A melhor forma de lidar com os robôs? Aceitá-los
A inteligência artificial pode colocar em risco quase metade dos empregos nas próximas décadas... mas é incontornável. E a Casa Branca alerta: é preciso preparar a economia para essa transformação.
É preciso estar-se atento, não vá a evolução apanhar-nos de surpresa. Estima-se, num relatório divulgado pela Casa Branca, que numa ou duas décadas, 9% a 47% dos empregos estejam ameaçados por computadores. A inteligência artificial está aí à porta e os decisores políticos devem preparar a economia para essa realidade, alertam os autores, citados pelo MarketWatch.
Segundo o documento, são as camadas mais vulneráveis da sociedade as mais expostas aos efeitos da entrada dos robôs no mercado laboral. Isto é, pessoas com baixos níveis de escolaridade e em empregos com salários mais baixos. É uma das preocupações expressadas no documento: o país deve apostar em formar os cidadãos para os empregos do futuro, ajudando-os nessa transição.
No entanto, é difícil identificar todos os efeitos ligados à transformação provocada pela inteligência artificial. E é também complicado prever a que velocidade acontecerá. Mas isso não significa que não se aposte na tecnologia, sublinha o relatório.
Os autores referem que os Estados Unidos devem começar a investir na inteligência artificial, devido aos “muitos benefícios” que representa. Para explicar quais, recorrem a um estudo divulgado no ano passado: entre 1993 e 2007, os robôs contribuíram para um crescimento médio de 0,4% do PIB em 17 países.
O Governo norte-americano deve, assim, apostar na investigação e desenvolvimento de tecnologias ligadas à automatização e robótica, promovendo a diversidade e a inclusão nas áreas da ciência, tecnologia, engenharia e matemática. Terá, também, de assumir um papel relevante na educação das crianças, para as preparar para universidade e para o mercado de trabalho, referem os autores deste documento governamental, segundo o MarketWatch.
Face a isto, importa recuperar um assunto que já aqui abordado pelo ECO em novembro. Um estudo revelou que 12% dos profissionais norte-americanos da área financeira entre 46 e 50 anos acreditam que podem vir a ser marginalizados pela tecnologia nos próximos 15 anos. A investigação mostrou também que são os profissionais mais jovens que menos receio têm da evolução da tecnologia.
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