital experience), dados e inteligência artificial (data & AI), armazenamento na nuvem (cloud & mission critical), aplicações empresariais (enterprise applications) e consultoria de negócio (business consultancy). “São os cinco da Holanda e os cinco que vamos criar aqui em Portugal”, disse a diretora-geral da Conclusion Ibéria.

Questionada sobre o impacto do contexto macroeconómico e geopolítico no setor tecnológico, Célia Vieira admite que não é imune, apesar de ser resiliente. Aliás, a gestora diz que os empresários estão a demorar mais tempo a decidir e a assinar contratos ligados a serviços digitais. “A incerteza é grande e reflete-se também no nosso negócio. As oportunidades estão aí e continuam a existir, mas sentimos que os clientes têm um ciclo de decisão mais longo, tomam decisões muito refletidas e avançam com os projetos que são realmente necessários”, conta.

A diretora-geral da Conclusion Ibéria compara os ciclos económicos dos últimos anos, desde a pandemia, para concluir que “as coisas estabilizaram” e a “dinâmica está mais calma e consolidada”. “Penso que o momento que vivemos é diferente do pós-Covid. Há dois ou três anos, era francamente positivo e foi o mais ativo nas TI [Tecnologias de Informação] que vivi em toda a minha carreira profissional”, recorda, visivelmente saudosista do boom tecnológico causado pelos confinamentos.

No primeiro trimestre deste ano, as subsidiárias Neotalent Conclusion – especializada em recrutamento – e a Score Conclusion – que faz consultoria e trabalha com SAP – decidiram investir num escritório partilhado no Parque das Nações, em Lisboa, de forma a tentar criar mais sinergias dentro do grupo. A próxima etapa deverá ser mudar a gestão da Neotalent Conclusion, tendo em conta que Célia Vieira está a acumular os dois cargos. Ao ECO, confirma apenas que delegou “grande parte” das funções e que a sucessão será um processo “natural, dado o foco e a exigência inerentes ao desafio”.

Talento permitiu assinar negócio em Portugal

O talento tecnológico foi o elemento-chave para a Conclusion escolher Portugal para investir e comprar e negócio de recrutamento para TI à Novabase por 51,1 milhões de euros em 2023, segundo a responsável do grupo neerlandês na ibéria.

Após colocar em cima da mesa critérios como proximidade cultural, diferença horária, estabilidade política, qualidade da educação e preços, a Conclusion conclui que “o investimento faria sentido em Portugal”. “Penso que o principal fator foi o talento”, referiu Célia Vieira.

Inicialmente, estava previsto a Conclusion adquirir a empresa por 49,4 milhões de euros, mas o valor acabou por aumentar dois milhões de euros.

“O interesse da Neotalent surgiu da aposta em nearshore. Para a expansão da Conclusion e do próprio negócio na Holanda, a escassez de talento era um impedimento e tinha de encontrar uma empresa com selo de garantia em disponibilizar capacidade e o melhor talento. Foram consideradas várias geografias na Europa, pela legislação de privacidade de dados”, lembra a CEO.

Por outro lado, as contas da Novabase foram penalizadas no ano passado pela venda. Os lucros de 2024 afundaram 86,4% para 6,4 milhões de euros devido a acertos na mais-valia na sequência do apuramento final das cláusulas de preço definidas no contrato (38,4 milhões de euros).

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5 coisas que vão marcar o dia

  • ECO
  • 23 Maio 2025

Os trabalhadores do Metro de Lisboa vão estar em greve durante 30 dias. Em dia de aniversário, a AEMinho reflete sobre a reindustrialização da Europa e as oportunidades para Portugal”.

Arranca esta sexta-feira e por 30 dias a greve dos trabalhadores do Metro de Lisboa, podendo causar impacto nas festividades dos Santos Populares. Já mais a Norte do país, o antigo ministro socialista Pedro Siza Vieira participa nas comemorações da AEMinho com a “reindustrialização da Europa e as oportunidades para Portugal” na ordem do dia. Destaque ainda para a fileira do azeite reunida em torno dos desafios do setor.

