Metro do Porto anuncia hoje novas linhas a construir até 2021

  • Lusa
  • 7 Fevereiro 2017

A Metro do Porto e o ministro do Ambiente, Matos Fernandes, anunciam hoje as novas linhas a construir na Área Metropolitana entre 2018 e 2021, no âmbito da expansão da rede.

O conselho de administração da Metro do Porto decide e anuncia hoje as novas linhas a construir na Área Metropolitana do Porto (AMP) entre 2018 e 2021, no âmbito da expansão da rede.

O administrador não executivo da Metro do Porto em representação da AMP, Marco Martins, também presidente da Câmara de Gondomar, adiantou à Lusa que a empresa decidirá pela construção das linhas do Porto e Gaia, por serem “as mais rentáveis, de acordo com os estudos” que a Metro encomendou.

A possibilidade de a expansão da rede do Metro do Porto avançar surgiu em abril do ano passado, quando o ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, garantiu 400 milhões de euros de investimento para a ampliação deste meio de transporte público em Lisboa e no Porto.

Desde então, vários projetos de linhas foram reanalisados pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto a pedido da Metro, que pretendeu otimizar custos face aos definidos em estudos existentes desde 2011.

De acordo com Marco Martins, os estudos em causa “apontam que a linha de Gondomar [projetada anteriormente] é pouco rentável”, mas já há “o compromisso do Governo” de estudar o novo projeto que a Câmara apresentou, entretanto, para a expansão do metro no concelho.

A Câmara de Gondomar enviou recentemente uma proposta para construção de uma nova ligação no concelho ao Ministério do Ambiente, com um custo estimado em 110 milhões de euros.

Segundo Marco Martins, a nova ligação do metro “é mais barata e tem mais procura [do que a anterior]”, além de que “serve o Porto”.

O desenho prevê uma ligação do centro de Gondomar ao Estádio do Dragão, passando por Valbom mas servindo também os bairros do Lagarteiro e do Cerco, no Porto.

Os 280 milhões de euros disponíveis para a expansão do Metro permitirão, assim, construir a linha de Gaia até Vila D’Este e uma ligação entre a Casa da Música e a estação de São Bento, no Porto.

O jornal Público revelou, em janeiro, que estas obras no Porto podem custar 140 milhões de euros e as de Gaia mais de 120 milhões.

Em 2011, a 2.ª fase de expansão da rede do Metro do Porto previa a construção de linhas que abrangem os concelhos do Porto, Matosinhos, Gaia e Gondomar.

Os autarcas da Maia e da Trofa reclamam, por seu lado, a extensão do Metro até ao Muro (Trofa), considerando que é uma questão de “justiça” o troço em causa ser abrangido pelo pacote financeiro anunciado no âmbito do Plano Nacional de Reformas.

A conferência de imprensa da Metro do Porto para anúncio e apresentação das novas linhas da rede, marcada para as 11:00, contará com a presença dos membros do conselho de administração da empresa, do Ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, e do Secretário Adjunto e do Ambiente, José Mendes.

No dia 23 de janeiro, o ministro do Ambiente, que tutela este transporte público, remeteu para hoje o anúncio das linhas a construir, afirmando que “as razões da evolução da rede do Metro do Porto são claras, objetivas”.

"as razões da evolução da rede do Metro do Porto são claras, objetivas”

Matos Fernandes

Ministro do Ambiente

“Naturalmente que, tendo impacto forte no território, [o assunto] tem de ser discutido com as autarquias, mas, com o devido respeito, [as decisões] não partem de vontades, partem de um estudo que foi feito”, disse então Matos Fernandes aos jornalistas.

A Metro do Porto é detida a 60% pelo Estado, pertencendo os restantes 40% à Área Metropolitana do Porto (AMP).

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FMI: Grécia precisa de mais alívio da dívida ainda “insustentável” apesar de progressos

  • Lusa
  • 7 Fevereiro 2017

A Grécia tem feito progressos para reduzir os enormes problemas orçamentais e a restaurar o crescimento económico, mas a dívida do país helénico permanece insustentável. É esta a conclusão do FMI.

