Governo quer diploma da supervisão financeira pronto até dezembro

  • Lusa
  • 31 Outubro 2017

O secretário de Estado Adjunto e das Finanças, Ricardo Mourinho Félix, manifestou-se esperançado em ter até ao final do ano pronto o diploma sobre a reforma da supervisão financeira.

O secretário de Estado Adjunto e das Finanças, Ricardo Mourinho Félix, manifestou-se hoje esperançado em ter até ao final do ano pronto o diploma que resulta da discussão em curso sobre a reforma da supervisão financeira.

“A reforma está em fase de discussão, com algum grau de complexidade e gostávamos de até ao final do ano ter um diploma para apresentar”, disse o governante, explicando que o que está em cima da mesa é uma “entidade coordenadora e que atuará de forma subsidiária, quando os assuntos pedirem a coordenação entre vários supervisores, assegurando a transmissão de informação e que não há zonas cinzentas ou de sombra”.

"A reforma está em fase de discussão, com algum grau de complexidade e gostávamos de até ao final do ano ter um diploma para apresentar””

Ricardo Mourinho Félix

secretário de estado adjunto e das finanças

Ricardo Mourinho Félix falava à margem da conferência “A reforma da supervisão financeira”, que decorreu na Faculdade de Economia da Universidade do Porto.

Com este modelo, acrescentou, “não tornaremos a ter as questões que aconteceram no caso BES e que sucederam por falta de coordenação entre os supervisores“.

“Dizer que não voltará a haver uma crise financeira é mentira, porque elas acontecem por um conjunto de questões que não estão a ser consideradas”, sublinhou o secretário de Estado, assegurando que o “que está a tentar propor é que não volte a acontecer uma crise financeira como esta”.

O Governo lançou, no início deste ano, o debate sobre a reforma do modelo de supervisão financeira – constituído por três reguladores setoriais: Banco de Portugal (supervisor bancário), Autoridade dos Seguros e Fundos de Pensões (regulador dos seguros) e Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM, regulador dos mercados).

Contudo, ainda não são conhecidas as propostas concretas do Governo, que ainda deverão demorar meses.

Ainda assim, Centeno já deixou no Parlamento alguns traços gerais do que defende: a criação de uma nova entidade de supervisão que fique com a responsabilidade da supervisão macroprudencial (regula a estabilidade do setor financeiro no seu todo, avaliando a evolução da economia e finanças públicas), e ainda seja autoridade de resolução bancária, ambas competências atuais do Banco de Portugal.

Essa entidade, defendeu o ministro, deverá ser também responsável pela coordenação e troca de informações entre as autoridades de supervisão financeira setoriais com o objetivo de a tornar mais eficaz, eliminando o Conselho Nacional de Supervisores Financeiros e o Conselho Nacional de Estabilidade Financeira.

Em meados deste ano, o Governo criou um grupo de trabalho, liderado por Carlos Tavares, ex-presidente da CMVM, que propôs melhorias ao sistema nacional de supervisão financeira já em setembro.

Quanto às propostas feitas pelo grupo de trabalho liderado por Carlos Tavares para a reforma da supervisão financeira, estas passam nomeadamente pela criação do Sistema Nacional de Supervisão Financeira, constituído pelos três supervisores existentes (Banco de Portugal, ASF – Autoridade de Supervisão dos Seguros e Fundos de Pensões e CMVM – Comissão do Mercado de Valores Mobiliários), bem como por dois novos órgãos a serem criados, o Conselho de Supervisão e Estabilidade Financeira (CSEF) e o Conselho Superior de Política Financeira (CSPF).

O CSEF, defende o grupo de trabalho, teria a missão de “assegurar a troca institucionalizada e regulada de informações e a coordenação da atuação dos supervisores setoriais” e teria uma administração própria, com os supervisores representados mas também com “elementos neutros”. Seria esta ainda a autoridade macroprudencial, mas, disse o grupo de trabalho, “sem prejuízo do papel primordial que ao Banco de Portugal sempre caberá neste domínio”.

O Banco de Portugal, que atualmente é a autoridade macroprudencial, ainda não se pronunciou sobre esta proposta.

O grupo de trabalho propôs ainda que a nova entidade desempenhe funções de autoridade nacional de resolução. Esta função é também, atualmente, do Banco de Portugal, mas por várias vezes o governador, Carlos Costa, já disse que esta função – por poder motivar conflitos de interesse – deveria ser entregue a outra entidade.

