Renting e leasing crescem a dois dígitos em 2016
A Associação Portuguesa de Leasing, Factoring e Renting justifica o crescimento com a evolução positiva da economia.
A adesão a instrumentos de financiamento especializado está a crescer em Portugal. No ano passado, o leasing e o renting subiram a dois dígitos, reflexo de uma evolução positiva da economia, considera a Associação Portuguesa de Leasing, Factoring e Renting (ALF).
De acordo com os dados divulgados esta segunda-feira pela ALF, o renting (aluguer operacional de viaturas) foi um dos protagonistas do financiamento especializado em Portugal no decorrer de 2016, com um crescimento de 15,1% e representando uma produção de 624 milhões de euros, com 31.840 novas viaturas adquiridas no total (25.436 ligeiros de passageiros e 6.404 comerciais).
"Começa a encarar-se com normalidade a mobilidade como um serviço, bem como a valorizar todos os seus principais benefícios, associados à inovação, eficiência, sustentabilidade e economia de custos.”
“Os números da ALF demonstram que em Portugal se começa a encarar com normalidade a mobilidade como um serviço, bem como a valorizar todos os seus principais benefícios, associados à inovação, eficiência, sustentabilidade e economia de custos”, destaca o vice-presidente da associação responsável pelo renting, António Oliveira Martins.
O leasing (locação financeira), por sua vez, continuou a apresentar uma evolução positiva, destacando-se a locação financeira imobiliária, com um aumento de 10% nos valores de produção, que correspondem a 742 milhões de euros. Já a locação financeira mobiliária, que financia todo o tipo de equipamentos e de viaturas, assinalou também um acréscimo de 5% relativamente ao ano precedente, com uma produção de 1,7 mil milhões de euros (sendo que 1,1 mil milhões de euros reportam a viaturas e 591 milhões de euros a equipamentos).
No total, acrescenta, o leasing foi responsável por injetar 2,46 mil milhões de euros em investimentos em Portugal ao longo de 2016.
"As empresas, especialmente as PME, estão a tirar partido da recuperação económica para modernizar as suas estruturas produtivas financiando-se através do leasing pelas vantagens que obtêm”
Para o diretor da ALF responsável pelo leasing, Eduardo Moradas, “através destes números constata-se que as empresas, especialmente as PME, estão a tirar partido da recuperação económica para modernizar as suas estruturas produtivas, financiando-se através do leasing pelas vantagens que obtêm, como a flexibilidade dos contratos em termos de prazos, prestações reduzidas e formas de pagamento”.
Já o mercado português do factoring (operação financeira feita por bancos ou sociedades de factoring, que permite às empresas com problemas de liquidez adiantar os recebimentos dos seus clientes) tomou cerca de 24,5 mil milhões de euros em faturas, consubstanciando um aumento de 7%, relativamente aos 22,9 mil milhões de euros registados em 2015, consolidando assim o crescimento iniciado há dois anos.
O factoring internacional continua a ser o segmento que regista maior taxa de crescimento, de 22% comparativamente ao ano anterior — equivalendo a mais 613 milhões de euros em créditos tomados do que em 2015 para cerca de 3,5 mil milhões de euros em 2016. Neste âmbito, o factoring de exportação é a variante que mais contribui, correspondendo a 3,2 mil milhões de euros (enquanto no ano de 2015 tinha ficado pelos 2,7 mil milhões de euros).
O factoring doméstico, por sua vez, registou um volume de negócios de 12,6 mil milhões de euros, apresentando um aumento de 2,6% (mais 320 milhões de euros do que em 2015), o que representa 51,3% da produção total do setor.
"o factoring manteve-se como uma forte e estável opção de financiamento especializado em Portugal, denotando-se ainda um grande potencial de crescimento entre as PME em particular”
“Estes dados confirmam que o factoring manteve-se como uma forte e estável opção de financiamento especializado em Portugal, denotando-se ainda um grande potencial de crescimento entre as PME em particular, que cada vez mais recorrem a este mecanismo”, afirmou o vice-presidente da ALF responsável pelo factoring, Rui Esteves.
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