Fim aos fósseis, financiamento e menos emissões. O que está em cima da mesa da COP 28?

Principal cimeira do clima arranca esta quinta-feira com objetivos ambiciosos, mas com obstáculos que prometem dificultar as negociações. Estes são os temas que vão marcar a agenda.

A 28ª cimeira do clima das Nações Unidas (COP 28) arranca esta quinta-feira no Dubai. Na Expo City, antecipam-se mais de 70 mil pessoas, entre elas delegações que representarão mais de 150 países.

Até 12 de dezembro, decorrerão negociações sobre temas que se arrastam há várias cimeiras: um compromisso para o fim gradual dos combustíveis fósseis; a definição de regras e financiamento para fundos climáticos e um acordo para uma redução global do nível de emissões. Tudo isto para que o objetivo de limitar o aquecimento global em 1,5º graus Celsius até 2050, face à era pré-industrial, ainda seja possível.

Antecipam-se – uma vez mais – negociações difíceis entre as delegações internacionais, à medida que o contexto no qual a cimeira decorre também se agrava: este ano foi marcado por sucessivas temperaturas recorde na Europa.

Mas o próprio país que se voluntariou para receber a cimeira deste ano também deverá ser um obstáculo nas negociações. De acordo com a BBC, os Emirados Árabes Unidos (EAU) estarão a planear usar o seu papel de anfitrião como uma oportunidade para fechar negócios ligados ao petróleo e ao gás com pelo menos 15 países, embora o país tenha negado tal intenção ao jornal britânico.

Numa investigação conduzida pela BBC, em colaboração com jornalistas independentes do Centre for Climate Reporting, estará em cima da mesa a intenção de serem abordadas oportunidades entre a ADNOC, companhia petrolífera nacional dos EAU, com a China, Colômbia, Alemanha e Egito, e oportunidades ligadas à exploração de gás natural liquefeito em Moçambique, no Canadá e na Austrália.

Não estou francamente otimista face àquilo que era preciso e àquilo que provavelmente vai sair”, comentou Francisco Ferreira, presidente da associação ambientalista Zero, em entrevista ao Capital Verde. “Vai ser complicado. E, realmente, que o presidente da conferência [Sultan Ahmed Al Jaber], seja também o responsável pela [ADNOC] não ajuda. O presidente não manda, mas o presidente conduz as negociações. Não vai ser uma conferência fácil”, apontou.

Mas afinal o que vai ser discutido?

Fim dos fósseis à vista?

Calendarizar a eliminação progressiva do consumo e produção de combustíveis fósseis até 2050, acompanhado de uma rápida expansão das energias renováveis, continua a ser o principal objetivo a alcançar nas COP. Depois de em Glasgow, os líderes mundiais se terem aproximado de um compromisso para um fim gradual do carvão – bloqueado nos momentos finais pela Índia, que defendia uma diminuição do uso do combustível ao invés do seu fim – no Egito, o tema voltou a marcar a agenda (visando o petróleo e o gás natural também) mas sem o desfecho pretendido.

“Aquilo que seria o compromisso desejável e que se tem feito um esforço muito grande para que que se tornasse numa decisão da COP, é a eliminação progressiva dos combustíveis fósseis. Mas isso não se consegue. E as decisões só avançam quando são tomadas por consenso”, apontou Filipe Duarte Santos, presidente do Conselho Nacional de Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (CNADS), em entrevista ao Capital Verde.

A União Europeia (UE) e os Estados Unidos deverão manter a sua posição em relação ao tema, urgindo que seja consensual entre as delegações. Para os 27 Estados-membros, isto significa que o carvão deve ser eliminado o mais tardar até 2030, o gás fóssil o mais tardar até 2035 e o petróleo o mais tardar até 2040. Mas o facto de o G20 não ter sido capaz de chegar a um acordo sobre o assunto na última reunião do grupo em Nova Deli deverá dificultar as negociações nesta matéria, logo à partida.

O presidente da COP já afirmou que a eliminação progressiva dos combustíveis fósseis é “inevitável”, mas perante as revelações da BBC, e o próprio historial do país no setor do petróleo, fica a dúvida sobre se os Emirados Árabes Unidos estarão comprometidos em pressionar outras nações ricas a apoiar o fim progressivos dos fósseis na COP 28.

Sultan Al Jaber, presidente da COP 28

Maior redução de emissões

O nível de emissões de gases com efeito de estufa (GEE) a nível global não está alinhado com o objetivo de limitar o aquecimento do planeta em 1,5º graus Celsius até 2050, face à era pré-industrial. O caminho parecia promissor quando em 2020, por causa da pandemia, assistiu-se a uma quebra significativa da libertação destes gases, mas, com o desconfinamento, a trajetória inverteu caminho e atualmente encontra-se em níveis mais elevados do que em 2019. Cortar as emissões é portanto fundamental, mas pede por uma ação concertada e abrangente.

Na COP 27, a UE defendia que se desse esse passo, definindo-se, simultaneamente, um pico de emissões globais já para 2025, mas foi fortemente contestada pelas partes presentes. A expectativa da ONU deste ano é que os países se comprometam em reduzir drasticamente as emissões globais em 45% até 2030, face aos níveis de 2019.

Ademais, será feito pela primeira vez no Dubai um “balanço global” das reduções de emissões de GEE. Conhecido como Global Stockstake, este é um processo que decorre há cinco anos e que permite aos países e às partes interessadas verificar em que medida estão a fazer progressos coletivos para cumprir os objetivos do Acordo de Paris – e em que medida não estão. O seu principal objetivo é facilitar a avaliação do progresso contínuo e impulsionar compromissos mais ambiciosos.

Expo City, DubaiEPA/ALI HAIDER

Fundos para países mais pobres aguardam por regras do jogo

Considerado um marco “histórico” da COP 27, os líderes mundiais chegaram a acordo para a criação do fundo de Perdas e Danos — que aguardava por uma “luz verde ” há 30 anos. Este mecanismo, financiado pelos países mais ricos, tem como propósito ajudar os países mais vulneráveis a enfrentar os efeitos das alterações climáticas.

O fundo, que resultou de longas horas de negociação pela noite dentro em Sharm El-Sheik, no Egito, determina a nomeação de uma comissão que terá como objetivo identificar os países que poderão beneficiar desta ajuda. Na proposta, os países menos desenvolvidos em África e na Ásia, e pequenos Estados insulares em desenvolvimento, deverão ser os primeiros receber estas ajudas, mas o acordo não exclui a inclusão de outras nações na lista.

