BE aponta passo no caminho certo mas diz que há mais a fazer
O bloquista referiu que “falta ainda dotar de meios públicos o Estado, para poder existir o combate sem ter que recorrer a privados”.
O líder parlamentar do BE considerou hoje terem sido dados passos no caminho certo no Conselho de Ministros de sábado, no âmbito da prevenção e do combate a incêndios, mas afirmou haver mais a fazer, inclusive no SIRESP.
À margem da cimeira europeia Plano B, a decorrer em Lisboa, Pedro Filipe Soares congratulou-se, em declarações aos jornalistas, por algumas propostas do seu partido irem “finalmente ver a luz do dia” e apelou a que se avance rápido na sua aplicação, já que os calendários das alterações climáticas “não são compagináveis com os calendários administrativos que têm regido escolhas políticas”.
Porém, há decisões que ainda “não são concretamente o resultado final” que o partido gostava de ver, notou o bloquista, referindo-se ao sistema de comunicações de emergência SIRESP, que deveria ter gestão pública.
“Só essa garantia de gestão pública é que retira de cima da mesa a incompetência dos privados e a insegurança, que tantas vezes tem sido anexada ao SIRESP quando é chamado a intervir”, disse.
O BE esperava ainda a “gestão integrada da floresta, com a introdução de uma visão integradas entre a gestão da floresta e a prevenção dos incêndios florestais”, vertentes que deveriam estar “debaixo da mesma entidade”.
Comentando também a decisão de colocar a Força Aérea como responsável pela gestão do combate aéreo, o bloquista referiu que “falta ainda dotar de meios públicos o Estado, para poder existir o combate sem ter que recorrer a privados”. Pedro Filipe Soares referiu ainda que as Forças Armadas têm um “papel de apoio, mas não se podem a sobrepor a entidades civis que são as responsáveis pela Proteção Civil”.
Questionado sobre as consequências dos incêndios florestais para o défice, o deputado reafirmou que devem estar em “cima da mesa as prioridades do país”. “As metas do défice, para Bruxelas ver, nunca se podem sobrepor à garantia da segurança das populações e o investimento que o Estado deve fazer” para o conseguir, declarou.
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