A reforma do sistema de supervisão financeira esteve, entretanto, em consulta pública até 20 de outubro, estando agora o Governo a preparar as propostas legislativas concretas que apresentará.

Sobre o o valor de transferências para ‘offshore’ em 2016, Ricardo Mourinho Félix desvalorizou o seu impacto na economia portuguesa: “Desde que cumpram as normas vigentes, são autorizadas, mas sim, era melhor que tivessem financiado a economia portuguesa”.

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A tarde num minuto

  • Rita Frade
  • 31 Outubro 2017

Não teve tempo de ler as notícias esta tarde? Fizemos um best of das melhores para que fique a par de tudo o que se passou, num minuto.

O ainda líder social-democrata, Pedro Passos Coelho, anunciou esta tarde que o PSD vai chumbar o Orçamento do Estado para 2018, por considerar que a proposta do Governo “não está orientada para o futuro” nem traz as reformas que considera necessárias. João Galamba, deputado do PS, respondeu a Passos Coelho, defendendo que ir contra este Orçamento é ir contra a melhoria de vida dos portugueses.

Entretanto, o candidato à liderança do PSD, Rui Rio, admitiu que, se tivesse estado no lugar da ex-ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, teria sido “até mais inflexível”.

Esta tarde, Ricardo Salgado garantiu que nunca subornou ninguém em toda a sua vida e que tem a certeza de que será ilibado da “monstruosidade” da acusação da Operação Marquês.

Ainda a propósito do Dia Mundial da Poupança, damos-lhe três dicas para dar a volta às comissões bancárias. Pode também ler outros conteúdos relacionados com a poupança aqui.

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Eduardo Cabrita ordena auditoria à Autoridade Nacional de Proteção Civil

Ministro determinou à Inspeção Geral da Administração Interna (IGAI) a realização de uma auditoria à Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), na sequência dos incêndios de outubro.

O Ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, determinou à Inspeção Geral da Administração Interna (IGAI) a realização de uma auditoria à Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), na sequência dos incêndios de outubro de 2017, para apuramento de eventuais responsabilidades.

Nesses três dias deflagraram centenas de incêndios, naquele que foi o pior dia de fogos do ano, segundo as autoridades. Estes incêndios provocaram 45 mortos e cerca de 70 feridos, perto de uma dezena dos quais graves, obrigando a evacuar localidades, sobretudo nas regiões Norte e Centro.

Já em junho, em Pedrógão Grande, um fogo alastrou a outros municípios e provocou, segundo a contabilização oficial, 64 vítimas mortais e mais de 250 feridos. Registou-se também a morte de uma mulher que foi atropelada quando fugia deste fogo.

Na sequência dos incêndios de outubro, a então Ministra da Administração Interna Constança Urbano de Sousa acabou a pedir a demissão.

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Oi chega a acordo com 500 obrigacionistas. Mas quer mais

  • Lusa
  • 31 Outubro 2017

A empresa continua a receber os lesados. O último dia de funcionamento do centro para a entrega de documentos e assinatura do acordo está previsto para 6 de novembro.

A operadora brasileira Oi chegou a entendimento com cerca de 500 obrigacionistas portugueses que aderiram ao programa para acordo com credores, mas continua a receber lesados, num escritório em Lisboa, para aumentar este número, comunicou a empresa esta terça-feira.

“Até ao momento, dos obrigacionistas que se registaram no programa para receber valores até 50 mil reais, equivalentes a 13.451,71 euros, cerca de 500 fecharam acordo com o grupo Oi”, indica a operadora brasileira em comunicado. Na nota, a empresa informa que vai continuar a receber, num escritório em Lisboa, os obrigacionistas portugueses lesados que ainda não conseguiram entregar documentação ou assinar o acordo que estipula a adesão ao programa.

Em causa está um centro de atendimento a funcionar no 10.º andar da torre 3 das Amoreiras, na Rua Tierno Galvan, que conta com uma “estrutura adequada […] para oferecer mais agilidade e conforto aos obrigacionistas”. Ali funciona a sociedade de advogados Carneiro Pacheco e Associados, representante em Portugal nomeado pela Oi.