Na altura, ficou acordado que as economias mais desenvolvidas seriam chamadas a contribuir – e países como a Dinamarca, Bélgica e Finlândia mostraram-se logo disponíveis – tendo o Banco Mundial, entretanto, disponibilizado para apoiar a gerir o fundo.

Ao longo dos últimos 11 meses, os governos têm lutado para chegar a um consenso sobre os detalhes mais concretos: quem irá pagar e com base em que critérios; qual o teto mínimo deste fundo; a que mecanismos os países mais ricos podem recorrer para recolher as verbas; se o contributo será obrigatório ou voluntário, e que prazos serão definidos. Certo, é que o objetivo é que as verbas comecem a ser distribuídas já no próximo ano.

Além do fundo de Perdas e Danos, será fundamental regularizar o fundo destinado à mitigação e adaptação. Em 2009, os países mais ricos, e que beneficiam financeiramente do investimento nos combustíveis fósseis que contribuíram para a crise climática, comprometeram-se a alocar 100 mil milhões de dólares por ano para ajudar os países mais vulneráveis a adaptar e mitigar os riscos das alterações climáticas, e a investir na transição energética e na redução de emissões de dióxido de carbono (CO2). Mas esse valor nunca foi atingido. Em 2020, os países mais ricos conseguiram reunir 83,3 mil milhões de dólares.

A Zero prevê que a UE lidere o tema pelo exemplo, fornecendo financiamento novo e adicional, com foco no aumento de subvenções para adaptação, para colmatar as lacunas existentes e fortalecer a ação climática global. Mas também, antecipa que o bloco europeu lidere as negociações em torno deste tema.

Protestos durante a 27ª Conferência das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas de 2022 (COP 27) em Sharm el-Sheikh, no Egito, em 2022.EPA/SEDAT SUNA

Conversas à margem também pesam

À semelhança das cimeiras anteriores, fora das negociações oficiais das Nações Unidas, os governos a título individual e empresas também farão os seus próprios anúncios.

Os Emirados Árabes Unidos – além das alegadas conversas à margem para fechar negócios ligados aos fósseis – tencionam lançar um compromisso voluntário de redução das emissões por parte das empresas petrolíferas e de gás, numa tentativa de trazer a indústria dos combustíveis fósseis para o centro da luta contra as alterações climáticas. Ademais, revela a Reuters, serão anunciadas outras iniciativas à margem da COP 28, entre elas, compromissos para reduzir as emissões de metano e limitar o financiamento privado das centrais de carvão.

Antecipam-se iniciativas semelhantes vindas de outros países. Por exemplo, Portugal, que terá pela primeira vez um pavilhão numa COP, tem na agenda um conjunto de compromissos. Entre eles, a formalização de um acordo entre o Governo e o Green Climate Fund. Este fundo, criado no seio da ONU, apresenta-se como “o maior fundo para o clima a nível global”, com a missão de apoiar os países em desenvolvimento a concretizar as respetivas ambições de descarbonização.

Paralelamente, está previsto a oficialização de que a dívida de Cabo Verde será reconvertida num fundo de investimento em ambiente, na energia, na água, na reciclagem, de forma a acelerarmos esta transição, como parte de uma estratégia que deverá ser aplicada aos restantes países da CPLP.

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Bruxelas alerta que “contexto mudou” desde que foi aprovado o mecanismo ibérico

Responsável da Comissão Europeia destaca que os preços já baixaram desde que o mecanismo ibérico foi criado. Admite ainda assim que conflito no Médio Oriente pode trazer volatilidade.

A Comissão Europeia propôs prolongar por um ano algumas medidas de emergência aplicadas devido à crise energética, o que poderia abrir a porta ao mecanismo ibérico. No entanto, Paula Pinho, responsável da DG Energia da Comissão Europeia, aponta ao ECO que “o contexto mudou e os preços não são aqueles” que existiam quando surgiu o mecanismo.

O que foi proposto focou-se nas “medidas de solidariedade no fornecimento de gás”, para continuar por mais um ano, bem como no “mecanismo de intervenção que foi prolongado também, por mais um ano”. “Em relação ao mecanismo ibérico, terá que ser analisado pelos nossos colegas nos serviços da concorrência“, ressalva Paula Pinho.

“Mas a verdade é que o contexto mudou e os preços não são aqueles que nós vimos, quando foi validado e apoiado o mecanismo”, admite a responsável por Transição Justa, Consumidores, Inovação e Eficiência Energética da DG Energia.

O mecanismo ibérico para limitar os preços da eletricidade produzida a partir do gás entrou em vigor em meados de junho do ano passado, depois de um longo processo de negociações dos países ibéricos com a Comissão Europeia. O mecanismo tem estado inativo desde fevereiro, devido à queda dos preços, mas o Governo espanhol quer um prolongamento do período de vigência.

Agora, as perspetivas para a evolução dos preços da eletricidade são mais animadoras, nomeadamente tendo em conta a aposta nas energias renováveis. “A tendência vai ser agora de conseguirmos uma maior estabilidade em termos dos preços, e quanto maior for a proporção de renováveis no mix energético, mais previsível, menos volátil será o preço”, indica a responsável.

Ainda assim, Paula Pinho admite que o conflito no Médio Oriente “cria instabilidade, volatilidade e tem efeitos muito concretos”. “Israel é um produtor de gás e logo desde o início do conflito em outubro encerrou a produção de um dos campos de gás, que não se fez sentir de forma muito significativa nem nos preços nem no fornecimento de gás para a Europa”, recorda, sendo que, apesar disso, “tem obviamente efeito dominó, na medida em que se deixa de poder contar com aqueles volumes”. “Terá de se recorrer a outros volumes que se calhar estavam destinados para para exportação”, aponta.

Desta forma, “não houve um grande impacto de momento, concreto em termos de preços”, mas este conflito “obviamente cria volatilidade, cria insegurança, o que nunca é bom em termos dos preços dos combustíveis”.

Apesar de possíveis efeitos do conflito no Médio Oriente, a responsável destaca a resposta que foi possível dar na última crise energética, quando a União Europeia conseguiu “no espaço de praticamente um ano reduzir a dependência de combustíveis fósseis e do principal fornecedor, a Rússia, em termos tão significativos”. Além disso, também há novas estruturas que foram conseguidas, nomeadamente no que diz respeito à circulação do gás, que já aumentam a capacidade da Europa.

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Abanca compra Eurobic a dar lucro recorde

Banco de Isabel dos Santos, Fernando Telles e companhia lucrou 75,8 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, um resultado que supera o melhor ano de sempre.

