Offshores. Louçã não acredita que Maria Luís e Vítor Gaspar não soubessem
Francisco Louçã, antigo líder do Bloco, não acredita que Maria Luís, Vítor Gaspar e Passos Coelho não tivessem conhecimento do dinheiro enviado para os offshores.
O antigo líder do Bloco de Esquerda não acredita que Maria Luís Albuquerque, Vítor Gaspar e Passos Coelho não tivessem conhecimento do dinheiro enviado para os paraísos fiscais, sobretudo sabendo-se que parte do dinheiro era proveniente do BES.
Em entrevista à Antena 1 e ao Jornal de Negócios no programa “Conversa Capital”, Francisco Louçã diz mesmo que a ex-ministra das Finanças só tem uma defesa possível: “declarar-se incompetente”.
A propósito dos acordos entre o PS e a Esquerda, Louçã afirma que estes ainda não estão esgotados, mas sugere que os novos entendimentos sejam feitos anualmente à volta de cada Orçamento de Estado.
Francisco Louçã adianta que há matérias como o salário mínimo e a alteração dos escalões do IRS que ainda estão por resolver. O economista frisa ainda que há dois dossiers muito difíceis, o Novo Banco e as leis laborais, onde “a negociação não é evidente”.
Na mesma entrevista o economista defende a continuidade de Mário Centeno no Governo. “Precisamos de ter coerência política e ministros que nós sabemos que estão a respeitar o seu contrato com o país“, refere. Louçã admite contudo que o ministro das Finanças foi atingido pelo facto de “ter feito um acordo errado com António Domingues”.
Sobre o banco público, o ex-líder do Bloco considera que o plano de recapitalização é errado e admite que é mau para o Estado, para os contribuintes e para o sistema financeiro. O antigo líder do Bloco adianta ainda que o setor de seguros que foi vendido à Fosun dava “dividendos ao Estado e diminuía os impostos que temos que pagar”.
"Obrigar a Caixa a diminuir as suas operações é dar continuidade à pressão sobre a Caixa. A CGD deu 30% do seu negócio quando foi obrigada a privatizar, a vender o seu setor de seguros. Qual é a razão para a Caixa vender um setor que era lucrativo?”
“Obrigar a Caixa a diminuir as suas operações é dar continuidade à pressão sobre a Caixa. A CGD deu 30% do seu negócio quando foi obrigada a privatizar, a vender o seu setor de seguros. Qual é a razão para a Caixa vender um setor que era lucrativo?”, refere.
Críticas ao Banco de Portugal
Depois das críticas da atual líder do BE, é agora a vez de Louçã que também criticar o Governador do Banco de Portugal. Mas ao contrário de Catarina Martins, Louçã não pede a saída de Carlos Costa dado que a opção do Governo foi mantê-lo.”Disse e continuarei a dizer o que penso sobre os fracassos do Banco de Portugal”.
Louçã foi recentemente designado para o conselho consultivo do Banco de Portugal, um órgão que diz não tem grande relevância e justifica a sua aceitação com a necessidade de dar o seu contributo para a credibilidade do sistema financeiro.
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