Queda de avião na Colômbia: seis sobreviventes resgatados
Vídeos divulgados nas redes sociais mostram a equipa entusiasmada por embarcar no avião que os levaria à Colômbia para disputar a Copa Sul-americana.
A história já correu mundo: 71 pessoas morreram na madrugada desta terça-feira, a bordo de um avião que se despenhou na Colômbia. No avião seguiam os futebolistas e técnicos da equipa brasileira Chapecoense, assim como 21 jornalistas e nove tripulantes. Os atletas preparavam-se para disputar o primeiro jogo da final da Copa Sul-americana, contra o Atlético Nacional, e partilharam vídeos já dentro do avião onde se mostravam entusiasmados com o jogo.
Já foram encontrados seis sobreviventes, mas a maioria dos passageiros do avião, que partira de São Paulo e tinha feito uma paragem na Bolívia, morreu após a queda da aeronave na Colômbia. Ao final do dia de terça-feira, as autoridades colombianas reduziram para 71 o número de mortos, desde o número inicialmente dado a conhecer de 75, por se ter concluído que algumas pessoas que estavam no registo de passageiros não tinham chegado a embarcar.
Ainda não são conhecidas as causas do acidente, mas o aeroporto de Medellín informou que o avião se declarou “em emergência” às 22:00 locais (3:00 de hoje em Lisboa) “por falhas técnicas”.
Um vídeo divulgado no Twitter parece mostrar a equipa antes do início da viagem para a cidade colombiana de Medellín, já no avião. É uma de várias imagens divulgadas, algumas pelos próprios jogadores, das horas que antecederam a queda do avião.
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Centenas de adeptos do Chapecoense reuniram-se no estádio da equipa em Chapecó, no Brasil, vestidos com as cores da equipa. Aos adeptos enlutados juntou-se o vice-presidente do clube, Ivan Tozzo, que não se encontrava no avião. “Foi completamente inesperado”, disse Ivan Tozzo a uma televisão brasileira, citado pelo jornal The Guardian. “Juntámo-nos no estádio, e acolhemos todos os que amam o Chapecoense”.
A página de Facebook da Associação Chapecoense de Futebol transmitiu em direto o check-in dos jogadores no voo para Medellín.
O Chapecoense viajava para enfrentar o colombiano Atlético Nacional, que, a pedido dos seus jogadores, convidou a Confederação Sul-americana de Futebol a homenagear a equipa com o título que ia ser disputado, “como prémio honorário e em homenagem póstuma às vítimas do acidente fatal”. Numa declaração no seu site oficial, a equipa escreveu: “Da nossa parte, e para sempre, a Chapecoense é campeã da Taça Sul-americana 2016”.
O Chapecoense, que o próprio treinador, Caio Júnior, tinha associado aos britânicos Leicester City pela sua ascensão improvável nas tabelas brasileiras, é uma equipa de uma cidade pequena que surpreendeu com as suas pontuações este ano.
O Presidente brasileiro Michel Temer já declarou três dias de luto nacional. Numa nota oficial, Temer exprimiu solidariedade para com as famílias afetadas. “O Governo fará todo o possível para aliviar a dor dos amigos e familiares do desporto e do jornalismo nacional”, lê-se na nota.
Também o Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa expressou “sinceras condolências ao Presidente Michel temer, ao povo brasileiro, e de outras nacionalidades, e a todos os familiares por esta perda inestimável”, numa nota divulgada no site da Presidência.
Notícia atualizada às 22.00: Retifica o número de mortos, conforme a atualização feita pelas autoridades colombianas.
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