A Grécia tem feito progressos com vista a reduzir os enormes problemas orçamentais e a restaurar o crescimento económico, mas a dívida do país helénico permanece insustentável, afirmou o Fundo Monetário Internacional (FMI), defendendo um alívio adicional.

Num comunicado divulgado na noite de segunda-feira, o FMI assinala que, apesar dos avanços registados, as dívidas da Grécia continuam “insustentáveis” a longo prazo, mas há divergências no seio do organismo relativamente às medidas a tomar e aos objetivos financeiros que devem ser atingidos.

A dívida helénica ronda 180% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo o FMI, pelo que a maioria dos diretores do organismo internacional diz que a Grécia irá provavelmente necessitar de um alívio da dívida para poder pagar as suas contas a longo prazo. O FMI indicou que a maioria dos membros do conselho de administração concordou que, “apesar dos enormes sacrifícios da Grécia e do generoso apoio dos parceiros europeus, alívio adicional pode ser necessário para restaurar a sustentabilidade da dívida”.

Esse alívio da dívida deve ser acompanhado, contudo, por “uma forte implementação de políticas para restaurar o crescimento e a sustentabilidade”. O conselho de administração do FMI, que representa os 189 estados-membros da instituição, reuniu-se para discutir o relatório anual sobre a economia grega que considera a situação da dívida “insustentável” e “explosiva” a longo prazo.

O FMI prevê que a economia da Grécia irá alcançar um crescimento anual inferior a 1% a longo prazo, um valor que embora não seja impressionante traduz uma melhoria face aos anos em que está mergulhada em recessão. Em paralelo, antecipa que Atenas irá cumprir a meta do FMI ao registar um excedente orçamental anual primário – sem os encargos com a dívida, como o pagamento de juros – equivalente a 1,5% do PIB real.

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Vias de ligação às autoestradas vão ser melhoradas

  • Lusa
  • 7 Fevereiro 2017

As principais vias de ligação entre autoestradas e áreas empresariais vão ser requalificadas à luz de um programa estatal. Estão previstas intervenções em 12 estradas.

O Governo apresenta hoje, no Entroncamento, um Programa de Valorização das Áreas Empresariais, que prevê a construção ou a requalificação de 12 estradas prioritárias para melhorar a ligação de zonas empresariais às grandes autoestradas.

De acordo com o gabinete do ministro do Planeamento e das Infraestruturas, este programa insere-se no objetivo do Governo de promover o investimento e o crescimento e desenvolve-se em dois eixos: na criação ou expansão de infraestruturas de localização empresarial nas regiões Norte, Centro e Alentejo e na intervenção nos acessos rodoviários às áreas empresariais já consolidadas nas mesmas regiões.

O programa será apresentado pelo primeiro-ministro, António Costa, e pelo ministro Pedro Marques, no Entroncamento, no distrito de Santarém, onde está precisamente uma das vias que vai beneficiar destes melhoramentos, o troço da Via Estruturante a construir entre o Nó da A32 (Pigeiros) e o Nó da Abelheira (Escariz).

Entre as vias beneficiadas pelo Programa de Valorização das Áreas Empresariais estão também a construção de dois novos acessos das zonas industriais de Arouca e de Castelo de Paiva à A32, anunciaram os dois municípios.

No caso de Castelo de Paiva, a autarquia congratula-se por estar previsto o anúncio da construção do troço em falta da variante à EN 222, até ao nó da A32, em Canedo, considerado importante para a ligação à Zona Industrial das Lavagueiras. No caso de Arouca, o programa a anunciar pelo Governo inclui a ligação entre o nó da A32 em Pigeiros e o nó da Abelheira, em Escariz.

A autarquia assinala que a nova acessibilidade beneficiará as áreas empresariais de Mata-Mansores, Farrapa-Rossio, Lameiradas e Parque de Negócios de Escariz.

