Terror em Barcelona assusta investidores, bolsa de Madrid perde 1%
Aumenta o risco nas bolsas depois de o atentado terrorista em Barcelona ter feito 13 vítimas mortais. Bolsa de Madrid cai mais de 1%. Em Lisboa, Galp cede após CEO ter sido constituído arguido.
O atentado terrorista em Barcelona que esta quinta-feira fez 13 vítimas mortais no centro da cidade mantém as bolsas sob intensa pressão vendedora. Lisboa também não escapa a este sentimento de maior aversão ao risco e apenas três das 19 cotadas seguia acima da linha de água.
Ao início da tarde, o PSI-20, o principal índice português, cedia 0,87% para 5.197,64 pontos. Pressionavam sobretudo o BCP (-1,75%), EDP (-0,68%), Jerónimo Martins (-1,07%) e Galp (-0,68%). No caso da petrolífera, é um desempenho que surge depois da notícia de que o presidente Carlos Gomes da Silva e o administrador Costa Pina foram constituídos arguidos no caso Galpgate.
Lá por fora, Madrid é o espelho dos receios dos investidores por causa do atentado em Barcelona, com o Ibex-35 a cair 0,98% — abriu a perder mais de 1,3%. Em Paris, o Cac-40 também cede mais de 1%. Já em Frankfurt, Milão e Londres perdem até 0,8%.
“Os atentados terroristas em Barcelona deverão ser o principal tema desta última sessão da semana, agravando os receios dos investidores e, consequentemente, afetando as suas decisões de investimento que naturalmente deverão pender para ativos considerados de refúgio”, referem os analistas do BPI no seu Diário de Bolsa.
O ataque terrorista foi já reivindicado pelo Daesh. Uma carrinha banca atropelou esta quinta-feira à tarde centenas de pessoas na Rambla de Barcelona, uma das zonas mais movimentadas da cidade. Morreram de 13 pessoas, segundo o último balanço. Há ainda mais de uma centena de feridos. Já durante a madrugada, a polícia da Catalunha abateu pelo menos cinco terroristas que pretendiam fazer um atentado em Cambrils, em Terragona.
"Os atentados terroristas em Barcelona deverão ser o principal tema desta última sessão da semana, agravando os receios dos investidores e, consequentemente, afetando as suas decisões de investimento que naturalmente deverão pender para ativos considerados de refúgio.”
No mercado cambial, destaque para o euro. A moeda única volta a apreciar esta sexta-feira. Avança 0,20% para 1,1746 euros, corrigindo da queda desta quinta-feira, após as atas do Banco Central Europeu (BCE) terem revelado que alguns membros do banco central estão preocupados com a excessiva valorização da moeda.
Nos ativos de refúgio, o ouro valoriza 0,54% para 1.295,16 dólares por onça.
(Notícia publicada originalmente às 8h12 e atualizada às 12h24)
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