“O último dia de funcionamento do centro para a entrega de documentos e assinatura do acordo está previsto para 6 de novembro [segunda-feira]”, adianta a empresa. Para recorrer ao programa para credores da PT/Oi, que permite recuperar 90% da dívida num montante até 50 mil reais (cerca de 13 mil euros), os obrigacionistas tinham até 19 de outubro para fazer um pré-registo na plataforma ‘online’ disponibilizada pela Oi.

Neste período, os lesados tinham de comprovar a sua residência em Portugal, que eram titulares de emissões de obrigações do grupo Oi adquiridas através de bancos afiliados ao sistema português e que os seus créditos são abrangidos pelo programa.

Os restantes 10%, perto de 1.400 euros, só poderão ser arrecadados após a aprovação do plano de recuperação judicial da empresa, na assembleia-geral de credores, que já foi adiada diversas vezes, estando agora prevista para 6 e 27 de novembro.

A Oi adianta que os “créditos sujeitos à recuperação judicial do Grupo Oi que, porventura, tenham sido transferidos, cedidos, adquiridos sob qualquer forma ou título após 20 de junho de 2016 não serão contemplados” neste programa.

Também a partir desta terça-feira, e até segunda-feira, os lesados da PT/Oi com investimentos até 13 mil euros podem reaver esses montantes junto da agência bancária onde compraram tais obrigações, anunciou a associação que representa centenas de credores.

“Foi uma informação que nos foi dada ontem [segunda-feira] por um advogado da Oi. Os obrigacionistas que fizeram atempadamente o pré-registo ‘online’ poderão assinar um acordo na agência bancária onde subscreveram as obrigações” para reaver esses valores, disse o presidente da Associação de Lesados da PT/Oi (ALOPE), Francisco Mateus, à agência Lusa.

A Oi esteve num processo de fusão com a PT, o qual não se concretizou e entrou com um pedido de recuperação judicial em junho do ano passado, por não conseguir negociar a dívida.

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Quebra no correio afunda lucros dos CTT. Empresa corta dividendo

A quebra da entrega de correio endereçado afundou os lucros dos CTT para 19,5 milhões. A empresa vai cortar o dividendo e anunciar um plano de corte de custos.

Os CTT registaram lucros de 19,5 milhões de euros entre janeiro e setembro, uma quebra de 57% face ao mesmo período do ano passado. A justificar a quebra dos lucros está a diminuição de 6% do tráfego de correio endereçado, além de um nível de custos fixos demasiado elevado. A empresa vai cortar o dividendo a distribuir pelos acionistas em 20% e vai apresentar, até ao final deste ano, um plano de corte de custos.

Segundo a informação transmitida, esta terça-feira, à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), os CTT fizeram, no conjunto dos nove primeiros meses do ano, um total de 555,4 milhões de entregas, o que corresponde a uma queda de 6,1% em relação ao ano passado. As receitas da empresa ascenderam a 518 milhões de euros, um número apenas ligeiramente abaixo dos 518,8 milhões que tinham sido registados no ano passado.

Já o EBITDA (resultado antes de lucros, impostos, depreciações e amortizações) caiu de 82,9 milhões para 59,3 milhões no final de setembro deste ano. A dívida líquida, por seu lado, ascendeu a 51 milhões de euros e os custos operacionais totalizaram 458,7 milhões de euros, mais 5,2% do que no ano passado.

A nota positiva vai para o Banco CTT, que aumentou os depósitos em 197%, para 540,4 milhões, enquanto as receitas se fixaram em 5,3 milhões. As receitas do Banco CTT ficaram abaixo do objetivo que a empresa tinha definido, mas esse aspeto foi “totalmente compensado” por custos mais baixos do que o planeado.

Feitas as contas, os CTT alcançaram lucros de 19,5 milhões de euros no final de setembro, quando, em setembro do ano passado, tinham lucros de 46 milhões de euros. Descontando o efeito de eventos não recorrentes, a quebra teria sido menor e os lucros dos CTT teriam ascendido a 32 milhões de euros.

Nesses “eventos não recorrentes” conta-se o fim do contrato com a Altice no final do ano passado. Este era um acordo que tinha sido assinado com a empresa de Patrick Drahi em novembro de 2014, quando a Altice estava na corrida pela compra da PT, e que previa o pagamento de 15 milhões de euros aos CTT, depois de a compra da Meo ficar concluída. Os CTT calculam que o fim deste contrato teve um impacto de 7,5 milhões nas contas deste ano.

