FT: Com a saída de Bannon, o plano fiscal de Trump vai renascer
O "fantástico" e "massivo" plano fiscal de Donald Trump poderá ter agora uma segunda oportunidade com a saída de Steve Bannon da Casa Branca. A crença é do Financial Times.
Desde que Donald Trump pisou pela primeira vez o chão da Sala Oval que o pacote de medidas mais esperado tem sido a reforma fiscal. Um “corte massivo”, uma medida “fenomenal”, todos adjetivos utilizados pelo próprio presidente para aumentar as expectativas dos particulares e das empresas.
E a princípio deu resultado: os investidores agarraram-se à esperança de que os lucros iriam crescer e Wall Street iniciou um rally que lhe permitiu atingir os 21.000 pontos, uma barreira nunca antes ultrapassada. À medida que o tempo foi passando e o plano fiscal não viu a luz do dia, a alegria começou a dissipar-se.
As prioridades do presidente dos Estados Unidos passaram a ser outras: bloquear a entrada de imigrantes de vários países muçulmanos, criar conflitos com vários países desde o continente americano até ao continente asiático, jogar golfe… Mas isto poderá estar prestes a mudar.
Com a saída de Steve Bannon da comitiva presidencial — o criador da direita alternativa, arquiteto da vitória de Trump e de políticas como o bloqueio de imigrantes –, o Financial Times chama a atenção para uma mudança de estratégia presidencial que poderá voltar a aproximar Trump do seu partido. A administração estará a pressionar o avanço das reformas fiscais e a investigar as importações de aço.
Em declarações ao jornal, Gary Hufbauer, economista do Peterson Institute for International Economics afirmou que a guerra comercial foi apenas uma “distração” da agenda que realmente importava — a fiscal –, e que não será positivo se o presidente continuar a insistir no mesmo, visto que “demora muito tempo e agrava a situação com muitos indivíduos dos quais precisa de apoio para o plano fiscal”.
A reforma fiscal é vista pelos conselheiros do presidente dos Estados Unidos como a melhor maneira de o mesmo recuperar a sua popularidade não só junto do seu partido, mas também do setor empresarial. Os número de aceitação de Trump sofreram um golpe fortíssimo depois das manifestações de Charlottesville, com muitos dos seus conselheiros empresariais a abandonar os órgãos consultivos por não concordarem com a posição do presidente.
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