O programa foi anunciado pelo primeiro-ministro, António Costa, a 27 de janeiro, durante o debate quinzenal na Assembleia da República. Este revelou que o investimento será realizado com recurso a fundos nacionais e pretende “garantir que as empresas podem beneficiar das infraestruturas e assim melhorar as condições de competitividade”.

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5 coisas que tem de saber antes de abrirem os mercados

Há sobretudo dois pontos de interesse no mercado nacional: o BPI, cuja Oferta Pública de Aquisição da parte do CaixaBank termina hoje, e os juros da dívida portuguesa, que voltaram a disparar.

BPI, juros, Alemanha, EUA e resultados empresariais. Não faltam motivos de interesse para os investidores acompanharem a par e passo toda a informação económica ao longo desta terça-feira. No plano nacional, há dois destaques: os acionistas do BPI têm até às 15h30 de hoje para vender ações na oferta do CaixaBank; e os obrigacionistas veem os juros da dívida nacional dispararem para máximos de março de 2014 antes de Portugal regressar aos mercados.

OPA com fim à vista no BPI

Termina esta terça-feira o período da Oferta Pública de Aquisição (OPA) do CaixaBank sobre o BPI. Se tem ações do banco português e deseja vendê-las ao grupo catalão ao preço de 1,134 euros, tome nota: só o poderá fazer até às 15h30, uma hora antes do fecho da bolsa. Ao invés, pode querer conservá-las. Os analistas sublinham os riscos de ficar com títulos.

Juros sob pressão

O clima de tensão regressou ao mercado de dívida nacional, a dias de o Tesouro português regressar aos mercados de financiamento. A taxa das obrigações a 10 anos escalou esta segunda-feira para máximos desde março de 2014. Portugal tenta colocar esta quarta-feira mais 1.250 milhões de euros em obrigações a cinco e sete anos.

A produção da poderosa indústria alemã

Tem vindo da Alemanha a maior parte das críticas ao plano de compra de dívida pública dos governos europeus. E tudo porque, acreditam os responsáveis alemães, a economia da Zona Euro já está suficientemente robusta para absorver uma retirada dos estímulos. Os números da produção industrial que serão divulgados esta segunda-feira poderão ajudar a reforçar o argumento de Berlim. Ou ajudar Mario Draghi na sua luta para animar os preços na região, com os analistas a esperarem uma subida mensal de 0,3% da produção da indústria em dezembro.

Comércio americano pré-Trump

O défice comercial norte-americano — exportações menos importações — não deverá ter registado alterações em dezembro, depois do agravamento observado em novembro. Os dados, que serão revelados esta terça-feira pelo Departamento do Comércio dos EUA, assumem particular importância numa altura em que a administração Trump adota um discurso de maior protecionismo e de primazia às empresas norte-americanas.

BP e Walt Disney apresentam resultados

A British Petroleum e Walt Disney estão entre as inúmeras empresas que apresentam resultados relativos a 2016. Mais de metade das cotadas do índice S&P 500 já prestaram contas ao mercado. Destas, três quartos alcançaram lucros acima do esperado pelos analistas.

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Vender na OPA ao BPI? Só até hoje

Termina esta terça-feira o período da oferta pública de aquisição do CaixaBank sobre o BPI. Se quiser vender as suas ações, pode fazê-lo até às 15h30.

Termina esta terça-feira o período da Oferta Pública de Aquisição (OPA) do CaixaBank sobre o BPI. Se tem ações do banco português e deseja vendê-las ao grupo catalão ao preço de 1,134 euros, tome nota: só o poderá fazer até às 15h30, uma hora antes do fecho da bolsa.

As ações do BPI fecharam a cair 2,21% para os 1,106 euros. Ou seja, o banco negoceia com uma cotação 2,47% (ou 2,8 cêntimos) abaixo do preço da oferta espanhola, o que não reflete tanto a desconfiança dos investidores em relação ao sucesso da operação, mas antes a incerteza que poderá seguir-se à OPA.

De resto, os analistas até estão confiantes quanto ao êxito da operação que vai colocar o BPI em mãos espanholas. Também Gonzalo Gortázar, presidente do CaixaBank, manifestou a sua confiança aquando da apresentação dos resultados do banco com sede em Barcelona: “Esperamos que o resultado da OPA, que termina na próxima semana, seja satisfatório”.

