Desempregados inscritos nos centros de emprego diminuem 11,6%
Há cinco meses seguidos que o número de inscritos nos centros de emprego está abaixo da barreira psicológica das 500 mil pessoas, revela o Instituto do Emprego e Formação Profissional.
Pelo quinto mês consecutivo, em novembro os centros de emprego tinham inscritas menos de 500 mil pessoas à procura de trabalho. Os dados foram revelados esta quarta-feira pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) e mostram uma quebra homóloga de 11,6%.
Em novembro, estavam registados como desempregados nos centros de emprego 486.434 pessoas. Este valor revela uma redução de perto de 64 mil pessoas face ao mesmo mês de 2015 e menos 4.155 pessoas quando comparado com outubro. Segundo dados da Segurança Social, também se tem registado uma diminuição no número de subsídios de desemprego pagos.
Número de desempregados inscritos no IEFP
Conforme nota o boletim mensal do IEFP, os dados revelam uma diminuição do número de inscritos tanto para quem está há menos de um ano à procura de trabalho (na ordem dos 12,6%), como para quem está desempregado há mais tempo (a quebra no número de inscritos por tempo igual ou superior a 12 meses foi de 10,5%).
Quando comparado com novembro de 2015, a redução do número de inscritos verificou-se em todos os níveis de habilitações escolares. Contudo, o IEFP nota que a descida foi maior no grupo dos desempregados com habilitações ao nível do primeiro ciclo do ensino básico. Neste segmento, a redução registada foi de 14% enquanto, por exemplo, para os desempregados com o ensino secundário completo a queda foi de 9,3%. No caso das pessoas com habilitações ao nível do ensino superior, a redução foi de 10,9%.
Olhando para o movimento verificado ao longo do mês de novembro, registaram-se nos centros de emprego 58.242 novos desempregados. Este valor foi, contudo, 10% mais baixo do que o verificado em novembro de 2015.
Os dados revelados esta quarta-feira pelo IEFP sugerem a continuação da melhoria do mercado de trabalho, em linha com as expectativas do Governo e das principais instituições internacionais. Contudo, a sua leitura deve ser feita com cautela já que se tratam apenas de dados administrativos e não são uma amostra representativa da fatia desempregada da população — a inscrição nos centros de emprego não é obrigatória.
Os números relevantes em matéria de política económica são os apurados pelo Instituto Nacional de Estatística, com base em inquéritos à população. Segundo os dados mais recentes do INE, a taxa de desemprego registada no terceiro trimestre foi de 10,5%. A nível mensal, o valor definitivo mais recente é de setembro e aponta para uma taxa de 10,9%, inalterada face a agosto, e o correspondente a 558,2 mil pessoas desempregadas.
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