Empresa vai cortar dividendo e custos

Para fazer face à quebra das receitas e ao aumento dos custos, os CTT vão cortar o dividendo a distribuir aos acionistas e vão apresentar um plano de reestruturação até ao final deste ano.

“A quebra de tráfego maior do que o esperado vai ter um impacto negativo sobre o EBITDA do conjunto do ano de 2017”, refere a empresa, no comunicado enviado à CMVM. Por outro lado, “o forte crescimento da base de clientes do segmento Express & Parcels e do Banco CTT coloca pressão sobre os custos dos CTT”.

Assim, a empresa adianta que “uma reestruturação considerável dos custos, para ajustar a escala de operações às atuais necessidades, está a ser preparada, para ser apresentada antes do final do ano“. Os CTT não adiantam, para já, mais detalhes sobre este plano de corte de custos.

Ao mesmo tempo, a empresa vai cortar o dividendo de 48 cêntimos por ação, que tinha sido decidido no início deste ano, para um dividendo de 38 cêntimos por ação.

Notícia atualizada às 18h22 com mais informação.

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Juiz que rejeitou Isaltino alvo de processo disciplinar

O Conselho Superior da Magistratura deliberou abrir um inquérito disciplinar a juiz Nuno Cardoso que, em agosto, travou em tribunal a candidatura de Isaltino Morais à câmara de Oeiras

O Conselho Superior da Magistratura (CSM) abriu um processo disciplinar a Nuno Tomás Cardoso, o juiz que rejeitou em tribunal a candidatura de Isaltino Morais às eleições autárquicas.

Na altura, o agora presidente da câmara de Oeiras, Isaltino Morais, reagiu à decisão do tribunal que o impedia de candidatar-se à câmara de Oeiras, acusando o magistrado de ter relações próximas com Paulo Vistas, o anterior e ainda na altura presidente daquele município e que foi novamente candidato.

“Na reunião do Conselho Permanente de hoje, dia 30 de Outubro, foi deliberado converter em processo disciplinar o inquérito aberto para recolha de elementos quanto à intervenção do juiz Nuno Tomás Cardoso no processo eleitoral do Município de Oeiras”, segundo fonte oficial do CSM, órgão que fiscaliza disciplinarmente os magistrados judiciais.

O juiz Nuno Tomás Cardoso foi um dos seis magistrados judiciais que pediu para estar escalado para o reforço de turnos que é sempre necessário em altura de férias judiciais antes de um período eleitoral, para concretizar a validação das candidaturas. Mais: pediu especificamente para estar de turno nos primeiros dias de agosto no Tribunal de Oeiras, apesar de estar colocado em Sintra. Ambos os tribunais – Sintra e Oeiras – pertencem à mesma comarca de Lisboa Oeste.

Nuno Tomás Cardoso – que já tinha em 2013 chumbado a candidatura de Isaltino a presidente da Assembleia Municipal de Oeiras – chumbou na altura a candidatura dizendo que “as declarações de proposituras apresentadas não identificam em qualquer local do seu texto os cidadãos candidatos que integram a lista”.

O agora presidente da Câmara de Oeiras – na altura ainda como candidato – acusou o juiz do tribunal que rejeitou a sua candidatura de ter relações pessoais próximas com o então presidente da câmara e candidato a Oeiras, Paulo Vistas.

“Paulo Vistas é padrinho de casamento do juiz”, afirmou Isaltino, garantindo que cumpriu a lei.

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Interlegal leva Brexit a debate. Sessão presidida por sócio da portuguesa ACE

  • ECO
  • 31 Outubro 2017

Os quatro dias de debate trarão esclarecimentos sobre o impacto da separação do Reino Unido da UE para as empresas. João Falcão, sócio da ACE e presidente da Interlegal presidirá o evento.

A rede internacional de advogados Interlegal levará a cabo uma reunião para debater o Brexit, dirigida por João Paulo Menezes Falcão, sócio da portuguesa ACE e presidente da firma internacional. As sessões de discussão decorrerão em Leeds, no Reino Unido, entre os dias 1 e 4 de novembro.