Trabalhadores do Metro de Lisboa em greve

Os trabalhadores do Metropolitano de Lisboa estão em greve até dia 23 de junho ao trabalho extraordinário e a eventos especiais, o que poderá ter impacto nas festividades dos Santos Populares. Reivindicam o aumento do subsídio de almoço e redução para as 35 horas de jornada de trabalho semanal.

Pedro Siza Vieira nas comemorações da AEMinho

O antigo ministro Pedro Siza Vieira é um dos oradores da cerimónia comemorativa do quarto aniversário da Associação Empresarial do Minho (AEMinho) esta sexta-feira, em Ponte de Lima. A entidade dedica o dia à região, às empresas e ao futuro da indústria. Em análise estará a “a reindustrialização da Europa e as oportunidades para Portugal”.

INE divulga dados económicos

Esta sexta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga os índices de preços das propriedades comerciais relativos a 2024.

Congresso Nacional do Azeite

Termina esta sexta-feira o Congresso Nacional do Azeite, numa iniciativa do Centro de Estudos e Promoção do Azeite do Alentejo (CEPAAL) em parceria com a Câmara Municipal de Campo Maior, no âmbito da Feira Nacional de Olivicultura. O evento reúne os principais agentes do setor para refletir sobre os desafios da fileira do azeite.

Eleição da Cidade Europeia do Vinho

Açores, Baixo Alentejo e Algarve Golden Terroir. Uma destas candidaturas será eleita, esta sexta-feira, a Cidade Europeia do Vinho 2026, durante uma assembleia extraordinária da Associação de Municípios Portugueses do Vinho (AMPV), que acontece no Alandroal.

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“Drill, baby, drill”? Visão de Trump deverá sair ‘furada’ com preços baixos do petróleo

Os preços do petróleo não estão a suportar a intenção de expansão da produção norte-americana.

O presidente norte-americano, Donald Trump, reavivou como um objetivo da sua administração a máxima “Drill, baby, drill“, que se refere à expansão da produção de combustíveis fósseis nos Estados Unidos. No entanto, esta intenção aparece como “uma espécie de miragem”, já que os preços mais baixos do petróleo — consequência, também, das guerras comerciais promovidas por Trump — não são favoráveis a um aumento da produção do ‘ouro negro’ no território.

Há uma contradição inerente à estratégia de política energética da administração Trump”, escreve Ben McWilliams, investigador do think tank Bruegel. Isto, tendo em conta que possui dois objetivos antagónicos: por um lado, pretende aumentar a produção de petróleo e gás. Em segundo lugar, quer reduzir preços ‘na bomba’ para os consumidores. “Ambos não são possíveis”, já que os produtores de petróleo precisam de preços elevados para aumentar a produção, o que ditaria preços mais elevados para os consumidores, explica o mesmo. “O ‘drill, baby drill’ tem sido sempre uma espécie de miragem”, ilustra, por seu lado, Romain Mouquet, analista Sénior na Allianz Global Investors (AllianzGI).

A Oddo BHF espera que a produção de petróleo nos Estados Unidos desacelere, sobretudo em 2026. O analista Ahmed Ben Salem aponta um crescimento de 440 mil barris por dia em 2025, reduzido a 180 mil barris diários em 2026. O Banco Carregosa concorda: o atual nível de preços não é suficientemente alto para justificar uma nova vaga de perfuração intensiva”, conclui o economista sénior do Banco Carregosa, Paulo Rosa, que não espera um aumento da produção de petróleo nos EUA até ao final de 2025, e considera possível um ligeiro abrandamento. Mouquet prevê uma produção dos EUA “praticamente estável” este ano, já que a menor atividade de perfuração é compensada pelos ganhos de produtividade dos poços e pelo crescimento da produção offshore dos EUA.

Para um crescimento sustentado da produção, seria necessário um preço consistentemente acima dos 80 a 85 dólares por barril — patamar considerado rentável para a expansão do xisto, segundo fontes como a Reserva Federal de Dallas e a Rystad Energy, citadas pelo Banco Carregosa. A extração em áreas de areias betuminosas ou no Ártico, com maiores exigências técnicas e ambientais, pode necessitar de preços superiores a 80 ou mesmo 100 dólares por barril, enquanto no caso da perfuração offshore, os custos operacionais são mais elevados, exigindo normalmente preços entre os 60 e os 80 dólares. Apenas em regiões “altamente produtivas”, como a bacia do Permiano no Texas, esse valor pode descer até aos 40 dólares.