A caminho de se tornar galego, o Eurobic vai fechar o ano com lucros recorde. Pelo menos é o que mostram os resultados dos primeiros nove meses do ano: 75,8 milhões de euros, mais 180% em comparação com o mesmo período do ano anterior, de acordo com as demonstrações financeiras relativas a setembro. Este desempenho supera já o melhor ano de sempre da instituição financeira que Isabel dos Santos, Fernando Telles e companhia acabaram de vender ao Abanca por cerca de 300 milhões.

Em linha com o que se passa nos outros bancos, a subida das taxas de juro ajudou a dar lustro aos resultados da instituição liderada por José Azevedo Pereira. A margem financeira, que corresponde à diferença entre os juros cobrados nos empréstimos e os juros pagos nos depósitos, registou um disparo de 138% para 188,8 milhões de euros entre janeiro e setembro.

Há cerca de um mês, após apresentar os resultados do primeiro semestre, a administração justificou ao ECO que o bom desempenho do Eurobic em 2023 se devia às “condições gerais de mercado transversais a todo o setor bancário”, isto é, escalada das taxas de juro, mas também à “estratégia de asset-liability management” (gestão dos ativos e passivos) que foi implementada pelo banco.

Fundado em 2008, o antigo Bic teve até agora o melhor ano em 2019, antes de rebentar a polémica do Luanda Leaks, quando o lucro ascendeu a 61,1 milhões de euros. O resultado até setembro “pulveriza” este recorde, sendo que poderá mesmo atingir os três dígitos no total do ano, isto apesar do tom de prudência do banco sobre este tema.

Eurobic a caminho de lucro histórico

Fonte: Eurobic; Resultado de 2023 relativo aos primeiros nove meses do ano.

Negócio “ainda em fase embrionária”, dizem os sindicatos

Em meados deste mês, o Abanca anunciou um acordo para a compra de 100% do Eurobic por uma cifra não divulgada, mas que rondará os 300 milhões de euros – um valor que corresponderá a cerca de 45% dos capitais próprios que banco português tinha no final de setembro.

Para o banco com sede em Santiago de Compostela, a aquisição do Eurobic permitirá triplicar a sua presença no mercado português, tornando-se no oitavo maior em Portugal, com mais de 300 mil clientes, quase 250 agências e cerca de 18,5 mil milhões de euros de volume de negócios — 12 mil milhões dos quais vêm do Eurobic.

Esta quinta-feira, os sindicatos do setor disseram que o negócio ainda está “em fase embrionária”, segundo a informação que lhes foi transmitida numa reunião tida esta semana com o Eurobic para negociar algumas cláusulas do contrato dos trabalhadores.

“O Eurobic transmitiu aos sindicatos que até ao momento a informação é muito escassa, resumindo-se ao que foi tornado público nos meios de comunicação social”, relataram o Mais Sindicato, o Sindicato dos Bancários do Norte e o Sindicato dos Bancários do Centro.

De acordo com o Abanca, o acordo aguarda autorização formal dos reguladores, nomeadamente do Banco de Portugal e Banco Central Europeu (BCE), que poderá surgir ainda no primeiro semestre do próximo ano.

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Maioria das mexidas no Orçamento do Estado são do PS. IUC é a medida mais cara

O Parlamento aprovou 203 propostas de alteração, das quais 59% são da bancada socialista e 40,9% da oposição, sendo que PAN e Livre foram os partidos com mais medidas viabilizadas.

O último Orçamento do Estado (OE) da era António Costa foi aprovado com 203 propostas de alteração. Sem surpresa, a maioria das mexidas viabilizadas têm a marca socialista: tiveram luz verde 120 iniciativas, o que corresponde a 59% do total. O recuo do PS no agravamento do IUC, até um teto de 25 euros por ano, para carros anteriores a 2007 será a medida com a fatura mais pesada: vai custar 84 milhões de euros em perda de receita, o que corresponde a 56% da despesa global com medidas do PS.

Do lado da oposição, a bancada rosa deixou passar 83 alterações, que representam 40,9% das medidas viabilizadas. PAN e Livre destacam-se com o maior número de propostas aceites pelo PS. Cada partido conseguiu passar 26 medidas. De salientar que a Iniciativa Liberal conseguiu passar uma proposta, depois de o PS ter mudado o sentido de voto, que passa pelo estudo do alargamento da licença de parentalidade aos profissionais liberais. O Chega foi o único partido que viu rejeitadas todas as iniciativas de alteração ao OE.

À saída do hemiciclo, depois da aprovação final global do OE para 2024, e em jeito de despedida, o primeiro-ministro, António Costa, afirmou que “os portugueses vão ter em 2024 um OE que prossegue a trajetória de melhoria dos rendimentos, que promove o investimento e que protege o futuro”. “Ao longo destes oito anos, foi possível demonstrar que com uma política económica que apostasse em mais emprego, mais qualificações, mais inovação, teríamos maior investimento empresarial e maior capacidade de exportação”, completou.

De sublinhar que no final da intervenção do grupo parlamentar do PS, António Costa foi ovacionado de pé pela bancada socialista e chegou a emocionar-se. Num balanço sobre o período em que chefiou três Governos diferentes, António Costa afirmou ter “[virado] a página da austeridade e [tirado] o país de uma situação de défice excessivo para uma situação de sólida e tranquila estabilidade orçamental, o que aumenta agora as liberdades das escolhas políticas”.

Entre as alterações ao OE com maior impacto orçamental, destacam-se sobretudo as mexidas introduzidas pelo PS. Ao todo, e tal como o ECO tinha noticiado, as alterações socialistas irão custar aos cofres públicos cerca de 150 milhões de euros. O recuo no aumento do Imposto Único de Circulação (IUC) para carros entre 1981 e junho de 2007 tem a fatura mais pesada: irá custar 84 milhões de euros de receita que o Estado já não vai conseguir arrecadar, o que representa mais de metade (56%) da despesa global com as alterações apresentadas pelos socialistas.

Durante os cinco dias de debate e votações, a direita acusou por diversas vezes o PS de “eleitoralismo” e de “cambalhota” pelo facto de ter mudado de posição assim que foram convocadas eleições Legislativas antecipadas para 10 de março, na sequência do pedido de demissão do primeiro-ministro, António Costa, depois de ter tido conhecimento que era mencionado num parágrafo da Procuradoria-Geral da República no âmbito da Operação Influencer que investiga suspeitas de corrupção nos negócios do lítio, hidrogénio verde e do centro de dados de Sines.

Aliás, a propósito da reviravolta do PS em relação ao IUC, o líder parlamentar do PSD, Joaquim Miranda Sarmento ironizou no encerramento do debate desta quarta-feira: “É o PS marxista, mas na versão Groucho: Estes são os nossos princípios, se não gostam temos outros”.

