Petróleo soma quase 2%. A culpa é das reservas nos EUA
As cotações da matéria-prima recuperam do maior ciclo de quedas desde novembro. Os inventários da matéria-prima nos EUA terão caído em 531 mil barris na última semana.
As cotações do petróleo seguem em forte alta nos mercados internacionais, com a matéria-prima a recuperar do maior ciclo de perdas desde novembro. O preço do barril avança perto de 2%, apoiado pela expectativa dos investidores de uma quebra das reservas de crude nos EUA.
O barril de Brent transacionado no mercado londrino, que na última sessão esteve a transacionar nos 50 dólares, segue a valorizar 1,55%, para os 51,71 dólares, enquanto o crude transacionado em Nova Iorque avança 1,82%, para os 48,59 dólares por barril.
A subida das cotações da matéria-prima acontece no dia em que o American Petroleum Institute deverá revelar que as reservas de crude da maior economia do mundo encolheram em 531 mil barris na semana passada, de acordo com os analistas consultados pela Bloomberg.
Petróleo em alta
O avanço dos preços do petróleo registado nesta sessão acontece após um ciclo de quedas que se prolongou por seis sessões (o maior desde novembro) no caso do Brent, a matéria-prima que serve de referência para as importações nacionais. O aumento da produção por parte da Arábia Saudita veio alimentar dúvidas sobre a eficácia dos cortes de produção anunciados pela OPEP.
"Assistimos a uma queda severa dos preços, por isso não é uma surpresa ver um salto nas reservas.”
“Assistimos a uma queda severa dos preços, por isso não é uma surpresa ver um salto nas reservas“, afirmou Michael McCarthy, responsável pela estratégia de mercados da CMC, em Sidney, na Austrália, à Bloomberg, para justificar o avanço das cotações da matéria-prima registado nesta sessão.
“Os receios são de que os produtores norte-americanos estejam a repor os cortes de produção da OPEP. Os números inventários oficiais de crude serão importantes”, acrescentou o mesmo especialista.
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