Entre os oradores destaca-se Hilary Benn, membro do parlamento inglês pela cidade de Leeds, considerada a terceira mais importante do país, e Presidente da Comissão Parlamentar do Brexit. De acordo com a ACE, o evento dará a oportunidade de esclarecer questões relacionadas com as negociações de saída do Reino Unido do bloco europeu e o seu impacto nas empresas com interesses em ambas as “regiões económicas”.

As EuraAudit (associação de empresas de auditoria) trará para a discussão as “recentes restrições e exigências acrescidas para abertura de uma conta bancária na Suíça”. Os restantes participantes dos quatro dias de debate serão a FICAC (Federação Internacional de Councils), Tom Riordan, presidente da Câmara Muinicipal de Leeds, Inglaterra, Roger Marsh, Presidente da Leeds City Region Enterprise Partnership e Andrew Cooper, o Chefe do Executivo Leeds BID.

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Três truques para dar a volta às comissões dos bancos

Apesar de os bancos estarem a carregar a fundo naquilo que cobram em comissões, há algumas estratégias que ajudam a contornar pelo menos alguns desses encargos.

O tema das comissões bancárias tem estado na ribalta, tendo em conta o peso crescente que este tipo de encargos têm vindo a assumir no bolso dos portugueses. Cada vez mais relevantes para as suas receitas, os bancos têm vindo a carregar a fundo neste tipo de encargos. Este ano não foi exceção. Desde o início de 2017 que várias instituições financeiras reviram em alta um conjunto de encargos, tendo algumas passado ainda a cobrar por serviços os quais antes não associavam um custo.

Há algumas comissões bancárias que são incontornáveis, mas o mesmo não acontece com outras. Há algumas estratégias que os clientes bancários podem utilizar de forma a contornar esse tipo de encargos. Fique a conhecer algumas delas.

Domiciliar o ordenado pode dar isenção

A prática já não é tão transversal à generalidade dos bancos, mas ainda há instituições financeiras que isentam algumas comissões bancárias associadas a serviços ou produtos bancários mais básicos a quem lá domicilie o ordenado, pensão, ou rendimento fixo. A manutenção de conta ou o cartão de débito são os mais comuns alvos de isenção deste tipo de encargos nessas circunstâncias.

Entre os maiores bancos tanto o BCP, como o BPI e o Bankinter isentam a comissão de manutenção de conta a quem domicilie o ordenado ou a pensão. O BPI não cobra ainda a primeira anuidade do cartão de débito a quem tenha uma conta com essas características.

Porém, é importante ter em atenção as condições de adesão. No Bankinter, por exemplo, precisa de cumprir vários requisitos para poder abrir a Conta Mais Ordenado, como compras mensais com o cartão ou a domiciliação mensal de despesas.

Ir atrás dos bancos online ou mais pequenos

Mesmo para quem não pretenda domiciliar o ordenado também é possível beneficiar de custos zero por ter uma conta bancária. É possível consegui-lo sobretudo nos bancos que operam apenas na internet. Tendo em conta a sua estrutura de custos que é mais baixa nestas instituições financeiras quando comparadas com os bancos que têm balcões, conseguem isentar esse tipo de encargos. É o que acontece com o ActivoBank, o Best e o BiG.

É a mesma estrutura de custos mais baixa que permite ao Banco CTT, que funciona também dentro das estações de correio, não cobrar pela manutenção da conta, mas também pela anuidade do cartão de débito ou de crédito. Ir atrás dos bancos mais pequenos ou com presença mais recente em Portugal é, aliás, uma das formas de conseguir este tipo de poupanças. Como o seu objetivo é estender a sua presença tendem a oferecer condições de acesso aos seus produtos e serviços mais em conta. O banco BNI Europa e o Atlântico Europa são dois exemplos disso mesmo. Qualquer dos bancos angolanos não cobra comissão de manutenção de conta, sendo que o BNI Europa isenta não cobra anuidade do cartão de débito.

Ver se em pacote compensa

Tirar partido da isenção de comissões nem sempre é possível, e muitas vezes para o conseguir é necessário mudar de banco. No entanto, a opção de mudar de banco para ir em busca de poupanças nem sempre é um exercício fácil. Os portugueses têm habitualmente uma forte ligação ao seu banco de sempre ou então ao gestor da sua conta, o que acaba por restringir a “vontade” de mudar de banco. Noutros casos, estão presos à instituição financeira porque, por exemplo, é lá que têm o crédito à habitação e têm de manter conta aberta.