Por outro lado, também terão um significativo impacto orçamental outras três propostas do PS: o aumento do incentivo à capitalização das empresas, que duplica de dois para quatro milhões de euros, a redução do IVA dos óleos alimentares da taxa normal, de 23%, para a taxa intermédia de 13% e a gratuitidade dos pequenos-almoços nas escolas para alunos carenciados do pré-escolar e dos ensinos básico e secundária.

Do lado da oposição, há medidas emblemáticas como o alargamento do passe ferroviário nacional, proposto pelo Livre, a gratuitidade dos passes navegante/andante estendida aos estudantes até aos 23 anos e a inclusão nesses títulos de transporte do serviço de bicicletas partilhadas, iniciativas do PAN, que terão algum impacto do lado da despesa. Uma outra proposta, do PAN, que prevê uma verba de dois milhões de euros para despesas relativas a prestação de serviços veterinários e para a criação de hospitais veterinários públicos também deverá ter algum peso no custo global.

Havia ainda um proposta do PCP que teria uma despesa significativa associada, mas, à última da hora, o PS deu o dito pelo não dito, e mudou o sentido de voto favorável para contra, chumbando a medida. Em causa está a abertura de 150 salas de aula no ensino pré-escolar da rede pública.

Acima de tudo, vingou a política das contas certas, tão defendida pelo ministro das Finanças, Fernando Medina. Aliás, no encerramento do debate do Orçamento do Estado, o governante reforçou o slogan, destacando que conseguiu vencer os dogmas da esquerda, que permanentemente, se opõe às contas certas. “A redução da dívida não é um capricho, não é um troféu, não é um fetiche. É um caminho que garante a nossa soberania”, defendeu o Medina.

O ministro até parafraseou o economista de Paul Krugman, que falou de Portugal como um “milagre económico”. “A resposta não está nos santos, está nas boas políticas”.

Conheça, em baixo, as principais alterações do OE introduzidas pelos vários partidos, com o aval da maioria absoluta socialista.

PS: IUC, aumento das deduções com rendas, regime dos residentes não habituais alargado

Os socialistas garantiram a viabilização de todas as propostas de alteração que apresentaram, entre as quais a que eliminou a subida, ao ritmo de 25 euros por ano, do IUC dos carros anteriores a 2007, uma das que mais contestação gerou.

Mas o PS não recuou quanto à contribuição extraordinária do Alojamento Local (CEAL), de 15%, ainda que tenha clarificado que essa taxa não se aplica aos Açores e à Madeira, ficando as Assembleias Legislativas das regiões autónomas com a responsabilidade sobre que territórios querem aplicar a contribuição.

O PS aprovou ainda uma subida de 502 para 600 euros do limite da dedução em IRS com as rendas das casas, que pode ser majorado para 900 euros, no caso de famílias com rendimentos anuais até ao 1.º escalão do IRS (7.703 euros), e abriu caminho para que parte dos gastos com explicações ministradas em centros de estudo possa ser deduzida como despesa de educação.

Foi ainda integrada no OE a clarificação de que o programa Regressar, alargado até 2026, pode ser usado apenas por ex-residentes e que a descida da taxa especial de IRS de 28% para 25% se aplica apenas a rendas habitacionais.

O OE prevê a eliminação do regime fiscal dos residentes não habituais em 2023, mantendo a taxa de 20% de IRS para determinados profissionais e o PS alargou a possibilidade de usufruir deste regime durante mais um ano, até 2024, caso os pensionistas ou trabalhadores estrangeiros provem, até ao final de 2023, que já tinham intenção de se mudar para Portugal.

Foram ainda aprovadas medidas como o alargamento dos programas de rastreio oncológico aos cancros do pulmão, da próstata e do estômago, a descida em 40 euros da retenção na fonte para pessoas que vivem em casa arrendada ou a descida da taxa do IVA (de 23% para 13%) do óleo alimentar e das alheiras.

Livre: Passe ferroviário nacional e fundo de emergência para a habitação

O Livre conseguiu ver viabilizadas 26 propostas de alteração, entre as quais a que visa a criação de um fundo de emergência para habitação e uma banca ética e solidária.

O deputado único Rui Tavares teve também luz verde ao alargamento do passe ferroviário nacional aos comboios interregionais, urbanos e intercidades, no valor de 49 euros por mês, e ao levantamento exaustivo dos edifícios devolutos do Estado que possam ser adaptados para residências de estudantes.

O Livre conseguiu inscrever ainda na proposta orçamental a criação de um plano de formação dos funcionários das conservatórias e postos consulares sobre procedimentos de mudança de sexo e de nome e que, no primeiro trimestre de 2024, o Governo aprova a nova Estratégia Nacional para a Integração de Pessoas em Situação Sem Abrigo 2024-2030.

Rui Tavares conquistou também a criação de uma unidade orgânica para promoção da língua mirandesa, com uma dotação de 200 mil euros, assim como a atualização dos cadernos eleitorais no próximo ano.

PAN: Alargamento da gratuitidade dos passes aos estudantes até aos 23 anos com sistema de bicicletas partilhadas

Entre as 26 conquistas da deputada única do PAN, Inês Sousa Real, está o alargamento da gratuitidade do passe sub23 aos jovens entre 18 e 23 anos de idade matriculados em cursos do ensino profissional e o aumento para 600 euros da dedução ao IRS com a renda da casa, uma proposta igualmente apresentada e aprovada pelo PS.

Para as pessoas em situação de sem-abrigo, o PAN conseguiu a aprovação de uma estratégia nacional para a sua integração e a garantia, pela parte do Governo, do financiamento dos protocolos do Instituto de Segurança Social para respostas como o “Housing First”.

Por proposta do PAN, o passe gratuito de transportes públicos incluirá também acesso aos sistemas de bicicletas partilhadas no próximo ano e as cadeiras e assentos para crianças em bicicletas passam a ter taxa de IVA intermédia (13%).

A criação de programas para acolher e apoiar estudantes, investigadores e professores que venham de instituições de ensino superior de Israel, Faixa de Gaza e Cisjordânia foi inscrita na proposta orçamental por sugestão do PAN.

O partido de Sousa Real conseguiu também ganhos na causa animal: criação de um grupo de trabalho para minimização das capturas acidentais de mamíferos, aves e répteis marinhos, a realização de estudo sobre o gato bravo e criação de programa de conservação.

PSD: Aumento das deduções em IRS de despesas com ginásios e garrafas de vidro isentas de IVA

Duas das bandeiras do maior partido da oposição foram rejeitadas pelo PS: o fim da contribuição extraordinária sobre o Alojamento Local e um programa de ajuda do Estado à compra da primeira casa.

