5 coisas que tem de saber antes de abrirem os mercados

A divulgação das contas da EDP e de indicadores económicos na Europa e EUA, são alguns pontos de interesse no dia de hoje, mas os olhos dos investidores deverão estar na reação dos mercados à Fed.

A Fed manteve os juros dos EUA inalterados esta quarta-feira, mas deu sinais bastante óbvios de que dezembro será a altura escolhida para encarecer o preço do dinheiro. Este é um dos temas que mais deverá pesar no sentimento dos mercados num dia em que serão também divulgados dados económicos relevantes nos dois lados do Atlântico. Já os investidores nacionais deverão ter ainda em atenção a divulgação de contas trimestrais por parte de algumas das maiores cotadas lusas. O principal foco serão as empresas do universo EDP, mas também serão conhecidos os resultados trimestrais da Altri.

Mais resultados de cotadas do PSI-20. Foco na EDP

São três as cotadas do índice de referência da bolsa nacional que apresentam esta quinta-feira o balanço das suas contas relativas ao terceiro trimestre do ano. Designadamente, a Altri, a EDP Renováveis e a holding EDP. Contudo, o foco dos investidores deverá estar centrado na elétrica liderada por António Mexia, sobretudo depois de ter sido conhecido ontem que a EDP está a ser alvo de uma investigação por parte da Autoridade da Concorrência. O CaixaBI antecipa que no acumulado dos nove primeiros meses do ano, os lucros da EDP tenham recuado cerca de 16%, para os 619 milhões de euros, abaixo dos 736 milhões de euros registados no período homólogo. A nível europeu, referência também para o Société Générale e para o Credit Suisse que divulgam os seus resultados trimestrais.

Como vai o emprego na Zona Euro?

Esta quinta-feira será divulgada a taxa de desemprego da Zona Euro relativa ao mês de setembro. Para que o BCE consiga alcançar a meta da inflação de 2%, é necessário que o desemprego caia ainda mais face aos níveis atuais. O principal problema é que desde abril deste ano a taxa de desemprego tem-se mantido estável nos 10,1%. A manutenção desses níveis, significa que a probabilidade de a entidade liderada por Mario Draghi conseguir alcançar o seu objetivo, em breve, é curta. A estimativa dos economistas sondados pela Bloomberg aponta para uma redução da taxa de desemprego, em setembro, para 10%.

BCE dá mais pistas sobre a economia europeia

A evolução das taxas de juro dos empréstimos é um dos principais barómetros que permite avaliar a eficácia da política monetária expansionista do BCE. Esta quinta-feira a entidade liderada por Mario Draghi vai divulgar as taxas de juro médias que os bancos da Zona Euro, e de Portugal, cobraram no financiamento às empresas e às famílias no mês de setembro. Também serão conhecidas as remunerações médias que os bancos estão a pagar pelos depósitos dos seus clientes, sendo que esta taxa está em mínimos históricos. O BCE também divulga o boletim económico relativo ao mesmo mês, onde são oferecidas informações relativamente aos interesses do mercado monetário, perspetivas de crescimento, tendências de poupança e diversos problemas económicos.

Banco de Inglaterra decide juros

Depois de ter anunciado uma descida das taxas de juro, em agosto, numa resposta ao voto ao Brexit, o Banco de Inglaterra volta a assumir esta quinta-feira uma posição relativamente a esse indicador. Numa altura em que a fraqueza da libra tem impulsionado os preços, as novas estimativas para o crescimento da economia e da inflação britânica serão um elemento chave para o outlook a apresentar pela entidade liderada por Mark Carney.

E agora que os EUA estão quase a subir os juros?

Hoje será importante acompanhar a reação dos investidores e dos mercados ao resultado da reunião da Reserva Federal dos EUA, com o movimento de subida de juros a parecer estar cada vez mais próximo. Esta quarta-feira, a entidade liderada por Janet Yellen decidiu manter inalterada a taxa de juro, mas deu sinais de que já em dezembro pode dar aval a um aumento do preço do dinheiro na maior economia do mundo. A Reserva Federal dos EUA refere que existem cada vez mais evidências na economia que suportam uma decisão nesse sentido. Alguns dados económicos que serão divulgados esta quinta-feira nos EUA poderão reforçar ainda mais essa expectativa. Em concreto, as encomendas à indústria, relativas a setembro, o índice PMI para os serviços da Markit (outubro) e os novos pedidos de subsídio de desemprego na semana terminada a 29 de outubro. Os economistas sondados pela Bloomberg estimam uma quebra para 255 mil postos, face aos 258 mil registados na semana anterior.

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