Caso prefira conservar as suas ações, também está no seu direito. Ainda assim, os analistas alertam para os riscos de não vender na OPA. “Pode ser posteriormente sujeito a uma oferta potestativa ou, na sua ausência, manter uma posição no capital do banco aceitando a menor liquidez que poderá haver em bolsa na sua negociação”, referiu a Patris.

O resultado da oferta será apurado em Sessão Especial de Mercado Regulamentado da Euronext Lisbon, que terá lugar na próxima quarta-feira, dia 8 de fevereiro.

O BPI registou um aumento de 32,5% dos lucros para 313,2 milhões de euros em 2016.

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Salários demasiado baixos levam portugueses a recusar empregos

Os profissionais "parecem ser cada vez mais seletivos" na escolha de emprego, aponta um estudo realizado pela consultora Hays.

Mais de metade dos profissionais no ativo recusou pelo menos uma oferta de emprego no ano passado. Na grande maioria destes casos, um salário demasiado baixo foi a principal razão para a recusa do emprego.

A conclusão é da nova edição do Guia do Mercado Laboral, feito pela consultora Hays junto de mais de 840 empregadores e cerca de 2.600 profissionais. Segundo o estudo, houve um “aumento considerável” na percentagem de profissionais que recusaram ofertas de emprego, passando de 47% em 2015 para 53% no ano passado.

Em algumas áreas, a tendência é claramente mais acentuada. No turismo e lazer, por exemplo, 76% dos profissionais do setor recusou ofertas no ano passado, um valor muito acima dos 50% registados em 2015. Também em tecnologias da informação houve 64% de profissionais que recusaram uma oferta.

Em quase metade dos casos (49%), refere a Hays, “a recusa prendeu-se com o salário oferecido, o que parece indicar que a componente salarial continua a ter um peso muito considerável na avaliação de novas propostas de emprego”. A falta de interesse no projeto e as condições contratuais oferecidas também estiveram entre as principais razões para a recusa das ofertas de emprego, com 37% e 31%, respetivamente.

O facto é que os profissionais qualificados parecem ser cada vez mais seletivos na escolha do seu próximo projeto. É comum, em contexto de entrevista, o candidato ter uma opinião muito clara daquilo que procura num potencial empregador e daquelas que seriam as condições ideais para desenvolver uma carreira bem sucedida”, aponta o estudo.

Ao mesmo tempo que a percentagem de recusas de ofertas aumentou no ano passado, “nunca os profissionais qualificados estiveram tão pouco interessados em mudar de emprego em 2017”. Este ano, e pela primeira vez desde que o estudo é feito, a percentagem de empresas que pretendem contratar é superior à dos trabalhadores que querem mudar de emprego: 73% contra 71%, respetivamente.

Para os que estão disponíveis para mudar de emprego, as principais motivações são as perspetivas de progressão de carreira, a procura de projetos mais interessantes e o pacote salarial.

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Índices recuam dos recordes enquanto Trump não apresenta reformas

  • Marta Santos Silva
  • 6 Fevereiro 2017

As reformas prometidas para acelerar o crescimento tardam a chegar, o que deixa a bolsa norte-americana nervosa.

A bolsa de Nova Iorque fechou no vermelho esta segunda-feira, com os três principais índices a cair ligeiramente enquanto os investidores esperam que Donald Trump apresente as medidas que prometeu para impulsionar a economia norte-americana.

O principal índice da bolsa nova-iorquina, o S&P 500, caía 0,28% para 2291,03 pontos. A queda, em grande parte justificada por uma diminuição da confiança na economia dos EUA após números que desiludiram no crescimento dos salários e do retalho, era a mais acentuada: também a descer, mas de forma menos marcada, estavam o índice tecnológico Nasdaq, a cair 0,06% para os 5663,55 pontos, e o índice industrial Dow Jones, que descia 0,09% para se manter ainda acima do marco simbólico dos 20 mil: registava 20052,42 pontos.

