Francisco Pinto Balsemão: “Eu morro, mas a família mantém-se”
À revista Villas&Golfe, Balsemão frisou que "deter a maioria é importante". Também adiantou que não se importa de trabalhar com sócios que "tragam algum know-how".
Francisco Pinto Balsemão fez questão de afastar a ideia de que, mais cedo ou mais tarde, terá de entrar capital de fora no grupo que detém. “Eu morro, mas a família mantém-se”, respondeu o fundador da Impresa em entrevista à revista Villas&Golfe.
Frisando que “não é obrigatório” a abertura a capitais de fora, Pinto Balsemão salientou que já teve vários sócios mas acredita que “deter a maioria é importante”, enquanto for possível. Aceitaria a entrada de capital angolano na Impresa? “Já tivemos sócios brasileiros, da Globo, belgas do grupo Plata, já tivemos sócios portugueses, muitos. Por isso, não me importo nada de trabalhar com sócios. Gosto é que esses sócios me tragam algum know-how”, respondeu.
“Todas as empresas, nomeadamente as da comunicação social, têm de ganhar dinheiro para poderem ser independentes. Passa por gerir bem, diversificar receitas, reduzir despesas, como já falámos há pouco, com tudo o que é necessário”, apontou como solução.
Ainda durante a entrevista onde recusou responder a perguntas sobre si, sobre o Governo ou sobre o Presidente da República, o empresário defendeu que “continua a haver” liberdade de expressão hoje em dia. Mas notou que “metade do mundo não tem liberdade de expressão, tem censura”. E nos países onde existe essa liberdade também “há muitos condicionamentos”. “Há muitos casos, como sabemos, jornais, sites, rádios, blogs, que sobrevivem à custa não propriamente de receitas próprias”, adiantou.
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