Maiores credores rejeitam plano de reestruturação da Oi
O grupo de maiores credores da operadora brasileira "rejeita" o plano de recuperação judicial apresentado esta semana. Credores dizem que o plano "ignora preocupações fundamentais".
O grupo de maiores credores da Oi “rejeita” o plano de recuperação judicial apresentado pela operadora brasileira esta semana. A Oi, empresa da qual a Pharol é a maior acionista, aprovou um novo plano de reestruturação que prevê um aumento de capital de nove mil milhões de reais para fazer face à grave situação financeira da maior operadora do Brasil, assim como conversão de obrigações em capital.
Estes investidores consideram que o plano “ignora preocupações fundamentais, ameaça a viabilidade a longo prazo da empresa e enriquece abusivamente os acionistas existentes”, de acordo com um comunicado citado pela Bloomberg. Os maiores credores da operadora brasileira fazem ainda referência à “falta de capital fresco [entrada efetiva de dinheiro na empresa], tratamento desadequado dos credores e ausência de reformas a nível da governação”.
A ideia do plano passa por dar aos credores a hipótese de adquirir até 3,5 mil milhões de reais em ações e de converter parte dos 32 mil milhões de reais de obrigações em capital. Já os acionistas poderão injetar 2,5 mil milhões de reais de novo capital na operadora, que se vê a braços com uma dívida avultada a inúmeras entidades, incluindo a própria Anatel, o regulador brasileiro das comunicações.
Contas feitas, a proposta, totalmente realizada, terminará com os credores a deterem 40% da empresa, mas não é certo que haja uma aprovação da nova proposta da administração por estes. A votação deverá ser feita a 23 de outubro numa reunião de credores que já está agendada desde agosto.
A portuguesa Pharol, antiga holding da PT e que se encontra cotada na bolsa de Lisboa, é atualmente a maior acionista da Oi, com uma participação de 27%. Uma proposta desta natureza irá diluir a participação da Pharol na Oi.
(Notícia atualizada às 17h37 com mais detalhes)
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