O recuo, num dia em que também as bolsas europeias fecharam a cair devido à previsão de instabilidade política nas eleições francesas, continua a demonstrar que a confiança inspirada nos investidores pela eleição de Donald Trump continua a dissipar-se. O presidente dos Estados Unidos tarda em apresentar as medidas que prometera para acelerar o consumo e a economia dos EUA.

“Após a eleição, o sentimento entre os investidores, empresas e consumidores sugeria que a probabilidade de cortes nos impostos e regulamentação mais ligeira era vista como mais elevada do que a probabilidade de restrições significativas no comércio internacional e na imigração”, lê-se numa nota produzida por analistas da Goldman Sachs e citada pela Bloomberg. “Um mês após o início do ano, o equilíbrio de riscos está menos positivo, na nossa perspetiva”.

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QSP Summit: O que procuram os consumidores?

O comportamento do consumidor está a mudar. Para responder a essa mudança, o QSP Summit leva ao Porto os especialistas do setor, entre autores de best-seller e o homem que ajudou a eleger Obama.

O paradigma do consumo está em mudança, o que tem reflexo direto no comportamento dos consumidores e das marcas. As empresas conhecedoras desta realidade estão apostadas em perceber os consumidores e, sobretudo, em conseguir responder às suas necessidades, criando até necessidades que os consumidores nem imaginavam possuir. Como vão evoluir as novas tecnologias e que peso terão no comportamento de quem vai às compras? O estilo de vida saudável será uma tendência para manter? As mulheres continuarão a dominar e a influenciar o mundo das compras?

Para responder a estas e outras questões, realiza-se em Matosinhos a 11ª edição do QSP Summit, um evento que se assume como uma das grandes conferências da Europa de marketing e gestão debruça-se este ano sob o tema “Understanding Consumer” e tem como propósito refletir sobre as profundas mudanças do consumidor e como estas se refletem nos comportamentos e locais de compra. O evento, que decorre a 23 de março na Exponor, em Matosinhos, traz a Portugal alguns dos melhores especialistas de marketing a nível internacional.

Rui Ribeiro, CEO e fundador da QSP, consultora de marketing e mentora do evento explica ao ECO o porquê da escolha recair sobre este tema. “Hoje em dia, o cliente é omnicanal e tem um comportamento diferenciado. É muito difícil prever o seu comportamento, até porque os consumidores movem-se muito pela parte racional e emocional e a nossa expectativa é que o evento seja capaz de dar uma orientação de como é o consumidor do futuro”.

Hoje em dia o cliente é omnicanal e tem um comportamento diferenciado. É muito difícil prever o seu comportamento, até porque os consumidores movem-se muito pela parte racional e emocional e a nossa expectativa é que o evento seja capaz de dar uma orientação de como é o consumidor do futuro

Rui Ribeiro

CEO e fundador da QSP

Para Rui Ribeiro, “este tema é uma preocupação das organizações porque há uma grande imprevisibilidade associada ao ato de consumir”. “Vamos refletir sobre as profundas mudanças do consumidor e como estas se refletem nos comportamentos e locais de compra”, remata o CEO da QSP.

As marcas, prossegue Rui Ribeiro, “têm que ter presente o lado emotivo do consumidor, mas têm também de ter um lado racional capaz de garantir valor”. No fundo conhecer o consumidor/cliente implica também saber que produtos lançar e que características são mais valorizadas no momento da compra.

Hoje as mulheres têm um papel decisivo no ato de consumir e influenciam inclusive os homens.

Rui Ribeiro

Ceo e fundador da QSP

Rui Ribeiro fala ainda no papel das mulheres no momento da compra. Se antes as mulheres eram vistas como consumindo especialmente roupa, cosméticos e comida, hoje “as mulheres têm um papel decisivo no ato de consumir e influenciam inclusive os homens”.