Entre as 16 propostas viabilizadas, o PSD conseguiu duplicar, de 15% para 30%, o valor do IVA dedutível em IRS das despesas com ginásios e estabelecimentos de ensinos desportivo e recreativo. Também foi aprovado o IVA zero, até final de 2024, das garrafas de vidro usadas no âmbito das atividades de produção agrícola.

Teve ainda luz verde a criação de um Programa Nacional de Apoio ao Planeamento da Mobilidade Urbana Sustentável, a criação de um programa para que as águas residuais tratadas usadas no combate aos incêndios rurais, bem como o reforço dos meios para prevenir e combater o tráfico de seres humanos e a violência contra as pessoas idosas.

PCP: Inclusão de fruta diária nas refeições escolares e eliminação de barreiras arquitetónicas

Entre as 10 propostas do PCP aprovadas, está a que exclui as empresas locais de silvicultura e cinegética da obrigatoriedade de dissolução em caso de desequilíbrio económico e financeiro nos últimos três anos, bem como a inclusão diária da fruta da época e das diversas regiões do país em todas as refeições escolares fornecidas em estabelecimentos de ensino público.

Os comunistas conseguiram ver passar também a eliminação de barreiras arquitetónicas, ficando de fora a parte relativa à transferência de verbas, mas viram o PS recuar relativamente a uma proposta que chegou a aprovar, inviabilizando a abertura de 150 novas salas na rede pública do pré-escolar.

BE: Limites aos alojamentos turísticos e revisão do modelo de financiamento da rede de apoio a vítimas de violência doméstica

Entre as quatro propostas do BE viabilizadas pelo PS, está a limitação a uma vez por ano da realização de contratos de arrendamento para fins turísticos, de forma a libertar estes imóveis para habitação própria e permanente.

Outra medida prevê que o Governo, “em diálogo com as associações feministas e de apoio às vítimas de violência sexista e sexual”, faça uma revisão do modelo de financiamento da Rede Nacional de Apoio a Vítimas de Violência Doméstica.

Os bloquistas viram ainda passar uma proposta para que as entidades passem a ter 60 dias para comunicar aos requerentes a decisão de atribuição ou não do financiamento dos produtos de apoio a pessoas com deficiência.

IL: Estudo sobre alargamento da licença de parentalidade aos profissionais liberais

A IL apenas teve aprovada parte de uma proposta, após mudança do sentido de voto do PS nas votações avocadas, que estipula que se estude a possibilidade de os profissionais liberais serem abrangidos pelos regimes das licenças de parentalidade.

Chuva de críticas da oposição na hora da despedida

A sessão de encerramento do debate do OE, que decorreu esta quarta-feira, e que antecedeu a votação final global, ficou marcada por uma chuva críticas da oposição à gestão do governo socialista. À direita, o líder da bancada do PSD, Joaquim Miranda Sarmento, defendeu que o PS “desbaratou a maioria e ruiu por dentro”, enquanto o Chega, pela voz de André Ventura, criticou as “cambalhotas eleitoralistas” do Governo, com os recuos na lei do tabaco e no aumento do IUC, na sequência da crise política.

Já Rui Rocha, presidente da Iniciativa Liberal, apontou que “não foi o parágrafo [da PGR] que fechou urgências de 36 hospitais, provocou a crise na habitação, manteve o desemprego jovem em mais de 20% ou que deixou turmas sem professores”. “Não foi o parágrafo que apresentou este OE que bate mais um recorde de carga fiscal”, declarou Rui Rocha.

À esquerda, a líder parlamentar do PCP, Paula Santos, realçou que a maioria absoluta socialista ficou marcada pela “instabilidade política” e considerou que este OE “não vai melhorar a vida dos trabalhadores e do povo, nem assegurará melhores serviços públicos ou mais justiça fiscal”.

Mariana Mortágua, coordenadora do BE, descreveu como “o ex libris da maioria absoluta na hora da despedida” o país a “arder com a crise da habitação”. A sucessora de Catarina Martins falou ainda numa gestão do Governo marcada por uma “política de remendos”, com a “vida do povo” a ficar “presa por arames”.

PAN e Livre, que se abstiveram no voto final, preferiram realçar as conquistas que alcançaram com a aprovação de algumas medidas que propuseram em sede de especialidade. PSD, Chega, IL, PCP e BE votaram contra o OE e apenas o PS votou favoravelmente.

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Prestação da casa sobe até 106 euros em dezembro. É o menor aumento em mais de um ano

Embora as taxas Euribor estejam em tendência decrescente, a prestação da casa vai sofrer novo aumento no próximo mês. Subidas superam 100 euros num empréstimo de 150 mil euros a 30 anos.

Com as médias mensais das taxas Euribor em queda, ainda não é desta que as famílias vão sentir uma redução da prestação da casa. Para o próximo mês está previsto um novo agravamento da mensalidade do empréstimo à habitação, que pode ir aos 106 euros nos contratos que forem revistos, de acordo com os cálculos do ECO. Trata-se, ainda assim, do menor aumento em mais de um ano.

A prestação da casa que paga ao banco reflete o comportamento das Euribor, que são determinadas por um conjunto de bancos da Zona Euro. Tanto a taxa a seis meses como a 12 meses vão registar uma queda mensal em novembro, como aqui já demos conta. Isto resulta, sobretudo, das expectativas do mercado em relação às taxas diretoras do Banco Central Europeu (BCE). Depois de dez aumentos seguidos para domar a inflação, o BCE fez uma pausa em outubro. E agora perspetiva-se que os juros possam aliviar no próximo ano. A última reunião do banco central deste ano tem lugar daqui a duas semanas.

Isto são boas notícias para quem está a pagar o crédito da casa, depois de meses a fio em que a prestação agravou-se a cada atualização. E embora a mensalidade volte a agravar-se no próximo mês (faça a sua simulação com a calculadora que disponibilizamos no final deste artigo), será o menor aumento em mais de um ano, mais concretamente, desde junho de 2022. Esta tendência irá prosseguir nos próximos meses até que, em determinado momento, se registará a primeira queda da mensalidade da casa em muito tempo.

Em relação a dezembro, este é o cenário com que as famílias podem contar utilizando como exemplo o mesmo empréstimo de 150 mil euros a 30 anos e um spread de 1%:

  • Euribor a três meses: a prestação que vai pagar nos próximos três meses irá subir para cerca de 802,7 euros, mais 17 euros (+2,2%) relativamente à prestação que pagava desde setembro;

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  • Euribor a seis meses: a prestação que vai pagar nos próximos seis meses rondará os 811 euros, um aumento de cerca de 34,96 euros (+4,5%) em relação à prestação que pagava desde junho;

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  • Euribor a 12 meses: a prestação que vai pagar nos próximos 12 meses irá subir para 807,7 euros, mais 106,4 euros (+15,2%) face à prestação que pagou no último ano.