Os preços do barril cotado em Nova Iorque, o West Texas Intermediate, seguiam esta quinta-feira a cair 1,71% para os 60,52 dólares. A cotação já perdeu mais de 15% do valor desde o início do ano.

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Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para abrir o gráfico.

Em paralelo, o economista do Banco Carregosa realça que os produtores norte-americanos têm adotado uma postura de maior disciplina financeira, privilegiando retornos para os acionistas em vez de expansão da produção. Também o analista sénior da AllianzGI vê uma mudança de postura das empresas de exploração e produção dos EUA, de “uma fase de crescimento agressivo” para um maior foco na rentabilidade e retorno. Aliás, estas empresas já começaram a reduzir a sua atividade para este ano, com várias delas a cortarem os planos de capital para 2025 devido à economia mais desafiante, assinala Mouquet.

Além da dificuldade de conciliar o objetivo de elevada produção com o de preços baixos para o consumidor, “é difícil que a política dos Estados Unidos influencie a produção doméstica”, que está dependente da decisão dos privados, ao contrário do que acontece em Estados como a Arábia Saudita, indica o Bruegel. A Allianz entende que, embora a Casa Branca possa aliviar parte da carga regulamentar, “a sua capacidade para influenciar diretamente as empresas americanas a aumentarem as suas atividades é limitada”.

Preços deverão continuar pressionados

A ActivTrades entende que o preço do petróleo deverá continuar sob pressão, podendo mesmo recuar abaixo dos 60 dólares por barril. Para a AllianzGi, o West Texas Intermediate (WTI), o barril negociado em Nova Iorque, deverá rondar os 61 dólares por barril, em média, até ao final de 2025. Já no próximo ano, a Oddo BHF conta que o preço do barril se coloque nos 65 dólares.

Do lado da oferta a nível global, “o mercado espera que a produção de petróleo aumente o ritmo, ultrapassando até os níveis do consumo”, indica Vítor Madeira, analista na XTB. A AllianzGI espera um “crescimento saudável” da oferta por parte de regiões não pertencentes à Organização dos Países Produtores de Petróleo (OPEP) e não produtoras de xisto. A mesma casa de investimento prevê um forte crescimento da produção em projetos de águas profundas e offshore, em regiões como o Brasil, a Guiana, o Golfo dos EUA e o Cazaquistão.

Ao mesmo tempo, a AllianzGI espera o aumento da produção da OPEP, criando uma situação de excesso de oferta. Já na perspetiva da Oddo BHF, a Organização de Países Exportadores de Petróleo não deverá aumentar a respetiva produção, uma vez que apenas a Arábia Saudita terá a capacidade de o fazer. No entanto, a ActivTrades ressalva que uma eventual normalização das relações com o Irão — caso se confirme a expectativa de um acordo nuclear — poderá introduzir ainda mais oferta no mercado global.

Depois dos aumentos previstos para maio e junho, os países membros da OPEP+ estão a estudar um terceiro aumento consecutivo da produção de petróleo em julho, avançou esta quinta-feira a Bloomberg. A decisão será tomada na reunião da organização agendada para o dia 1 de junho.

Do lado da procura, “a palavra-chave continua a ser incerteza”, afirma a ActivTrades. O mesmo analista, Ricardo Evangelista, toma a pausa no conflito comercial entre a China e os Estados Unidos como “temporária”, sendo que o clima de tensão entre as duas maiores economias do mundo “continua a ensombrar as perspetivas de crescimento global, afetando negativamente as projeções de consumo de petróleo”.

Um abrandamento mais acentuado ou uma eventual recessão, sobretudo nas principais economias consumidoras, poderá reduzir significativamente a procura por petróleo, pressionando os preços em baixa”, reforça Paulo Rosa. Já num cenário em que a economia global evita uma recessão e mantém um crescimento, ainda que moderado, os preços poderão estabilizar num intervalo entre os 60 e os 75 dólares barril ou até recuperar ligeiramente, dependendo da gestão da oferta, avalia Rosa.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 23 de maio

  • ECO
  • 23 Maio 2025

Ao longo desta sexta-feira, 23 de maio, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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