Novo modelo em 2017

A edição deste ano do QSP Summit apesar de, a exemplo dos anos anteriores, se desenrolar na Exponor, vai ter algumas novidades. Rui Ribeiro diz que “nos últimos anos, o evento tem estado sempre esgotado pelo que este ano fizemos algumas alterações de modo a poder comportar mais pessoas, mas sempre sem descurar a qualidade”.

No total são esperadas 1.500 pessoas, repartidas pelo palco principal, worklabs, trends forum e disruptive hall, onde os presentes poderão aceder a uma área de experimentação de novas soluções. Para Rui Ribeiro, a “área de exposição quase que duplicou face ao ano passado, e isso requer uma produção mais sofisticada”.

Temas abordados na conferência

  • Ativação da marca
  • Design do produto
  • Linguagem das marcas
  • Proteção de dados
  • Novas soluções tecnológicas
  • Distribuição de conteúdos
  • Consumidor dos mercados emergentes
  • Inteligência artificial

Principais oradores

Rui Ribeiro diz que a metodologia do evento é simples. “Primeiro escolhemos o tema e, uma vez escolhido o assunto, começamos a perceber quem são a nível mundial os maiores especialistas sobre a temática e convidámo-los a virem a Portugal debater ideias. Nem sempre é fácil mas o Porto é hoje uma cidade atrativa e felizmente temos conseguido”, garante.

Sobre os apoios, Rui Ribeiro diz que “o evento tem várias fontes de receita (parceiros, bilheteira, exposições) e tudo somado faz com que este se pague”.

Mas quem são os especialistas escolhidos para esta edição?

Apesar de contar com muitos oradores, a organização escolheu como “cabeça de cartaz” Paco Underhill, um antropólogo especialista em comportamento de compra.

Paco Underhill é especialista em tendências globais de consumo e adapta as suas apresentações às necessidades específicas dos seus clientes, onde estão nomes como a McDonald’s, Starbucks, Estée Lauder, Blockbuster.

Há mais de 30 anos que o especialista observa e mede a forma como o mundo compra, o que o levou já a mais de 46 países, entre os quais Portugal.

O orador principal do QSP Summit é ainda presidente e fundador da Envirosell, uma empresa de consultoria e pesquisa comportamental focada em ambientes comerciais, com sede em Nova Iorque. Autor de vários livros, escreveu o best-seller internacional publicado em mais de 27 línguas: “Why we buy: the sience of shopping“.

Outro dos oradores que merece honras de destaque é Harper Reed. Engenheiro tecnológico, trendsetter e empreendedor, é atualmente Head of Commercer na Braintree, empresa do grupo PayPal. Mas o que eventualmente chama mais a atenção no seu currículo foi a sua ligação, em 2012, à eleição de Barack Obama para presidente dos Estados Unidos da América. Reed foi responsável pelo desenvolvimento da comunicação online e programa Get Out The Vote da campanha de Obama.

Não menos importante é Thomas Z. Ramsoy, uma autoridade mundial em Neurocirurgia Aplicada. Ramsoy é consultor de algumas da maiores empresas do mundo como o Facebook e a Google, assim como de agências governamentais, provocando efeitos diretos no desenvolvimento de produtos e compreensão do consumidor.

Trends Forum

O trends forum é um painel de debate “em português” e dedicado aos consumidores de informação. Entre os palestrantes estão nomes com o de Miguel Almeida, CEO da Nos, Francisco Pedro Balsemão, CEO da Impresa, Gonçalo Reis, presidente da RTP e Bernardo Correia, country manager da Google Portugal.

Quem é a QSP?

A consultora de marketing foi criada em 2004 e atua na área de consultoria estratégica de marketing, através de estudos e pesquisas de mercado que garantem uma melhor performance das empresas, das suas marcas e dos seus produtos.

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Imobiliária que deve à CGD falha plano de recuperação

  • Lusa
  • 6 Fevereiro 2017

A Birchview deve 278 milhões de euros à Caixa Geral de Depósitos, mas essa dívida está em risco de ser paga. A empresa não conseguiu apresentar um Plano Especial de Revitalização.