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O impacto da subida das Euribor no aumento da prestação da casa será tanto maior ou menor consoante o valor do capital que ainda está em dívida. Para o ajudar a calcular a prestação do seu crédito à habitação, o ECO preparou um simulador. Faça as contas para o seu caso e caso o seu contrato seja revisto em agora, saiba quanto irá pagar a mais.

Tenho um crédito à habitação no valor de euros, contratualizado por um prazo de anos, indexado à Euribor a 12 meses (que há um ano estava nos % ), com um spread de %. A prestação da casa que pago atualmente é de 308 euros, mas caso a Euribor a 12 meses passe para %, a prestação passa para 432 euros. (Mude os campos sublinhados para descobrir os números mais próximos da sua previsão.)

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Portugal recupera dois lugares no ranking de competitividade digital do IMD

O ranking mundial de competitividade digital volta a ser liderado pelos Estados Unidos, seguindo-se os Países Baixos e Singapura. Portugal está na 36.º posição.

Portugal subiu duas posições em relação ao ano passado e ocupa este ano o 36.º lugar do ranking mundial de competitividade digital do IMD (Institute for Management Development), estudo que envolve 64 países e que tem a Porto Business School enquanto parceira nacional.

Já a nível regional, onde se insere num grupo composto por 41 países da Europa, Médio Oriente e África, Portugal ocupa a 24.ª posição. Por outro lado entre o grupo de 37 países do ranking com menos de 20 milhões de habitantes, Portugal encontra-se na 22ª posição.

Embora descendo duas posições no fator “Conhecimento” para o 31.º lugar da tabela, Portugal registou melhorias nos subfatores “Formação e educação” (subindo de 36.º para 34.º) e “Concentração científica” (de 27.º para 26.º) e manteve a classificação em “Talento” (29.º). Quanto a critérios específicos, o país destaca-se pelo “Rácio aluno/professor (ensino superior)” (12.º classificado) e pelos “Licenciados em Ciências” (16º). Por outro lado, a “Experiência internacional” e a “Formação dos trabalhadores” são as principais fraquezas de Portugal evidenciadas.

Dentro do fator “Tecnologia” foram verificadas melhorias apenas junto do critério “Enquadramento tecnológico” (de 48.º para 46.º). “Capital” (49.º) e “Enquadramento regulatório” (27.º) a descerem uma e oito posições, respetivamente, sendo que dentro destes parâmetros, as “Políticas de imigração” (6.º) e as “Tecnologias de comunicação” (8.º) são as principais forças de Portugal. Por outro lado, “Assinantes de banda larga móvel” é a principal fraqueza.

Já na “Preparação para o futuro”, Portugal subiu nove lugares no subfator “Atitudes de adaptação” (26.º) e dois em “Agilidade empresarial” (58.º), mantendo a 25.ª posição em “Integração de TI (Tecnologia de Informação)”. Neste fator, Portugal é líder a nível mundial no “Regulamento de proteção de dados”, mas revela fraquezas na “Agilidade empresarial” e no “Uso de big data e analytics”.

O ranking mundial de competitividade digital volta a ser liderado pelos Estados Unidos (depois de no ano passado ter caído para o segundo lugar pela primeira vez desde a criação do ranking em 2017), seguidos pelos Países Baixos e Singapura. O top cinco fica completo com a Dinamarca e a Suíça, na quarta e quinta posição, respetivamente.

O IMD também já divulgou o ranking mundial de talento e o ranking mundial de competitividade, onde Portugal alcançou, respetivamente, a 25.ª e a 39.ª posição.

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Antes da demissão, Governo aprova 22 decretos-lei, 3 resoluções e 13 autorizações de despesa

Entre medidas para a função pública, saúde, educação ou autarquias locais, descubra alguns dos 22 decretos-lei, 13 autorizações de despesa e 3 resoluções do último Conselho de Ministros da era Costa.

No meio de uma crise política e antes da demissão anunciada, o Governo aprovou 22 decretos-lei, três resoluções e 13 autorizações de despesa, segundo o comunicado do Conselho de Ministros divulgado esta quarta-feira.

No documento, destaca-se desde logo a aprovação do decreto-lei que estabelece uma compensação aos senhorios com rendas antigas, “até ao limite de 1/15 do Valor Patrimonial Tributário do locado, para os contratos de arrendamento para habitação celebrados antes de 18 de novembro de 1990”.

Foram também aprovados dois decretos-leis que visam a valorização dos trabalhadores da Administração Pública, tendo sido aprovada a instituição de um novo modelo de avaliação que permita um “desenvolvimento das carreiras mais equilibrado, mais rápido e mais atrativo”, bem como a alteração da estrutura remuneratória da carreira geral de técnico superior.

O Conselho de Ministros aprovou também a criação de um mecanismo de compensação aos municípios de forma a “mitigar os impactos negativos gerados por projetos elétricos estratégicos de grande impacto e geradores de significativas externalidades locais negativas, que acresce aos mecanismos de compensações já previstos na lei”.

No âmbito do setor da saúde foi aprovado o decreto-lei que estabelece o regime jurídico da organização e do funcionamento dos centros de responsabilidade integrados do Serviço Nacional de Saúde (SNS), bem como o regime remuneratório e de incentivos a atribuir aos profissionais da equipa multiprofissional que os integram, com o objetivo de “aumentar a eficiência da resposta hospitalar no SNS”.

Outro dos decretos-lei aprovados altera os regimes da gestão de resíduos, de depositação de resíduos em aterro e de gestão de fluxos específicos de resíduos sujeitos ao princípio da responsabilidade alargada do produto, pretendendo “assegurar o apoio e promoção da inovação e do desenvolvimento de novos produtos a partir de resíduos, bem como a simplificação dos procedimentos de licenciamento, não descurando a proteção e a preservação do ambiente”, lê-se no documento.

Dentro do setor da educação, o Conselho de Ministros aprovou a transferência de competências para os municípios no que toca à atribuição de apoios ao transporte e alojamento destinados aos alunos que se encontrem a frequentar o ensino secundário cujo agregado familiar resida em concelho sem qualquer oferta de ensino secundário, situação em que se encontram 33 concelhos do interior do país.

Entre os decretos-lei aprovados, encontra-se ainda um relativo à criação de um prémio salarial a atribuir aos jovens que concluam formação superior e fiquem a trabalhar em Portugal e outro sobre a criação da Associação Évora 2027, visando a conceção, planeamento, promoção, execução e desenvolvimento do programa cultural do evento Évora Capital Europeia da Cultura 2027.

