António Ramalho ao ECO: Sucesso da oferta de troca de dívida mostra “dupla confiança dos investidores”
António Ramalho congratula-se com o sucesso da oferta de recompra de dívida que permite ao banco obter uma "almofada" de 500 milhões, condição essencial para a venda ao Lone Star.
O Novo Banco conseguiu a poupança de 500 milhões de euros com a oferta de troca de dívida, condição essencial para a venda ao Lone Star. António Ramalho congratula-se com o resultado da operação, afirmando ao ECO que “foi uma prova de dupla confiança [dos investidores] no banco”. Primeiro quando aceitaram a oferta, depois por manterem o dinheiro no banco em depósitos.
António Ramalho destaca a “enorme colaboração” com o Fundo de Resolução para que a operação tivesse sido bem-sucedida. Diz que houve três condições de sucesso nesta oferta, a primeira do género voluntária na Europa: Fundamental, Fair e Final. “Fundamental, por causa da explicação daqueles que eram os objetivos da operação, Fair por ser equitativa para todos e Final, porque não houve alterações na operação. O que era início foi no final”.
O banco de transição recomprou 4,74 mil milhões de euros em obrigações. Não chegou aos 75% do total da dívida, mas conseguiu mesmo assim constituir uma almofada de capital de cerca de 500 milhões de euros. Isto aconteceu porque o Novo Banco conseguiu recomprar quase 100% das obrigações com maturidades mais curtas e 43% das mais longas. A poupança com as mais curtas era superior, permitindo alcançar a meta de 500 milhões.
Ramalho diz que “95% do retalho aceitou” a oferta de recompra de dívida. “Foi uma adesão superior ao esperado”. “Foi, sobretudo, uma prova de dupla confiança no banco. Primeiro quando “aceitaram a oferta, depois por manterem o dinheiro no banco em depósitos”, salientou, acrescentando, no entanto, que já esperava dificuldades com os fundos. “Foi a primeira operação voluntária de LME na Europa. Isto nunca foi feito num modelo voluntário”, notou.
Com a poupança dos 500 milhões, a conclusão da venda está próxima. “A operação segue agora entre comprador e vendedor, o banco apenas ajuda a construir as necessidades para tornar a venda possível (…), mas o entusiasmo que vejo no comprador e a competência que vejo no vendedor vão assegurar, certamente, que a venda será feita em muito curto espaço de tempo”, disse António Ramalho à Lusa.
Questionado pelo ECO sobre se depois de dia 18 de outubro, data em que se deverá concretizar a venda ao Lone Star, António Ramalho continuará à frente do Novo Banco, o presidente do banco de transição diz apenas que “a partir de agora começa a conversar” sobre a sua manutenção na liderança da instituição com o fundo norte-americano.
(Notícia atualizada às 19h27 com mais informação)
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