A imobiliária Birchview, promotora de um empreendimento de luxo na Quinta do Lago, no Algarve, não conseguiu apresentar um Plano Especial de Revitalização (PER), pelo que o crédito de 278 milhões de euros concedido pela CGD está em risco.

Jorge Calvete, administrador judicial provisório do PER pedido pela empresa que pertencia ao universo BPN, assina um requerimento disponível no Citius (portal do Ministério da Justiça), dando conta que “se mostra encerrada a fase das negociações sem apresentação de Plano Especial de Revitalização”.

O responsável deu agora um prazo máximo de 10 dias para ouvir quer a empresa devedora, quer os seus credores, de forma a avaliar a situação de “insolvência atual ou iminente” da Birchview. Contactada pela Lusa, fonte oficial da CGD escusou-se a fazer qualquer comentário sobre a matéria.

Segundo noticiou esta segunda-feira o Jornal de Negócios, foi a Caixa Geral de Depósitos (CGD), a maior credora da Birchview, que “rejeitou a recuperação” da promotora imobiliária, uma decisão que terá sido tomada numa reunião ocorrida a 31 de janeiro.

Já em meados de dezembro do ano passado, o Correio da Manhã tinha revelado que o banco público reclamava um crédito à Birchview de 278 milhões de euros (247,3 milhões de euros em capital, 26,4 milhões de euros em juros, 2,7 milhões de euros em comissões, 1,3 milhões de euros em impostos e 83,5 mil euros em despesas).

De acordo com o CM, o crédito reclamado pela CGD representa 93% do total de 299 milhões de euros de créditos reclamados e reconhecidos a um conjunto de 39 credores, onde não há mais nenhum banco mas figura o Estado português.

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Placard suspende apostas em jogo da Liga

A casa de apostas Placard suspendeu a atividade relacionada com o jogo Feirense-Rio Ave por movimentos suspeitos de apostadores. Também a Bet.pt e a Betclic cancelaram o jogo nas suas plataformas.

O Placard, a casa de apostas da Santa Casa de Misericórdia, suspendeu as apostas no jogo Feirense-Rio Ave devido a um fluxo anormal de transações relacionadas com esta partida a contar para a 20.ª jornada da Liga Nos e que tem lugar esta segunda-feira, às 21h00.

“O evento 105 (Feirense vs Rio Ave) foi suspenso. As apostas encontram-se suspensas em todos os tipos e prognósticos”, lê-se numa informação publicada no site do Placard às 15h50.

Em causa está, entre outros movimentos, uma alegada aposta de 100 mil euros de um apostador chinês, apurou o ECO.

“O Departamento de Jogos decidiu suspender a aceitação de apostas no evento (…) atendendo ao volume atípico de apostas registado e ao risco financeiro envolvido, cumprindo o disposto no art. 19º, alínea 8, da Portaria que regulamenta o jogo Placard”, adiantou o departamento de jogos da Santa Casa em comunicado enviado às redações.

Além do Placard, também a bet.pt e a BetClic, as outras duas casas de apostas com licença para operar em Portugal, cancelaram as apostas associadas a este jogo.

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O Feirense ocupa neste momento a 14.ª posição da Liga portuguesa, com 19 pontos. Já o Rio Ave tem 27 pontos, seguindo na 9.ª posição.

Notícia atualizada às 20h38 com a reação oficial da Santa Casa.

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Governo da Madeira oficializa contrato de concessão da praça financeira

  • Lusa
  • 6 Fevereiro 2017

A SDM irá manter a concessão que já detinha, tendo para o efeito o Governo acordado, de mútuo acordo com a concessionária, revogar o anterior contrato que terminava em 2017.

O executivo madeirense publicou esta segunda-feira no Jornal Oficial da Região uma resolução que formaliza a adjudicação da “concessão do serviço público” do Centro Internacional de Negócios (CINM) à mesma sociedade que já detinha a sua exploração. A Sociedade de Desenvolvimento da Madeira mantém a concessão.