Foi ainda aprovado o Programa Nacional de Investimentos 2030, que tem por objetivo figurar como o “instrumento de planeamento do próximo ciclo de investimentos estratégicos e estruturantes de âmbito nacional, para fazer face às necessidades e desafios das próximas décadas”.

Entre os vários pontos autorizados encontra-se a aprovação da resolução que estabelece o quadro de funcionamento do Instrumento Financeiro para a Reabilitação e Revitalização Urbanas, no âmbito do Portugal 2030, assim como de outra que visa a criação do Conselho de Coordenação Técnico-Científico da iniciativa “Rede de Inovação”, no âmbito da Agenda de Inovação para a Agricultura 2020-2030.

A longa lista do que deve ser o último Conselho de Ministros da era Costa termina com mais 13 autorizações de despesa. Entre os cheques do Estado está “um apoio extraordinário e excecional” ao setor dos transportes públicos pesados de passageiros para mitigar o aumento dos preços do combustível.

Também estão previstas verbas para a compra de “veículos de emergência médica” pelo INEM e a atribuição de uma indemnização compensatória à SIRESP.

E ainda duas autorizações relacionadas com Moçambique – uma com um apoio extraordinário para a “reabilitação da “Rampa dos Escravos” do edifício que acolherá o Museu da Escravatura” em Nampula e outra para apoiar unidades militares treinadas pela Missão de Formação Militar da União Europeia em Moçambique.

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Prevenção: Médis alerta para dois novos insetos transmissores de doenças

  • ECO Seguros
  • 29 Novembro 2023

A seguradora do grupo Ageas torna a sua atividade de prevenção mais visível ao alertar para a existência de novos agentes transmissores de doenças. 64% dos portugueses desconhecem estes mosquitos.

A Médis, marca do Grupo Ageas Portugal, alertou para a presença de duas variedades de mosquitos que podem introduzir doenças como a dengue, malária ou zica no país. Devido ao aumento da temperatura e da humidade do ar, está a existir uma propagação de novos organismos que transmitem doenças infecciosas entre os seres humanos ou de animais para humanos, que até então estavam confinados a países tropicais.

Maria do Carmo Silveira. A Médis e Grupo Ageas Portugal têm o compromisso de “não apenas proteger, mas também de informar”.

Maria do Carmo Silveira, Responsável de Orquestração Estratégica do Ecossistema de Saúde do Grupo Ageas Portugal, explica esta contribuição da Médis e do Grupo Ageas Portugal para o compromisso de “não apenas proteger, mas também de informar”

“As alterações climáticas representam uma realidade inegável, e é essencial reconhecer que o aumento da temperatura não só altera paisagens, mas também ameaça a saúde global de todos os portugueses”, refere Maria do Carmo Silveira “ao alertar para estes novos riscos de saúde associados aos riscos climáticos, a Médis reforça seu papel não apenas como marca de saúde, mas como promotora ativa da prevenção e da literacia”, conclui a responsável.

Segundo a seguradora, as ondas de calor e os dilúvios severos, aliados aos verões cada vez mais longos e quentes sentidos na Europa estão a ser tendência, modificando os habitats naturais dos vetores (maioritariamente insetos). Em Portugal, além da descoberta destas duas estirpes, já está a existir uma habituação, causando a sua expansão geográfica em várias zonas do país.

As potenciais vítimas são agricultores, veterinários, caçadores e técnicos ambientais. Estes têm mais probabilidade de desenvolver as doenças pelo maior contacto ou exposição. As crianças, idosos e Pessoas imunocomprometidas (ex., por HIV, quimioterapia ou transplantes) que contraiam o vírus são mais propensos a desenvolver doenças graves.

Uma DTV é uma doença humana, causada pela transmissão de parasitas, bactérias ou vírus através da picada ou mordida de um vetor, que engloba várias doenças, como dengue, malária ou zica. Os vetores são organismos vivos – carraças, mosquitos e outras moscas -, que transmitem um microrganismo patogénico (com capacidade de causar doença) entre humanos, de animais para humanos, de humanos para animais, ou entre animais.

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Kamala Harris participa na COP28 em substituição de Biden

  • Lusa
  • 29 Novembro 2023

A Casa Branca não explicou a mudança de planos, mas o anúncio surge após críticas à decisão de Joe Biden de faltar à cimeira.

A vice-Presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, vai juntar-se à delegação norte-americana no Dubai para a conferência anual das Nações Unidas sobre mudanças climáticas, anunciou esta quarta-feira a Casa Branca.

A viagem deste fim de semana acontece depois de a Casa Branca ter dito que Kamala Harris iria comparecer no Dubai, tal como Presidente norte-americano, Joe Biden. A Casa Branca não explicou a mudança de planos, mas o anúncio surge após críticas à decisão de Joe Biden de faltar à cimeira, apesar da delegação robusta dos Estados Unidos.

A Presidência norte-americana disse que Biden conversou com o homólogo Mohamed bin Zayed, dos Emirados Árabes Unidos, que acolhe a COP28. Segundo o seu gabinete, Biden afirmou que Harris “demonstrará a liderança global dos Estados Unidos em matéria de clima no país e no exterior” e “ajudará a galvanizar o aumento da ambição global neste acontecimento crítico”.

O secretário de Estado, Antony Blinken, o enviado especial para o clima, John Kerry, o conselheiro climático Ali Zaidi e o conselheiro de energia limpa John Podesta também vão estar no Dubai.

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Governo recua e paga compensação a senhorios com rendas antigas. Medida custa 26,6 milhões

  • Ana Petronilho
  • 29 Novembro 2023

A compensação aos senhorios será "até ao limite de 1/15 do valor patrimonial tributário" para os contratos de arrendamento celebrados antes de 18 de novembro de 1990. Medida custa 26 milhões.

A poucos dias da exoneração do primeiro-ministro, o Governo recuou na compensação das rendas antigas. Um dia depois de a ministra da Habitação ter dito aos proprietários, em reunião do Conselho Nacional de Habitação, que estava fora do horizonte o pagamento de uma compensação às rendas anteriores a 1990, o Conselho de Ministros aprovou uma medida que contraria o anunciado por Marina Gonçalves aos senhorios, recorrendo à justificação do atual momento político que o país vive.

O Governo aprovou, esta quarta-feira à noite, uma compensação aos senhorios com rendas antigas. O decreto-lei “estabelece o mecanismo de compensação aos senhorios, até ao limite de 1/15 do Valor Patrimonial Tributário do locado, para os contratos de arrendamento para habitação celebrados antes de 18 de novembro de 1990″, lê-se no comunicado do Conselhos de Ministros.