Nesse tipo de situações, optar por contratar um pacote de serviços do banco em vez de pagar individualmente por cada um deles pode ser uma boa via em determinadas circunstâncias. As “contas pacote” nada mais são do que agregadores de serviços a um preço único. Este tipo de contas está disponíveis em nove bancos (CGD, BCP, Novo Banco, Santander Totta, Montepio, Bankinter, Popular, EuroBic e Deutsche Bank). Em algumas das instituições financeiras que as oferecem, existem pacotes mais ou menos abrangentes em termos de serviços e que divergem também em termos de preços. Quanto mais serviços tiverem associados, necessariamente mais elevado será o custo associado.

Aquilo que é importante avaliar é se, tendo em conta a oferta “em pacote” não abrange mais produtos do que aqueles de que realmente necessita. Ou seja, se não compensa mais pagá-los separadamente.

A maior parte dos bancos também dispõem de “contas base”, que mediante o pagamento de uma comissão única mas de valor livre para cada banco, disponibilizam serviços como a manutenção de conta, cartão de débito, acesso ao homebanking, transferências interbancárias e a possibilidade de até três levantamentos ao balcão também a um custo único. Contudo, a maioria não compensam face às contas “pacote”.

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Bolsa soma quarta sessão de ganhos. Galp em máximos de 2011

A petrolífera subiu mais de 2% depois de, na segunda-feira, ter reportado um aumento de 15% dos lucros no conjunto dos nove meses deste ano.

A bolsa nacional fechou no verde pela quarta sessão consecutiva, impulsionada pelos ganhos do setor energético e do BCP. Lisboa acompanhou a tendência das restantes principais europeias, que fecharam todas em alta.

O PSI-20 subiu 0,54%, para os 5.475,67 pontos, com nove cotadas em queda e nove em alta. A contribuir para este desempenho esteve a energia, com a Galp a valorizar 2,41%, para os 15,96 euros por ação, o valor mais alto desde junho de 2011. Esta subida acontece depois de a petrolífera ter reportado um aumento de 45% dos lucros no terceiro trimestre e de 15% no acumulado do ano.

Ainda na energia, a EDP avançou 1,02%, para os 3,06 euros, enquanto a EDP Renováveis contrariou a tendência e corrigiu dos ganhos expressivos registados depois de ter apresentado lucros de 165 milhões no terceiro trimestre. Nesta sessão, a EDP Renováveis recuou 0,13%, para os 7,1 euros por ação.

Do lado dos ganhos, destaque ainda para o BCP, que somou 0,59%, para os 25,65 cêntimos, e para a Mota-Engil, que apreciou 2,01%, para os 3,45 euros.

Em sentido contrário esteve o setor do retalho, com a Jerónimo Martins a perder 0,16%, para os 15,60 euros, e a Sonae a cair 0,19%, para 1,028 euros por ação.

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Paulo Macedo: “Queremos financiar bons projetos”, mas “sem cometer erros do passado”

O presidente da CGD e o presidente do Governo Regional da Região Autónoma da Madeira foram os convidados do ECO Talks desta terça-feira, no Funchal.

O ECO promoveu mais um ECO Talks esta terça-feira, no Funchal. Foi no Centro de Congressos Vidamar Resort Madeira que o presidente da comissão executiva da Caixa Geral de Depósitos (CGD), Paulo Macedo, e o presidente do Governo Regional da Região Autónoma da Madeira, Miguel Albuquerque, responderam às questões de António Costa.

O ECO Talks é um novo formato de discussão, uma oportunidade para o ECO e para os nossos leitores confrontarem os decisores económicos, políticos e financeiros sobre os temas que estão a marcar a agenda e a atualidade. Será sempre transmitido em streaming, aqui no site do ECO. E com a participação dos nossos seguidores no Twitter e Facebook.

Leia abaixo o nosso liveblog com o minuto a minuto da entrevista ao presidente da CGD e ao presidente do Governo Regional da Região Autónoma da Madeira.

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PS: OE faz aquilo que Passos “não soube ou não quis fazer”

  • ECO
  • 31 Outubro 2017

João Galamba responde à intenção do PSD de vetar o Orçamento de Estado para 2018 apresentado no passado mês de outubro.

