Portugal? É vulnerável e pouco influente, diz economista do Goldman Sachs
O economista-chefe do Goldman Sachs diz que Portugal é dos países mais vulneráveis à retirada dos estímulos do Banco Central Europeu. Mas acredita que Draghi vai encontrar a forma de evitar crises.
Portugal é dos países mais vulneráveis, é demasiado pequeno para ser verdadeiramente relevante na política da zona euro, mas não se pode arriscar a ser o segundo caso especial da moeda única. É assim que o economista-chefe do Goldman Sachs para a Europa, Huw Pill, vê Portugal, numa entrevista publicada esta segunda-feira (acesso pago), no Jornal de Negócios.
A zona euro precisa de aprender a viver sem os estímulos do Banco Central Europeu (BCE), mas Portugal é um dos países que coloca mais dúvidas sobre como é que esta retirada das ajudas vai ser feita. Como é que a economia portuguesa encaixa neste cenário? “De forma complicada”, assume Huw Pill.
"Não diria o mais vulnerável, mas [Portugal] é certamente um dos mais vulneráveis. Itália tem muitos dos mesmos problemas que Portugal. Mas Itália é grande, logo tem um peso maior na avaliação e é claramente sistémica.”
O perito enumera três dificuldades com que o país se depara: não é o país mais vulnerável, “mas é certamente um dos mais vulneráveis“; é uma economia pequena, que “tem pouco peso na discussão do conjunto da zona euro“; mas ser tratado da mesma forma que a Grécia — considerada como “o caso especial” da zona euro — “seria entrar num terreno perigoso.”
Ainda assim, Huw Pill não está completamente pessimista e acredita que Mário Draghi vai retirar a política de estímulos “de uma forma que não desencadeie crises.” Nomeadamente, quando a dívida portuguesa comprada pelo BCE atinge a maturidade, a sua receita é reinvestida o que, na prática, equivale a uma monetização da dívida, explica.
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