Em causa estão cerca de 124.083 contratos de arrendamento com proprietários privados e a medida tem um custo de 26,6 milhões de euros anuais, de acordo com o estudo pedido pelo Governo, que apontava três cenários diferentes para atribuir compensação aos proprietários. E estes números resultam num subsídio mensal médio de cerca de 17,85 euros por cada contrato, de acordo com as contas da Associação Lisbonense de Proprietários. Esta é, aliás, a solução que consta do relatório que implicava o menor impacto orçamental.

“É positivo mas é uma compensação insuficiente. Não é o que os senhorios mereciam” diz ao ECO, Luís Menezes Leitão, presidente da Associação Lisbonense de Proprietários, frisando que estas rendas “têm valores 40 vezes inferiores aos atuais preços de mercado”.

Isto porque os contratos de arrendamento anteriores a 1990 têm tido as rendas congeladas desde 2012, uma vez que a transição para o Novo Regime do Arrendamento Urbano (NRAU) que prevê a atualização das rendas à taxa de inflação, tem permanecido suspensa, nos casos em que os inquilinos tenham idade superior a 65 anos, um grau de deficiência igual ou superior a 60%, ou rendimentos inferiores a cinco vezes o salário mínimo.

Com a entrada em vigor do Mais Habitação, a atualização do valor destas rendas – que até aqui resultava do rendimento anual do inquilino – passou a ser indexada à taxa anual de inflação, ou seja, com um impacto de 6,94% em 2024. Mas apesar de poderem ser atualizados à taxa de inflação, os valores das rendas antigas estão muito abaixo dos preços atuais do mercado, que em média rondam os “120 euros”, segundo a ALP.

Para compensar estes proprietários, além deste subsídio médio mensal de cerca de 17,85 euros, o Governo, através do OE 2024, aprovou também a isenção de tributação em sede de IRS sobre os rendimentos prediais, bem como em sede de IMI.

Na semana passada o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) divulgou um estudo pedido pelo Governo “que demorou quase um ano a ser elaborado” e que concluiu que os senhorios subsidiam anualmente os seus inquilinos “em 653 milhões de euros que competiriam ao Estado apoiar”, realça a ALP.

As contas feitas pela ALP fazem subir este valor anual das perdas dos senhorios para mais de 800 milhões de euros por ano. O ECO tentou contactar o Ministério da Habitação mas sem sucesso até à hora da publicação deste texto.

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Polónia vai reforçar controlo de camiões ucranianos

  • Lusa
  • 29 Novembro 2023

Comissão Europeia já condenou a "quase total falta de envolvimento" da Polónia na resolução do bloqueio na fronteira com a Ucrânia que dura há três semanas.

A Polónia anunciou esta quarta-feira “controlos reforçados” aos camiões ucranianos que regressam à Ucrânia, numa tentativa de acalmar a ira dos camionistas polacos que protestam contra uma alegada “concorrência desleal” dos seus colegas.

“Estas serão inspeções abrangentes destinadas a verificar o cumprimento de todos os regulamentos aplicáveis às transportadoras ucranianas”, disse o ministro polaco das Infraestruturas, Alvin Gajadhur, após uma reunião com camionistas do seu país.

Segundo o ministro, os camionistas afirmam que pretendem reduzir o seu movimento de protesto se os controlos derem resultados. Os camionistas polacos bloqueiam há mais de três semanas os principais pontos de passagem com a vizinha Ucrânia para protestar contra o que consideram ser uma “concorrência desleal” dos camionistas ucranianos.

As suas reivindicações incluem o restabelecimento do sistema de licenças que regia a entrada de camiões ucranianos no território da União Europeia (UE), abandonado na sequência da invasão russa da Ucrânia. Varsóvia e Kiev mantiveram conversações com a UE, mas as negociações não conseguiram resolver o conflito.

Na quarta-feira, Gajadhur disse que as exigências dos camionistas “se enquadram no âmbito de competências da Ucrânia e da UE”, acrescentando que a Polónia levantaria o assunto na reunião dos ministros dos transportes dos 27, na próxima semana.

O ministro anunciou também que a Polónia pretende que a discussão se concentre em “alterações ao acordo de transporte rodoviário entre a UE e a Ucrânia, que protegeriam melhor os interesses do setor dos transportes rodoviários da UE”.

Na quarta-feira, a Comissão Europeia condenou a “quase total falta de envolvimento” da Polónia na resolução do bloqueio. “Considero a situação na fronteira polaco-ucraniana absolutamente inaceitável”, criticou Adina Valean, comissária europeia dos Transportes.

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Governo aprova suplemento de missão para a PJ

  • Lusa
  • 29 Novembro 2023

O novo suplemento de missão, aprovado em Conselho de Ministros, será pago a 14 meses e destina-se aos "trabalhadores das carreiras especiais e das carreiras subsistentes da Polícia Judiciária".

O Conselho de Ministros aprovou esta quarta-feira o pagamento de um suplemento de missão para as carreiras da Polícia Judiciária, que, em alguns casos, pode representar um aumento de quase 700 euros por mês, segundo adiantou o Governo.

De acordo com o comunicado do Ministério da Justiça (MJ), o novo suplemento de missão, pago a 14 meses, destina-se aos “trabalhadores das carreiras especiais e das carreiras subsistentes da Polícia Judiciária (PJ), pelo exercício de funções em condições de risco, insalubridade e penosidade” e tem um valor mensal indexado à remuneração base mensal do diretor nacional da PJ “e calculado em função das condições específicas associadas às respetivas carreiras e funções”.

Segundo o MJ, o suplemento será pago em conjunto com o salário, “prevendo-se a sua atualização anual, em função da atualização da remuneração base que lhe serve de referência”.

“Por exemplo, os trabalhadores da carreira de investigação criminal passarão a auferir um valor mensal de 996,94 euros de suplemento de missão, o que representa um acréscimo de 518,86 euros, face ao valor anteriormente auferido a título de suplemento de risco. Já na carreira de especialista de polícia científica, o acréscimo pode chegar a 663,96 euros, com o valor mensal a variar entre os 797,55 euros e os 864,02 euros, consoante as funções desempenhadas”, detalha o MJ, em comunicado.

O documento especifica ainda que, “no que toca à carreira especial de segurança da PJ, verifica-se também um aumento significativo, designadamente, de 186,55 euros, fixando-se o valor mensal nos 664,63 euros”.

O Governo classifica o suplemento como “mais um investimento na valorização das carreiras da PJ”, e lembra que em abril já havia sido atualizado o valor base por hora do trabalho de piquete e prevenção, que corresponde a um aumento de cerca de 80%.

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