“Não devemos confundir os desejos de Passos Coelho com a realidade”, diz João Galamba. O deputado do PS respondeu assim ao PSD que anunciou, esta terça-feira, que vai chumbar o Orçamento do Estado para 2018. Galamba defende que ir contra este Orçamento é ir contra melhorias na vida dos portugueses.

João Galamba defende um Orçamento do Estado com medidas que “que fazem aquilo que Passos Coelho não soube ou não quis fazer” e que se destinam, diz o deputado, a “melhora a vida da esmagadora maioria dos portugueses”. Diz que para além do seu partido, também “os portugueses não compreendem” o voto contra do PSD.

Passos Coelho só não vota contra o aumento do salário mínimo porque não pode, porque não faz parte do Orçamento do Estado.

João Galamba

Deputado PS

Na opinião do deputado, há uma “total coerência” entre Passos coelho como membro da oposição ou no papel de governante, afirma João Galamba, deputado do PS, isto uma vez que “Passos Coelho governou quatro anos contra os portugueses”.

Segundo o deputado socialista, vetar o Orçamento de Estado para 2018 afeta as diferentes pessoas que “sofreram muito durante o governo de Passos Coelho” e que tinham no Orçamento uma esperança para um futuro melhor. Passos “só não vota contra o aumento do salário mínimo porque não pode, porque não faz parte do Orçamento do Estado”, critica João Galamba.

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Rússia criou 80 mil anúncios no Facebook para influenciar eleições norte-americanas

Facebook, Google e Twitter confirmam a existência de contas russas falsas para influenciar as eleições norte-americanas de 2016. Governo russo já negou qualquer envolvimento no caso.

O Facebook anunciou que várias contas russas publicaram cerca de 80 mil anúncios na sua rede social num espaço de dois anos, alcançando cerca de 126 milhões de norte-americanos. O conteúdo estava relacionado com as eleições presidenciais e pretendia influenciar as intenções de voto.

Não passou muito tempo depois de terem surgido rumores de que a Rússia teria criado contas falsas em várias redes sociais para criar anúncios que conseguissem influenciar as eleições norte-americanas que elegeram Donald Trump como presidente. O Facebook, a Google e o Twitter vieram confirmar esses rumores, adiantando alguns dados iniciais.

Na altura, o Facebook — que foi o mais usado para estes atos ilegais, adiantou que encontrou cerca de três mil anúncios ligados a uma troll farm russa (empresas onde os funcionários têm as funções de criar conflitos e desordens nas redes sociais), alguns deles alusivos a Donald Trump, Bernie Sanders e Jill Stein, e outros promoviam o sentimento anti-emigração e o racismo. No total, foram investidos cerca de 100 mil dólares (85 mil euros) nessa publicidade.

No entanto, esta terça-feira, a empresa de Mark Zuckerberg avançou com dados mais recentes, adiantando que esses anúncios provavelmente alcançaram cerca de metade da população norte-americana com idade para votar — 126 milhões de cidadãos, com um total de 80 mil posts. Dados que excedem, e muito, as informações divulgadas anteriormente pelo Facebook. Esses posts foram publicados entre junho de 2015 e agosto de 2017 e a maioria continha mensagens sociais e políticas que tentavam fomentar uma divisão na comunidade norte-americana.

"Essas ações são contrárias à missão do Facebook de construir comunidades e tudo o que defendemos. Estamos determinados a fazer tudo o que pudermos para enfrentar essa nova ameaça.”

Colin Stretch

Vice-presidente do Facebook

O Twitter encontrou quase três mil contas ligadas a operários russos, segundo informações avançadas por fontes próximas da empresa. Um valor que superou as 201 contas que o Twitter disse ter encerrado em setembro, bem como 1,4 milhões de mensagens relativas às eleições de 2016. Por sua vez, a Google anunciou esta segunda-feira em comunicado que encontrou 4.700 dólares (4.042 euros) gastos em anúncios pagos, ligados à Rússia durante as eleições de 2016.

O Governo russo já negou qualquer tentativa de influência nas eleições dos Estados Unidos, onde Donald Trump derrotou a candidata democrata Hillary Clinton.

Advogados das três empresas vão reunir-se esta semana no Congresso norte-americano, para tentar travar e debater essas tentativas de influências russas nas eleições de 2016.

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