Esta nova concessão será por dez anos com o executivo madeirense a “definir que as instalações, infraestruturas e equipamentos afetos à Zona Franca Industrial manter-se-ão, para todos os efeitos, na posse da concessionária SDM sem dependência de quaisquer formalidades, a fim de assegurar o funcionamento e desenvolvimento contínuos do CINM e nos termos do novo contrato de concessão”.

Este novo contrato faz com que a região fique com uma participação de 49%, valor que no anterior era de apenas 25%, ficando os privados com a maioria do capital (51%). A 10 de novembro de 2016, o plenário do Governo insular autorizou a Secretaria Regional das Finanças e da Administração Pública a iniciar o concurso de contratação para a concessão de serviço público do CINM.

O secretário regional das Finanças, na altura, complementou que a alteração da concessão ocorreria por “processo concursal por convite à atual concessionária, dentro da transparência”. Esta oficialização do contrato ocorreu na última reunião do Conselho de Governo, de dia 2 de fevereiro de 2017, apesar de não ter sido tornada pública nas resoluções finais.

O CINM gerou, em 2016, 191 milhões de euros de impostos para os cofres regionais de acordo com dados fornecidos pelo presidente do executivo regional. O CINM foi criado na década de 1980 com o objetivo de atrair investimento externo e diversificar e modernizar a base produtiva e económica da Madeira.

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Centeno revê em baixa previsão do desemprego

  • Margarida Peixoto
  • 6 Fevereiro 2017

O ministro das Finanças antecipa uma taxa de desemprego mais baixa para este ano do que aquela que está inscrita no Orçamento do Estado. Número deverá ficar abaixo dos dois dígitos já em 2017.

O ministro das Finanças já está a antecipar uma taxa de desemprego mais baixa para este ano, do que aquela que inscreveu no Orçamento do Estado. Durante a apresentação do Economic Survey da OCDE sobre Portugal, esta segunda-feira, Mário Centeno deixou a promessa: “Baixaremos do limiar dos dois dígitos”. Esta foi a primeira vez que um governante se comprometeu com tal meta no horizonte até 2018.

“Portugal registou, ao longo de 2016, das maiores descidas da taxa de desemprego na Europa, dois pontos percentuais, com a taxa a ficar no limiar dos 10%”, disse o ministro das Finanças. E prometeu: “Baixaremos do limiar dos dois dígitos”. Centeno reconheceu que “o relatório [da OCDE] prevê que tal não aconteça”, mas aproveitou a diferença nas previsões sobre o mercado de trabalho para introduzir uma nota de humor: “Teremos de pedir desculpa ao secretário-geral Gurría”, disse, acrescentando que está certo que “assim que isso acontecer, a equipa da OCDE ficará genuinamente satisfeita”.

Ao que o ECO apurou, o Governo está a antever uma taxa em torno de 10,4% para o quarto trimestre de 2016, o que é compatível com um número para o conjunto do ano em torno de 11% ou 11,1%. Os números finais serão revelados pelo Instituto Nacional de Estatística já na quarta-feira.

Com este resultado em 2016, o Executivo espera que o arranque deste ano seja já muito próximo do limiar dos 10%, baixando dos dois dígitos ao longo de 2017, confirmou o ECO junto do Ministério das Finanças. Por isso, em termos médios, a taxa poderá ficar abaixo dos dois dígitos já em 2017, antecipa a equipa das Finanças.

Consultando as previsões do Orçamento do Estado para 2017, verifica-se que o Governo desenhou os planos de contas públicas para este ano com base numa taxa de desemprego média de 10,3%. Para 2018, não há projeções oficiais atualizadas — as mais recentes são as do Programa de Estabilidade 2016-2020, apresentado em abril do ano passado. Mas neste documento, o Executivo contava ainda com uma taxa de desemprego de dois dígitos em 2018 (10,4%) e uma taxa de 9,8% para 2019.

Contudo, o mercado de trabalho surpreendeu em 2016, tal como surpreendeu o comportamento da economia no segundo semestre do ano passado. Aliás, o ministro das Finanças frisou que o efeito de arrastamento do PIB de 2016 para 2017 é três vezes superior ao que se registou de 2015 para 2016.

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